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Estudante obesa consegue direito de não usar catraca de ônibus em MS

28/06/2011 09h19 – Atualizado em 28/06/2011 09h35

 

Carla pesa 127 quilos e já passou por situações vexatórias em ônibus.
Caso desencadeou mudanças em normas do transporte público na cidade.

Tatiane QueirozDo G1 MS

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estudante obesa consegue autorização para não passar em catracas em MS (Foto: Reprodução/ TV Morena)Benefício concedido a Carla pode ser estendido
(Foto: Reprodução/ TV Morena)

Chegar até a universidade, rotina simples de muitos estudantes, sempre foi um pesadelo para a acadêmica de Letras Carla Cristina Zurutuza, 28 anos. Pesando 127 quilos, a jovem tem dificuldade em passar pela catraca, situação que já resultou em vários constrangimentos para ela. Agora, com base em uma autorização da associação do transporte coletivo, poderá embarcar pelas portas traseiras dos veículos.

O presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (Assetur), João Rezende Filho, disse que os usuários obesos ou que possuem qualquer dificuldade para passar nas roletas do transporte público em Campo Grande poderão solicitar uma autorização como a que a Carla conseguiu.

“O caso dela desencadeou um série de providências para outras pessoas que também estejam enfrentando esse problema. A autorização não é obrigatória, mas quem desejar ter o documento poderá solicitar ”, explica Resende Filho.

Humilhação
“Eu sou gorda e não consigo passar pela catraca. Por causa disso, todas as vezes que subia no ônibus pedia ao motorista para descer pela porta dianteira sem ter que passar pela roleta. Eu não pedia para deixar de pagar, simplesmente queria passar o cartão, e rodar a catraca sem ter que passar por ela”, explica a estudante.

estudante obesa consegue autorização para não passar em catracas em MS (Foto: Reprodução/ TV Morena)Carla chegou a pesar 167 quilos
(Foto: Reprodução/ TV Morena)

Carla conta ainda que muitos motoristas não entendiam o problema. “Eu tinha que ficar pedindo, explicando e implorando para que ele me deixasse descer sem ter que passar pela catraca”, disse.
A acadêmica resolveu colocar um fim nessa situação depois que discutiu com um motorista porque ele não permitiu que ela descesse pela porta dianteira. Como o ônibus já estava próximo ao ponto em que a estudante precisava descer, ela desistiu de convencer o funcionário e resolveu enfrentar a roleta.

Carla lembra que na hora sentiu uma grande dor em sua barriga. Dias depois, ainda sentindo dor, percebeu que havia se machucado e estava com um hematoma.

Ela procurou  Resende Filho e falou sobre o seu problema. “Eu disse que não queria mais passar por aquela situação humilhante”. Depois de alguns dias de espera, Carla entregou o seu cartão eletrônico (passe de estudante) para a Assetur, que inseriu no verso do equipamento uma autorização para que ela possa embarcar pelas portas traseiras dos ônibus.

Obesidade
Carla conta que depois que perdeu o seu pai, há aproximadamente dois anos, entrou em depressão e começou a engordar e chegou a pesar 167 quilos. A acadêmica pensou em fazer  redução de estômago, mas conheceu uma médica que a convenceu a iniciar um tratamento para emagrecer.

Ela conta que sempre foi “gordinha”, mas a situação piorou depois da perda do pai. Hoje, 40 quilos mais magra, ela continua o tratamento e afirma que está aliviada e satisfeita por não precisar passar pelas catracas.

Determinação
O Decreto Municipal 10.535, de julho de 2008, determina critérios diferenciados para embarque de gestantes nos transportes coletivo urbanos de Campo Grande. No dia 15 de junho a Agetran enviou um ofício para a Assetur estendendo a determinação para os demais usuários que apresentem dificuldade ou impossibilidade de passar pela catraca.

No documento o órgão esclarece os motoristas, quando solicitado, poderão liberar a entrada do passageiro pelas portas do meio do veículo. Esta autorização não implica na isenção da tarifa do transporte. A Assetur deverá ainda fazer uma reciclagem com os motoristas para que eles se adequem a nova determinação.

O diretor de transporte público da Agetran, Lúcio Murilo, explica que até o momento a decisão foi formalizada apenas por meio de ofício, mas se houver a necessidade poderá ser publicada como um novo decreto no Diário Oficial de Campo Grande.

