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O HINDUÍSMO.

 

Por Leandro Borges

 

“Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus, aquele que pratica o mal jamais viu a Deus”. (3 João cap.1 vers.11).

O Hinduísmo se introduz em uma denominação do conjunto de princípios, doutrínas, e práticas religiosas que surgiram na India a partir do ano de 2000 a.C. O termo é ocidental e é conhecido pelos seguidores como “Sanatana Dharma”, do sânscrito (língua original da India), que significa “a ordem permanente”. Está fundamentado aos 4 livros dos Vedas (conhecimento), um conjunto de textos sagrados compostos de hinos e ritos, no Século 10, denominados de Regveda Samaveda, Yajurveda, e Artharvaveda. Estes 4 volumes são divididos em duas partes: a porção do trabalho (rituais politeístas), e a porção do conhecimento (especulações filosóficas), também chamada de Vedanta. A tradição védica surgiu com os primeiros árias, povo de origem indo-européia (os mesmos que desenvolveram a cultura greja) que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e Ganges, por volta do ano de 1500 a.C.

O hinduísmo ensina que os Vedas contêm as verdades eternas reveladas pelos deuses e a ordem (dharma) que rege os seres e as coisas, organizando-os em castas. Cada casta possui seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais. A posição do homem em determinada casta é definida pelo seu carma (conjunto de suas ações em vidas anteriores). A casta à qual pertence um indivíduo indica o seu status espiritual. O objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara), atingindo assim, o nirvana, a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o Universo. O caminho para o nirvana, segundo ensina o hinduísmo, passa pelo ascetismo (doutrina que desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem), pelas práticas religiosas, pelas orações e pelo ioga. Assim a pessoa alcança a “salvação”, escapando dos ciclos da reencarnação.

Nos cultos védicos, os pedidos mais solicitados aos deuses são: vida longa, bens materiais, e filhos homens. São várias as divindades. Agnié o pai dos homens, deus do fogo e do lar.Indra rege a guerra. Varuna é o deus supremo, rei do universo, dos deuses e dos homens. Ushas é a deusa da aurora, Surya eVishnu são os regentes do sol, Rudra e Shiva, da tempestade. Animais como a vaca, rato, e serpentes, são adorados por serem possivelmente, a reencarnação dos familiares. Existem 3 vezes mais ratos que a população do país, os quais destroem em quarto de toda a colheita da nação. O rio Ganges é considerado sagrado, no qual, milhares de pessoas se banham diariamente, afim de se purificar.

Em todo o mundo, muitas mães afogam seus filhos recèm-nascidos, como sacrifício aos deuses.

Os sacerdotes do hinduísmo são chamados de ”brâmanes”, eles criaram o sistema de castas, que se tornou a principal instituição da sociedade indiana. Sem abandonar as divindades registradas nos Vedas, estabeleceram Brahma como o deus principal e o princípio criador. Ele faz parte da Trimurti, a tríade divina completada por Shiva e Vishnu. De acordo com a tradição, Brahma teve 4 filhos que formaram as 4 castas originais: brâmanes (saídos dos lábios de Brahma), são os sacedotes considerados puros e privilegiados, os xátrias (originários dos braços de Brahma), são os guerreiros, os vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são lavradores, comerciantes, e artesãos, e sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos e escravos. Os párias são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem desobedecido leis religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados nem se banharem no Rio Ganges.

As características principais do hinduísmo são: politeísmo, ioga, meditação, e reencarnação. Estima-se que atualmente existam mais de 600 milhões de adeptos em todo o mundo, com um panteão de 33 milhões de deuses e 200 milhões de vacas sagradas. Todo o gado existente na India, alimentaria sua população por cinco anos, entretanto, a fome é devastadora no país por causa da idolatria.

Na teologia do hinduísmo, tudo é deus, e deus é tudo: o hunduísmo ensina, como no Panteísmo, que o homem está unido com a natureza e com o universo. O universo é deus, e estando unido ao universo, todos são deuses. Ensina também que este mesmo deus, é impessoal. Muitos deuses adorados pelos hindus são amorais e imorais.

No hinduísmo também existe a chamada “lei do carma”: Esta lei determina o bem e o mal que a pessoa faz, ela determinará como ela virá na próxima reencarnação. A maior esperança de um hinduísta é chegar no estágio de se transformar no inexistente. Vir ser parte deste deus impessoal do universo.

