PorPaul Stanley | Colaborador do The Christian Post tradutor Amanda Gigliotti
Dr. Ken Hutcherson, o pastor da Igreja Batista Antioch em Redmond, Washington, postou um anúncio no início desta semana que muitas pessoas ligadas a ele – incluindo sua esposa – já sabem há anos. Hutcherson revelou que ele é o "homem mais gay de todos."
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(Foto: Antioch Baptist Church)
Dr. Ken Hutcherson da Igreja Batista da Antioquia, em Redmond, Washington. Maio, 2012.
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"Sair do armário é uma decisão difícil de tomar, especialmente quando relações estreitas e pessoais estão em jogo", Hutcherson escreveu em sua coluna, Hutch Speaks Out, que foi publicado no WorldNetDaily.
"Será que minha família me abandonou? Os meus amigos ainda me olham o mesmo? Será que vale a pena o risco com este anúncio? Estas são realmente preocupações válidas que podem fazer uma pessoa viver como um agente duplo durante anos. E mesmo que esta decisão seja agudamente pessoal, ajuda estar ao lado de outra pessoa que está pronta para anunciar a mesma coisa", continuou ele.
O anúncio do corpulento linebacker da NFL que se tornou autor e ministro evangélico enviou algumas ondas de choque iniciais pela comunidade cristã. Ele e James Hansen, um de seus líderes de ministério que é casado e tem três filhos, estão desafiando os outros, especialmente os evangélicos, a se apresentarem e também admitirem que eles são gays.
Mas a coisa é que Hutcherson não é homossexual, nem o homem casado tem qualquer atração pelo mesmo sexo. Ele está, no entanto, em uma missão para retomar as palavras, frases e símbolos que ele acredita que grupos, como os ativistas homossexuais e outras organizações liberais, "sequestraram" do léxico americano.
"Sério, eu sou o mais cara gay que eu conheço", Hutcherson reiterou em entrevista ao The Christian Post.
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"Minha frustração é que alguns grupos têm tomado palavras e símbolos da Igreja e da sociedade em geral. Quando eu digo que sou ‘gay’, o que quero dizer é que sou feliz, que eu sou alegre e que eu amo as pessoas. Isso é precisamente o que um cristão deve ser na minha opinião, só precisamos ser mais gay que podemos."
"Dan Savage (uma ativista pró-gay) diz que ele é gay. Ele não é gay, e nada perto disso. Sim, ele pode ser um homossexual, mas ele certamente não parece ser feliz ou alegre quando ele se levanta em frente a uma sala de aula e usa linguagem profana. Não, nada de gay nisso."
Esta não é a primeira tentativa de Hutcherson de recuperar símbolos. Em uma história anterior, publicada no CP, Hutcherson falou sobre tomar de volta o símbolo do arco-íris que tem vindo a ser associado com o movimento homossexual.
"O arco-íris costumava significar algo muito diferente do que hoje", Hutcherson e Hansen escreveram no site de Antioquia. "Ele costumava ser entendido como o sinal que Deus colocou no céu para nos lembrar que, mesmo quando Ele está irritado com o pecado, Ele nunca mais destruirá a terra com um dilúvio global. Mas, claro, não é com isso que a maioria das pessoas associa um arco-íris hoje."
O desafio de Hutcherson não é apenas para os cristãos individuais, mas para pregadores do Evangelho, também. "Nós temos muitos pregadores, ou aqueles que se chamam assim, pregando uma versão aguada morna do Evangelho", disse ele.
"Nós não temos um monte de pastores, mas temos uma tonelada de ovelhas perdidas que precisam de orientação e verdadeira palavra da Bíblia. Muitos Pastores estão levando a igreja a perder-se, dizendo que a homossexualidade não é problema. “É sim,” Hutcherson advertiu. "Os pregadores precisam sair dos púlpitos e começar a vender carros usados se é isso que eles acreditam."
Hutcherson chamou ambas as igrejas em preto e em branco. "As igrejas predominantemente brancas precisam parar de ser brancas e começar a ser evangélicas pregando o Evangelho. Por outro lado, as igrejas negras precisam parar de ser tão sociais e começar a pregar a Palavra de Deus – que o sexo fora do casamento é errado e que os homens precisam "virar homem" e criar seus filhos. O fato é, isso se aplica a ambas as igrejas."
Ao enfatizar seu ponto de vista, o pregador fez comparação de ser casado com a de ser a noiva de Cristo.
"Quando me casei com minha esposa, ela se tornou minha noiva", disse Hutcherson. "Ninguém vai entrar na minha casa e dizer à minha esposa como agir, vestir ou no que acreditar. Se nós somos a noiva de Jesus, então, não podíamos deixar alguém ou qualquer coisa nos dizer como agir, vestir, ou nos comportar também. Estamos em uma guerra lutando para proteger a nossa sociedade, mas o problema é a Igreja como um todo ainda não sabe que estamos sob ataque."
Hutcherson também indicou que não seria sua última tentativa na luta para retomar as palavras que foram roubadas dos cristãos, e disse que discursar a tolerância vai ser uma prioridade nas próximas semanas.
"Estamos lutando duro para proteger a nossa sociedade, mas eu prefiro estar pregando o Evangelho do que lidando com muitas das outras questões", explicou. “Mas, se eu precisar eu vou lidar. Eu não vou desistir de recuperar o que diz o Evangelho para mim – ele nos chama para sermos ‘gay’".