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Bispo da Iurd responde a padre que chamou evangélicos de ‘otários’

 

Em um programa da Igreja Universal do Reino de Deus TV o bispo Guaracy Santos da Igreja Universal do Reino de Deus respondeu ao padre que durante uma missa chamou os evangélicos de otários por não acreditarem nos santos católicos.

Usando os versículos 5 e 6 de I Timóteo capítulo 2, o representante da IURD citou que apenas Jesus Cristo é o mediador entre Deus e os homens. “Então meu querido padre, pouco importa o conceito que o senhor tem a meu respeito e dos meus companheiros, a gente vai pregar isso aí enquanto viver”, disse.

O padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, da Arquidiocese de Cuiabá (MT) afirmou em seu discurso os protestantes são orgulhosos ao querer falar com Deus diretamente sem usar intermediadores como os padres e os santos católicos.

“Vamos revidar a vulgaridade dele: o ‘zé mané’, deixa eu falar uma coisa para você, você disse que nós somos ultra mega power e somos mesmo!”, disse o bispo da Igreja Universal. “Não somos dono do mundo, mas somos filhos do dono por adoção”.

Para o apresentador da IURD TV a verdade do evangelho é fazer com que os homens sejam dependentes de Deus e independentes dos homens e é por esse motivo que os evangélicos não aceitam intermediários.

”A raiva de vocês é que vocês passaram séculos a fio fazendo as pessoas comerem em suas mãos”, diz ele se dirigindo ao padre Paulo. O bispo também falou também sobre a idolatria com Maria, citando o capítulo que Jesus conversa com sua mãe terrena.

“Jesus não se dirigiu a ela dizendo mãe, mas mulher”, afirmou o bispo Guaracy que completou dizendo que Maria era serva de Jesus.

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Padre cearense que já foi à Líbia se diz ‘triste’ com morte de Kadhafi

 

Padre Haroldo Coelho é simpatizante do ex-ditador líbio.
Ele visitou a Líbia no ano passado e disse que Kadhafi "sabia quem era ele".

Giselle DutraDo G1 CE

 

Padre Haroldo Coelho estuda "Livro Verde", utilizada como Constituição da Líbia desde a década de 1970. (Foto: Haroldo Coelho/Arquivo Pessoal)

Padre Haroldo Coelho estuda "Livro Verde", utilizado
como constituição da Líbia desde os anos 1970.
(Foto: Haroldo Coelho/Arquivo Pessoal)

O padre cearense Haroldo Coelho, de 76 anos, disse estar "triste" com a morte de Muammar Kadhafi. O ex-ditador líbio foi capturado e morto nesta quinta-feira (20). O religioso classificou a morte como um "assassinato" e afirmou estar "totalmente indignado" com as comemorações pelo mundo.

"Essa alegria, esse salto manifesta muito bem a maldade daqueles que derrubaram o Kadhafi. Você poderia até divergir. Mas comemorar não é ato cristão nem de nenhuma religião", criticou o padre.

Além de seguir a vida religiosa, Haroldo Coelho. O padre participa ainda do chamado movimento pela democracia direta, baseado no "Livro Verde" de Kadhafi, utilizado desde a década de 1970 como espécie de constituição do país.

Por conta dessa simpatia, o padre viajou à Líbia em julho do ano passado. "O embaixador da Líbia soube que eu era um simpatizante da causa de Kadhafi e me convidou para as comemorações dos 40 anos da revolução deles".

De acordo com ele, o próprio ditador teria enviado convite para que Haroldo Coelho visitasse aquele país. "Ele vibrou com o meu apoio. ‘Um padre católico me apoiando é muito bom’", afirmou Haroldo Coelho, que cultiva cartazes e fotos do ex-presidente líbio em casa.

