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O Princípio e o Fim do Reinado do Messias

 Por Amilcar Rodrigues – gnoticias – em 15 de dezembro de 2015

O Princípio e o Fim do Reinado do MessiasO nascimento do Messias, Jesus de Nazaré, foi profetizado à cerca do Seu Reino, como segue:

“Do incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de David e no Seu Reino, para o firmar e fortificar em juízo e em justiça, desde agora para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto, Is 9:7“.

À cerca do Reino, Jesus deu testemunho, a Pilatos afirmando que Ele era Rei porque para isso tinha nascido. Também acrescentou que o Seu Reino não era deste mundo.

Com esta afirmação, Jesus demarcou-se de ser Rei, na esfera militar e política de Israel, ainda que fosse descendente do rei David. Qualquer tentativa de envolver num futuro escatológico o Messias, sentado no trono de Israel geográfico, não passa de uma falácia que infelizmente a maioria das igrejas evangélicas segue.

Sobre este Reino Messiânico, o apóstolo Pedro afirmou:

“Porque David não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés, At 2:34, 35“.

Podemos afirmar cronológicamente que o Reinado do Messias teve início quando ascendeu aos céus e assentou-se à destra de Deus, o Pai, Mc 16:19. O terminus do Reinado do Messias, terá lugar quando o último inimigo do Reino for vencido, como está escrito:

“Porque convém que reine, até que haja posto a todos os inimigos debaixo dos seus pés. Ora o último inimigo que há-de ser aniquilado é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro que se exceptua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos, I Co 15:25 a 28“.

No tempo presente, os acontecimentos da esfera política, econômica e espiritual, representados no Livro do Apocalipse por três cavalos, vermelho, preto e amarelo, Ap 6:4, 5 e 8, procuram guerrear os santos do Altíssimo, isto é a igreja dos redimidos pelo Sangue do Cordeiro que foi morto, antes da fundação do mundo e por causa desta redenção Deus o Pai O fez sentar à Sua mão direita, Sl 110:1, a quem David chamou de Senhor.

Para nossa reflexão, o Pai deu ao Filho a corôa do Reino e o Filho a restituirá ao Pai, depois de cumpridos os factos anteriormente referidos.

Para sempre Jesus de Nazaré, Ungido de Deus, o Segundo Adão I Co 15:22, o Primogênito dos Mortos estará por toda a eternidade connosco e cumprir-se-á a Sua Oração Sacerdotal, Jo 17.

casal com uma missão,
Amílcar e Isabel Rodrigue

“As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores.”
Amilcar Rodrigues foi ordenado pastor em 1978 na “Apostolic Faith Mission” na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão “Broadcast” pela “Geoffrey Connway Broadcast Academy” Toronto, Canadá, é filiado do “Crossroads Christian Comunication”. Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro “Deus da Aliança” , Evangelho dos Sinais aos Hebreus” e “Contos do Apocalipse”. Foi convidado pelo Gospel+ para participar como colunista em Maio de 2012.Por
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Atarefados com o Reino, mas esquecidos do Rei!

 

Por gabrielfelix em 16 de março de 2012

Atarefados com o Reino, mas esquecidos do Rei!

É tempo de conhecer o Rei e este tempo se chama sempre. Ele quer se revelar quer demonstrar o seu grande amor para a Sua noiva, quer que ela sinta o quanto Ele é precioso para ela e o quanto ela é preciosa para Ele.

Sim, é tempo de dar a Ele canções de amor, declarações que só podem sair de um coração apaixonado, um coração que queima por Ele, por ter Ele, por ser totalmente dEle.
Porem nós temos entregado a Ele o nosso silêncio, afinal, o nosso cansaço faz com que as declarações de amor sejam apagadas, faz com que desejamos conhecer mais o descanso do corpo do que do espírito, uma noiva cansada, muito atarefada com o Reino e esquecida do Rei. A realidade parece ter mudado passar um tempo se perfumando para o Rei, não é mais prioridade, a prioridade é gastar o perfume de muitos dias atrás, com o suor produzido para o Reino. O suor de correr atrás do Rei foi trocado pelo suor do ativismo para o Rei.

