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Suecos querem fazer da pirataria uma religião

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Uma nova seita está sendo criada na pequena cidade de Uppsala, a 70 km da de Estocolmo, capital da Suécia. Chamada de Missionary Kopimistsamfundet [Igreja Missionária do Kopismo] seus adeptos usam a internet para discutir assuntos do mundo virtual, em especial sobre a compra de softwares tanto que um dos mandamentos seguidos por quase mil pessoas é “Não roubarás, copiarás”.

A ideia da seita é tratar de assuntos relacionados a tecnologia, os frequentadores do site trocam arquivos, textos, músicas e vídeos. A seita foi fundada pelo partido Pirata sueco com base do Kopimi (Copy Me), para ser o oposto do Copyright. Ou seja, eles defendem como religião a autorização para fazer cópia e pirataria de softwares e outros arquivos.

Isak Gerson, 19 anos, estudante de filosofia e defensor da religião do Kopimismo, fundou a igreja no ano passado com o objetivo de se proteger usando um parágrafo legítimo da constituição sueca: “Capítulo 2. § 1 cada cidadão tem garantida contra o governo a liberdade de religião: Liberdade, seja sozinho ou com outras pessoas, para praticar sua religião.”

Se for aceita como religião a pirataria vai deixar de ser considerada ilegal, já que eles estarão respaldados por essa lei. Nos “cultos” é pregado o livre compartilhamento como algo sagrado. Nenhum deles compra livros, CDs ou DVDs, nem utiliza programas como Windows ou iTunes. Usam o sistema aberto Linux nos computadores e, para justificar os atos fora da lei, costumam afirmar que impedir a comunhão da cultura, ou cobrar por ela, é inaceitável.

Em maio deste ano, ele enviou ao governo sueco uma petição para que o Kopismo se torne de fato uma igreja reconhecida.“O pedido foi rejeitado no início de abril deste ano”, disse o fundador no seu perfil do Twitter @isakgerson. “Foi rejeitado porque a lei sueca exige uma comunhão religiosa que tenha uma maneira formalizada de rezar ou algum tipo de meditação.”

Ele entrou novamente com o pedido, dessa vez formalizando seus rituais oficiais, com direito a uma meditação sobre o compartilhamento de informações e o ato de copiar arquivos. Os seus sacerdotes passaram a se chamar “ops” e o Ctrl+C e o Ctrl+V foram definidos como símbolos sagrados. Mas tiveram novamente o pedido negado.

Data: 9/9/2011 08:35:22
Fonte: FG News

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ALINE BARROS: Cantora é destaque em portal de notícias da Globo

A inserção de artistas da música cristã em emissoras de rádio e TV seculares tem se tornado frequente nos finais de semana do canal aberto. Programas de Raul Gil, Gugu Liberato, e com mais frequência, Faustão, tem dado oportunidade a nomes como Fernanda Brum, Diante do Trono, Regis Danese, entre outros, de se mostrarem e difundirem a mensagem que frisam em seu trabalho. O último destaque foi a cantora Aline Barros que, após participação no Domingão do Faustão  e do show da virada em 2010, chamou a atenção dos editores do portal de notícias da Globo, o G1, pelo incrível sucesso de sua biografia. Confira abaixo a reportagem:

Gospel e pop, Aline Barros cita a Bíblia contra a pirataria

Autobiografia da cantora religiosa vendeu 50 mil exemplares em três meses.

Para evitar polêmicas, ela não revela os ‘artistas seculares’ que ouve.

A leitura de "Aline Barros – fé e paixão" começa com uma menina que conseguiu vender só um cachorro-quente em um dia de trabalho em uma barraca no Rio de Janeiro. E termina com a discografia comentada da principal cantora gospel do Brasil, graças a 5 milhões de CDs vendidos em 16 anos. Com capítulos pontuados por salmos, a biografia de Aline foi comprada por 50 mil pessoas em três meses.

“Coloquei ali dentro princípios que nortearam a minha vida”, explica ela, hoje com 33 anos, em entrevista ao G1. “Eu era uma menina que não imaginava ser cantora. Nunca acreditei que iria brilhar nas primeiras páginas de revistas e nos jornais. Tudo aconteceu naturalmente. Hoje, tenho o respeito de evangélicos, católicos, espíritas… O que atrai as pessoas é o perfume de amor que a gente exala.”

O começo da carreira veio quando tinha 17 anos, com a ajuda de Ricardo Feghali e Cleberson Hortsh, músicos do grupo Roupa Nova. “Eu era muito novinha”, recorda. “Tinha dois aninhos quando os conheci. Chamava de Tio Feghali. Eles eram amigos dos meus pais. Eu me sentia à vontade por trabalhar com eles. Eu já cantava algumas músicas em Igrejas, tocava violão. Eu só queria que me gravassem.”

