Dilma conta com aliança entre Edir Macedo e Valdemiro Santiago para criação de novo imposto, diz jornalista

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 28 de outubro de 2015

Dilma conta com aliança entre Edir Macedo e Valdemiro Santiago para criação de novo imposto, diz jornalista

A presidente Dilma Rousseff (PT) conseguiu um feito raro em sua luta para permanecer no poder e tentar reequilibrar as contas públicas: uniu dois grupos de políticos ligados aos rivais bispo Edir Macedo e apóstolo Valdemiro Santiago.

Os interlocutores da presidente conseguiram juntar os parlamentares ligados a Macedo e Santiago em torno da proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com a promessa de isenção do imposto às transações realizadas pelas igrejas.

No encontro intermediado pelo senador Marcelo Crivella (PRB) entre a presidente Dilma Rousseff e diversas lideranças evangélicas, incluindo os pastores Samuel e Abner Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira, o deputado federal Francisco Floriano (PR-RJ) estava presente, sendo porta-voz do grupo de parlamentares ligados à Igreja Mundial do Poder de Deus, de Valdemiro Santiago.

Crivella, que é bispo licenciado da Universal, exercia o papel de interlocutor da bancada do PRB, que apoia Dilma e abriga todos os parlamentares da denominação de Edir Macedo.

A união entre os grupos políticos de Macedo e Santiago estaria gerando “ciumeira” nos demais líderes evangélicos, de acordo com informações do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

“A ciumeira entre os evangélicos, principalmente os aliados a Eduardo Cunha, é enorme”, escreveu Jardim, ao contextualizar a notícia: “Os líderes das grandes igrejas evangélicas ainda não entenderam bem o porquê da aliança entre dois rivais históricos: bispo Macedo, da Universal do Reino de Deus, e Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. Os grupos políticos dos dois, que vivem às turras por tempo de programação na televisão aberta e outras questões nem tão teológicas, uniram-se ao governo pela aprovação da CPMF, desde que as igrejas fiquem isentas”, informou.

Ainda segundo o jornalista, “pastores compartilham quase todos os dias em grupos de WhatsApp a foto do encontro de Dilma com Marcelo Crivella, capitaneando evangélicos da Universal, e com o deputado Francisco Floriano, à frente dos políticos ligados à Igreja Mundial”, num exemplo claro de perplexidade com a situação.

Dilma age nos bastidores para evitar impeachment, mas TSE deverá unificar pedidos de cassação

Publicado por Tiago Chagas em 14 de outubro de 2015

Dilma age nos bastidores para evitar impeachment, mas TSE deverá unificar pedidos de cassaçãoA presidente Dilma Rousseff (PT) vem atuando fortemente nos bastidores para, através de negociações políticas, impedir que o processo de impeachment contra ela seja levado adiante, mesmo após o Tribunal de Contas da União apontar que sua administração cometeu crimes de desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

No entanto, essa não é a única frente de investigação que pode acabar com o segundo mandato de Dilma de forma precoce. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá, nos próximos dias, determinar que todas as ações que tramitam na corte pedindo a cassação de seu mandato – assim como o do vice, Michel Temer (PMDB) – sejam reunidas em uma só.

“Na semana passada a Justiça Eleitoral decidiu pela primeira vez abrir uma ação de impugnação de mandato eletivo contra uma chapa presidencial eleita. Há outras três ações tramitando com questionamentos à campanha de Dilma e Temer. Mesmo ministros que votaram contra a abertura da ação avaliam que a jurisprudência da corte, pelo menos desde 2013, determina que ações correlatas sejam reunidas em um único processo, como sugeriu o ministro Luiz Fux em seu voto”, informou a jornalista Vera Magalhães, na coluna Radar Online, da revista Veja.

Essa reunião de todas as ações em uma única tem o propósito de, com as apurações, facilitar o trâmite dentro do TSE e apontar quais pontos possuem, ou não, embasamento jurídico.

Por outro lado, a equipe da presidente espera que a Comissão de Orçamento do Senado não siga a decisão do TCU de reprovar as contas de 2014 de Dilma, para assim, minguar o principal argumento da oposição para levar o impeachment adiante.

Mas, segundo Vera Magalhães, já não há tanta certeza que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) se mantenha fiel à aliança com Dilma. “Após uma semana em que colecionou derrotas, o governo já não sabe se pode contar com Renan Calheiros (PMDB-AL) para barrar o impeachment contra Dilma Rousseff. O presidente do Senado fez críticas à reforma ministerial — que, segundo ele, não incluiu a cúpula do PMDB no núcleo decisório do Planalto. Os três ministros sob sua influência no TCU votaram pela rejeição das contas da presidente. Por fim, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), soldado de Renan que preside a Comissão de Orçamento, previu que o colegiado referendará o parecer do Tribunal de Contas”, escreveu a jornalista.

A estratégia, agora, é tentar reatar com os parlamentares para que eles “não embarquem no navio do impeachment”, apontando as acusações contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como um motivo para não seguir suas manobras.

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Malafaia: “Porque Janot denuncia Cunha e esquece Dilma, citada 11 vezes na Lava-Jato?”; Assista

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias -em 25 de agosto de 2015

Malafaia: “Porque Janot denuncia Cunha e esquece Dilma, citada 11 vezes na Lava-Jato?”; AssistaNos últimos dias, o pastor Silas Malafaia tem sido criticado por dizer quenunca apoiou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em suas candidaturas a deputado, mas o apoiou para a presidência da Câmara dos Deputados.

Malafaia voltou ao tema em seu perfil no Twitter e reiterou sua posição, frisando que seu apoio foi dado ao colega de ministério Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ): “Vou repetir o que falo há 4 dias: nunca apoiei Cunha para deputado. O deputado que apoio no RJ é Sóstenes. Porque só ele [Eduardo Cunha] foi denunciado? Essa é a questão”, escreveu o pastor.

Mais adiante, Silas Malafaia destaca que durante as investigações da Operação Lava-Jato, outros políticos com mandato foram denunciados antes de Eduardo Cunha, mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teria excluído tais nomes de suas primeiras listas de denunciados encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Se Cunha deve, que pague. Porque o procurador não denunciou membros do governo e senadores que apoiam o governo que foram citados? INTERESSANTE! Até poucos dias, para o PT, Renan [Calheiros, PMDB-AL, presidente do Senado] era o diabo. Virou amigo do governo, passou a ser Ave Maria. Cunha, que é inimigo do governo, é o capeta. Cunha e Sóstenes, o deputado que apoio no RJ, disputam os votos do mesmo eleitorado. Era para eu desejar que Cunha se ferrasse. Só para vocês saberem”, pontuou Malafaia.

O pastor ainda questionou o motivo de Rodrigo Janot não ter denunciado Dilma Rousseff ao STF, já que a presidente foi citada em onze depoimentos da Lava-Jato. Assista no vídeo abaixo:

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, Malafaia voltou à questão, dizendo que a distorção de suas palavras era obra da “petralhada”, e que embora não tenha apoiado Cunha durante a campanha eleitoral, vibrou com sua vitória este ano, quando ele foi eleito pelos colegas de parlamento como presidente da Câmara dos Deputados, por ter derrotado o PT.

httpv://www.youtube.com/watch?v=vzLxuqsVJhI