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Pastor Denuncia Ministério do Esporte de Cobrar Propina para o PC do B

 

Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post

O pastor David Castro, fundador da Igreja Batista Gera Vida de Brasília, afirmou que recebeu R$ 1,2 milhões em convênios do Ministério do Esporte, mas foi pressionado a repassar 10% do valor aos cofres do PC do B, partido que controla a pasta. A afirmação foi feita ao jornal Folha de S. Paulo, em que o pastor disse ter se recusado a pagar a propina.

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(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro do Esporte, Orlando Silva, concede entrevista coletiva no dia 17 de outubro em Brasília. 17/10/2011

Em 2006, o ministério acordou um convênio com a igreja a fim de desenvolver atividades esportivas para crianças carentes, dentro do programa Segundo Tempo, de acordo com a publicação.

Depois das denúncias do policial João Dias Ferreira, o pastor David Castro é a segunda pessoa que vem a público denunciar esquema de corrupção no âmbito do programa Segundo Tempo. Segundo Tempo é um programa mantido pelo Ministério para incentivar o esporte entre crianças carentes por meio de parcerias com ONGs.

Castro, dono de duas ONGs conveniadas ao Ministério, afirmou à revista Veja que o próprio Orlando Silva teria recebido dinheiro pessoalmente.

Segundo reportagem da Folha, eram mantidos dois convênios entre a Igreja Batista Gera Vida e o Ministério dos Esportes desde 2006 para desenvolver atividades esportivas para cerca de 5.000 crianças dentro do Programa Segundo Tempo.

Na época da apresentação das propostas, quem comandava a pasta era o petista Agnelo Queiroz. Já na época de assinatura dos convênios, Orlando Silva já havia assumido, segundo a revista Exame.

O pastor David Castro não forneceu nomes, mas disse à Folha que duas pessoas o procuraram, dizendo falar em nome do PCdoB e de Agnelo, após a liberação da primeira parcela do dinheiro, no final de 2006.

Os interlocutores teriam alegado necessidade de “suporte político do ministro” para justificar o pedido de propina.

O pastor disse ainda que “houve dificuldade” na hora da prestação de contas, o que poderia ter sido uma forma de retaliação ao fato de ter se recusado a pagar a propina.

Sua igreja é acusada pelo Ministério Público Federal de ter cometido irregularidades numa licitação para compra de merenda e cobra a devolução do dinheiro.

Castro afirmou ao jornal que foi apenas depois da recusa em pagar a propina que o Ministério resolveu reprovar as contas da entidade, já que antes da acusação do MP, a pasta chegou a mandar uma carta oferecendo a renovação do contrato.

As acusações foram negadas pelo Ministério do Esporte, que disse que o envio da carta era um procedimento padrão, sem garantia de renovação, e que a prestação de contas da igreja foi reprovada por não se encaixar nos requisitos legais.

A Folha apurou ainda que em 2007, o MP enviou recomendação para que o Ministério suspendesse o repasse de verbas para a entidade. Mas Agnelo Queiroz, por meio de assessoria, afirmou que não era mais ministro quando o convênio foi assinado e que não conhece David Castro.

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Pastor afirma que Esporte cobrou 10% para PC do B

 

DE SÃO PAULO

O fundador de uma igreja que recebeu R$ 1,2 milhão do Ministério do Esporte diz que foi pressionado a repassar 10% do dinheiro para os cofres do PC do B, o partido que controla o ministério, informa reportagem de Andreza Matais e Felipe Coutinho, publicada na Folha desta sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

"Veio um monte de urubu comer o filezinho do projeto", disse à Folha o pastor evangélico David Castro, 56, que dirige a Igreja Batista Gera Vida, de Brasília.

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Ele diz que se recusou a pagar a propina.

Filiado ao PP, Castro afirmou que sofreu retaliação por não ter pago a propina exigida. "Na hora da prestação de contas [do convênio], houve dificuldade porque evidentemente não houve propina."

O Esporte afirmou ser mentira que o projeto do pastor foi reprovado por que não houve pagamento de propina. "A prestação de contas não foi aprovada porque o convenente não cumpriu os requisitos legais."