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Com Padre Marcelo, "Domingo Legal" tem o pior ibope do ano

 

RICARDO FELTRIN
EDITOR E COLUNISTA DO F5

Nem mesmo o polêmico sorteio de uma benção do padre Marcelo na casa de um telespectador serviu para alavancar o ibope do "Domingo Legal", do SBT. Aliás, muito pelo contrário: o programa ontem registrou o menor público de 2011.

Das 11h às 15h, a atração dominical do SBT teve 4,7 pontos de média de ibope, o menor desde janeiro. Para piorar, os minutos em que o padre participou do "concurso da benção com Celso Portiolli tiveram audiência ainda menor: apenas 4,5 pontos. O resultado deixou o SBT em terceiro no ibope, atrás de Globo (9,3) e Record (8).

Cada ponto equivale por cerca de 58 mil domicílios assistindo ao programa na Grande São Paulo.

Padre Marcelo entrou na guerra do ibope do domingo a pedido de Portiolli.

Na semana passada, o SBT divulgou o "concurso da benção" Um dos telespectadores seria sorteado para que o padre Marcelo fosse até sua casa e a abençoasse (não é o sorteio de uma casa, apenas de uma benção).

Segundo o F5 apurou, o "sorteio" irritou membros e fiéis da igreja Católica em São Paulo, que consideraram "descabida" a participação do padre no programa.

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SBT Anuncia o Sorteio de uma "Benção" do Padre Marcelo Rossi

 

Por Ana Araújo|Repórter do The Christian Post

sbtsbt

A fé está em alta na TV aberta como forma de aumentar o ibope. Neste domingo, o programa “Domingo Legal” do SBT anunciou o sorteio de uma "benção" do padre Marcelo Rossi. O ganhador terá direito a uma visita do padre, que vai abençoar a residência e a família do vencedor.

A polêmica é o uso da fé como ferramenta de marketing na TV. O padre é campeão de vendas de livros e CDs, ícone do movimento carismático católico, e está usando “sua bênção” como um objeto de venda.

Esta não é a única ação do SBT envolvendo religião. Aos sábados, o “Programa Raul Gil” promove um show de calouros do estilo gospel.

Desde a exibibição de uma matéria de 40 minutos, apresentada por Edir Macedo no programa “Domingo Espetacular” da Record, criticando a prática chamada de “cair no espírito” de algumas igrejas pentecostais, as religiões têm sido muito discutidas na TV aberta.

Até a Globo entrou na onda e vai exibir, no próximo dia 18 de dezembro, às 22h30, o primeiro especial gospel da história da emissora. E o programa pode ainda virar uma atração semanal para 2012.

Estão sendo programadas participações de algumas das estrelas do gospel brasileiro, que têm contrato ou parceria com a Som Livre Gospel, como David Sacer, Fernanda Brum, Fernandinho, Regis Danese, Damares, Ludmila, Pregador Luo e Eyshila.

Estima-se que em 2011 a indústria da música gospel no Brasil movimentou R$ 2 bilhões, o que atraiu a atenção dos empresários globais.

Para se ter uma ideia, os 4 CD´s da coleção "Promessas", que deu origem a esse especial do dia 18, venderam 482 mil cópias. Luan Santana, álbum mais vendido em todo 2010, conseguiu vender pouco mais de 230 mil cópias.

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Ratinho e SBT Condenados a Pagar R$ 150 Mil à Pastor por Tratamento Grosseiro e Pejorativo

 

Por Amanda Gigliotti|Repórter do The Christian Post

Foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a condenação do apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, e o SBT que deverão pagar R$ 150 mil para um pastor por danos morais.

ratinho

(Foto: Divulgação/SBT)

Foi confirmada a condenação do apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, e o SBT que deverão pagar R$ 150 mil para um pastor por danos morais.

Victor Ricardo Soto Orellana, pastor e fundador da Igreja Acalanto – Ministério Outras Ovelhas que é frequentada por homossexuais, foi vítima de chacota e tratamento grosseiro e pejorativo pelo apresentador do SBT.

“O que se caracterizou como ilícito foi o escárnio, o teor depreciativo da matéria que se referiu nominalmente ao autor, afastando-se os réus [Ratinho e SBT] do verdadeiro propósito de bem informar”, disse o desembargador Fábio Quadros.

Segundo o Consultor Jurídico, o apresentador teria divulgado imagens de uma câmera escondida do mês de maio de 2003 e feito diversos comentários “jocosos” sobre os atendentes e a igreja.

A publicação indica que Ratinho teria dito que a igreja era de “viadinhos”, de “viados”.

Ratinho se defendeu dizendo que exibiu apenas as imagens da igreja e que agiu no exercício de sua profissão. Segundo ele, não houve intenção de ofender ninguém e que, assim, a condenação do pagamento é excessiva e improcedente.

Entretanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo não aceitou os argumentos dele e confirmou a condenação do pagamento pelo apresentador, bem como pela emissora SBT.

Os desembargadores entenderam que o valor não deveria ser mudado diante do poder econômico dos réus, além de servir à sua finalidade punitiva e educativa.

Quadros afirmou que é claro o exercício abusivo da liberdade de informação praticada pelo SBT e pelo apresentador Carlos Massa.

O tribunal ressaltou o dever de guardar o mínimo respeito à dignidade da pessoa humana pelos programas de natureza sensacionalista.

O juiz Guilherme Santini Teodoro, da 4ª Vara Cívil de São Paulo, qualificou as atitudes de Ratinho como “postura jocosa, desrespeitosa, depreciativa e pejorativa” em primeira instância, ao abordar desta maneira em seu programa a comunidade homossexual.