Categorias
Noticias

Igreja Mundial tem bens retidos e contas bloqueadas pela Justiça

Valdemiro Santiago teria dívida de R$ 10 milhões com TVs

por Leiliane Roberta Lopes

  • gospelprime

 

Igreja Mundial tem bens retidos e contas bloqueadas pela JustiçaIgreja Mundial tem bens retidos e contas bloqueadas pela Justiça

Fundada em 1998 pelo apóstolo Valdemiro Santiago, a Igreja Mundial do Poder de Deus tem cerca de sete mil templos espalhados pelo mundo e possui mais de 2.500 funcionários. Mas segundo a revista ISTOÉ desta semana, a igreja está passando por sua maior crise financeira.

Desde outubro do ano passado vem sendo divulgado que Valdemiro enfrenta problemas na Justiça por falta de pagamento de aluguéis de diversos templos da Mundial. Na época, a revista afirmou que a igreja enfrenta uma crise financeira causada por “Quadrilhas de pastores ladrões, dívidas milionárias com as tevês, administração amadora e investimentos equivocados na construção de grandiosos templos”.

Foram meses de negociações e desmentidos na relação com o grupo Bandeirantes, que alugava horários no Canal 21 e as madrugadas da Band. Por falta de pagamento, a Igreja Mundial do Poder de Deus perdeu para a Universal esses horários.

Alegando quebra de contrato, os advogados de Valdemiro entraram na justiça pedindo R$ 200 milhões de indenização do Grupo Bandeirantes.

No início de 2014, foi a vez de a Rede Bandeirantes acionar a Mundial, exigindo judicialmente o pagamento da dívida de R$ 10.156.259,57. Após um mês e meio, saiu o veredito e a Igreja teve seus bens retidos. Entre os dias 20 e 22 de fevereiro, segundo ordem da 26ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, seis contas da igreja foram investigadas, sendo bloqueados R$ 2.133.103,80 de duas delas.

A Mundial alugava desde 2010 espaço da Bandeirantes. No último contrato, ficou acertado o pagamento por parte da igreja de R$ 3 milhões mensais pelo uso do espaço nas madrugadas. Contudo, ainda deve as parcelas de setembro e outubro de 2013 e de parte das de agosto e novembro do mesmo ano.

Segundo a ISTOÉ, desde 2011 havia problemas, incluindo mais de dez notificações judiciais. “A igreja atrasava o pagamento, renegociava e pagava com cheques parcelados. E vários cheques voltaram sem fundos, com valores que variavam de R$ 100 mil a R$ 1,5 milhão”.

O juiz da Vara Cívil, ordenou a apreensão de veículos da igreja. A Mundial apresentou como forma de pagamento um terreno de 6.000 m2, em Goiânia (GO), avaliado em R$ 15 milhões. Contudo, a Bandeirantes recusou. O total do processo da emissora de TV contra a igreja, é cerca de R$ 100 milhões incluindo parcelas atrasadas, reembolso de despesas, multa e juros.

A ISTOÉ apontou ainda que existem 378 protestos contra a IMPD no Serasa, totalizando uma dívida de R$ 9.478.900, além de 195 pendências financeiras, totalizando R$ 127.109, a ainda 20 cheques sem fundos, que somam R$ 14.590.923. Outros 13 cheques foram sustados nos últimos seis meses.

Oficialmente, a direção da Mundial afirma que não se manifestará enquanto o processo estiver em andamento.

Categorias
Artigos

Americanos fazem petição para investigar Edir Macedo, depois de reportagem da Forbes

 

PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

Depois da publicação da lista dos pastores mais ricos do Brasil, encabeçada pelo líder da Igreja Universal, Edir Macedo, pela Forbes, os americanos estão divulgando uma petição para exigir uma investigação sobre o líder brasileiro.