Que Deus te abençoe…

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Atlantes: Os Deuses da Antiguidade

 

 

Mapa da Atlântida de Platão: uma ilha no meio do Atlântico que desapareceu nas águas 9 mil anos atrás. Todavia, segundo a Doutrina Secreta, essa ilha era apenas território remanescente de um continente muito maior, formado por dez ilhas e que existiu em uma era geológica remota, muito mais antiga, anterior ao surgimento do homo sapiens atual.

Em 30 de junho de 1915 os Atlantes foram o tema de um pequeno mas importante artigo que apareceu no Annual Report of the Board of Regents of The Smithsonian Institution [Relatório Anual do Conselho dos Regentes do Instituto Smithsoniano [Relatório Anual dos Membros do Conselho do Instituto Smithsoniano]*. Eram as notas da “hipótese Atlante”, um texto que, anos antes, em 1912, o autor, M. Pierre Termier, membro da Academy of Sciences [Academia de Ciências] e diretor do Service of the Geologic Chart of France [Carta Geológica da França – Cartografia] tinha apresentado ao Institut Océanographique [Instituto Oceanográfico]. Eis um trecho:

Depois de um longo período de desdenhosa indiferença, observa-se que nos últimos anos [início do século XX] a ciência volta a se interessar pelos Atlantes. Naturalistas, geólogos, zoólogos, botânicos, estão perguntando se Platão não teria registrado para a posteridade, com pequeno exagero, uma página da História da Humanidade. Nenhuma afirmação é, ainda, permitida; porém, parece cada vez mais evidente que uma vasta região, continental ou constituída de grandes ilhas, desapareceu a oeste das Colunas de Hércules, estreito de Gibraltar e que esse desaparecimento ocorreu em passado não muito distante. De todo modo, a questão dos Atlantes novamente se apresenta diante dos cientistas e eu creio que não poderá ser resolvida sem o auxílio da Oceaonagrafia. Por isso, é natural discutir isso aqui, no templo da ciência marítima, lembrando que essa hipótese, por longo tempo deixada de lado, agora, deve ocupar seu lugar entre os interesses dos oceanógrafos e daqueles que, imersos no tumulto das cidades puderem emprestar os ouvidos aos murmúrios distantes do mar.

No texto, Mr. Termier apresenta dados geológicos, geográficos e zoológicos que sustentam a Teoria Atlante. Se o leito do oceano Atlântico fosse drenado seria possível ver que seu relevo irregular, passando por terras emersas em uma linha que vai das Ilhas Açores à Islândia, é constituído de solo vulcânico até 3 mil metros de profundidade. A natureza vulcânica das ilhas e todo o território emerso e submerso hoje existentes no Atlântico reforçam a informação de Platão de que o continente Atlante foi destruído por um cataclismo tectônico-vulcânico. [Ou, segundo a linguagem ocultista, pela água e pelo fogo] Também o zoólogo francês M. Louis Germain, admitiu um continente Atlante conectado com a península Ibérica e a Mauritânia, prolongando-se rumo ao sul, incluindo regiões de clima desértico.

A descrição da civilização Atlante fornecida por Platão, em Crítias, pode ser assim resumida: no princípio dos tempos, os “deuses” dividiram a Terra entre si de acordo com suas respectivas dignidades [poderes e inclinações]. Cada um se tornou divindade principal em seu território onde foram erguidos templos, símbolo da grandeza daqueles “deuses”; templos dirigidos por cleros onde eram realizados rituais, entre os quais, os sacrifícios.

A Poseidon, coube o mar e a continental ilha chamada Atlântida. No centro da ilha existia uma montanha, morada de três seres humanos, primitivos filhos da Terra: Evenor, sua mulher Leucipa e sua única filha, Cleito. A donzela possuía grande beleza. Quando seus pais morreram, foi cortejada por Poseidon e desse namoro nasceram cinco pares de filhos [todos varões]. Poseidon, então, dividiu a ilha-continente em 10 distritos, um para cada filho e designou o mais velho, Atlas, imperador dos nove reinos, líder entre os irmãos. A ilha-continente foi, então, por desejo de Poseidon, chamada Atlântida e o oceano, Atlântico, em honra ao primogênito Atlas. O Império Atlante era geo-politicamente configurado em círculos concêntricos, alternando faixas de terra e faixas de água, marcando as diferentes zonas/reinos. Na região central, duas faixas de terra eram irrigadas por três anéis, de água: dois eram fontes de água morna; um de água fria.