No livro, Aline não deixa de mencionar o mal que teve em suas pregas vocais. Há oito anos, uma fenda fez com que ela ficasse com 5% da voz. Após o aviso médico de que poderia nunca mais voltar a cantar, passou horas trancada no quarto, aos prantos. “Minha voz foi modificando muito. Até por conta do problema que tive”, lembra. “Nunca tive aula de canto. Eu não tinha muito cuidado. Não me preocupava em aquecer e desaquecer a voz”, lamenta.

Foto: Divulgação

Aline durante gravação do "Show da virada", no fim de 2010, exibido pela Rede Globo

    Ao falar sobre pirataria, que “afeta todos os artistas”, ela cita uma passagem de outro livro. “Eu oriento as pessoas, digo que é errado. A Bíblia mesmo fala sobre isso: dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Quando você compra algo pirata, não está contribuindo. É errado. Tenho orado bastante para outros meios melhorarem essa questão”, conta.

No fim deste mês, lança o CD “Extraordinário amor de Deus”. “As canções têm o meu dedinho”, avisa. “Cada CD é como se fosse um filho pra mim. Este é uma convocação geral para que pessoas de todas as idades façam a diferença. São 14 faixas, cada uma mais linda do que a outra.”

Entre um lançamento e outro, Aline também se arrisca pelo mundo do streaming. “De vez em quando, eu entro no YouTube para ver o que está acontecendo com a música. Vou a shows. Eu trabalho no meio musical, tenho que ficar antenada para novas tendências”, justifica.

A pesquisa em busca do que está sendo produzido na “música secular”, como chama artistas que não são do universo gospel, perturba alguns. “É complicado citar nomes de bandas e cantoras. Acabo criando polêmica. Tem gente [do meio gospel] que não acha legal. Há pessoas que não aceitam ouvir música secular”, explica.

Só resta, então, especular se Aline prefere Lady Gaga, Marisa Monte, Taylor Swift, Celine Dion ou Shakira.

Data: 24/1/2011 08:48:55
Fonte: G1

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RÁDIOS: Concessões triplicam para igrejas e políticos em ano

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eleitoral

Foram 183 decretos em 2010, contra 68 no ano passado; ministério diz que criação de grupo de trabalho gerou "boom"

Em ano eleitoral, o governo federal quase triplicou o número de renovações ou novas autorizações para o funcionamento de rádios em todo o país. A maioria delas (57%) beneficia veículos ligados a políticos ou a igrejas.

Segundo levantamento feito pela Folha em decretos conjuntos da Presidência e do Ministério das Comunicações, assinados neste ano, 183 rádios comerciais ou educativas foram beneficiadas pelo governo, em 162 municípios.

Dessas, 76 são ligadas a políticos. Outras 28 estão sob controle, ainda que indireto, de entidades religiosas -evangélicas e católicas.

A maioria das autorizações (72,8%) é para rádios localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) tem seu mais fraco desempenho nas pesquisas.

Do total de decretos, 74 deles foram assinados a partir de 26 de julho, já com a campanha eleitoral oficialmente em andamento. A maioria estava havia anos aguardando uma decisão.

A concentração de decretos publicados nessas últimas três semanas já é maior do que os números verificados nos anos anteriores. Durante todo o ano de 2009, foram 68 autorizações. Entre 2006 e 2008, foram 62.

Antes do período eleitoral, os últimos decretos haviam sido assinados em março, último mês da gestão de Hélio Costa (PMDB) no Ministério das Comunicações.

Antes de deixar o ministério, ele assinou decretos beneficiando, entre outras, rádios do empresário Fernando Sarney e do senador Lobão Filho (PMDB-MA) -filhos, respectivamente, do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA).

Também está na lista a Rádio Princesa do Vale, de Itaobim (MG), que tem como sócio, segundo dados do sistema de controle da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o ex-deputado federal Romeu Queiroz, réu no processo do mensalão, quando ainda era do PTB. Hoje é candidato a deputado estadual pelo PSB, em Minas.

Já no período eleitoral foram beneficiadas 33 rádios ligadas a políticos, como Antônio Bulhões (PRB-SP), Wilson Braga (PMDB-PB), Moacir Micheletto (PMDB-PR) e Pedro Fernandes Ribeiro (PTB-MA), todos deputados federais da base aliada.

Também teve a concessão renovada a Rede Centro-Oeste de Rádio e Televisão, que tem como sócio Antônio João (PTB-MS), suplente do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e coordenador da campanha do petista à reeleição.

O Ministério das Comunicações credita o "boom" de regularizações e novas concessões à criação de um grupo de trabalho, no fim de 2008, para desafogar os processos pendentes no órgão.

Algumas das concessões agora regularizadas já estavam vencidas desde a década de 1990. O ministério, contudo, não explicou o porquê da concentração de decretos em período eleitoral.

Data: 16/8/2010 09:36:41
Fonte: Folha de São Paulo