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Gene da magreza’ é associado a problemas no coração

 

Atualizado em  28 de junho, 2011 – 07:06 (Brasília) 10:06 GMT

Coração saudável. SPL

O gene IRS1 reduz a gordura sob a pele mas não tem efeito sobre a gordura das vísceras do coração

Genes que produzem pessoas magras foram associados a problemas no coração e à Diabetes do tipo 2 – condições normalmente vinculadas ao excesso de peso.

O estudo, feito pelo Medical Research Council da Grã-Bretanha, sugere que variantes do gene IRS1 reduzem a gordura sob a pele, mas não têm efeito sobre a gordura presente nas vísceras, em torno de órgãos como o coração e o fígado – muito mais perigosa.

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O trabalho foi publicado na revista científicaNature Genetics e envolveu estudos genéticos com 76 mil pessoas.

A associação entre as variantes genéticas e as doenças foi maior forte nos homens.

Magros

A chefe do estudo, Ruth Loos, pesquisadora da Epidemiology Unit do Institute of Metabolic Science, em Cambridge, na Inglaterra, disse que quando os cientistas perceberam a associação genética ficaram intrigados.

"Fizemos uma fascinante descoberta genética", disse Loos. E aconselhou:

"Não são apenas os indivíduos obesos que podem estar predispostos a essas doenças metabólicas. Indivíduos magros não devem pressupor que são saudáveis com base em sua aparência", disse Loos.

O médico Iain Frame, diretor de pesquisas da entidade de auxílio a diabéticos Diabetes UK, disse que o estudo pode "esclarecer por que 20% das pessoas com diabetes do tipo 2 sofrem da condição apesar de terem um peso saudável".

(A pesquisa) "também é uma mensagem clara de que pessoas magras não podem ser complacentes em relação à sua saúde".

Comentando o novo estudo, o médico Jeremy Pearson, um dos diretores da British Heart Foundation, entidade britânica de combate às doenças do coração, disse:

"Esses resultados reforçam a ideia de que, para riscos ao coração, é particularmente importante não apenas quão obeso você é, mas sim onde você deposita a gordura".

"A gordura armazenada internamente é pior para você do que a armazenada sob a pele".

"Entretanto, isto não elimina o fato de que ser obeso é ruim para a saúde do seu coração, então devemos continuar tentando ficar magros e em boa forma física".

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Médico explica como obesidade levou cantor do Fat Family à morte

 

O excesso de peso faz o colesterol e a gordura se acumularem nas artérias

Um dos irmãos cantores da banda Fat Family morreu esta semana aos 46 anos. Sidney Cipriano sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), que o deixou 27 dias em coma. Ele era hipertenso, diabético e pesava 140 kg.

O ritmo inspirado no blues americano, a composição das vozes e o tipo físico dos cantores fizeram da Fat Family um dos maiores sucessos do Brasil no final dos anos 90. Mas o excesso de peso, que contribuiu para a fama, também trouxe problemas.

Dos nove irmãos da família, cinco tiveram que fazer cirurgia de redução do estômago. Os irmãos lembram que Sidney não era muito disciplinado com a saúde.

– Nós não sabemos o dia a dia dele, já que ele saiu do grupo há cinco anos. Mas, das vezes em que ele ia em casa, se a comida já estava pronta ele colocava sal. Se o suco já estava pronto ele colocava açúcar e adoçante.

O endocrinologista Marcio Mancini, que coordena o núcleo de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que um indivíduo com peso adequado, que controla fatores de risco e mantém controladas a pressão e a glicose, não tem acúmulo de colesterol e gordura na parede arterial. O mesmo não ocorre com uma pessoa obesa, que, assim, pode sofrer um infarto ou até um AVC.

– Um indivíduo com obesidade, principalmente quando presentes esses fatores de risco, ele já tem uma tendência maior de acumular, de uma forma simplista, colesterol e gordura na parede arterial. À medida que isso acontece, a passagem do sangue vai diminuindo e pode atingir um estágio crítico em que ocorre um acidente vascular cerebral.

Mesmo os obesos que já perderam peso precisam ter cuidado, diz o médico.

– Corre o risco por causa das décadas em que o seu organismo ficou exposto aos males que a obesidade causa.

Veja mais no vídeo abaixo:http://noticias.r7.com/saude/noticias/obesidade-e-um-dos-fatores-que-levou-a-morte-integrante-do-fat-family-20110206.html