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Ruínas submersas de uma civilização esquecida. Localizam-se nas águas das Bahamas. Na foto do meio, a famosa Estrada de Atlântida. Dir.: Poseidon ou Netuno [para os Romanos], como divindade, regente dos mares; historicamente, seria o fundador da Atlântida.

Platão falou, ainda, das pedras brancas, negras e vermelhas usadas na construção dos edifícios públicos e docas. Cada faixa de terra era delimitada por uma muralha tripla: a exterior, feita de bronze; a do meio, de estanho e a mulralha interior, voltada para a cidadela, era recoberta de oricalco [um mineral atlante misterioso hoje desconhecido]. Além de todos os palácios, templos e edificações preciosas, no centro do centro, havia um santuário dedicado a Cleito [Clito] e Poseidon. Ali tinha sido o local de nascimento dos 10 príncipes de Atlântida onde, todos os anos, seus descendentes entregavam oferendas.

Construção grandiosa da cidadela, o Templo de Poseidon era externamente revestido de prata e suas torres, de ouro. No interior, mármore, mais ouro e prata e oricalco, do piso às pilastras. O templo abrigava uma estátua colossal de Poseidon conduzindo os seis cavalos alados de sua carruagem, acompanhado de centenas de Nereidas cavalgando golfinhos. Nos jardins, estátuas de ouro representando os primeiros dez reis de Atlântida e suas rainhas.

Nos bosques e jardins, fontes de águas quentes e frias, e outros tantos templos dedicados a várias divindades, ginásios esportivos para homens e animais, banhos públicos e pistas para corridas de cavalos. Fortificações erguiam-se em pontos estratégicos dos círculos e um grande porto recebia navios de outras nações do mundo. Em Atlântida havia cidades/distritos tão populosas [os] que os sons de vozes humanas estavam sempre no ar.

A costa da ilha era constituída principalmente de terreno escarpado, muito íngreme mas a cidadela central era plana, rodeada de colinas de grande beleza. Os campos rendiam duas colheitas por ano: no inverno, alimentados por chuvas regulares e, no verão, irrigados pelo sistema de canais, que também era usado como via de transporte. Essas planícies eram divididas em secções; em tempos de guerra cada secção era protegida por um contingente de guerreiros e carruagens.

Na ordem geo-socio-política, os reis eram soberanos tinham total controle sobre seu próprio território mas suas relações mútuas eram regidas por um código, elaborado pelo primeiro rei de Atlântida e gravado em uma coluna de oricalco no templo de Poseidon. Em intervalos de tempo de cinco a seis anos, os reis peregrinavam até o templo. Na ocasião, cada um dos reis renovava seu juramento de fidelidade – diante do código sagrado.

Vestiam túnicas azul-celeste e sentavam-se para deliberar. Ao amanhecer, registravam suas decisões por escrito sobre tábuas de ouro, envolviam as tábuas nos mantos e guardavam tudo em um memorial. A lei máxima dos reis atlantes proibia a guerra entre os reinos-irmãos e estabelecia um compromisso de assistência mútua entre os reinos em caso de ataques externos. A decisão final sobre assuntos de guerra era uma atribuição exclusiva dos descendentes de Atlas, [o primogênito de Poseidon] mas nenhum rei tinha poder de vida e morte sobre os súditos sem o consentimento da maioria do Conselho dos Dez.

Platão finaliza seu relato contando que o grande império Atlante, um dia, atacou as cidades-estados gregas, fato que aconteceu em uma Atlântida já decadente, cujos reis haviam se desviado, irremediavelmente, dos caminhos da sabedoria e da virtude. Tomados por insana ambição, aqueles últimos reis desejaram conquistar todo o mundo. Então, [e aqui documento se mistura com lenda e alegoria], Zeus, percebendo a maldade, degeneração dos atlantes, reuniu os deuses na “santa morada”… E assim termina, em Crítias, abruptamente, a história de Platão sobre a Atlântida. No Timæus, a descrição do fim da Atlântida, mais generosa, é atribuída a Sólon, que teria obtido as informações de um sacerdote egípcio. Nesse texto, o fim da Atlântida e de seus reis ambiciosos e expansionistas precipita-se sob os desígnios de forças naturais; é o cataclismo:

Ocorreram violentos terremotos e inundações e, em um único dia e uma única noite de temporais todos os guerreiros atlantes desapareceram da face da Terra assim como a grande ilha-continente, que submergiu, engolida pelo mar. Essa é a razão pela qual o oceano, naquela região é impenetrável, intransitável, porque as águas, rasas, [aterradas] são densas e impregnadas de lama e lodo; porque ali afundou a grandiosa Atlântida.

