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Marco Feliciano e Ana Paula Valadão: O que temos de aprender com os homossexuais?

Julio Severo
De acordo com o site Terra, num culto de inauguração de uma igreja em Canoas, no Rio Grande do Sul, em 15 de agosto, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou que as igrejas têm se aproximados dos homossexuais para evitar que sejam apedrejadas, atribuiu a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff a uma obra divina e chamou os colegas da bancada evangélica em Brasília de covardes.
O site destacou a crítica de Feliciano à atitude da cantora gospel Ana Paula Valadão de “convidar os gays para se aproximarem da igreja, porque os evangélicos poderiam aprender com eles.”

De acordo com o Terra, Feliciano teria dito sobre a atitude da cantora: “Acho que a intenção de aproximar as pessoas é boa, mas dizer que temos que aprender com eles? Quer dizer que dois mil anos de igreja não serviram para nada? Sabe o que é isso? É a desculpa pra não terem as igrejas deles apedrejadas.”

Não vejo nada de errado em convidar homossexuais para se aproximar da igreja. Aliás, não vejo nada de errado em aproximar ladrões, estupradores, assassinos, adúlteros, alcoólatras e drogados das igrejas, que devem ser o espaço de encontro entre o pecador e o Salvador.

Aprendendo com os homossexuais

Mas o que temos de aprender com cada um desses pecadores? Especificamente, o que temos de aprender com os pecadores homossexuais? Se Ana Paula Valadão fosse esquerdista, eu entenderia o questionamento dela como um passo adicional no liberalismo.
Em matéria de propor que os cristãos precisam aprender com os gays, a ideia da cantora gospel não tem absolutamente nada de original. Setores liberais da Igreja Católica, insatisfeitos com as duras posturas do Vaticano com relação à homossexualidade, fazem a mesma proposta há anos.
Grandes denominações protestantes históricas dos EUA seguiram essa linha de aproximação e aprendizado com os gays. O resultado? Hoje a PCUSA, maior denominação presbiteriana dos EUA, ordena pastores gays, celebra “casamentos” gays e tem pastores casados com outros gays. Tudo isso eles aprenderam com os gays.
Muitas outras denominações protestantes no Primeiro Mundo estão adotando semelhantes medidas de apostasia, depois de aprenderem com o esquerdismo e com os gays. Um de seus líderes, Desmond Tutu, ameaçou ir para o inferno se Deus não parar de condenar o pecado homossexual.
No Brasil, há setores calvinistas embriagados de esquerdismo que recomendam políticos ideaisque pregam um amor que se aproxima dos homossexuais sem confrontar a nociva agenda de seus ativistas, tendo uma postura diabólica muito mais perigosa do que a atitude da cantora gospel.Ativistas gays os elogiam e, em troca, eles dizem que o PLC 122 é um projeto inofensivo.
Se Ana Paula Valadão e a Igreja Batista da Lagoinha estão abraçando o esquerdismo, já sei onde isso vai parar. É só olhar para o exemplo da PCUSA.

Aprendendo com a militância gay?

Fora da mentalidade da rendição, há algo que poderíamos aprender com os gays? Claro que sim. Os ativistas gays estão empreendendo hoje uma das maiores transformações sociais que o mundo já viu. Eles estão presentes na elaboração de leis, nas escolas, nos meios de comunicação e outros lugares de influência, inclusive ocupando as esferas mais importantes do governo dos EUA, cuja política hoje é focada na imposição do imperialismo homossexual nas nações.
Todo esse empenho visa infiltração, influência e controle. É o maior projeto de poder dos dias atuais, voltado para prejudicar a família natural.
Poderíamos aprender com eles a ter também um projeto de poder, mas voltado para interesses mais benéficos para a família e, em vez de doutrinação em sexo homossexual para crianças nas escolas, doutrinação de pureza sexual?
Não sei se é esse tipo de aprendizado que Ana Paula Valadão pensou quando fez sua declaração que agora está sob crítica de Feliciano.
Espero que ela não esteja se referindo a um pastor presbiteriano gay que ameaçou pegar em armas contra os cristãos que combatem a agenda gay. Teríamos, nesse caso, de aprender a pegar em armas também, para lutar contra ou a favor da ditadura gay?
Se ela estava pensando em termos estritamente evangelísticos, errou, pois Jesus Cristo é o nosso Grande Mestre. Ele é o Supremo Evangelizador. Com Ele, aprendemos a amar os pecadores e lidar com o pecado. Com os pecadores, só aprendemos a pecar.
Conheci o caso de dois pastores, que tinham um ministério exclusivamente de amor aos homossexuais, e a aproximação foi tanta que acabaram largando de suas esposas e filhos para viverem com os homossexuais que estavam ajudando. Eles não eram homossexuais, mas a aproximação trouxe esses resultados.
Em contraste, a aproximação a Cristo nunca traz nenhum efeito colateral prejudicial para ninguém, nem para pastores nem para pecadores homossexuais.
Depois de nos aproximarmos de Cristo, poderemos eficazmente evangelizar os homossexuais que se abrirem para o Evangelho. Depois de aprender com o Mestre, saberemos o que fazer para ajudar os pecadores homossexuais. Mas se escolhermos o caminho de aprender com os pecadores, só Deus sabe o resultado, embora haja grandes sinais visíveis, inclusive a PCUSA.

