Descobertos ninhos de dinossauros que viveram há 190 milhões de anos

 

Achado em sítio arqueológico na África do Sul revela informações significativas sobre a evolução do comportamento reprodutivo do prossaurópode Massospondylus

23 de janeiro de 2012 | 18h 37

  • Estadão.com.br

Uma escavação feita em um sítio arqueológico na África do Sul desenterrou pistas de uma ‘ninhada’ do prossaurópode Massospondylus, espécie de dinossauro que viveu há 190 milhões de anos. A descoberta revela informações significativas sobre a evolução do complexo comportamento reprodutivo destes antigos animais.

Marca do bebê dinossauro Massospondylus no sítio arqueológico  - D. Scott/Divulgação

D. Scott/Divulgação

Marca do bebê dinossauro Massospondylus no sítio arqueológico

Conduzido pelos paleontólogo Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga, e David Evans, do Museu Real de Ontário, o estudo sobre o achado descreve ninhos de ovos, muitos com embriões, assim como pegadas de dinossauros pequenos, o que proporciona evidências de que filhotes permaneceram no local por tempo suficiente para que atingissem ao menos o dobro do tamanho.

Pelo menos dez ninhos foram descobertos pelos pesquisadores, cada um com resquícios de até 34 ovos, muito próximos uns dos outros. A distribuição dos ninhos em sedimentos indica que estes primeiros dinossauros voltaram várias vezes ao sítio, um comportamento conhecido como ‘fidelidade ao ninho’, e provavelmente reunidos em grupos para colocar seus ovos – a chamada nidificação colonial, que é a mais antiga evidência conhecida no registro fóssil.

O grande tamanho da mãe, ao menos 6 metros de comprimento, o pequeno tamanho dos ovos, cerca de 6 a 7 centímetros de diâmetro, e a natureza altamente organizada do ninho sugerem que a mãe dinossauro pode ter arrumado os ovos cuidadosamente depois que os colocou no local.

"Os ovos, embriões e ninhos vieram das pedras localizadas em uma estrada vertical de difícil acesso", disse Robert Reisz, professor de Biologia da Universidade de Toronto Mississauga. "Ainda assim, conseguimos encontrar dez ninhos, o que indica que há muito mais no penhasco, mesmo que cobertos por toneladas de rocha. Prevemos que os ninhos vão surgir por conta dos processos naturais de intemperismo".

Os fósseis foram encontrados em rochas sedimentares do início do período Jurássico, no Golden Gate Highlands National Park, na África do Sul. Este sítio já havia sido palco da descoberta do mais antigo conjunto de embriões pertencentes ao Massospondylus – um parente dos gigantes saurópodes, dinossauros de pescoço longo dos períodos Jurássico e Cretáceo.

"Mesmo que o registro fóssil dos dinossauros seja extenso, nós temos pouca informação sobre a biologia reprodutiva destes primeiros animais", afirma David Evans, paleontólogo de vertebrados do Museu Real de Ontário. "Esta série impressionante de ninhos com 190 milhões de anos nos dá o primeiro olhar detalhado sobre a reprodução dos dinossauros no início da história evolutiva", afirma.

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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