A noiva pode se perguntar: “Qual é o problema? Estou fazendo tudo para o Rei, para a Sua honra e glória, não consigo enxergar nenhum problema nisso, será que não estou demonstrando dessa forma o meu amor pelo Rei?” Não ha nada de errado em servi-lo, mas o Rei não nos chama mais de escravos, mas de amigos, escravos não se relacionam, apenas servem, mas os amigos alem de servi-Lo, o conhecem.

Temos que servi-lo com todo o nosso coração, em todo o tempo, sermos um povo disposto a qualquer sacrifício para espalhar a vida do Reino, porem nós temos que estar prontos, pois perguntas podem surgir quando formos implantar o Reino: “Como é o Rei? Como Ele está? O que Ele pensa a respeito disso? Qual é a característica mais marcante do Rei? O Que Ele falou com você hoje?”. Implantar o Reino fará despertar perguntas que focam o Rei. Mediante isso, como está o relatório da noiva sobre o seu Rei, atual ou passado? A noiva tem o seu relatório diário sobre o Rei, ou possui um relatório da última vez que precisou desesperadamente da Sua ajuda?

É tempo de novamente correr para o Rei, segurando nas mãos um lindo buquê com as flores que Ele mais gosta e cantar para Ele, fazendo com que os seus olhos brilhem com tamanha demonstração de amor e dizer:

“Amado da minha alma, não adianta me esforçar para o Seu Reino e não ter onde me abastecer de força, somente o Teu sorriso, aprovando as minhas atitudes me abastecem de força. Eu estava atarefado demais e não encontrava tempo para sentar e te olhar, estava fazendo tudo para você, mas sem você, perdão meu amado, suas ordens para o Reino somente são efetuadas com sucesso, quando eu te deixo ir alem das ordens, pois eu sei que Tu não és um Rei monótono, mas ativo. A partir de hoje, eu olho novamente para o meu dedo e vejo nossa aliança, que me revela que somos um. Desculpe-me por dar valor mais as obras do que ao Obreiro. Assim, vamos juntos e quando perceber que eu estou querendo prosseguir sem Ti, o Senhor tem total liberdade para dizer-me o verso que está em nossa aliança: “Eu sou do meu Amado e o meu Amado é meu”, não sou do Reino, sou teu!”

Gabriel Félix

http://www.gabrielfelix.com

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Haraquiri Teológico – Parte 1: Um reino sem súditos!

 

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Existe um movimento em progressão na igreja, que é a própria negação da igreja, e se resumiria na inadequação e acomodação dos conceitos mundanos a uma suposta vida cristã, não revelada como o sábio e perfeito conselho de Deus, pelo contrário, repudiada e condenada pela Escritura. Infelizmente a maior parte dos ataques que a igreja cristã sofre atualmente provém de suas próprias fileiras; o joio, misturado ao trigo, tem-se levantado para desarraigar o que Deus plantou, e assim fazer da igreja uma extensão do mundo, uma espécie de sanitário aparentemente higienizado e perfumado, mas que se resumiria a um local onde as pessoas defecam pelo chão e se esfregam nas paredes para limparem-se.

Seria um local onde alguns poderiam amenizar suas dores, mas que se resume a um paliativo, um anestésico que aplicado sistêmica e subliminarmente, afasta-os do Evangelho, impedindo-os de reconher a verdade, acomodondo-os à má-consciência, à mentira deslavada e vergonhosa, como é toda mentira. O problema é a impossibilidade de se limpar um cômodo enchendo-o de lixo e entulho; da mesma forma a alma humana somente pode ser despoluída pelo puro Evangelho, que trará ao homem doente a cura através do arrependimento pelo qual vem o perdão: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor" [At 3.19] [1].

Os agentes infiltrados têm por objetivo levar a cabo o plano de tornar irrelevante o conselho do próprio Deus para os homens; e é dessa forma que os idealizadores do movimento agem [ainda que muitos adeptos não se aperceberam disso, cegados e iludidos pelos apelos do próprio coração]. Como Paulo nos alertou: "Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho, e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si." [At 20.29-30].