Queda de popularidade de Dilma: juízo divino?

Quanto à interpretação de Feliciano de que a queda de popularidade de Dilma Rousseff se deve a um plano divino, é muito difícil dizer. Se um homem gasta tudo o que tem em embriaguez, ele perderá o dinheiro e a saúde. É a lei da semeadura: o que o homem semear, ele vai colher.
O PT semeou muita destruição, e o peso dessa destruição é tão grande que o partido das trevas não está conseguindo empurrar com a barriga sua colheita maligna para cair nas mãos de um futuro presidente. Parece que vai cair tudo agora.
Feliciano também criticou o rolo compressor gay movido pelo PT no Congresso. Ele criticou especialmente a covardia de outros parlamentares evangélicos que estão tão aliançados com o PT que ao mesmo tempo em que tentam conter a agenda gay fortalecem seu maior patrocinador: o governo do PT. Ele disse: “Daqui a alguns dias, meninos e meninas serão adotados por dois homens ou duas mulheres… são 73 deputados (da bancada evangélica), mas eu sou o único maluco que fica lutando contra tudo isso, e na hora de aparecer, correm todos… crentes eleitos pelos seus votos, são covardes.”
Fonte: www.juliosevero.com
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Judeu ortodoxo gay entra em escola de drag queens para lutar por direitos

Ele tentou reprimir a homossexualidade: já foi casado e tem uma filha de 11 anos

Por Maria Carolina Caiafa | Correspondente do The Christian Post

O jovem Shahar Hadar, de 34 anos, é judeu ortodoxo e está aprendendo a ser drag queen em uma escola de Tel Aviv, capital funcional e segunda maior cidade do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio. Durante o dia, ele trabalha como atendente de telemarketing. Já à noite, ele se transforma na personagem Malka Falsche [do hebraico, rainha falsa], que é uma rebbetzin, termo usado para designar a esposa de um rabino ortodoxo, uma figura importante no simbolismo do mundo judaico.

  • Drag queen
    (Foto: Organização/morguefile.com/archive)
    Drag queen ou drag king são artistas performáticos que se travestem, fantasiando-se cômica ou exageradamente.

O rapaz foi casado para cumprir as ‘obrigações’ da sociedade conservadora onde vive, mas está divorciado. Do relacionamento, nasceu uma menina de 11 anos, que é proibida pela mãe de conviver com Hadar. Ele tomou consciência da homossexualidade com aproximadamente 19 anos. A primeira reação foi tentar reprimir esse lado: o israelense se puniu, foi viver em um seminário judeu e passava horas estudando o Torá (cinco primeiros livros, que constituem o texto central do judaísmo). Ele foi expulso desse primeiro espaço religioso, após ter um caso com um colega. De lá, foi transferido para outro centro de estudos, onde conheceu a mulher com quem se casou.

“Eu queria tomar o caminho que Deus ordenou para cada um de nós. Eu não via outra opção. Pensei que o casamento me faria hétero e eu seria curado. […] Por mais que eu fugisse disso, os céus deixaram claro para mim quem eu sou”, disse ele, em entrevista à agência de notícias Associated Press, publicada pelo tablóide carioca Extra, nesta quinta-feira (1º).

Muitos judeus ortodoxos, que são gays, acabam sofrendo pressão para casar com uma mulher e permanecer assim para ser aceito na comunidade. Mas há um grupo crescente que resolveu lutar pelos seus direitos, como é o caso de Hadar. Nesta quinta-feira (1º), ele vai participar da parada gay anual em Jerusalém, capital religiosa de Israel e cidade mais populosa do país.

Como drag queen, ele realiza atos religiosos [em hebraico, mitzvoth]. Ele frequenta as aulas vestindo um solidéu, uma espécie de pequeno chapéu usado pelos judeus.

Israel é definido como um Estado Judeu e Democrático em suas leis e é o único Estado de maioria judia no mundo. O país travou várias guerras com os estados árabes circundantes e vizinhos, em sua maioria, muçulmanos. O Estado foi criado no final dos anos 40, após a Segunda Guerra Mundial.

