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Pastor é novamente preso após repressão do governo

PERSEGUIÇÃO NA CHINA

 

O pastor Enhao Shi, vice-presidente da Igreja Chinesa Casa da Aliança (CHCA), foi condenado na cidade de Suqian a 2 anos de reeducação através do trabalho forçado. Durante meses, a China tem começado a implementar uma rigorosa repressão contra as igrejas domésticas.

O pastor Shi foi preso em 31 de março e detido por 12 dias. Ele foi preso novamente em 21 de junho, como “supeito de utilizar a superstição para minar a aplicação da lei”, o que é considerado um crime sério na China. Mas a sentença lhe foi imposta administramente, sem julgamento nem assistência de um advogado.

A CHCA é uma grande “igreja doméstica” na China, com milhares de membros. Nos últimos meses, a segurança pública ordenou que a igreja suspendesse todos os tipos de reuniões e confiscou veículos, equipamentos musicais e quase todos os dízimos. A polícia também ameaçou as três filhas do pastor e seus maridos.

Na China existem mais cristãos protestantes não oficiais (80 milhões) do que membros do Movimento das Três Autonomias (20 milhões). Para que a situação não saia do controle e se torne algo grande demais, há quase quatro anos o governo lançou uma campanha para eliminar as comunidades religiosas clandestinas ou uni-las às comunidades registradas pelo governo.

A série de prisões de cristãos protestantes coincide com uma série de detenções de militantes democráticos e advogados de direitos humanos.

O governo teme que qualquer movimento não controlado pelo partido Comunista possa provocar revoltas semelhantes às que estão acontecendo no Norte da África e no Oriente Médio.

Esse medo aumentou ainda mais pelo fato de muitos ativistas que defendiam os direitos humanos terem se convertido ao cristianismo.