Por Nathan Black|Repórter do Christian Post
O Anfitrião da Fox News Bill O’Reilly está consternado, juntamente com muitos outros, com o uso pela mídia da palavra “Cristão” para identificar o assassino responsável por dezenas de mortos na Noruega.
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Em seu show na segunda-feira à noite, o apresentador franco acusou a mídia liberal o ângulo Cristão na trágica história porque eles querem que o público acredite que os Cristãos fundamentalistas sejam tratados como “jihadistas loucos”.
Outra razão para o ângulo cristão da mídia liberal: “Eles não gostam muito de Cristãos porque somos julgadores demais”, observou O’Reilly.
Mas o apresentador da Fox News denunciou as manchetes sobre o massacre de sexta-feira e afirmou que Anders Behring Breivik não é Cristão.
“Isso é impossível”, disse ele. “Ninguém que acredita em Jesus comete tal assassinato em massa. O homem pode ter se declarado um Cristão na net, mas ele certamente não é da fé”.
O’Reilly assinalou ainda que o suspeito de 32 anos que foi acusado nesta segunda-feira não é ligado à nenhuma Igreja e criticou o sistema de crença protestante.
“Mais uma vez, nós não pudemos encontrar uma evidência, nenhuma, de que esse assassino praticou Cristianismo em alguma maneira”.
Breivik confessou a explosão no prédio do governo em Oslo e atirou em aproximadamente 70 pessoas na Ilha vizinha de Utoya mas ele se declarou inocente das acusações de terrorismo que ele está enfrentando.
Seu advogado, Geir Lippestad, disse que ele pode alegar insanidade, disse.
Os primeiros relatórios da explosão de sexta-feira e tiroteio indicaram que Breivik era um Cristão fundamentalista. Entretanto, os Cristãos tem rapidamente tomado distância disso, dizendo que matar é de nenhuma maneira um ato cristão.
Ao mesmo tempo, eles reconheceram que outros iriam rapidamente usar a identidade “cristã” para fazer um caso contra os Cristãos e a religião em geral.
“Terror cristão na Noruega: Eu Previ Terror da Direita Religiosa em Meu Novo Livro Sexo, Mãe e Deus”, disse Frank Schaeffer em seu blog neste sábado.
“O que tememos mais dos terroristas islâmicos é que seja isso se desencadeie aqui como foi na Noruega”, escreveu ele.
“O terror está a caminho a partir nosso próprio Cristão e/ou ativistas do tipo ‘Tea Party’ Libertários inspirados pela ala direita de ‘Cristãos intelectuais e líderes políticos como Bachmann que – depois que o massacre começou – os negarão e expressarão o repúdio às suas ações. Tais ações são de fato extensão lógica da retórica anti-governamental vindo do Congresso e os direitos religiosos”.
O’Reilly não compra tais argumentos.
“A esquerda quer que você acredite que fundamentalistas cristãos sejam tratados somente como jihadistas loucos”, disse ele, chamando isso de uma comparação desonesta e insana.
Ele passou a argumentar que “a principal ameaça para esse mundo vem do terrorismo Islâmico”.
Breivik, entretanto, agiu com ódio, enfatizou ele.
“Não há nenhuma equivalência ao Jihad,” afirmou O’Reilly, “nenhum movimento Breivik, somente mais um legado violento, patético decorrente da volta de Cain (do Antigo Testamento)”.
Então, onde os Cristãos vão a partir daqui?
Tim Challies, autor de “The Next Story” (A Próxima História) e pastor da Grace Fellowship Church em Toronto, Ontario, disse que os Cristãos tem que aceitar a realidade de que não há nenhum guardião – ninguém que possa clamar ser Cristão e nada pode ser feito em nome de Jesus.
Os Cristãos devem aceitar a realidade que há um movimento que retrata os crentes e a religião como violentos.
Essa realidade urge os Cristãos a se auto examinarem e testemunharem o que eles oferecem ao mundo.
“Talvez isso deve nos levar a perguntar como nós representamos Cristo e sua causa”, escreveu Challies em uma postagem de blog na segunda-feira. “São as nossas obras um legado distintamente cristão? Vivemos da maneira que Cristo nos ensinou a viver? Tomar o nome de Cristo sobre si e chamar-se de Cristão é um grande privilégio mas também é uma grande responsabilidade”.
Ainda, o pastor de Toronto relembrou os crentes que mesmo um testemunho de amor não irá convencer o mundo. O mundo, ele afirmou como um fato, “nos odeia”.
“Não se ofenda quando os Cristãos são injustamente retratados. Não se surpreenda. O mundo odiou Cristo e o mundo irá odiar aqueles que seguem Cristo, que agem como Cristo”.
A última tragédia, ele lamentou, será usada contra Cristo e será usada para cercear sua liberdade de culto.