Por Liza Jansen | Reuters – 19 horas atrás
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Monique van der Vorst abandonou a cadeira de rodas (Foto: AP)
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Agência Estado – ter, 6 de dez de 2011 16:19 BRST
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Agência O Globo – ter, 6 de dez de 2011 13:12 BRST
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EFE – ter, 6 de dez de 2011 13:06 BRST
UTRECHT, Holanda (Reuters) – A medalhista de prata paraolímpica Monique van der Vorst transformou-se milagrosamente em uma esperança olímpica depois que um acidente reverteu sua paralisia.
Paralítica da cintura para baixo desde os 13 anos de idade, a handciclista de 27 anos, que acabou de assinar um contrato com a equipe feminina de ciclismo profissional da Rabobank para competir como uma atleta comum, foi atingida por uma bicicleta no ano passado enquanto treinava em sua cadeira de rodas para as Paraolimpíadas de 2012 em Londres.
Enquanto se recuperava do trauma, os pés de Monique começaram a formigar e milagrosamente ela começou a movê-los novamente. Desde então ela passou meses no hospital e no centro de reabilitação tentando recuperar o uso das pernas.
Ela disse à Reuters que quando deu os primeiros passos novamente, em julho de 2010, sentiu-se como uma criança que estivesse aprendendo a andar.
"Eu queria pular no ar de alegria," disse Monique esta semana, lembrando-se de como foi bom e surpreendente poder se olhar de pé em frente a um espelho.
Os médicos não têm explicações para sua recuperação surpreendente. Alguns acreditam que o trauma de seu último acidente pode ter forçado seu corpo a retomar a atividade.
Mas a realidade de sua alegria recém-descoberta também pôs um fim brusco à sua bem-sucedida carreira como atleta.
"Embora andar seja a melhor coisa que se possa fazer na vida, eu senti falta do esporte, das pessoas e dos desafios," disse Monique.
A reabilitação e a fisioterapia com um foco atlético lhe deram forças e assim que conseguiu se sentar de novo em uma bicicleta ela quis fazer uma tentativa.
Apesar de quase cair na primeira vez que subiu em uma bicicleta de corrida para atletas de corpo inteiro, Monique insistiu e conseguiu completar uma rota de treinamento dolorosa e lenta de 30 quilômetros, e não olhou para trás desde então.
Embora não esteja no mesmo nível de ciclismo das outras mulheres na equipe da Rabobank, sua força de vontade é enorme e a equipe está confiante de que Monique logo as alcançará.
Quando se leva em conta que Monique ganhou duas medalhas de prata nas Paraolimpíadas de Pequim em 2008, foi eleita a atleta com deficiência holandesa do ano em 2009, foi a primeira atleta na modalidade de handciclismo a vencer o campeonato mundial Ironman 2009 no Havaí, seu objetivo de correr nas Olimpíadas do Rio em 2016 não parece irrealista.