Lanna Holder voltou ao noticiário, mais uma vez, para estarrecer os evangélicos que se regozijaram com o seu testemunho de libertação do lesbianismo na década de 90. Em 2002, ela já foi alvo de polêmica ao ter uma recaída – envolveu-se com uma mulher do grupo de louvor de uma igreja nos EUA, ambas eram casadas. Agora, quase dez anos depois, Lanna volta à cena “sem máscaras”, com uma iniciativa e um discurso que escandaliza quem a viu pregar: ela assumiu publicamente o seu relacionamento com a pastora Rosania Rocha – com quem havia se envolvido nos Estados Unidos -, abriu uma igreja em São Paulo, na qual afirma que homossexualidade não é pecado, e admite que o seu testemunho era enganoso até para ela mesma. “Quando me converti, aprendi que a homossexualidade era uma possessão demoníaca. Isso sempre foi uma luta pessoal, eu não entendia porque, mesmo selada pelo Espírito Santo e abençoada com o dom da Palavra, eu continuava sentindo desejos homossexuais”.
Lanna desistiu de lutar contra os seus desejos e sentimentos e fundou uma igreja que ela chama de inclusiva, e não de “gays”. Trata-se da Comunidade Cidade de Refúgio, inaugurada em junho em um bairro central de São Paulo. Lá a pregação é bem diferente daquelas que Lanna fazia quando era membro da Assembleia de Deus. Ela fala de libertação para prostitutas, drogados, alcoólatras, mas não para os homossexuais: “Com uma prostituta, alcoólatra ou drogado, iremos acolhê-lo, mas vamos tentar ajudá-lo a mudar a sua conduta de vida. Com o homossexual, entendemos que não é uma opção, mas sim uma orientação, que, na maioria dos casos, é irreversível, principalmente se for de nascença. Se eu pudesse escolher, jamais seria lésbica”.
Os defensores do Evangelho consideram essa posição uma heresia. Já para a ciência, ainda não há consenso sobre os fatores específicos que levam um indivíduo a tornar-se heterossexual, homossexual ou bissexual, incluindo possíveis efeitos biológicos, psicológicos ou sociais da orientação sexual dos pais. Ao lado da companheira, Lanna mostra firmeza ao defender a nova doutrina, alegando que está pregando o amor e que Deus não faz acepção de pessoas.
Ao referir a inexperiência de muitos ministérios ao tratar de sexualidade, ela acrescenta que o homossexual se diz discriminado pelos evangélicos e que eles se tornaram resistentes à Palavra de Deus. “Eles pensam: ‘Se Deus não me aceita, se vou para o inferno, então vou ‘zuar’ de vez’. É aí que se lançam na promiscuidade, nas drogas e na prostituição”, explica. No meio das discussões acaloradas sobre a PL 122 e kit gay, Lanna virou alvo da mídia como caso inusitado. Muito bem articulada, ela cita versículos bíblicos de Gênesis a Apocalipse que apontam a homossexualidade como pecado e faz uma interpretação diferente, buscando referências nos textos originais, escritos em grego, nas quais as palavras teriam um sentido diferente dos descritoshoje. Com base nessa releitura, ela argumenta que não há na Bíblia condenação para a homossexualidade: “Existe um contexto em que não posso retirar um texto para fazer um pretexto”.
“Homossexualidade na Bíblia é pecado, pode tentar, forçar, mas é pecado”
Um dos maiores articuladores dos protestos contra a PL 122, o pastor Silas Malafaia falou à reportagem da revista Exibir Gospel a respeito da iniciativa de igrejas que se dizem evangélicas, mas defendem que a homossexualidade não é pecado. Em São Paulo, a novidade é a Igreja Comunidade de Refúgio, de Lanna Holder. No Rio de Janeiro, contudo, já existe a Igreja Contemporânea, que tem até filiais pelo Brasil. Tais instituições estão na contramão dos movimentos evangélicos, que pregam o que está escrito na Bíblia: que os homossexuais não herdarão o Reino dos Céus. “O apóstolo Paulo diz em I Co 6-9: ‘Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas’. Sodomitas, aqui, refere-se a homens que se envolvem em atos sexuais com outros homens ”, observou Malafaia, nos bastidores da Marcha para Jesus de São Paulo.