  • Edir Macedo

    (Foto: Divulgação/TV Record)

    Edir Macedo defende que ser crente não é garantia de salvação ou prosperidade

 

“Exigimos que o governo dos EUA lance uma investigação sobre o fundador Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus”, lê-se na petição enviada na página da Casa Branca dos Estados Unidos.

Veja também: Pastores mais ricos do Brasil incluem Edir Macedo, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia

O texto da petição aponta que a religião nos ramos evangélicos tem sido um “comércio lucrativo” nos Estados Unidos, apontando outros evangelistas como Joel Osteen, Pat Robertson, Creflo Dollar, entre outros, como promovedores desse comércio. A petição ressalta, entretanto, que ela é focada no brasileiro Edir Macedo, que possui também igrejas nos Estados Unidos.

“A petição é focada no ‘bispo’ Edir Macedo, o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Macedo tem igrejas no Brasil e nos Estados Unidos. Relatórios em meio à controvérsia apontam que Macedo é o pastor evangélico mais rico no Brasil e seu patrimônio financeiro é próximo a bilhões de dólares. O pastor Macedo está frequentemente envolvido em escândalos supostamente lavando dinheiro especificamente baseado para a caridade”, diz o texto.

O texto também se refere às diversas controvérsias em que Edir Macedo esteve envolvido desde a criação da igreja. Ele foi preso em 1992 por 15 dias sob a acusação de charlatanismo, curandeirismo e envolvimento com tráfico de drogas.

Curta-nos no Facebook

Desde essa época, a Igreja Universal do Reino de Deus foi constantemente alvo de investigações sobre desvio de dinheiro, importação ilegal, sonegação fiscal e até discriminação religiosa.

Entretanto, Edir Macedo negou a informação da Forbes, que afirmou que o patrimônio financeiro do líder é de US$ 950 milhões (cerca de 1.9 bilhões de Reais), através de uma nota oficial em nome da Igreja Universal e publicada pelo seu próprio veículo de comunicação, a R7.

A nota afirma que a Record é o único bem do qual o Bispo Macedo é proprietário e do qual ele não recebe salários e nem retirada de lucros. Segundo o texto da nota, Macedo vive do seu próprio trabalho como pastor evangélico.

Além disso, a igreja acusa a publicação de utilizar um “apanhado de velhas mentiras publicadas na Imprensa e repetidas por aqueles que fazem do PRECONCEITO contra a fé o motor de sua cobiça sem fim pelo poder, sempre tentando manipular a opinião pública.”

“Esclarecemos ainda que a Igreja Universal não foi sequer procurada pelo autor da reportagem para confirmar se as informações eram corretas, o que demonstra o desprezo que o jornalista teve pela verdade”, declarou a IURD.

Veja também: Pastor Silas Malafaia promete processar a Forbes por lista dos pastores mais ricos

Como consequência da reportagem da Forbes, outro pastor também listado no artigo afirmou que vai processar a publicação pela informação supostamente enganosa.

O pastor Silas Malafaia, apontado como terceiro pastor mais rico do Brasil, com cerca de R$300 milhões, afirmou ter um patrimônio financeiro de menos que a metade, de R$ 45 milhões.

O pastor Silas Malafaia, bem como outros líderes evangélicos, como o Dr. Uziel da Associação Brasileira dos Juristas Evangélicos (ANAJURE) alegam que a publicação fez uma afronta ao Ministério Público do Brasil, a União e a Polícia Federal, dizendo que obteve dados das mesmas.

“Dizer que a informação da minha renda foi dada pelo Ministério Público do Brasil e pela Polícia Federal é uma afronta a essas instituições sérias, porque eles não tem autoridade legal para fornecer nenhum tipo de informação como esta", afirmou Silas Malafaia, em declarações anteriores.