O padre passou dez dias na Líbia e na ocasião disse ter tido a oportunidade de conhecer o sistema político da nação, de conversar com jovens e de ter ido a universidades. "Ele (Kadhafi) estava preparando uma conferência que ia haver, por isso não o vi pessoalmente. Mas ele sabia quem sou eu", disse. Para ele, Kadhafi não era um ditador, mas um "governador". "Quem governava a Líbia eram os comitês populares", afirmou.

Haroldo Coelho afirmou ainda que o grande problema da Líbia é econômico e garantiu que vai continuar os estudos sobre os princípios adotados por Kadhafi na Líbia. "Todo o problema da Líbia é o interesse econômico. O petróleo da Líbia é o mais puro do mundo. Os Estados Unidos jamais se conformaram com a nacionalização do petróleo", disse.

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Padre Marcelo Rossi cria polêmica com gatos

 gatosPor Marici Capitelli

O padre Marcelo Rossi arrumou briga com os amantes dos gatos. Em uma missa no santuário na zona sul, transmitida pela televisão, ele afirmou que não gosta dos felinos porque são traiçoeiros. A afirmação mobilizou protetores e donos de animais que estão protestando nas redes sociais. Até a noite de ontem, um abaixo-assinado na internet tinha mais de 2,3 mil assinaturas pedindo que o religioso se retratasse.

A assessoria de imprensa do padre informou que ele não falaria sobre o assunto. Segundo os assessores, tudo não passou de “uma brincadeira”. Quanto a uma possível retratação, a assessoria garantiu que ainda não havia conversado com ele sobre isso.

“Não foi brincadeira de maneira alguma, se fosse, não teria levado a sério. Ele deixou claro o preconceito em relação aos gatos”, garantiu a epidemiologista Angela Bellegarde, de 48 anos, que assistiu à missa pela TV. Ela e o marido, o engenheiro Luiz Fernando Pegoler, de 61 anos, postaram um desabafo na internet. Desde então, a repercussão só aumenta.

A afirmação do padre foi feita na missa de sábado, dia 1.º, quando estavam presentes entre 10 mil a 15 mil pessoas, de acordo com a assessoria do religioso. O assunto dos gatos veio à tona quando o bispo de Santo Amaro, d. Fernando Antonio Figueiredo, brincou com os fiéis para que levassem os animais para uma bênção, já que na terça-feira era dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais. O padre Marcelo disse, então, que gostava de cachorros e fez o comentário sobre os felinos.

Evangélica, mas admiradora do padre, a protetora Raquel de Jesus, de 52 anos, disse que ficou revoltada. “Foi um erro imperdoável. Como uma pessoa que fala das coisas de Deus rejeita uma criatura dele? O que me preocupa é o preconceito que ele incutiu em seus seguidores.”

Juliana Bussab, uma das fundadoras da ONG Adote Um Gatinho, enfatizou que esse tipo de afirmação só reforça o preconceito contra os felinos, levando aos maus-tratos e ao abandono. “É a fala de um padre católico em um país católico. É claro que isso tem peso.” Ela explicou que, quando pessoas públicas fazem esses comentários, o número de adoções cai. Em oito anos, a ONG já conseguiu lar para mais de 4 mil gatos.

A psicóloga Thelma Nóbrega Resende, de 54 anos, dona de dez gatos, não se conforma com as declarações. “Meus gatos me amam, me esperam na porta de casa, não me largam quando estou triste. O padre deveria procurar conhecer melhor a natureza desses animais, antes de dizer um absurdo desse, que só vai condená-los ao abandono.”

Angela Caruso, do Fórum de Proteção Animal, que assinou o abaixo-assinado, enfatizou que as pessoas precisam se corrigir no que dizem. “Da mesma maneira que não se pode ofender negros, religiosos, e outros segmentos sociais, também não se pode faltar com respeito aos animais. É preciso que ele faça uma retratação para que isso não fique na cabeça das pessoas.”

Silvana Andrade, da Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), disse que o assunto é um dos mais comentados. “Os comentários são de muita indignação. As pessoas se sentiram ofendidas.” O assunto também tomou conta das comunidades do padre na internet.

Com informações da estadão.com