A nova doutrina das igrejas voltadas para homossexuais também ignora o Evangelho que liberta e transforma o homem, conforme aponta o pastor, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Apesar de seu discurso, ele enfatiza que os evangélicos não são homofóbicos, apenas defendem a Palavra de Deus: “Como qualquer organização, a igreja tem regras. O homossexual é bem recebido, mas ele não será membro, porque está no pecado”. Ainda em I Co 6, no versículo 11 o pastor cita: ‘E é o que alguns de vós têm sido (referência aos impuros, idólatras, sodomitas); mas haveis sido lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus pelo Espírito do nosso Deus`. Então como é que a pessoa vem para a igreja e continua homossexual?”, questiona.
Sobre os argumentos de Lanna Holder, Malafaia diz que ela está “teologicamente errada e confusa”, porque Jesus ama todos, mas não consente que se continue no pecado. “À mulher adúltera ele disse ‘Vem, mas, agora, não peque mais’. O texto áureo da Bíblia fala do amor (João 3-16), mas os versículos 17 e 18 dizem: ‘Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele’”, acrescenta.
O pastor acrescenta que a Bíblia fala de salvação e de condenação, de amor, misericórdia, mas também de justiça e juízo: “Homossexualidade na Bíblia é pecado, pode tentar, forçar, mas é pecado”. A respeito da afirmação de que se nasce homossexual, Malafaia fala como psicólogo clínico, uma de suas formações: “Não existe ordem cromossômica homossexual. O cromossomo de um homem hetero é igual ao de um homem homossexual, assim como o cromossomo da mulher hetero é como o da mulher homossexual. Homossexualidade é preferência, aprendida ou imposta, é comportamental”. O pastor reconhece, porém, que é necessário que as igrejas tenham uma atenção especial com os homossexuais. “Tem que ajudar, amar e integrá-lo. Muita gente não entende isso. No entanto, se quer ser membro, tem de se submeter às regras. Há salvação para o homossexual, bandido e até para os que se acham politicamente correto. Mas se não aceitar a Cristo, não será transformado, não será perdoado e vai para o inferno. Isso vale para mim e para qualquer um”, conclui.
Tag: Silas Malafaia
Por Michael Caceres|Correspondente do The Christian Post
Pastor Silas Malafaia critica e envia carta de protesto à Globo por cena que alega ridicularizar pastor.
(Foto: Insensato Coração via The Christian Post)
Cena que Xicão desiste da demissão e fala sobre seus pais deixando-se levar por conversa de pastor.
No mesmo dia em que a Rede Globo anunciou esfriar de vez a história dos homossexuais Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo(Marcos Damigo) em Insensato Coração, além de pedir aos atores para não fazerem apologia pela criação de uma lei que puna a homofobia, outra cena da novela causou polêmica.
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Na última segunda-feira (22/7), a Rede Globo exibiu no capítulo de Insensato coração, o personagem gay Xicão (Wedell Bendelack) contando para Sueli (Louisse Cardoso), dona de um bar voltado para o público homossexual, que o pai e a mãe dele o destratam porque "vão na conversa do pastor".
"A minha mãe só fala comigo para me dar sermão. O meu pai nunca passou do bom dia e cascudo. os dois vão na conversa do pastor da Igreja deles e me tratam como seu eu fosse o fim do mundo".
Para o pastor Silas Malafaia essa cena tenta ridicularizar os líderes evangélicos e, de forma sutil, passa a mensagem de que os pastores incitam a violência contra os homossexuais, o que ele defende não ser verdade.
"Amamos os gays, mas não aprovamos a prática homossexual", declarou o pastor Malafaia.
Na opinião de diversos pastores, como pastor Ciro Zibordi, a emissora está comprometida integralmente com a causa gay. Além de estar jogando a opinião pública contra os evangélicos.
Esta semana a Folha informou que Manoel Martins, o diretor-geral da emissora, depois de cenas polêmicas com o casal trazendo à discussão a questão da homofobia, determinou um esfriamento da história entre os homossexuais Eduardo e Hugo. Além do corte das cenas, os autores foram instruídos a não fazer apologia pela criação de uma lei que puna a homofobia.
A rede Globo através de sua assessoria de imprensa informou que a televisão é um veículo de massa que precisa contemplar todos os seus públicos e faz parte do papel da direção de zelar para que isso aconteça.
O pastor Silas Malafaia manifesta-se em seu site, dizendo que enviou uma carta de protesto aos donos da emissora e urge a todos para que também se manifestem deixando disponível o telefone e email de contato da emissora Globo.
