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Festival Promessas na Globo dá Início à Guerra de Opiniões entre Pastores

 

Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post

A exibição do Festival Promessas na Rede Globo, cuja popularidade atingiu os 13 pontos no Ibope, está gerando controvérsias entre líderes religiosos que manifestam sua opinião em blogs e nas redes sociais.

O pastor da Assembléia de Deus Ciro Sanches Zibordi criticou a apresentação dos shows gospel, dizendo que a prioridade deveria ser a abertura de oportunidades para pregação do Evangelho, e não a transmissão de shows gospel.

“Abriu-se, de fato, uma porta global para a pregação do Evangelho, como muitos ufanistas têm dito nas redes sociais? Ou a porta foi aberta principalmente para beneficiar as celebridades gospel – que já venderam milhões de discos – e, consequentemente, a maior emissora de TV do Brasil?”, diz Zibordi em seu blog.

Segundo ele, a mídia estaria dando todo apoio ao evento televisionado, o que seria um indício de que ele teria características mais ecumênicas e que não confrontaria o pecado. “O evangelho-show não confronta o pecado. Ele é maleável, suave, agradável, massageia egos e está aberto ao ecumenismo…”, diz o líder religioso.

O escritor Maurício Zágari, que trabalhou na TV Globo, criticou duramente a exibição do espetáculo: “dinheiro é a única motivação da Globo para esse evento, bem como dos pastores que durante toda a vida malharam a Globo e no entanto vergonhosamente fizeram anúncio de seus produtos nos intervalos”. Ele aponta que o mercado gospel movimenta R$ 2 bilhões anualmente e que a pirataria é menor no mercado de musicas evangélicas, o que por si só já é um atrativo para gravadoras seculares, como a Som Livre.

Segundo Zágari, um dos versículos mais usados pelos defensores do evento foi Filipenses 1.18: “Todavia. que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei“.

O professor de Bíblia e Hermenêutica Reverendo Augustus Nicodemus Lopes comentou o texto em seu Twitter. “Paulo se referia aos judeus incrédulos que o estavam acusando nos tribunais romanos, quando ele estava preso em Filipos. Ao acusar Paulo, eles tinham de dizer que Paulo estava pregando que Cristo morreu, ressuscitou e que era o Senhor acima de César. Eles falavam isto para condenar Paulo, mas involuntariamente estavam pregando o Evangelho. é nisto que Paulo se alegrava. Portanto, não creio que se possa usar este texto para defender que os crentes podem usar qualquer meio para pregar o Evangelho".

Muitos outros comentários puderam ser vistos no Twitter, o que dá indícios de que a controvérsia sobre a inserção de elementos do mundo gospel pela maior emissora do Brasil está apenas começando.

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Homossexualidade é Opção? Veja a Opinião de Políticos, Pastores e Cientistas

 

Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post

A homossexualidade é uma opção ou uma determinação genética? A questão é polêmica e gera intensos debates entre homossexuais, heterossexuais, religiosos, cientistas e até no meio político.

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), afirmou na semana passada ao Terra TV que o fato de segmentos políticos afirmarem que a homossexualidade é uma opção é um equívoco.

“é um equívoco, pois significa desconhecer uma série de ‘conquistas’ que a ciência já fez no sentido de mostrar que nós não optamos por isso”.

O deputado, assumidamente homossexual, é favorável ao PLC 122, projeto de lei desarquivado pela senadora Marta Suplicy (PT – SP), que trata da união homoafetiva. Ele também defende a implementação do que é conhecido como "kit gay", apelido dado às cartilhas e vídeos sobre preconceito e bullying que o Ministério da Educação quer distribuir em escolas públicas.

Pastores e cientistas divergem sobre o assunto. O reverendo Marcos Amaral, que é pastor e psicólogo clínico falou ao The Christian Post que a maioria dos estudos científicos não comprovam que a homossexualidade é determinado biologicamente.

