Categorias
Cultos

Pregação em declínio, púlpitos em crise e igrejas sedentas

“A pregação se esvai dos púlpitos a cada dia. Já não vemos, com frequência, pregações centradas nas Escrituras”

por Roberto Campista

 

Pregação em declínio, púlpitos em crise e igrejas sedentasPregação em declínio, púlpitos em crise e igrejas sedentas
A pregação se esvai dos púlpitos a cada dia. Já não vemos, com frequência, pregações centradas nas Escrituras, expostas com organização, isto é, de maneira inteligível ao público. O que vemos é um analfabetismo bíblico tanto dos pregadores como do povo em geral. Pregações sem compromisso com a verdade; sem sistema organizacional algum, isto é, com início, meio e fim. O que se nota – não generalizando – são exposições que começam no sul e acabam no norte. Pregações sem hermenêutica, fundamentadas na emoção.

Pregação em declínio

Por observar o quanto tem caído a “qualidade” da pregação, propus refletir sobre a temática, por ser a pregação uma ferramenta de suma importância para a vida e o crescimento da igreja.

Deus, em sua sabedoria, deu à igreja homens com dotação especial para edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11). Percorrendo a Escritura, é sabido que Deus vocacionou pessoas. E dos vocacionados se requer esmero (2Tm 2.15; Rm 12.7). Por isso, a posição assumida pelo pregador diante de Deus, Sua Palavra e da igreja a qual se dirigirá, é de fundamental importância.

Ao manusear o texto bíblico, veremos também a importância da pregação (neste caso, evangelística) na ordem expressa do Cristo, ao comissionar seus discípulos para anunciarem o evangelho: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! (Mt 28.19-20 – ARC). Marcos, ao redigir o texto conhecido como “A Grande Comissão”, escreve: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15 – ARC).

Acerca dos textos citados acima, vejamos: “Na grande comissão, dada por Jesus a seus discípulos, segundo o registro de Mateus 28.19-20 temos configurada a função de mestres (fazer discípulos), mas segundo o registro de Marcos 16.15, a configuração é a de pregador (pregai o evangelho)”. [1]

Sendo assim, sem uma pregação de qualidade fica debilitada a tarefa da igreja de edificar seus membros como também de comunicar as verdades do Evangelho aos que, ainda, não nasceram de novo.

Cabe ressaltar o que diz o texto bíblico: “Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” (1Co 14.8 – ARC). Neste versículo, podemos entender que, sem clareza ao se expressar, a palavra do pregoeiro fica sem objetivo.

Púlpitos em crise

Nesse sentido, a falta de consagração e habilidade do pregador é, em geral, denunciadas por sua exposição, testemunhando, assim, contra si mesmo. Precisa-se de pregadores urgente, não de animadores de plateia. Chega de tanta emoção. Os púlpitos estão em crise; neles são poucos os que assumem compromisso com Deus, com Sua Palavra e com os ouvintes.

Vale salientar que, quando “o púlpito perde seu poder”, certamente, a igreja sofrerá prejuízo.  Sem pregadores ungidos, cheios do Espírito Santo, de nada adiantará o domínio de disciplinas teológicas como a hermenêutica e a homilética.

Dessa forma, podemos assim resumir a importância de se ter pregadores com uma mensagem cheia de poder e graça: “A Presença da mensagem inspirada é fator de fundamental importância para o crescimento da igreja (conversões), para o seu maior conhecimento espiritual (firmeza doutrinária) e para o aperfeiçoamento do seu corpo (consagração de cada crente)”. [2] Do pregador se espera preparação nos estudos e na oração, para que seus sermões sejam inteligíveis e cheios de poder. Sem isso, não há êxito na pregação do evangelho.

Igrejas sedentas

O resultado da falta de esmero nos estudos e da consagração do pregador são igrejas sedentas, pois estas não estão sendo alimentadas com a Palavra de Deus. A igreja sem o alimento nutritivo das Escrituras perde a saúde e o vigor espirituais. Ovelhas não vivem sem pastos verdejantes, nem sem águas mansas e cristalinas.

