Um recém nascido
Cartel de la policía chilena con la foto de Gustavo Castillo Gaete
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27 DE ABRIL DE 2013, CHILE
“No lugar onde se fez este sacrifício humano, encontramos restos ósseos que correspondem ao osso dorsal em formação, que significa que é de uma pessoa não adulta, de zero a seis meses”, explicou a Polícia de Investigações (PDI).
O terrível caso saiu à luz depois de uma investigação de quatro meses da Polícia, alertada pelo desaparecimento de um bebê recém nascido que nunca foi inscrito no Registro Civil, no meio de uma seita na que, segundo se comprovou, se consumia a planta alucinógena ayahuasca e eram habituais os submetimentos sexuais às cinco mulheres do grupo por parte do líder.
O PAI, INSTIGADOR DO CRIME
Entre os detentos, figura a mãe do pequeno, que tinha dois dias de vida, e que teria sido queimado vivo o 23 de novembro passado no interior de uma granja agrícola na localidade de Quillaguay, na cidade de Quilpué, uns 110 km ao oeste de Santiago.
Os outros três detentos são integrantes da seita, que teria uma dezena de membros ao todo, em sua maioria profissionais. O líder da comunidade, Gustavo Castillo Gaete, de 36 anos, era o pai do bebê, nascido o 21 de novembro na clínica Renhaca, do vizinho balneario de Vinha do Mar.
O homem, que se fazia chamar “Antares da luz”, se encontra prófugo e com ordem de detenção internacional desde o passado 19 de fevereiro, quando viajou a Peru, ao igual que outras quatro pessoas.O irracional ato cometeu-se porque a seita achava que o lactante era o “anticristo”, isto no marco do suposto fim do mundo pronosticado para o 21 de dezembro de 2012.
“Toda a comunidade sabia que meu filho tinha que ser assassinado após nascer e que tinha que obedecer a ‘Antares da luz’ (Castillo Gaete), porque ele era Deus”, disse a mulher detida, em sua declaração ante a polícia, segundo assinalou o promotor ante o tribunal.
De acordo com a Polícia, Castillo tinha completamente dominados a seus integrantes e “mantinha relações com as cinco mulheres” que a integravam. Quando soube que uma delas tinha ficado grávida, a manteve fechada durante toda a gestação, para depois lhe pedir que entregasse a seu filho para um ritual supostamente destinado a “salvar o mundo” antes de seu fim, previsto, segundo dizia, em uma profecia maya para o 21 de dezembro de 2012.
“Eu estava destroçada, mas Pablo Undurraga (outro integrante da seita) me dizia que tinha que ser assim, que era minha karma. Pressentia o que ia ocorrer com o bebê, mas eram ordens superiores. ‘Antares’ tinha matado ao bebê arrojando ao fogo”, assinalou a mulher presa, segundo citou o promotor.
Editado por: Protestante Digital 2013