por Marcos Soares
Não é lenda nem folclore nacional. A mula sem cabeça existe. Ela, inclusive, está na Bíblia. É verdade! Está no Salmo 32:9: “Não sejam como o cavalo ou a mula, que não têm entendimento mas precisam ser controlados com freios e rédeas, caso contrário não obedecem”.
Já conheceu alguém que não se submete a nada e a ninguém? Que se considera livre, porque ninguém tem o direito de dizer o que é certo ou errado? Que acha esse negócio de pecado uma coisa superada? Que acha que obedecer não é uma resposta de amor, mas um subproduto da opressão? Pois esta é, precisamente, a mula sem cabeça: a pessoa que insiste em viver do jeito que acha melhor. Não que lhe falte cérebro: falta-lhe entendimento.
São pessoas assim que veem Deus apenas como um Provedor sobrenatural, cuja graça nos dá o direito de viver nossa vida de acordo com nossos mais desvairados (des)caminhos.
Não precisam do conselho de Deus, porque essa coisa de regras e de mandamentos já está superada.
Segundo eles, um Deus que exige não é um Deus legal. A gente quer um Deus “mano”, um Deus “maneiro”, um Deus “da hora”, que nos dê do bom e do melhor, sem exigir nada em troca. Porque essa coisa de “devoção” é muito legalista. Gente “cabeça” é gente que pensa e pensa o que quiser, do jeito que achar melhor.
Na verdade, quem pensa assim é gente sem-cabeça. Se esqueceram de ler o que Deus falou antes disso: “se eu instrui-lo e você seguir o meu conselho, então saberá o caminho que deve tomar” (Salmo 32:8, parafraseado).