Na introdução de sua tradução do Timæus, Thomas Taylor se refere a uma History of Ethiopia [História da Etiópia], escrita por Marcellus, onde a Atlântida é mencionada: Naquele tempo existiam sete ilhas no Oceano Atlântico. Eram ilhas consagradas aos deuses: uma “pertencia” a Proserpina; três outras, de enormes dimensões, eram as terras de Plutão, Amon e Netuno. Crantor [1], comentando Platão, lembra que, segundo os egípcios, a história do reino perdido foi escrita sobre os pilares que ainda restavam, nas ruínas das ruínas, 300 anos antes de Cristo. Ignatius Donnely, que estudou profundamente a Atlântida, acreditava que os cavalos foram animais domesticados pelos Atlantes e, por isso, os cavalos são, por tradição mítica, sagrados em associação com Poseidon.

1. CRANTOR: Filósofo grego que viveu em meados do século IV antes de Cristo.

Ocultismo ─ Altântida Esotérica: [Para muitos estudiosos], a análise da descrição de Atlântida por Platão não pode ser condiderada completamente histórica; antes, seria um relato onde documento histórico e alegoria se misturam. Orígenes, Porfírio, Proclus, Jâmblico e Syrianus entendem que Atlântida de Platão guarda um profundo mistério filosófico: a alegoria Atlante simbolizaria os Três Aspectos da Natureza, tando na dimensão do Universo quanto na dimensão do ser humano. Os dez reis do Império, os tetractys, representam os cinco pares de tendências opostas em conflito, no macrocosmo e no microcosmo [no homem ─ segundo Theon de Smyrna sobre a Doutrina Pitagórica dos opostos]. Os números, de 1 a 10 regem todas as criaturas e os números, por sua vez, estão sob o domínio da Monada – o número 1, o mais antigo, primeiro e gerador de todos os demais.

O cetro de Poseidon, o Tridente, representava o poder daqueles reis sobre os habitantes das dez ilhas [ou distritos?] que configuraram a geo-política atlante. Sete três ilhas menores e três de grandes dimensões que, um dia, abrigaram a civilização Atlante. Ainda do ponto de vista filosófico [e, opina este tradutor, que a interpretação parece um tanto forçada] ─ as três ilhas maiores referem-se aos Três Poderes da Divindade Superior ─ [tradição, como se vê, arcaica, que hoje figura na teologia de grandes religiões, como a trindade Santa do cristãos, a Trimurti hindu]. As sete menores, são os sete regentes que se submetem Àquele que ocupa o Trono [o Princípio de Todas as Coisas].

Considerando a Atlântida do ponto de vista arquetípico, sua submersão, significa a queda do homem racional, queda da consciência organizada na Ilusão, no Reino da impermanência, do irracional, da ignorância mortal. A queda de Atlântida e a alegorias bíblicas das “quedas” de homens e anjos significam a mesma coisa: submissão à matéria bruta e involução espiritual.

Toda essa simbologia não significa que a Atlântida seja apenas um mito. Porém, a imprecisão dos relatos, carência de evidências documentais e mesmo geológicas fazem com que o continente seja muito mais lendário que histórico; tanto mais que a Atlântida tornou-se uma espécie de lugar fantástico por causa das tradições sobre suas origens, dimensões, aparência e, ainda, as contradições de datas, entre esplendor de uma civilização e seu aniquilamento total. Em Platão, o último suspiro de Atlântida aconteceu a 9 mil e seiscentos anos antes de Cristo.

Não existem provas definitivas de que o Império Atlante, um dia, existiu. Todavia, os ecos de sua mitologia presentes nas Cosmogonias e Antropogêneses mais recentes depõem a favor de sua remota realidade. No centro do Império, localizado na ilha central, havia uma montanha grandiosa cuja sombra se projetava em uma área de cinco mil estádios cujo cume tocava uma esfera de æther [matéria espiritual refinada].