Mas do que estou falando? De uma corrente que se diz evangélica e que trabalha laboriosamente contra o Evangelho chamada “movimento do não-senhorio de Cristo”.

Em linhas gerais, para quem ainda não sabe, este grupo afirma que alguém pode ser salvo sem a necessidade de se apresentar um fruto sequer. A salvação, pela graça, em si mesma não está atrelada à santificação ou ao testemunho que o salvo deveria dar, nem aos frutos que deveria produzir. De tal forma que, contrariamente ao que a Bíblia afirma, o cristão pode ser salvo mesmo sem arrependimento, sem fé, sem testemunho, sem saber que foi salvo, sem mesmo querer sê-lo, bastando-lhe apenas e tão somente a graça de Deus; uma graça que pode passar completamente desapercebida, e pela qual não se terá nenhum sentimento de gratidão. É como se eu usasse uma mesma camisa todos os dias, sem tirá-la do corpo, sem a concepção de que ela exista. Ou comesse atum todos os dias, em todas as refeições, e jamais me apercebesse do que estava comendo, e mesmo da existência do próprio atum. É claro que são fíguras de linguagem precárias, especialmente quando se refere à salvação, mas a ideia de um crente completamente alheio à sua salvação é algo muito mais absurdo ainda.

O que torna essa falsa doutrina algo realmente perigoso é o fato dela conter parte da verdade, de ter em seus princípios algo verdadeiro, mas que somente está ali para facilitar o estratagema enganoso de capturar os incautos para um sistema completamente falacioso, perverso e maligno. Uma mentira, ainda que tenha elementos verdadeiros, continua e permanece uma mentira. Basta uma lida na passagem em que o Senhor Jesus é tentado no deserto pelo diabo [Mt 4.1-11] para se perceber como a astúcia, a habilidade para o mal e para o engano, pode-se confundir com a verdade, camuflando os seus reais intentos. Como alguém já disse alhures: meia-verdade é mentira inteira!

Sabemos que a salvação é dádiva e favor completamente divinos, onde o homem não pode participar de maneira alguma, sendo apenas o alvo de toda a obra redentiva planejada e executada por Deus. Não se pode colaborar em nada com ela[Ef 2.8-9]. Mas ela pressupõe um processo, ainda que tenha sido decretada eternamente. E esse processo também é decretado, de tal forma que o salvo terá fé, arrepender-se-á, será regenerado, santificado, e dará frutos para a glória de Deus [não nesta seqüência, necessariamente]. Portanto, um salvo não precisará das obras para a salvação, mas as obras confirmarão a sua salvação. Portanto, nós, os salvos, somos feitos do alto, "criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas" [Ef 2.10]. Em outras palavras, os frutos não precedem a salvação, mas a sucedem, de tal maneira que por eles é possível se saber a sua procedência. Como o Senhor nos diz: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” [Mt 7.16-20].

Alguém poderá dizer: “mas, nessa passagem, Cristo está a falar dos falsos profetas e mestres”. É verdade, mas ela serve perfeitamente para os cristãos também, porque se é possível distinguir o engano e a mentira através dos maus frutos, é-se possível distinguir a verdade através dos bons. O cristão dará bons frutos que revelem a sua semelhança com Cristo e a sua filiação ao Pai.

O que o movimento do “não-senhorio de Cristo” proclama é que Deus salvará o homem ainda que ele não saiba, não queira, e não seja capacitado a testemunhar a sua eleição. Poderá mesmo continuar tão ímpio que não haja diferença em sua natureza. Mas tudo isso é avesso e alheio à verdade, ao que a Bíblia nos revela, porque o homem, para ver o reino de Deus, terá de nascer de novo. Foi o que Cristo disse a Nicodemus: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” [Jo 3.3]. Da mesma forma, o Senhor também disse que seriamos reconhecidos como seus discípulos se amássemos uns aos outros [Jo 13.35]; ou seja, os frutos são uma espécie de atestado daquilo que somos, do que nos tornamos pelo poder Deus. Se o homem mantém a sua velha natureza e não reconhece a necessidade do arrependimento, do perdão divino, e de se sujeitar ao senhorio de Cristo, esse homem permanece morto em seus delitos e pecados [Ef 2.5], e carece de ser vivificado por Deus.