“Existem estudos bastante ricos e avançados que acompanharam o cérebro de homossexuais e verificaram que eles emitem conexões entre os neurônios bem parecidas com as de uma mulher. Mas isso não significa que isso comprove que a homossexualidade é algo determinado biologicamente”, disse Amaral ao CP.

O líder religioso explica que os estudos científicos mostram que pressões externas acabam moldando o comportamento do indivíduo, que o levam a agir de determinada maneira.

“Via de regra”, diz o pastor, “os homossexuais possuem problemas com a figura paterna, geralmente o pai é omisso ou violento”, diz. “Além disso, Freud já chamava a homossexualidade de perversão libidinal”, cita.

Apesar dessa ideia de que pressões externas e as dinâmicas da vida moldam o comportamento dos homossexuais, segundo Amaral, “não devemos demonizá-los”.

Mas para a geneticista Mayana Zatz, que responde a perguntas de leitores na Veja, ainda não existe uma comprovação científica sobre o assunto.

“Embora em minha opinião exista uma predisposição genética para um comportamento homossexual, pesquisas científicas que provem isso na prática são muito difíceis de serem realizadas”.

A cientista indica que pode existir uma “herança multifatorial” neste caso, onde vários genes interagem com o ambiente para determinar uma característica.

“Entretanto, a identificação de genes responsáveis por traços multifatoriais é extremamente difícil”, disse Zatz, de acordo com a Veja.

A cientista afirma que até hoje não foram ainda identificados os muitos genes que determinam a estatura e sabe-se com certeza que trata-se de um traço com grande influência genética.

Por outro lado, durante muito tempo, o autismo também era atribuído ao ambiente e hoje, ela explica, sabe-se que o comportamento autístico é uma característica genética, embora a busca para os genes responsáveis ainda continue.

Ela conclui que o avanço nas pesquisas e tecnologias poderá talvez elucidar esse enigma no futuro próximo.

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Pastores Divergem em Opinião se as Casas de Prostituição Devem Fechar

 

Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post

Casas de prostituição, ponto que atrai sexo, drogas e violência na Bahia, criaram polêmica em torno de se devem ser fechadas ou não. Comentários divergem mesmo entre pastores evangélicos.

O delegado evangélico de Cachoeira, cidade do Recôncavo baiano, Laurindo Neto, quer fechar as casas de prostituição da rua do Brega. As casas, que estão no local há 150 anos, servem, entre outras coisas, como ponto de encontro para traficantes da região.

Mas se depender de Jailton Santos, pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, os prostíbulos devem continuar funcionando. Santos fundou fundou a igreja evangélica ao lado do brega de Cabeluda, um dos mais antigos da cidade.

Em declaração ao diário Correio 24 horas, ele afirmou que “o ensinamento divino é que se pregue a palavra de Deus onde o pecado está e por esse motivo preferimos que os bregas continuem abertos para que essas mulheres tenham a chance de encontrar o conforto na palavra de Deus”, defende o pastor, que trabalha como operário da construção civil em Cachoeira.

Mas para o delegado o fechamento dos bregas não é por moralismo, e sim por segurança. Ele disse ao Correio 24 horas que o local é frequentado por Edmilson Bispo dos Santos Júnior, o Júnior, 27 anos, fundador do Primeiro Comando do Interior (PCI), facção inspirada no grupo criminoso paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Júnior e seus comparsas usam essas casas de brega com regularidade. Manter esses bregas abertos é facilitar a ação do crime na nossa cidade. Quem quiser fazer sacanagem vai ter que ir para outra cidade”, disse à publicação.

Já o pastor Jailton acredita que, caso os bregas sejam fechados, o ‘poder do evangelho’ vai se enfraquecer. “Temos a intenção de estar onde as pessoas que precisam de ajuda estão. Por isso, resolvemos abrir a igreja na rua onde estão os bregas da cidade”, disse ao Correio 24 horas.

A cidade de Cachoeira cresceu como entreposto comercial do estado. último ponto navegável atrás da Baía de Todos os Santos, a cidade abrigou várias casas ou cabarés de prostituição, mais conhecidos como bregas, para atender às necessidades dos viajantes.