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Pastor Silas Malafaia é chamado de explorador de trabalho infantil por contratar cantor de 12 anos para sua gravadora

 

Por Tiago Chagas em 27 de novembro de 2011

Pastor Silas Malafaia é chamado de explorador de trabalho infantil por contratar cantor de 12 anos para sua gravadora

A coluna Radar, da Revista Veja, escrita pelo jornalista Lauro Jardim publicou matéria sobre a contratação do jovem cantor Jotta A, que se destacou no programa Raul Gil, pela gravadora Central Gospel, do Pastor Silas Malafaia.

Nos comentários da notícia, internautas acusaram o Pastor Silas Malafaia de exploração do trabalho infantil, pois Jotta A tem apenas 12 anos de idade. Em seu perfil no Twitter, Malafaia respondeu às acusações, que classificou de preconceituosas.

Segundo a matéria, a gravadora vai lançar em 2012 o primeiro cd do cantor, com tiragem de 500 mil cópias, quantidade que recentemente foi alcançada apenas pela cantora sertaneja Paula Fernandes e pelo Padre Marcelo Rossi.

A projeção é que Jotta A fature com sua porcentagem na venda dos CD’s a quantia de R$ 1,5 milhão. A Central Gospel venceu uma disputa com a multinacional Sony, que havia oferecido R$ 1 milhão para que Jotta A lançasse seu álbum pelo selo gospel da gravadora.

Fonte: Gospel+

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LEIA AQUI A ÍNTEGRA DA REPORTAGEM DO NEW YORK TIMES EM PORTUGUÊS

 

Por Simon Romero

Os Livros de SILAS MALAFAIA, que vendem aos milhões no Brasil, têm títulos como “Como derrotar as estratégias de Satanás” e “Lições de um Vencedor”. O jato particular Gulfstream, que ele viaja, trás em sua fuselagem a inscrição em inglês “God´s Favor” ou “Favor de Deus”.

Como tele evangelista, o Sr. Malafaia atinge espectadores em dezenas de países, incluindo Estados Unidos, onde a Daystar e Trinity Broadcasting Network transmitem suas pregações dubladas. Em 30 anos, o Sr. Malafaia, 53, vem reunindo prosperas Igrejas e negócios em torno de sua pregação pentecostal.

Ainda assim, Sr. Malafaia, poderia ter atraído pouca atenção, além de seus próprios seguidores, se ele não tivesse se envolvido fortemente na versão brasileira de guerra cultural. Afinal, o Brasil tem outros líderes evangélicos que comandam grandes impérios, como Edir Macedo, cuja Igreja Universal do Reino de Deus controla a Rede Record, uma das maiores redes de televisão do Brasil. Outros, como Romildo Ribeiro Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, são conhecidos por maior zelo missionário.

Mas é o Sr. Malafaia que recentemente tem atraído a maior atenção, com seus ataques verbais contra uma ampla gama de inimigos, incluindo os líderes do movimento gay do Brasil, os defensores do direito ao aborto e os que apoiam a descriminalização da maconha.

“Eu sou o inimigo público n º 1 do movimento gay no Brasil,” disse Malafaia em uma entrevista este mês em Fortaleza, uma cidade no nordeste do Brasil, onde ele veio liderar uma de suas chamadas “cruzadas”, um evento misturando pregações e música para cerca de 200.000 pessoas. Lágrimas correram dos rostos de alguns dos participantes mais apaixonados, enquanto outros dançavam ao som das performances que serviram de abertura para o evento.

Antes de subir ao púlpito, o Sr. Malafaia nos contou como se tornou um cobiçado convidado de programas de TV, atuando como antagonista em debates com a liderança gay. Mas isso é apenas uma pequena parte de seu repertório, e a televisão é apenas um dos muitos meios de midia à disposição do Sr. Malafaia. No Twitter, ele tem quase um quarto de milhão de seguidores e em vídeos distribuídos no YouTube, ele não só ataca seus inimigos liberais, mas também jornalistas e líderes evangélicos rivais.

Não surpreendentemente, sua proeminência crescente fez dele fonte de admiração e inquietação. Ele mobilizou este ano milhares de pessoas em uma passeata na capital do país, Brasília, contra um projeto de lei que visava ampliar a legislação anti-discriminação para incluir a orientação sexual.

“Ele é como Pat Robertson, no sentido de ser um pioneiro na movimentação da direita evangélica brasileira para a esfera política nacional”, disse Andrew Chesnut, especialista em religiões latino-americano da Virginia Commonwealth University, comparando o Sr. Malafaia ao conservador evangelista de televisão americano.