Por Hamlet Kim|Repórter do The Christian Post
O Conselho Regional tira novamente do arquivo o pedido de cassação de registro de psicólogo do Pastor Silas Malafaia a pedido de grupos de ativistas gays. Veja a resposta de Pastor Silas Malafaia e os comentários para a questão na revista Veja.
Segundo Silas Malafaia, pastor da Igreja Vitória em Cristo, já três vezes anteriormente eles tentaram cassar seu registro, alegando “que ele como pastor da televisão tive procedimentos homofóbicos”.
Malafaia, foi um dos combatentes do PLC 122 e outras questões relacionadas às reclamações por direito pelos grupos homossexuais. “O que o conselho de psicologia tem a ver eu como pastor?” questionou ele em um vídeo divulgado em seu Twitter.
Malafaia em seu discurso responde também a alguns Cristãos que dizem que “temos que amar os homossexuais”, dizendo que condenar a prática não é condenar a pessoa. Ele questiona se aqueles que condenam a prática dos prisioneiros encarcerados, não os ama.
“Quem disse que Deus não denuncia o pecado?” “A Luz manifesta as obras das trevas e as condena” (Efésios 5:11;13), citou ele.
O pastor Malafaia alega que essa situação sobre pedir a cassação de seu registro é “perseguição”. Ele também faz menção sobre a Parada do Orgulho Gay que, segundo ele, “ridicularizaram a Igreja Católica”, usando a imagem dos santos católicos com modelos seminus.
Lauro Jardim, colunista da revista Veja, falou também sobre o caso de Pastor Silas Malafaia em sua coluna no dia 06 de julho. O Pastor urge a todos que entrem no site e deixem seus comentários.
Confira alguns dos comentários deixados até o momento na coluna de Lauro Jardim da revista Veja sobre a questão.
(Nota: Os comentários não refletem a opinião do jornal e eles foram escolhidos com base nos principais comentários disponíveis)
“Não condemos eles mas sim as sua praticas, que vão contra a biblia e a natureza humana, se fosse para ser homem com homem e mulher com mulher, porque será que a mulher completa o homem eo homem a mulher isso é obvio e claro não existe como se opor a isto…
Homoxessuais não podem criar um estado, pois se jogados varios homens em uma ilha deserta poderiam até tentar criar um estado mas ele não duraria mais que uma geração e vice versa se fosse com mulheres, isso é logico e claro…
Eu não acho certo nem um casal hetero se beijando em lugares publicos é ridiculo… Então estamos com a palavra de Deus e pela familia…(sic)”, disse Marcieli Garcia.
“Já deveria ter perdido há tempos… Esse homem é uma farsa. Falso profeta”, escreveu Dorotéia Santos.
“oi pessoal vocês precisam saber que se tem um povo que ama homosexuais, ladrões,pedofilos,prostitutas;etc somos nós os cristãos pois assim aprendemos com o nosso Mestre Jesus. mas amar a pessoa é uma coisa apoiar e nos calar diante de seus atos vergonhosos é totalmente inconcebivel parabens Pr Silas se for presiso seremos presos juntos fique na paz” escreveu wellington ferreira da silva.
“Vc e todos “essas pessoinhas” deveriam procurar o q fazer, em vez d fik caçando conversa com o Pr. Silas Malafaia”, escreveu Rafael Berkeley.
“Sou católico, não praticante e convivo com inúmeros gays na minha vida profissional. Nunca imaginei que o Brasil criaria uma casta de privilegiados como esta que insiste em nascer. A partir do momento que se cria tal categoria, você implode as instituições jurídicas de um país. ACORDEM OAB, TSJ, CNBB. Pedir a cassação do certificado de Psicólogo de Pr.Silas é a maior desmonstração de intolerência e perseguição aos que emitem suas opinões. Conclamo aos católicos a exigir respeito pelos seus símbolos religiosos. Unam-se à força dos irmãos Evangélicos e lutemos contra a destruição das instituições. é ultraje ao culto. CP. Art. 208 – Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo… – CNBB, vocês estão COM MEDOS ou se afrescalharam na fé? Por fim, se essa casta nascer, o que acontece se me auto-declarar gay e não provar, eu obterei os “direitos” para mim??? Força pastor Silas Malafaia, que Deus lhe abençoe e desculpe-me pela vexatória ação da minha religião. Se a Igreja Católica não está com você, saiba que há um católico que está”, escreveu alberto ribeiro rosa junior.