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Evangelista é detido na Inglaterra por pregar que homossexualidade é pecado

 

Palavras da Bíblia trouxeram consolo nos momentos na cadeia e o fiel cantou hinos dentro da cela

Por Maria Carolina Caiafa | Correspondente do The Christian Post

O xerife aposentado, Tony Miano, foi preso em Londres, na Inglaterra, no início da semana passada, por estar pregando sobre imoralidade sexual, em Winbledon, aproximadamente a 16 quilômetros da capital inglesa. Ele estava discursando por cerca de 25 minutos sobre os pecados sexuais, quando foi abordado pela polícia local e, em seguida, foi detido

  • Evangelista americano Tony Miano foi preso por pregar contra a imoralidade sexual, acusado de violar a seção 5 do Ato de Ordem, por usar "discurso homofóbico", em Londres, Inglaterra, 01 julho de 2013.

Segundo o direito inglês, Miano feriu a seguinte ideia: “usando o discurso homofóbico, que pode levar as pessoas à ansiedade, à angústia, ao alarme ou ao insulto”.

Segundo a polícia, pregar em si não é uma ofensa. No entanto, a parte específica da Bíblia, utilizada pelo xerife em sua fala, foi interpretada como homofóbica por uma mulher, que fez a reclamação. O americano explicou, então, que não odeia os homossexuais. Ele reiterou que estava pregando sobre diversas formas de imoralidade sexual, como luxúria e vício em pornografia. Miano disse ainda que “ama os homossexuais o suficiente para trazê-los a verdade do Evangelho”.

Na delegacia, o xerife foi fotografado e teve suas impressões digitais colhidas. Ainda foi coletada uma amostra de seu DNA para garantir que ele não era um criminoso procurado.

Miano passou cerca de sete horas na cadeia. Nelas, o cristão foi interrogado sobre a sua fé em Jesus Cristo e foi feita uma série de indagações: “Perguntaram se acredito que a homossexualidade é um pecado. Pediram para mostrar a parte da Bíblia, que eu estava lendo. E respondi também a seguinte questão: se um homossexual estivesse com fome e se aproximasse de mim, se eu lhe daria algo para comer”, relembrou.

As palavras da Bíblia trouxeram consolo nos momentos na cadeia. Ele contou ter cantado hinos dentro da cela.

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Miano vive na Califórnia, na região de Los Angeles, nos Estados Unidos (EUA), e tem três filhas. Ele tem um blog e mais de 7,6 mil seguidores no Twitter, segundo dados coletados nesta segunda-feira (8). Na página dele no microblog, é possível acessar vários vídeos sobre a prisão em Londres.

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Pastor não é profissão, é vocação, diz Feliciano sobre empregados

 

Cinco pastores da igreja de Marco Feliciano recebem salário da Câmara

por Leiliane Roberta Lopes

Pastor não é profissão, é vocação, diz Feliciano sobre empregados

Pastor não é profissão, é vocação, diz Feliciano sobre empregados

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) está “no olho do furacão”. Diariamente, jornais e sites têm procurado investigar sua vida atual e pregressa. Hoje, a Folha de São Paulo denunciou que cinco pastores de sua igreja, Catedral do Avivamento, recebem salários da Câmara. Eles foram contratados como “assessores”, mas não cumprem expediente nem Brasília nem em Orlândia, base política do pastor-deputado.

Oficialmente, assessores nomeados precisariam cumprir 40 horas semanais de trabalho legislativo. Seus salários que chegam a R$ 7.000. Segundo a Folha, os “funcionários fantasmas” são os pastores Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira. Marina Octávio, filha da pastora Roseli, também é funcionária do gabinete da Câmara.

Segundo informações, os pastores lideram os trabalhos das Catedrais do Avivamento no interior paulista, em Franca, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia.

O pastor Wellington entende que é normal a nomeação dos pastores, mesmo que eles não trabalhem em Brasília. “Qualquer pessoa que vai contratar o seu assessor parlamentar contrata gente próxima, amigos. Os pastores são amigos”, justifica.

Marco Feliciano tem evitado conversar com a imprensa depois dos últimos acontecimentos, mas comentou o assunto na saída da sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que presidiu hoje pela primeira vez.

“Pastor não é profissão, é vocação, não recebem salário [na igreja] para isso. Eles trabalham pra mim, para o meu gabinete, levando os jovens para centros de recuperação, dando assistência social”, declarou. Porém quando questionado se os pastores desenvolvem trabalhos de assessoria legislativa, Feliciano não respondeu.