“Independentemente do mérito da questão, é grave o fato de que possivelmente houve violação de dados protegidos por sigilo bancário e fiscal. Isso é tão violento, quanto fazer mercancia da fé, enganando os que têm menor discernimento da realidade. Certamente, dois abusos a serem coibidos, inclusive penalmente. Certamente, dois ilícitos que mitigam princípios basilares do Estado Democrático de Direito. Com a palavra, a Polícia Federal e o Ministério Público”, disse o Dr. Uziel, em um comunicado compartilhado com o The Christian Post, em 18 de janeiro.

Categorias
Artigos

Presidente da Anajure critica Forbes por lista dos pastores mais ricos do Brasil

 

Por Amanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

A recente divulgação dos pastores mais ricos do Brasil pela Forbes gerou revolta no país por parte de líderes evangélicos, que consideraram que a notícia apresenta a religião como um negócio rentável.

  • edir-macedo

    (Foto: Divulgação)

    Bispo Edir Macedo.

 

A Forbes fez uma investigação do patrimônio financeiro dos líderes evangélicos mais populares do Brasil baseando-se em dados já divulgados por outras publicações brasileiras e recorrendo a informações do Ministério Público e da Polícia Federal.

De acordo com o levantamento, a revista apontou os cinco mais ricos, que são: Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, ($950 milhões); Valdemiro Santiago, daIgreja Mundial do Poder de Deus ($200 milhões); pastorSilas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo ($150 milhões); R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça ($125 milhões) e o casal Estevam Hernandes e Bispa Sônia, da igreja Renascer em Cristo ($65 milhões).

O presidente da Associação Brasileira dos Juristas Evangélicos (ANAJURE), Dr. Uziel Santana, em um email compartilhado com o The Christian Post, se posicionou acerca da reportagem. Dr. Uziel expressou sua preocupação quanto a uma possível violação dos sigilos bancários e fiscal dos referidos pastores.

“Independentemente do mérito da questão, é grave o fato de que possivelmente houve violação de dados protegidos por sigilo bancário e fiscal. Isso é tão violento, quanto fazer mercancia da fé, enganando os que têm menor discernimento da realidade. Certamente, dois abusos a serem coibidos, inclusive penalmente. Certamente, dois ilícitos que mitigam princípios basilares do Estado Democrático de Direito. Com a palavra, a Polícia Federal e o Ministério Público”, disse o Dr. Uziel.

A reportagem da Forbes veio depois de uma outra investigação sobre os salários de pastores brasileiros publicada na revista brasileira Veja.

Curta-nos no Facebook

Um repórter da publicação acompanhou disfarçado de aluno um curso de formação de pastor promovido pela igreja do pastor Silas Malafaia. Segundo ele, Malafaia teria afirmado que seus pastores chegavam a ganhar até R$ 22.000 (cerca de $11.000) mensalmente.

A revista então comparou o salário dos pastores da igreja de Silas Malafaia com o das outras igrejas. Na igreja de Edir Macedo, os salários variariam entre R$ 1. 500 e R$ 10.000; na igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), R$15.000; e na Igreja Renascer em Cristo, entre R$1.500 e R$15.000.

A reportagem da Veja foi também criticada por muitos evangélicos por focar o lado financeiro e profissional da função pastoral e não representar a realidade da maioria das igrejas do Brasil.

Segundo o rev. Mauro Meister, Professor de Antigo Testamento e Coordenador do programa de Mdiv. Da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a matéria não passou de uma generalização.

“Além das igrejas mencionadas, existem muitas outras, sérias e comprometidas com a formação acadêmica e pastoral dos seus ministros e que não fizeram e nem fazem do pastorado uma profissão. Que se fizesse ao menos uma ressalva… mas, nada é dito”, expressou ele, em seu blog.

Diferentemente do processo de formação de pastores das igrejas pentecostais ou neopentecostais como as apontadas aqui no texto, o reverendo afirma que o processo na Igreja Presbiteriana, por exemplo, consta de muitos requisitos, inclusive a passagem por um instituto bíblico por 1 ou 2 anos e curso teológico entre 4 e 5 anos.