Sabemos, entretanto, que existem igrejas com ouvidos viciados, que gostam de se alimentar de “coisas velhas”. Se contentam com os chavões dos pregadores e ensinadores modernos, com as famosas frases de efeito, do tipo: “Eu tenho uma palavra profética para sua vida!”, “Receba aí algo de Deus!”, “Você foi chamado pra ser cabeça e não calda!”. Mas, em meio a essa avalanche de pregações e ensinos falsos, existem aqueles que estão sedentos por ouvir a verdade, a voz do Eterno.

Conclusão

Não foi nosso intento esgotar a temática, mas lançar luz sobre o assunto e fomentar a reflexão sobre a qualidade da pregação, e como esta influência de forma positiva ou negativa a vida da igreja. Em geral, percebo nossos “púlpitos em crise”. E, infelizmente, como resultado disso, igrejas e mais igrejas permanecem sedentas pela Palavra. No entanto, há nesse meio, aqueles cristãos viciados por jargões que traz em sua essência doutrinas estranhas como: confissão positiva, teologia da prosperidade e humanismo, etc.

Somos cônscios do estado atual que vive a igreja brasileira. E, por via de regra, seu estado não é dos melhores. É preciso resgatar sua saúde e vigor espiritual através do ensino sadio das Escrituras. É preciso orar para que o Senhor da seara mande mais despenseiros fiéis, que não sonegam o ensino nutritivo da Palavra de Deus.

NOTAS 

[1] SILVA, Plínio Moreira da. Homilética: A Eloquência da Pregação. Curitiba, PR: AD Santos Editora, 1999, p. 44.
[2] GONÇALES JÚNIOR, Almir dos Santo. Quando o Púlpito Perde o Poder: Uma Realidade Preocupante. 2.ed. Rio de Janeiro, RJ: JUERP, 2000, p. 94.

Categorias
Artigos Noticias

Show Gospel: Louvor a Deus ou entretenimento?

Pastores concordam que show não é louvor, mesmo que os cantores e o público sejam evangélicos

por Leiliane Roberta Lopes

  • gospelprime

 

Show Gospel: Louvor a Deus ou entretenimento?Show Gospel: Louvor a Deus ou entretenimento?

A indústria do entretenimento gospel movimenta bilhões de reais todos os anos com a venda de CDs e DVDs e também a produção de eventos. Essa relação entre o Evangelho e entretenimento gera um grande debate, pois há quem considere tais eventos como um culto de louvor enquanto outros enxergam apenas como um entretenimento.

Em seu blog o pastor Ciro Zibordi já discutiu o tema. Para ele o show gospel é a prova de que a Igreja brasileira está se distanciando do culto ao Senhor. “Tenho certeza absoluta, à luz da Palavra de Deus, de que show não é culto, e de que culto não é show”, escreveu.

Zibordi lembra que em um show evangélico há todos os elementos de um show “do mundo”, iluminação, performance do artista e etc. “Todo show é mundano, por definição, mesmo quando os seus participantes são evangélicos”.

O bispo Walter MCalister tem a mesma opinião: show gospel não é louvor. “Se estamos fazendo um show, é um show. É uma apresentação de música que tem a mesma dinâmica de qualquer outro tipo de show”,disse ele em um vídeo postado no seu canal do Youtube.

Sua visão está baseada nos mesmos elementos que Ciro Zibordi apresenta que são os elementos do show onde além da parte estrutural do evento, também há uma preocupação com a imagem do artista que é ovacionado pelos participantes e ainda distribui autógrafos.

McAlister afirma que o show gospel só é uma forma legítima de entretenimento se a pessoa souber que está indo para um show e não para um local de adoração.

“É legítimo desde que você entenda que você está indo pro show, que você não está louvando a Deus, que Deus não está sendo exaltado nessa situação, que isso se trata puramente de um evento que agrada muito a carne, agrada muito as emoções, a alma, que você não está sendo edificado e que você não está sendo inspirado no sentido real da palavra.”

Festival Promessas

Festival Promessas realizado pela Rede Globo

O pastor Silvio Hirota também já usou seu blog para comentar o assunto. Ele expõe não apenas o fanatismo do público para com os artistas evangélicos, como também lembra que muitos desses cantores cobram cachês excessivos para se apresentarem.