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Pastor é confirmado no comando da Comissão de Direitos Humanos

 

Religioso que atacou negros e gays é indicado oficialmente para presidir colegiado na Câmara

05 de março de 2013 | 18h 10

  • Eugênia Lopes – O Estado de S. Paulo

 

BRASÍLIA – A maioria da bancada do PSC decidiu nesta terça-feira, 5, indicar o deputado e pastor Marco Feliciano (SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Pela tradição da Casa, o ato o coloca, na prática, na chefia do órgão parlamentar. Partidos governistas e da oposição, porém, não descartam rejeitá-lo em votação prevista para hoje. Feliciano é acusado de ser racista e homofóbico por causa de declarações recentes feitas na internet.

O PT, que tradicionalmente comanda esse colegiado, abriu mão da vaga em favor da sigla cristã, que faz parte da base de sustentação do governo da presidente Dilma Rousseff. O papel da comissão é analisar projetos que tratem de interesses de minorias.

Feliciano escreveu em sua página no Twitter, em 2011, que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva "ao ódio, ao crime e à rejeição", e que descendentes de africanos são "amaldiçoados". Ontem, ele defendeu as frases. "Não neguei o que escrevi e não nego agora. Foi só um post. A maioria das informações sobre mim não são reais", afirmou.

A bancada do PSC decidiu manter a indicação de Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos depois de quase três horas de reunião. Dos 17 deputados do partido, 13 teriam votado a favor do nome do pastor.

Preocupado com a repercussão negativa do nome de Feliciano, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), fez um apelo nos bastidores para a bancada desistir da nomeação. Mas não adiantou.

A previsão é que a eleição hoje de Feliciano para a presidência da Comissão seja tumultuada. "Vamos fazer uma guerra. Do ponto de vista prático, essa indicação significa a inviabilidade da comissão, que passará a ser um palco de conflito permanente", afirmou o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ). "A indicação vai criar uma crise sem precedentes. Mesmo que venha a ser eleito, ele vai ter muito votos contrários. Não é uma restrição ao PSC e sim ao papel dele. É uma desmoralização para o Parlamento", disse a deputada Érica Kokay (PT-DF).

Ao ter seu nome ratificado pelo líder do partido, deputado André Moura (SE), Feliciano defendeu a discussão prioritária dos seguintes temas: imigração ilegal, terras para quilombolas e para índios. "Muitas minorias têm sido esquecidas pela comissão", disse. Feliciano tem sido um crítico do espaço dado à defesa de direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais pela comissão. "Há um predomínio dos assuntos GLBT. Precisamos discutir outros assuntos", afirmou.

"O casamento de pessoas do mesmo sexo não é previsto na Constituição. O casamento civil neste país é entre homem e mulher. E ponto final", disse Feliciano, assim que sua indicação foi anunciada. Em entrevista, Feliciano aproveitou para se comparar ao pastor norte-americano e defensor dos direitos humanos Martin Luther King. "Disseram ser da idade da pedra ou dos tempos de caça às bruxas a escolha de um pastor para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Lembro que o maior defensor dos direitos humanos de todos os tempos foi um pastor: Martin Luther King. Não me comparo a ele, mas era também um cristão."

No primeiro mandato como deputado federal, Feliciano apresentou alguns projetos de lei, como o que institui o programa "Papai do Céu na Escola" na rede pública de ensino. Outra proposta do deputado pretende sustar a decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu como entidade familiar a união entre pessoas do mesmo sexo. Feliciano apresentou ainda projeto de lei para punir quem sacrifica animais em rituais religiosos, prática adotada em algumas cerimônias do candomblé. "Mesmo meu partido sendo conservador e de direita, ninguém será tolhido na comissão", afirmou.

Lobo. Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Carlos Magno, a indicação do pastor para a presidência do colegiado é "um retrocesso para o País". Assumindo o cargo, afirmou Magno, Feliciano tomaria as rédeas de uma comissão tida como estratégica para os gays. "Acho que a nomeação dele à presidência é um retrocesso para o País. Ele é um pastor homofóbico", disse Magno. "Não vamos aceitar. A comissão é estratégica."

O ex-presidente da associação, Toni Reis, comparou: "é como colocar lobos para cuidar das ovelhas". A ABGLT anunciou que já articula medidas de protesto à nomeação. Uma delas será mobilizar parlamentares de partidos aliados da associação para esvaziarem as reuniões do colegiado.