A elite brasileira esta procurando entender o crescimento de uma figura tão polarizada, e como pudera influenciar a politica nacional. Piaui, uma revista equivalente a “The New Yorker” nos Estados Unidos, escreveu um grande artigo este ano sobre o crescimento do Pr. Malafaia, oriundo da obscuridade do Rio de Janeiro, onde ele cresceu em uma família de militar, para o poder que agora domina.

Alem do Sr. Malafaia, a larga expansão da fé evangélica, particularmente o pentecostalismo e décadas recentes está alterando a política brasileira. (Enquanto o pentecostalismo varia largamente, seus princípios incluem a fé para curar, profecia, e exorcismo.) Os líderes em Brasília devem consultar em uma série de questões com grupos políticos evangélicos de grande influência.

Aproximadamente 1 em 4 brasileiros se pensa pertencer a uma congregação evangélica protestante e pentecostais, como o Sr. Malafaia, estão na dianteira deste crescimento. Numa transformação religiosa marcante, pesquisadores dizem que enquanto o Brasil ainda possui o maior número de católicos romanos do mundo, agora são rivais dos Estados Unidos na condição de possuir a maior população pentecostal.

Nem todos no Brasil estão entusiasmados com esta mudança.

Em um artigo em novembro, a jornalista Eliane Brum escreveu sobre a intolerância com ateus no Brasil por simpatizantes evangélicos, descrevendo sobre o que ela chamou de “uma disputa cada vez mais agressiva por participação de mercado” entre as grandes igrejas.

O artigo da Sra. Brum desencadeou uma onda de reações entre os pentecostais e as palavras do Sr. Malafaia estavam entre as mais cáusticas.

Durante esta entrevista, ele chamou a Sra. Brum de “vagabunda”, e repetiu seu argumento de que “os ateus comunistas” na antiga União Soviética, Camboja e Vietnã foram responsáveis por mais mortes do que “qualquer guerra por questão religiosa produziu.”

Se planejado ou naturalmente, sua linguagem agressiva tem frequentemente se tornado um espetáculo. Em novembro, a Revista Época informou que o Sr. Malafaia, durante comentários em uma tensa entrevista tratando da tomada de medidas legais contra Toni Reis, um proeminente defensor dos direitos gays, Malafaia disse que iria “fornicar” o Sr. Reis.

Sr. Malafaia deu uma explicação dizendo que o que ele de fato havia dito era que iria “funicar” o Sr. Reis. Enquanto pesquisadores informaram que não tinham sido capazes de encontrar a palavra dita por Sr. Malafaia em nenhum dos dicionários de referência, ele informou que era uma gíria significando algo como “punir”.

A visibilidade do Sr. Malafaia obtida em tais episódios tem alimentado dúvidas sobre suas ambições políticas. Ele disse não ter vontade de se candidatar, pois isto o prenderia a um partido político específico, limitando assim a visibilidade que ele tem agora.

“Deus me chamou para ser um pastor”, disse ele, “e não vou trocar isto para ser um político”.

Mas influência política é outra questão. O Sr. Malafaia disse que votou duas vezes para o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e durante anos teve acesso aos corredores do poder de Brasília. Mas ele também contou uma anedota sobre a sucessora de Lula, a Presidente Dilma Rousseff, que sugere quão importantes as figuras evangélicas estão se tornando nas eleições nacionais.

Ele disse que ela falou com ele por telefone durante 15 minutos durante a campanha presidencial do ano passado, tentando atrair o seu apoio. Mas ele disse que recusou por causa de diferenças ideológicas com o Partido dos Trabalhadores do governo do Sr. da Silva, um ex-líder trabalhista, e Sra. Rousseff, uma ex-participante em um grupo guerrilheiro.

Eu disse a ela: ‘Eu não tenho nada pessoal contra você. Eu acho que você é uma mulher inteligente e qualificada “, disse ele. “Mas como posso votar em você se eu passei quatro anos lutando com um grupo de seu partido que quer apoiar um projeto de lei que beneficia gays e me prejudica?”

O Sr. Malafaia, enquanto cortava o ar com seus dedos adornados com aneis de ouro e diamante, falava de estórias com português carregado com um sotaque carioca. Contava estas estórias em um português carregado de sotaque carioca.

Sua persona ganhou quase um status de estrela do rock entre alguns de seus apoiadores.

“Eu não o reconheci sem bigode”, disse Erineide Mendonça, 39, uma empregado do hotel de Fortaleza onde o Sr. Malafaia estava hospedado, referindo-se a seu bigode, que era sua marca registrada que havia sido cortada a não muito tempo. “Mas eu reconheci a voz dele”, disse ela, pedindo para ser fotografada com o evangelista que ela adora.