Ali era o eixo do mundo, lugar misterioso e sagrado para muitos povos [diferentes e distantes entre si]. A esfera simbolizava a cabeça do Homem onde se organizam os quatro elementos que constituem o corpo. Essa montanha sagrada dos Atlantes é a origem das montanhas sagradas da cultura religiosa de numerosas nações, como o Monte Olimpo dos gregos, o monte Meru do Tibete, Asgard dos nórdicos. A Cidade dos Portões de Ouro, capital de Atlântida, é Cidade dos Deuses; ou, a Cidade Santa, modelo da Nova Jerusalém, cujas ruas são pavimentadas com ouro e seus vinte portões, ornamentados com pedras preciosas.

Sobre essa herança de Atlântida, escreve o pesquisador do tema, Ignatius Donnely: “A história de Atlântida é a chave da mitologia grega. Parece fora de questão que os deuses olímpicos, gregos, foram seres humanos. A tendência de atribuir atributos divinos aos primeiros legisladores da nação é uma prática tradicional, faz parte da natureza humana e era mais do que natural no pensamento dos antigos”.

Donnely assinala, ainda, que as divindades do panteão grego não eram vistas como Criadoras do Universo mas, como regentes de diferentes esferas da vida humana, das emoções às atividades de subsistência [teriam sido os Mestres de uma Humanidade primitiva ou arrasada por desastres naturais].

O “Jardim do Éden”, os paraísos da cosmografia de tantas religiões, de onde os homens foram expulsos pela “espada flamejante” seria, então, uma reminiscência, lembrança das maravilhas de uma Atlântida que estava situada a oeste da Colunas de Hércules e que foi destruída por cataclismos vulcânicos. O Dilúvio, outro acontecimento mítico presente na cultura de muitos povos, corresponderia à inundação de Atlântida e, assim, o “mundo” foi destruído pelo fogo e pela água


Mistérios Atlantes

Nas profundezas do oceano Atlântico, jazem os restos de um continente. …Por todo o litoral atlântico ─ de ambos os lados do oceano ─ tribos e nações não conseguiram esquecer sua existência. …O nome, em grande número de línguas, quase sempre contém os sons A-T-L-N. …Lembranças de um continente desaparecido parecem ser instintivamente compartilhadas até por animais. …Aves, em suas migrações sazonais da Europa para a América do Sul, ficam circulando por sobre a mesma área do Atlântico, talvez à procura, sem sucesso, do local onde seus ancestrais um dia descansaram.

Um Nome ─ Um vestígio:

[Autores antigos, greco-romanos designavam] …as tribos do noroeste da África… como atalantes, atarantes. [Outros] autores clássicos, como atlantioi …As tribos berberes da África setentrional conservavam suas próprias lendas sobre Attala, um reino guerreiro localizado ao largo da costa africana, com ricas minas de ouro, prata e estanho, e que enviavam para a África não apenas esses metais, mas também exércitos conquistadores. Attala está agora submersa no oceano mas, segundo uma profecia, reaparecerá um dia.

Os bascos, habitantes do sudoeste da França e norte da Espanha, acreditam-se descendentes de Atlântida, a que chamam Atlaintika. Marinheiros fenícios e cartagineses eram notoriamente familiarizados com uma próspera ilha ocidental por eles chamada Antilla. Nos Puranas e no Mahabaratha indianos existem referências a Attala ─ a Ilha Branca ─ continente localizado no oceano ocidental. Nas Américas Central e do Sul e parte do território do México, os nativos, astecas, se acreditavam originários de Aztlán, uma ilha que para eles situava-se no oceano oriental.

Herança Atlante: É possível que religião, filosofia e conhecimentos científicos dos sacerdotes da Antiguidade sejam uma herança da civilização Atlante que foi aniquilada levando para o fundo do mar, quase sem deixar vestígios, uma grandiosa página da história da espécie humana. Os Atlantes adoravam o sol, devoção que foi perpetuada entre pagãos e cristãos. A cruz e a serpente eram [e ainda são] emblemas que, entre os atlantes, representavam a sabedoria divina.

