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Terremoto do Japão deixou o dia mais curto, diz Nasa

 

Assim como tremores do Chile e da Sumatra, abalo acelerou rotação da Terra em microssegundos

11 de março de 2011 | 19h 08

Reuters

WASHINGTON – O terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que atingiu o Japão nesta sexta-feira, 11, acelerou a rotação da Terra e encurtou a duração dos dias no planeta em 1,6 microssegundos, de acordo com o geofísico Richard Gross, da Agência Espacial Americana (Nasa).

A alteração na rotação terrestre ocorreu também com os terremotos do Chile, no ano passado, e da Sumatra, em 2004. A constatação sobre o tremor chileno, de magnitude 9,0, foi de um grupo de cientistas do Laboratório da Nasa na Califórnia. Segundo eles, os dias passaram a ter 1,26 microssegundos a menos. Já o abalo da Sumatra, também de magnitude 9,0, causou uma aceleração de 6,8 microssegundos.

Assim, com esses três últimos terremotos, os dias na Terra estão 9,66 microssegundos mais curtos. As alterações, porém, provavelmente não são sentidas, umas vez que cada microssegundo equivale a um milionésimo de segundo. A mudança ocorre, segundo a Nasa, porque um terremoto de grande magnitude é capaz de fazer com que parte da massa do planeta aproxime-se do eixo do globo.

O sismo desta sexta foi o maior já registrado no Japão desde que os tremores começaram a ser registrados, há 140 anos e o sétimo pior da história. O abalo principal aconteceu às 2h46 de Brasília, com epicentro a 130 quilômetros de Sendal, na ilha de Honshu, e com profundidade de 24,4 quilômetros, na mesma região onde há dois dias ocorreu um terremoto de 7,3 graus que não deixou vítimas.

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Terremoto seguido de tsunami deixa ao menos 23 mortos no Japão

11/03/2011 – 06h08

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 07h10.

O terremoto de magnitude 8,9 que atingiu a costa nordeste do Japão nesta sexta-feira, seguido de um tsunami com ondas de até dez metros de altura, deixou ao menos 23 mortos e causou sérios estragos em diversas cidades da região, segundo informações das autoridades locais.

As vítimas incluem um homem de 67 anos, esmagado por uma parede, e uma idosa, atingida pelo teto da própria casa, que desabou, ambos na região de Tóquio.
Outras três pessoas morreram soterradas dentro de casa em Ibaraki, a nordeste da capital.

A Agência Nacional de Polícia, entretanto, afirmou que ainda não é capaz de confirmar o balanço de mortos.

"Os danos foram tão grandes que ainda levará muito tempo até que consigamos reunir todas as informações", indicou um porta-voz do órgão.

Segundo as autoridades sismológicas japonesas, este é o pior terremoto dos últimos 140 anos no país.

Imagens da emissora de televisão japonesa NHK mostram carros, barcos e até mesmo casas sendo levados pelas ondas gigantes geradas pelo tsunami nas províncias de Aomori, Miyagi, Iwate, Fukushima e Ibaraki.

O terremoto também causou vários incêndios, entre eles um de grandes proporções em uma refinaria na província de Chiba, sem relatos de vítimas até o momento.
A NHK também exibiu chamas e fumaça negra saindo de um edifício em Odaiba, um subúrbio de Tóquio.

O tremor também paralisou em todo o país os serviços do "shinkansen", o trem-bala japonês. Em Tóquio foram desativados os serviços de metrô e de trens suburbanos, e passageiros foram retirados do aeroporto de Narita.

Cerca de quatro milhões de casas estão sem energia elétrica em seis províncias do país, segundo informaram as autoridades.

O terremoto, que ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 de Brasília) e alcançou 7 graus na escala japonesa –o nível máximo, teve epicentro no Oceano Pacífico, a 130 quilômetros da península de Ojika, e a uma profundidade de dez quilômetros.
O Japão, situado no "anel de fogo do Pacífico", sofre frequentes terremotos, que raramente causam vítimas devido às rígidas normas de construção vigentes no país.

Após o terremoto que ocorreu há dois dias no país, a Agência Meteorológica japonesa advertira que durante uma semana poderia haver réplicas, embora tenha sido estimado que a intensidade máxima seria de magnitude 4 pela escala japonesa –cujo nível máximo é 7.

Editoria de Arte/Folhapress

ALERTA

O aviso de ondas gigantes emitido nesta sexta-feira pelo Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico foi ampliado para Austrália, Nova Zelândia, Polinésia e países do litoral oeste do continente americano.

"A avaliação do nível do mar confirma que foi gerado um tsunami que pode causar grandes danos", adverte em seu site o Centro, que pede que as autoridades "tomem as medidas apropriadas diante desta ameaça".

México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras, Chile, Equador, Colômbia e Peru foram incluídos no último boletim do Centro, que fez o mesmo com Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Samoa e várias ilhas da Polinésia.

Inicialmente, o primeiro alerta foi emitido para Japão, Rússia, Filipinas, ilhas Marianas, Guam, Taiwan, Ilhas Marshall, Indonésia, Papua Nova Guiné, Micronésia e Havaí (EUA).

As Filipinas ordenaram nesta sexta a evacuação de milhares de cidadãos na costa oriental do terço norte do país pelo risco de um tsunami atingir a região.

Segundo o Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (Philvolcs), a onda gigante chegará ao litoral leste da ilha de Luzon entre 17h e 19h do horário local (6h e 8h de Brasília).