Tanto o Sr. Malafaia como a sua esposa, Elizete, são formados em psicologia, e quando ele sobe ao púlpito, sua voz ecoa nos sermões carregados de lições de auto-ajuda e perseverança.

Seu tema favorito envolve o sucesso e como alcançá-lo. Enquanto ele próprio diz viver em relativa humildade, e não como um milionário, ele não se desculpa por sua própria ascensão material. Na verdade, ele a celebra, divulgando, por exemplo, o seu Mercedes-Benz – uma doação de um amigo próspero, explica.

Há também o Gulfstream, adquirido de segunda mão nos Estados Unidos, ele disse, não por ele, mas por sua organização religiosa sem fins lucrativos, a um preço razoável.

“O papa voa em um jato jumbo”, disse referindo-se ao avião fretado da Alitalia que transporta o bispo de Roma, e chateado com o que ele vê como um comportamento de duplo padrão de julgamento que os líderes emergentes no Brasil enfrentam. “Mas, se um pastor viaja em um avião a jato antigo, ele é considerado um ladrão.”

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Silas Malafaia Responde à Polêmica Sobre Eliane Brum

 

Por Ana Araújo|Repórter do The Christian Post

O pastor Silas Malafaia, da Igreja Vitória em Cristo, concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano New York Times, durante a qual usou um termo “inapropriado”, chamando a jornalista Eliane Brum de "vagabunda". A polêmica que causou acabou ofuscando os elogios que recebeu do jornal, como ele mesmo lamentou.

A situação começou quando Eliane Brum escreveu um artigo sobre a intolerância dos evangélicos com pessoas de outras religiões ou ateus, publicada pela Revista época, no último dia 14, com o título “A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico”.

Termos usados por ela como “disputa cada vez mais agressiva por féis”, e a ironização com o nome das igrejas e ações como da Sarah Sheeva que, segundo ela, “passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados”, desencadeou várias ações de reprovação por parte dos religiosos.

Falando sobre este assunto na entrevista, Malafaia referiu-se à jornalista com a palavra “tramp” (vagabunda, em português), e foi considerado “agressivo” em seu discurso publicado pelo NYTimes.

Insatisfeito com a repercussão negativa de sua imagem, o líder religioso publicou em sua página pessoal no Facebook que lamenta ter usado o termo, mas que não teve a intenção de ferir a honra da jornalista.

“Há uma semana concedi por três horas uma longa entrevista para o jornal The New York Times. […] Na verdade, mencionei a palavra “vagabunda” para qualificar o caráter do artigo escrito por ela. De forma nenhuma me referi ao caráter da jornalista,” escreveu.

Segundo ele, após o mal entendido, ele enviou um e-mail à Eliane pedindo desculpas. “Afinal, errar é totalmente humano, e nunca deixei de reconhecer meus erros por vaidade pessoal. Quando erro, costumo pedir desculpas”.

“é lamentável que, após uma entrevista que rendeu quase uma página no The New York Times, algo raríssimo de acontecer com um brasileiro, a mídia se focou apenas em uma palavra. é só isso que se pode aproveitar dessa reportagem?” lamentou.

Em 24 horas, mais de 300 pessoas “curtiram” a resposta, além de ter sido compartilhada por 35 seguidores da página social do pastor e de mais de 95 pessoas terem respondido.

Entre as respostas, a maioria conrcorda que o uso do termo foi um erro e também lamenta a mudança de foco que se deu por causa disso.

O pastor Ivete Bertolazzi postou: “ lamentável que o foco da entrevista tenha sido apenas numa palavra mal colocada”.

Já outros urgem que os Cristãos usem termos que não sejam agressivos. Marcio Andrade, por exemplo, respondeu “acho que como Cristãos devemos usar termos menos agressivos pois só assim evitamos esse tipo de maldade nas interpretações.”

Houve também manifestações mais ríspidas e contra a atitude de Malafaia, como postou Jayme Dannu Pinheiro Rabelo: “como chamar alguém ou seu trabalho de "vagabundo" sem querer ofender a honra? Se alguém afirma que todo seu trabalho de evangelização + TV é vagabundo, certamente está tentando ofender a sua honra.. pq com vc seria diferente?”

Até o momento, Eliane Brum ainda não publicou nenhuma resposta sobre o caso, e ainda não foi divulgado se ela respondeu ao pedido de desculpas de Silas.