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Prática do ‘Cair no Espírito’ Gera Controvérsias, ‘É um Fenômeno Natural’ Diz Apologista

 

Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post

A prática de “cair no espírito”, presente em diversas igrejas evangélicas no Brasil e no mundo, descrita na série “Grandes Reportagens” do programa Domingo Espetacular, da Record provoca controvérsias entre os próprios evangélicos.

evangélicos

(Foto: noticias.r7.com)

Foto de tela do vídeo da Grande Reportagem sobre o "Cair no Espírito" transmitido pela Rede Record.

Enquanto alguns apoiam a iniciativa, justificando o “cair” como maneira de ficar em plena comunhão com o divino, outros condenam a prática, classificando-a como modismo teológico.

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De acordo com o apologista Johnny T. Bernardo, fundador do Instituto de Pesquisas religiosas (INPR Brasil), a prática não é aceita de forma unânime nas igrejas adeptas do fenômeno e mesmo nas igrejas petencostais. “São características esporádicas, presentes em igrejas de pouca formação teológica e que supervalorizam o ‘místico’ e o ‘sobrenatural’”, diz.

Segundo o estudioso, muitas pessoas, tanto latinas como de origem anglo-saxônica são facilmente atraídas por modismos teológicos e religiões de poder. “São características individuais e que variam de igreja para igreja e de país para país”.

é possível encontrar por, exemplo, igrejas em Nova York que induzem seus membros ao “cair no espírito”, mas também outras que optam por uma liturgia mais leve, com ministração de louvor e estudo bíblico. “Trata-se, pois, de um fenômeno global, e não apenas regional”.

História

O “cair no espírito” é uma prática adaptada pelas igrejas em célula e sua origem está na visão de Bogotá (G12).

Segundo Bernardo, o fenômeno passou a ser visto também como uma demonstração de que o crente está em plena comunhão com o divino.

Uma das igrejas pioneiras na prática é a Comunidade Cristã do Aeroporto, de Toronto, Canadá que, além do “cair no espírito”, tornou-se mundialmente conhecida pela “unção do riso” – experiência segundo a qual o crente começa a rir descontroladamente, seguido pelo “cair no espírito”. Outro “fenômeno” é o dente de ouro, prática comum em algumas igrejas pentecostais brasileiras, durante a década de 80.

A unção de Toronto passou a ser usada nas chamadas “ministrações”, reuniões de êxtase “espiritual” induzida por ministradores – pastores ou líderes de células – em ocasião de congressos e encontros.

Um dos primeiros a introduzir a prática no Brasil foi o casal César e Cláudia Castelhanos, autores e líderes internacionais da igreja em células. Presentes no 1º Congresso Nacional de Igrejas em Células no Modelo dos 12, realizado em junho de 2000, em Sumaré, SP, o casal ministrou a unção de Toronto, diante dos quais diversas pessoas, entre pastores e líderes, foram ao chão.

O crescimento exponencial do Protestantismo, que chega atualmente a cerca em torno de 590 milhões de seguidores, produziu uma igreja com diversas faces e formas de atuação, explica o apologista.

“é um fenômeno natural, mas que precisa de acompanhamento bíblico e eclesiástico. Os casos de Paulo e João que subiram ao céu por meio de um arrebatamento são fatos bíblicos que comprovam a atuação divina sobre o homem.”, diz Bernardo.

O estudioso acredita que a forma como algumas igrejas interpretam tal fenômeno foge à reta ortodoxia e constitui-se num prejuízo ao Evangelho.

“A virtude do Espírito é dada à Igreja como uma forma de “dunamis” (poder, impulso) para que esta realize a obra de Deus (Atos 1.8). é mais um sinal interno do que externo.”, conclui Bernardo.

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Procuradoria denuncia Edir Macedo e mais 3 por lavagem de dinheiro

DE SÃO PAULO

Atualizado às 15h08.

O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou o bispo Edir Macedo, fundador e líder da Universal do Reino de Deus, e outros três dirigentes da igreja pelos crimes de quadrilha para a prática de estelionato, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Segundo a Procuradoria, Macedo, o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa montaram uma quadrilha para lavar dinheiro da igreja, remetido ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos por meio de uma casa de câmbio paulista, entre 1999 e 2005.

Bispo Macedo dá pico de ibope ao "Domingo Espetacular"

Bruno Miranda – 27.set.2007/Folhapress

Procuradoria denuncia Edir Macedo por lavagem dinheiro

Procuradoria denuncia Edir Macedo por lavagem dinheiro

De acordo com a denúncia do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira, o dinheiro era obtido por meio de "oferecimento de falsas promessas e ameaças de que o socorro espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem economicamente pela igreja".

Os quatro também são acusados pelos crimes de falsidade ideológica por terem supostamente inserido nos contratos sociais de empresas do grupo da igreja composições societárias diversas das verdadeiras. O objetivo dessa prática seria ocultar a real proprietária de diversos empreendimentos.

Segundo a denúncia, a igreja só declara ao Fisco parte do que arrecada junto aos fiéis, apesar de ter imunidade tributária.

Somente entre 2003 e 2006, conforme a Procuradoria, a Universal declarou ter recebido pouco mais de R$ 5 bilhões em doações, mas, segundo testemunhas, esse valor pode ser bem maior.

Oliveira encaminhou cópia da denúncia à área Cível da Procuradoria da República em São Paulo, solicitando que seja analisada a possibilidade de cassação da imunidade tributária da igreja.

A denúncia foi oferecida à 2ª Vara Federal de São Paulo.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a assessoria jurídica da igreja afirmou que os advogados ainda não tiveram acesso à denúncia.

"Tudo indica, pelo que a mídia está veiculando, que tratam-se das mesmas acusações de sempre aos dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus, que sempre se mostraram inverídicas", diz comunicado da igreja.

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Viagens de Bispo Macedo da Record Inquietam Funcionários

 

Por Amanda Gigliotti|Repórter do The Christian Post

Segundo a F5 da UOL, são cada vez mais frequentes as viagens do dono da segunda emissora do país, Edir Macedo, provocando inquietações dentro da Record.

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(Foto: Divulgação)

Bispo Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da segunda emissora do país, Record. Viagens do Bispo deixam inquietos funcionários da Record.

Macedo teve sua viagem juntamente com Honorilton Gonçalves, vice-presidente artístico da Record, e outros bispos e obreiros da Igreja Universal.

Sem saber o local da viagem que foi marcada depois de finalizar o “jejum de informação”, relatos afirmam que o intuito seria definir mudanças na emissora.

As informações vem depois que Macedo havia motivado os fiéis a não ter contato com a mídia entre os dias 1º e 21 de agosto.

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Algumas fontes fazem especulações sobre a queda de Gonçalves da Record.

Gonçalves, que ajudou a emissora a chegar ao segundo lugar tomando o lugar do SBT, sofre pressão no momento por parar a ascenção no ibope, como relatado pela UOL.

Desde que ele começou o seu plano ‘A Caminho da Liderança’ lançada em 2005/2006, a Record multiplicou o seu ibope e se tornou a segunda emissora do país.

Relata-se que o dinheiro investido nessa época tenha sido em torno de R$ 3 bilhões investidos em infraestrutura, dramaturgia e programação.

A UOL buscou a assessoria da Universal mas não foi possível obter contato. Confirmou-se, entretanto, a informação sobre a viagem com um obreiro da igreja.

A assessoria da emissora ainda não comentou o assunto.

A publicação informou também sobre o descontentamento entre pastores e bispos na qualidade da programação. Os mais conservadores não aprovam programas como, por exemplo, ‘A Fazenda’.