“Os cachês de alguns desses irmãos cantores são excessivamente elevados, e muitos não cantam, se não houver o tal cachê; aliás, só cantam se receberem o cachê antecipadamente, além da exigência de um auditório bastante expressivo!”

Além dos cantores, há outras pessoas interessadas nesses eventos, como Hirota afirma no texto. “Para muitos empresários do ramo, esses cantores são ‘máquinas de fazer dinheiro’, e os evangélicos de um modo geral, nada mais são do que potenciais consumidores.”

Categorias
Artigos Cultos

MINHA IGREJA É APENAS UM SHOW

i(Geração de Inúteis)

É nisto que têm se transformado as Igrejas, em verdadeiros centros de espetáculos. Ora palanque de político, ora palco de apresentação de “cantores” mundanos com título de evangélicos, e ora em picadeiro pra pastor palhaço fazer gracinha.

A preocupação das lideranças fracassadas é de simplesmente equipar pesadamente o santuário com toda possível sorte de instrumentos, criando apenas uma sociedade agradável, sem se preocupar absolutamente com a transformação de vidas, aliás, certo servo do diabo atrás de um púlpito, engravatado, e com título de pastor já afirmou, que o importante era dá ao povo um culto alegre, desta forma todos iriam para casa felizes, e o retorno para o próximo culto estaria garantido.

Na revista “Leia Urgente Num.06 de 2001(Alfalit), na página 16(dezesseis), alguém pensando ser pastor, mas com certeza grande covarde; pois não se identifica, faz a seguinte declaração:

…Não uso os temas: negar a si mesmo…Tomar a cruz…Crucificar o velho homem…Sofrer por amor a Cristo.

Continuando suas justificativas às chamas infernais ainda é dito:

…Se as pessoas não praticam o Evangelho em suas vidas é problema delas; para mim, basta que nossos cultos sejam uma festa…

…Recuso-me a esvaziar minha platéia propondo uma solidez de princípios. Do jeito que estamos fazendo, a casa está lotada. Com cadeiras vazias, quem paga minhas conta? Chega de purismo. O espírito de nossa época é mesmo de pouca fidelidade. Para que tentar lutar contra as tendências de uma geração? Darei o que as pessoas querem. Convidarei cantores e bandas de renome…Quem tem mais gente pode mais no mundo religioso.

Bem, como eu dizia, é este mercenarismo e hipocrisia desqualificada que tem movido os antros intitulados de Igreja, aonde vidas de todas as idades, ali, vão sendo iludidas de geração em geração, um povo sem vida espiritual vai se aglomerando dia após dia, movidos unicamente por aparência, levados por emoções de ritmos com os mais modernos equipamentos sonoros, um verdadeiro show; mas interiormente são vidas vazias, inúteis para fazer diferença na sociedade, e incapazes de herdar a glória de Deus; pois não valorizam o Sangue do Cordeiro, e muito menos possuem conhecimento da Palavra do Testemunho (Apoc. 12:11), (Os. 4:6). São pessoas que se quer possuem uma Bíblia; pois para eles examinar a Escritura é coisa pra quem não tem o que fazer (Jo. 5:39). Desfazer as obras do diabo e libertar os cativos (I Jo.3:8), é para eles sofismas e utopias, pois mesmo eles ainda não experimentaram o Novo Nascimento, e não têm idéia do que é o Espírito Santo mover-se dentro de nós; tampouco já desfrutaram do som da voz do Todo Poderoso. Igreja show é tudo o que eles conhecem, e negócio é tudo o que são (II Pe.2:1-3). Mas Templo do Espírito Santo, sob a liderança desses mercenários é o que eles nunca serão.

Adolescentes e jovens iludidos e feridos emocionalmente é tudo que estes mercenários intitulados pastores estão formando, desfocando a realidade de uma inabalável eternidade, para uma efêmera emoção de um mundo passageiro.

Folgo pois nas Palavras de Cristo: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça; pois serão fartos (Mt.5:6).

GERAÇÃO JESUS CRISTO – O Grito da Meia-Noite (21)25160427

[email protected]

WWW.OGRITODAMEIANOITE.WEBS.COM

06-06-16 013

 Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.