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Doação De Vereador Evangélico De R$ 85 Mil Para Umbanda Causa Polêmica

 

Por Ana Araújo|Repórter do The Christian Post

“Desde que toda esta história começou, buscamos o diálogo, pois não demonizamos e nem excluímos qualquer pessoa. Mas não podemos obrigar a prefeita a nos receber. Estamos nesta audiência pública porque, por algum motivo, o vereador Amarildo sentiu-se sensível à causa. Em nome da Comissão, quero, desde já, agradecer e ratificar que não haverá desistência em relação ao tombamento do lugar onde a Umbanda nasceu”, afirmou o babalawo Ivanir dos Santos, interlocutor da comissão dos umbandistas.

O babalawo destacou o fato de o vereador e a prefeita serem membros da mesma religião, mas agirem de forma diferente sobre a questão. “O vereador segue a mesma religião da prefeita. No entanto, ele nos recebeu desde o início, preocupou-se com o caso e marcou esta audiência hoje. Isso mostra que quem quer faz. Por que ela não fez?” questionou o babalawo Ivanir.

O assessor de Amarildo informou que o vereador não reforça e nem apoia as acusações contra a prefeita, ficando estas exclusivas por parte dos militantes, que levantam o debate sobre tolerância religiosa, constantemente em evidência em regiões com múltiplas ideologias.

Para o Bispo Robinson Cavalcanti, os princípios cristãos não excluem a convivência com membros de outras religiões.

“Conheço prefeitos evangélicos que, por razão de consciência, delegam ao seu vice ou a um secretário a presença no Carnaval ou em um terreiro de Candomblé. A doação de uma oferta financeira para a recostrução desse templo parece evidenciar que o vereador optou por agir como gestor do que como fiel de uma igreja,” opinou o líder religioso ao CP.

A prefeita e o comprador do terreno ainda não se manifestaram oficialmente. Segundo o assessor Rogério, os envolvidos aguardam a decisão da Comissão de Intolerância Religiosa sobre os próximos passos.