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‘Tenho de rezar para Dirceu ser absolvido’, diz Roberto Jefferson

 

Denunciante do mensalão acredita que seu destino, no julgamento do STF, está diretamente ligado ao do ex-ministro

10 de julho de 2011 | 23h 00

Alfredo Junqueira / RIO – O Estado de S.Paulo

Denunciante do mensalão, o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) diz que teme "decisão salomônica" do Supremo Tribunal Federal (STF) e que o seu destino está atrelado ao do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. "Se ele for condenado eu também sou. Tenho que rezar a Deus para que ele seja absolvido."

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Para Jefferson, no entanto, a situação de Dirceu é "processualmente muito difícil". Ele ainda afirma que a participação do então presidente do PT José Genoino no esquema era "de menor importância".

O senhor já fez uma avaliação sobre as alegações finais que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou ao STF?

É difícil eu avaliar. O meu advogado (Luiz Francisco Corrêa Barbosa) acha que são muito fortes as possibilidades de absolvição. Eu não tenho nenhum vínculo com o processo do mensalão.

O senhor diz em seu blog que teme sair da condição de denunciante para a de condenado…

Eu não sou o fermento. Estou fora. Eu já havia advertido ao governo um ano antes. E todo mundo que foi a STF disse isso. O Miro (Teixeira), o Ciro Gomes, o Walfrido (dos Mares Guia), o Aldo Rebelo. A única preocupação que eu tenho é de o Supremo tomar uma decisão salomônica e, se condenar o José Dirceu me condena junto, para não ficar mal com o PT.

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Procurador-geral pede a condenação de 36 réus do mensalão

 

Folha.com

DE SÃO PAULO

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou nesta quinta-feira (7) ao STF (Supremo Tribunal Federal) o pedido de condenação de 36 pessoas por envolvimento no esquema do mensalão com penas máximas que, se somadas, chegam a mais de 4.700 anos de prisão, revela reportagem de Felipe Seligman, Breno Costa e Matheus Leitão publicada na Folha desta sexta-feira (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

O documento de 390 páginas, ao qual a Folha teve acesso, é a última peça a ser enviada por Gurgel antes do julgamento final sobre o caso, denunciado em 2006 por seu antecessor, Antonio Fernando Souza.

Folha Imagem

No sentido horário: José Genoino, José Dirceu, Roberto Jefferson e Marcos Valério, que são réus no processo do mensalão

No sentido horário: José Genoino, José Dirceu, Roberto Jefferson e Marcos Valério, que são réus no processo do mensalão

Se o caso for julgado procedente pelos ministros do Supremo e nenhum dos crimes prescreverem, o publicitário Marcos Valério de Souza, por exemplo, poderá ser condenado a até 527 anos de prisão. Já o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pegariam, no máximo, 111 anos.

O suposto esquema foi revelado em 2005 pelo ex-deputado Roberto Jefferson, em entrevista à Folha, quando contou pela primeira vez sobre um suposto esquema de pagamentos mensais a deputados. O caso foi denunciado pela Procuradoria Geral da República em 2006 e acolhido pelo STF no ano seguinte.

O julgamento dos 38 réus do processo ainda não tem prazo para acontecer, mas o relator do caso no Supremo, ministro Joaquim Barbosa, já abriu prazo para as alegações finais das partes, pedindo esclarecimentos sobre fatos novos que surgiram já com a ação penal em andamento.

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