É estranho que haja entre aqueles que se dizem discípulos de Cristo quem defenda o não discipulado a um salvo. O argumento é autocontraditório, pois se é-se discípulo de Cristo, recebe-se o ensino de Cristo, e com ele aprender-se-á. E se dizem que o discipulado é desnecessário, em si mesma essa afirmativa já é um ensino, um ponto ou princípio definido por um sistema de crenças, que foi ensinado e aprendido. Na verdade, essa é a condição para se proteger de maneira eficaz todo o sistema distorcido e inválido do "não-senhorio de Cristo", de forma que os tolos aprendam necessariamente um único aspecto normativo: o discipulado é supérfluo, pois nada se precisa aprender além dessa falsa premissa ensinada.

Interessante que a doutrina do “não-senhorio” reconhece a parte mais fácil para o homem [a salvação, pela graça de Deus], mas sem as suas implicações diretas [a servidão, a sujeição ao Senhor; que resultará na morte do velho homem e no surgimento do novo homem]. Paulo diz que estamos mortos para o pecado, então como é possível ainda vivermos nele? [Rm 6.3]. "Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor" [Rm 6.11]. Há um claro conflito de interesses entre o que dizem os proponentes do "movimento do não-senhorio" e o que a Bíblia nos revela. Ao ponto deles considerarem irrelevante o ato de se pecar ou não, pois já estão debaixo da graça, logo, quer pequem, quer não pequem, isso em nada afetará as suas condições de salvos. Para eles, qualquer alusão à Lei e à santidade não passa de legalismo, de hipocrisia, visto que ninguém consegue se ver livre totalmente do pecado. Ora, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. O fato do homem regenerado ainda pecar, não é o mesmo que pecar deliberadamente. Por deliberado quero dizer, convicto, decidido, disposto a levar às últimas consequências o ato pecaminoso. O homem regenerado, ainda que conviva com os seus pecados, sente-os como um peso, um fardo duro de carregar; ele titubeia e oscila entre o fazer e o não fazer antes de fazer; feito, arrepende-se e é perdoado por Deus. Mas mesmo depois disso, ele ainda é capaz de experimentar uma certa angústia, de se aborrecer, se entristecer, pois tem a nítida noção de que seu ato ofendeu a Deus. Como está escrito: "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte" [2Co 7.10]. Por isso, alguém que se considera salvo e nunca tenha se arrependido diante de Deus, somente receberá o salário do pecado: a morte! [Rm 6.23]. Porque é impossível ser salvo sem ser servo, ou de receber a redenção sem se sujeitar ao Redentor. O que eles querem é um reino sem súditos, e súditos sem reino.

[Continua]

NOTAS: [1] Esta é uma perspectiva do ponto de vista temporal e humana, pois é certo que o perdão de Deus é eterno e imutável, assim como o próprio Deus é etrno e imutável; logo, muito antes de virmos a nos arrepender no tempo, ele já nos perdoou eternamente, pois a obra de Cristo na cruz foi decretada também na eternidade. Leia o texto "Santidade: Temporal ou Eterna?", onde desenvolvo melhor este ponto. [2] Haraquiri – Técnica de suicídio praticada por membros da classe guerreira japonesa. A pessoa que comete haraquiri faz uma incisão em seu abdome, de determinada maneira prefixada, e estripa-se a si mesma. O termo japonês para designar esse ritual é Seppuku. [3] Este texto é uma ampliação ao que foi publicado no blog "Cotidiano Cristão", cujo título é "Como ser ‘salvo’ e ainda ir para o inferno!" [4] Indico, como complemento, a leitura do texto "O que não é, pode não ser mesmo, se não for. Mas, e se for?", bem como a leitura do livro do pr. John MacArthur Jr. "O Evangelho Segundo os Apóstolos", publicado pela Editora Fiel.