DA EFE
Israel e Alemanha iniciaram uma campanha legal para perseguir e denunciar judicialmente centenas de criminosos de guerra nazistas, informou nesta quinta-feira o diário israelense "Ha’aretz".
Após a condenação do ucraniano John Demjanjuk em maio, a instituição "caça-nazistas" Simon Wiesenthal deu início a uma estreita cooperação com representantes do Escritório Central das Administrações de Justiça do Estado, em Stuttgart, para acelerar a investigação de casos similares.
Segundo o periódico, há uma lista formada por cerca de quatro mil nomes de suspeitos, mas muitos deles estão mortos ou doentes, o que impediria um julgamento.
A iniciativa começou depois que Demjanjuk, de 91 anos, foi condenado em Munique a cinco anos de prisão por cumplicidade no assassinato de 28.060 judeus durante o Holocausto, após ter sido deportado dos Estados Unidos, onde vivia desde a década de 1950.
O caso deste ucraniano é o primeiro a chegar a uma condenação em um caso de nazismo sem evidências diretas de participação em um assassinato específico, o que pode abrir a porta para futuras penas desse tipo.
O Centro Simon Wiesenthal pretende que após esta sentença a Justiça alemã comece a analisar milhares de casos similares.