O maior evento acontece nesta quinta em São Paulo e atrai milhares de evangélicos
por Leiliane Roberta Lopes – gospelprime –
A Marcha para Jesus é um evento interdenominacional promovido em diversas cidades brasileiras com apoio das mais diferentes igrejas, desde as mais tradicionais até neopentecostais como Renascer em Cristo que foi a denominação que trouxe a marcha para o Brasil.
Mas mesmo diante de um clima de união entre igrejas há pastores que vão contra este tipo de evento como é o caso do pastor Renato Vargens que listou cinco motivos que o fazem não participar da Marcha para Jesus.
Líder da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ), o religioso diz que participou uma única vez do evento há 20 anos e que depois disso nunca mais teve vontade de voltar a marchar.
Sua decisão de se afastar desse evento religioso foi explicada através de cinco razões, entre elas o fator teológico, pois para ele a Marcha diverge das Escrituras.
“Os organizadores do evento acreditam que através de atos proféticos uma nação pode ser transformada, o que do ponto de vista bíblico é inexequível”, diz Renato Vargens ao listar sua primeira razão.
Outra razão é o clima de entretenimento, os fiéis cantam, dançam e oram durante o percurso e no final assistem apresentações de artistas cristãos dos mais diferentes ritmos musicais.
“Do ponto de Vista das Escrituras, Deus jamais pode ser usado como fonte de lazer. A Igreja não foi chamada por Cristo para promover entretenimento”, critica o pastor. “O Evangelho com todas as suas implicações precisava ser pregado de forma simples e objetiva”.
O terceiro motivo pelo qual Renato Vargens não participa é que a “Marcha pra Jesus na maioria das vezes tem sido usada pra fins eleitoreiros onde objetivo final é eleger alguns irmãos inserindo-os nas câmaras municipais, Assembleias Legislativas, Congresso Nacional, e poder executivo”.
O religioso ainda cita que o evento “tem sido usado de forma comercial onde a ênfase se dá quase que exclusiva ao mercado gospel” e por fim diz que “na maioria das vezes a igreja marcha por nada”.
Para ele o evento poderia ser diferente se convocasse as pessoas para clamarem por perdão pelos pecados cometidos. “Já imaginou essa multidão se arrependendo de suas transgressões, derramando sua alma diante de Deus, rogando ao Pai Celeste que perdoe a safadeza e a bandalheira promovida pelos políticos em nossa nação? Já pensou essa multidão se ajoelhando diante de Deus pedindo ao Salvador um avivamento?”, questiona.