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A cidade de Jerusalém é um lugar sagrado para judeus, muçulmanos e cristãos, pois sedia lugares que são fundamentais para suas crenças religiosas, como o Muro das Lamentações, o Monte do Templo, a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. Mesmo assim, Israel figura entre os dez países com maior número de ateus ou agnóstico.

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Pastor é confirmado no comando da Comissão de Direitos Humanos

 

Religioso que atacou negros e gays é indicado oficialmente para presidir colegiado na Câmara

05 de março de 2013 | 18h 10

  • Eugênia Lopes – O Estado de S. Paulo

 

BRASÍLIA – A maioria da bancada do PSC decidiu nesta terça-feira, 5, indicar o deputado e pastor Marco Feliciano (SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Pela tradição da Casa, o ato o coloca, na prática, na chefia do órgão parlamentar. Partidos governistas e da oposição, porém, não descartam rejeitá-lo em votação prevista para hoje. Feliciano é acusado de ser racista e homofóbico por causa de declarações recentes feitas na internet.

O PT, que tradicionalmente comanda esse colegiado, abriu mão da vaga em favor da sigla cristã, que faz parte da base de sustentação do governo da presidente Dilma Rousseff. O papel da comissão é analisar projetos que tratem de interesses de minorias.

Feliciano escreveu em sua página no Twitter, em 2011, que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva "ao ódio, ao crime e à rejeição", e que descendentes de africanos são "amaldiçoados". Ontem, ele defendeu as frases. "Não neguei o que escrevi e não nego agora. Foi só um post. A maioria das informações sobre mim não são reais", afirmou.

A bancada do PSC decidiu manter a indicação de Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos depois de quase três horas de reunião. Dos 17 deputados do partido, 13 teriam votado a favor do nome do pastor.

Preocupado com a repercussão negativa do nome de Feliciano, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), fez um apelo nos bastidores para a bancada desistir da nomeação. Mas não adiantou.

A previsão é que a eleição hoje de Feliciano para a presidência da Comissão seja tumultuada. "Vamos fazer uma guerra. Do ponto de vista prático, essa indicação significa a inviabilidade da comissão, que passará a ser um palco de conflito permanente", afirmou o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ). "A indicação vai criar uma crise sem precedentes. Mesmo que venha a ser eleito, ele vai ter muito votos contrários. Não é uma restrição ao PSC e sim ao papel dele. É uma desmoralização para o Parlamento", disse a deputada Érica Kokay (PT-DF).

Ao ter seu nome ratificado pelo líder do partido, deputado André Moura (SE), Feliciano defendeu a discussão prioritária dos seguintes temas: imigração ilegal, terras para quilombolas e para índios. "Muitas minorias têm sido esquecidas pela comissão", disse. Feliciano tem sido um crítico do espaço dado à defesa de direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais pela comissão. "Há um predomínio dos assuntos GLBT. Precisamos discutir outros assuntos", afirmou.

"O casamento de pessoas do mesmo sexo não é previsto na Constituição. O casamento civil neste país é entre homem e mulher. E ponto final", disse Feliciano, assim que sua indicação foi anunciada. Em entrevista, Feliciano aproveitou para se comparar ao pastor norte-americano e defensor dos direitos humanos Martin Luther King. "Disseram ser da idade da pedra ou dos tempos de caça às bruxas a escolha de um pastor para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Lembro que o maior defensor dos direitos humanos de todos os tempos foi um pastor: Martin Luther King. Não me comparo a ele, mas era também um cristão."

No primeiro mandato como deputado federal, Feliciano apresentou alguns projetos de lei, como o que institui o programa "Papai do Céu na Escola" na rede pública de ensino. Outra proposta do deputado pretende sustar a decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu como entidade familiar a união entre pessoas do mesmo sexo. Feliciano apresentou ainda projeto de lei para punir quem sacrifica animais em rituais religiosos, prática adotada em algumas cerimônias do candomblé. "Mesmo meu partido sendo conservador e de direita, ninguém será tolhido na comissão", afirmou.

Lobo. Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Carlos Magno, a indicação do pastor para a presidência do colegiado é "um retrocesso para o País". Assumindo o cargo, afirmou Magno, Feliciano tomaria as rédeas de uma comissão tida como estratégica para os gays. "Acho que a nomeação dele à presidência é um retrocesso para o País. Ele é um pastor homofóbico", disse Magno. "Não vamos aceitar. A comissão é estratégica."

O ex-presidente da associação, Toni Reis, comparou: "é como colocar lobos para cuidar das ovelhas". A ABGLT anunciou que já articula medidas de protesto à nomeação. Uma delas será mobilizar parlamentares de partidos aliados da associação para esvaziarem as reuniões do colegiado.