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Filmagem mostra Templo de Salomão da IURD destruído por incêndio

15/08/2013 – 8:40

Igreja evangélica diz não ver filme ‘Inferno’ como uma crítica.

por Jarbas Aragão

 

Filmagem mostra Templo de Salomão da IURD destruído por incêndioFilmagem mostra Templo de Salomão da IURD destruído por incêndio

A artista israelense Yael Bartana, 43, atraiu a atenção da mídia por causa de sua mais nova produção. Trata-se do filme “Inferno”, que ela acaba de rodar e participará de mostras internacionais.

Rodado no Brasil, trata-se de uma ficção onde o tema principal é o Templo de Salomão. Não o original, nem o que foi reconstruído pelos romanos. Ela preferiu ver em chamas a réplica edificada pela Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo.

Embora só fique pronto no ano que vem, a artista que é judeu sabe muito bem como será o seu interior. Ela visitou as obras do templo, e decidiu recriar em um galpão de escola de samba um portal dourado, além das peças douradas que a Universal reproduzirá segundo o relato bíblico.

“Não pude deixar de pensar que isso tinha de ser destruído. É mais um projeto utópico para marcar uma identidade, só que para toda utopia existe uma distopia. Toda construção carrega a sua destruição”, disse Bartana à Folha.

Acostumada a falar sobre religião em suas obras, ela ficou famosa com uma produção que fazia uma leitura política e religiosa do Holocausto, bem como de outros episódios de antissemitismo pelo mundo.

Enquanto o custo da obra da Universal ficará perto de R$ 700 milhões, Bartana investiu cerca de R$ 1 milhão para destruí-lo na ficção. As cenas dessa destruição pelo fogo foram inspiradas numa pintura do italiano Francesco Hayez (de 1867) onde se veem pessoas se jogando de um templo em chamas. “Caos e anarquia” são os elementos centrais, explicou a artista.

A filmagem do incêndio fictício durou dois dias, onde não faltaram explosões e bolas de fogo consumindo tudo pela frente. Na análise de Bartana o que a Igreja Universal se propõe a fazer é “megalomania”. “O discurso do bispo Edir Macedo é que, se os fiéis não podem ir a Jerusalém, ele traz Jerusalém até eles. É quase um artista tentando fazer uma escultura gigantesca”, pontua.

inferno templo

No final, o filme mostra as ruínas do templo, recriando o Muro das Lamentações, semelhante ao que existe em Israel. Para a cineasta, trata-se de uma reação aos movimentos de grupos fundamentalistas judeus que desejam construir o Terceiro Templo no lugar onde hoje está a mesquita de Al-Aqsa, no Domo da Rocha.

Sua obra, contudo, não se trata meramente de religião. “Não é uma crítica aos evangélicos, nem tenho a intenção de criticar nada. O filme é sobre a estética da destruição e como devem ser os lugares sagrados… Não sou brasileira nem evangélica, mas sou israelense. Gosto de analisar essa mitologia do retorno a Israel. Não acredito em fazer arte contra algo. Tento só refletir as condições em que vivemos”.

A Folha de São Paulo procurou a Igreja Universal do Reino de Deus para comentar sobre o filme “Inferno”. Em nota, a IURD declarou:

“Sem saber o teor do vídeo é impossível saber se a artista pretende criticar a construção do templo, a Universal, seus membros ou fiéis… a Universal é uma igreja para todas as pessoas, que possui membros de todas as classes sociais e trata todos de forma igual”.

Lembrou ainda que o bispo Edir Macedo, queria com isso “que o povo da Universal pudesse pisar no chão e nas pedras que um dia Jesus pisou”. E que “não se trata de um projeto denominacional, muito menos pessoal, mas algo tão glorioso, do ponto de vista espiritual, que transcende a própria razão”.

Gospel Prime

Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

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