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Ministério Público Federal mete o pau e baixa o porrete em Silas Malafaia

Explico o título da matéria:

Na ação detalhada abaixo, o MPF acusa Silas Malafaia de incitar a violência contra gays. Em programa exibido no ano passado, durante uma parada GLBTWYUSJHGSs (faltou alguem?) o Malafa se irritou com uns camaradas que esculachavam com símbolos religiosos durante a manifestação. Dai que, dando vazão ao seu conhecido temperamento destrambelhado (o que o faz o mais ridículo dos candidatos a líder cristão…), o centrado Malafaia vociferou:

– Tem é que baixar o porrete nestes vagabundos (ou similar)! Meter o pau mesmo!

Pois bem, dando sequencia ao que já está virando rotina, Silas Malafaia, cinco vidros de Rivotril mais calminho, por meio de seus advogados (os melhores do Rio de Janeiro!) informou que, no caso em questão, o que ELE, MALAFAIA, quis dizer com alguém deveria “entrar de pau” e “meter o porrete” nestes vagabundos, de forma alguma, se propunha a ser um incitamento à violência física contra estes nobres ativistas, tratava-se tão somente de uma respeitosa exortação aos que se sentissem ofendidos pelo comportamento dos citados manifestantes homoafetivos, que os processassem judicialmente, ou lavrassem algum tipo de protesto formal civilizado, como uma carta de repúdio pública, uma carta denunciatória ao bispo da diocese, ou ainda, um minuto de silêncio durante a próxima marcha para Gizuz, por exemplo.

Meus amigos! É claro que o Malafaia quis dizer exatamente isto e nada mais. Para quem é proficiente em “malafês”, a língua adotada pelo honorável pastor, sabe que “meter o porrete” e “enfiar o cassete” são termos educadíssimos, típicos de um pastor evangélico da estirpe malafaliana e, em nada significam violência ou ato sexual.

Da mesma forma, quando alguém diz em malafês “Eu vou fornicar você, foi, em verdade, um mal entendido, onde o declarante, de fato, queria proferir: “Eu vou funicar você!” , o que ao contrário de desejar se colocar em intercurso sexual ativo homoafetivo com o interlocutor, significa, tão somente, a expressão evangélica neopentecostal referente a colocar em prática um desejo irrefreado de meter a porrada no cidadão. E que fique claríssimo, que a porrada, ai empregada não é outra que não sopapos e catiripapos generalizados, absolutamente heterosexuais, espalhados tão somente nas partes públicas do corpo do desafeto. Ou seja: briga de crente. Afinal, funicar é arrebentar, na tradução do próprio pastor.

De maneira que, se o Malafaia tivesse dito: “- Seus gays, vocês deveriam ser funicados!”, ai sim, seria o caso dos GLBTEGKJDs (faltou alguem?) se sentirem ameaçados. Afinal, além de não poderem contar com a promessa (ou ameaça, risos) de fornicação com o Malafaia, estariam sob séria ameaça de tomar uns tapões!

Outrossim, quando em “malafês” um blogueiro é chamado de filho do diabo, uma jornalista de vagabunda, um manifestante na porta de um evento gospel de babaca, um contra-marchante para Gizuz de “filho da …” e um vereador maranhense de “frouxo e bandido” estes são todos elogios disfarçados de exortação a irmãos desviados. Em nada objetivando ofender o interlocutor.

Afinal, em “malafês”, quando se quer se dirigir a um pastor contrário a teologia da prosperidade, o termo é: IDIOTA. Um vocábulo bem mais sutil do que aquele reservado aos que ofertam na casa do Senhor, sem esperar nada em troca: OTÁRIOS. Eu, como cidadão consciencioso que sou, vou enviar ao Ministério Público o meu pequeno dicionário de malafês, o qual é prefaciado por Rafinha Bastos, o mestre na arte do insulto.

Resumindo, como meter o cassete e baixar o porrete é malafês clássico para processar, a notícia por trás do título em lingua estranha é: Ministério Público processa Silas Malafaia. “Com ação vagabunda!”, diria Silas Malafaia. Afinal, em malafês é um adjetivo empregado para levantar dúvidas a respeito da procedência do mérito ou da capacidade profissional do sujeito na frase. Ex: “Esta jornalista vagabunda distorce os fatos!”. O título da matéria está claro agora, rapaziada?

A ação do Ministério Público Federal (SP)

O Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação contra Silas Malafaia e a TV Bandeirantes, neste último dia 16 (fev/12):

Inquérito Civil número 1.34.001.006152/2011-33 – Ref: CIDADANIA. Preconceito contra homossexuais. Programa da TV Aberta. Pastor Silas Malafaia.

A ação do MPF está “prefaciada” com a citação de João 13:34 (Um novo mandamento vos dou: que vos amei uns aos outros…); o que, confesso, me causou profunda estranheza, mas enfim:

Acesse o documento AQUI.

Agora, sério!

Acesse mesmo. Leia, reflita e emita a sua opinião. Pois, eu mesmo, contra a minha vontade e junto a minha profunda repulsa ao cidadão Silas Malafaia, função da sua “teologia”, caráter, temperamento destrambelhado, comportamento anti-cristão, falso profetismo e sua recorrência no estelionato religioso, o fiz e, confesso, me senti profundamente incomodado com alguns dos fundamentos do direito usados para estabelecer a ação.

Conclamo os muitos advogados leitores do Genizah a observar o documento e emitir a sua opinião.

Genizah

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Por Pastor Ângelo Medrado

Pr. Batista, Avivado, Bacharel em Teologia, PhDr. Pedagogo Holístico docente Restaurador, Reverendo pela International Minystry of Restoration - USA - Autor dos Livros: A Maçonaria e o Cristianismo, O Cristão e a Maçonaria, A Religião do Anticristo, Vendas Alto Nível com Análise Transacional, Comportamento Gerencial.
Casado, 4 filhos, 6 netos, 1 bisneto.

Uma resposta em “Ministério Público Federal mete o pau e baixa o porrete em Silas Malafaia”

eu o apoio, pois ele jamais falou sobre o gay em si, e sim sobre o pecado em si e ele nao eh louco de falar sobre o ser humano que Deus criou conforme sua imagem e semelhanca, isso é sensacionalismo e falta de Deus na vida das pessoas que distorcem as palavras e atitudes de um pastor tao consagrado1

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