Mitologias de muitas nações falam de deuses que “vieram do mar”. Entre nativos americanos, especialmente América Central e América do Norte, os shamans falam de homens adornados com plumas e conchas que saem das águas oceânicas para instruir o povo sobre artes e ofícios. Entre os caldeus [Mesopotâmia], existe Oannes, criatura meio homem, meio anfíbio, que sai do mar para instituir entre os selvagens os princípios da civilização: escrita, leitura, cultivo do solo, cultivo de ervas curativas, a ciência da astronomia, as formas de governo e os mistérios sagrados da religião. Também “deus-Salvador” maia, Quetzalcoatl, saiu do mar e, depois de instruir e civilizar o povo, subiu ao céu e voou, de volta ao mar, à bordo de um barco mágico conduzido por serpentes para escapar da ira do “Espelho Flamejante”, o deus Tezcatlipoca.

Muitos estudiosos acreditam que esses “iniciadores”, “deuses-mestres”, semideuses que povoam as Eras Míticas, foram sacerdotes, homens de ciência ou apenas homens acostumados com artefatos e instituições da civilização que sobreviveram ao aniquilamento da Atlântida. Em todo o mundo, esses Mestres são lembrados como seres gloriosos, que usavam jóias, ouro, de sabedoria assombrosa e que tinham como símbolos do sagrado a cruz e a serpente.

Nos lugares onde viveram, esses Mestres promoveram a construção de pirâmides e templos que remetem à descrição do Grande Santuário da Cidade das Portas Douradas. Essa seria a origem das pirâmides do Egito, México e América Central [e outras, pouco faladas, como as pirâmides Chinesas]; o mesmo se aplica aos mounds [colinas artificiais] da Normandia e da Bretanha e numerosas edificações piramidais espalhadas por todo o globo. Possivelmente, o cataclismo que destruiu Atlântida aconteceu em meio a um processo de colonização, expansão territorial dos Atlantes. Sacerdotes Iniciados da Sagrada Chama, “missionários”, que prometeram voltar às suas colônias, nunca retornaram; e depois do intervalo de séculos a tradição manteve apenas relatos fantásticos sobre deuses que vieram do mar e voltaram ao mar.

A ocultista e pioneira da teosofia no Ocidente, H. P. Blavatsky, escreveu sobre as causas esotéricas da destruição da civilização Atlante correspondente à Quarta Raça Humana [a atual é a Quinta]: “Sob a influência do mal [corrupção] a raça Atlante tornou-se uma nação de magos negros. A primeira consequência foi a guerra. Essencialmente, essa situação foi desfigurada em alegorias como a saga de Caim, os Gigantes, Noé, sua retidão de caráter e sua missão de preservar as sementes da Humanidade em uma Arca.”

A Natureza [Deus] acabou com a guerra e a corrupção afundando a Atlântida em meio ao caos das erupções vulcânicas, terremotos e maremotos. A lembrança dessa tragédia aparece nos livros sagrados contemporâneos, nos Dilúvios, de Gilgamesh ao Antigo Testamento judaico-cristão. A herança Atlante, não é, portanto, um baú de maravilhas: artes, tecnologia, ciências, filosofia, religião; também ódio, conflitos, intolerância, competição, discórdia, perversão constituem um legado desses ancestrais.

Os Atlantes teriam instigado a primeira guerra do mundo; todas as outras guerras subseqüentes foram travadas como esforço infrutífero de justificar aquela primeira e consertar/compensar prejuízos sofridos. Antes da submersão da Atlântida, uma minoria de Iluminados, percebendo que sua terra estava definitivamente amaldiçoada, desviada do Caminho da Luz, migraram para lugares distantes levando consigo a “Doutrina Secreta” de todos os saberes. Entre estes refugiados, houve os que se estabeleceram no Egito onde converteram-se, perante o entendimento do povo, nos “divinos legisladores”. Outros, em outras partes do mundo, desempenharam papel semelhante gerando essa misteriosa cultura global que permeia a evolução de todas as grandes nações e impérios na história da Humanidade atual.

Fonte: Sofa da sala

Atlantis and the Gods of Antiquity por Manly P. Hall
IN The Secret Teachings of All Ages, 1928
tradução e adaptação: Ligia Cabús

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Lemúria: O Continente da Terceira Raça Humana
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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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CIENTOLOGIA Centro planeja construir 50 unidades ao redor do mundo

A inauguração de um centro de Cientologia no bairro histórico de Pasadena, na Califórnia, foi um grande evento para a cidade. Os membros da igreja desembolsaram US$ 10 milhões (cerca de R$ 17,5 milhões) na compra de um edifício de quatro andares construído em 1906 e mais 6 milhões para restaurá-lo antes da cerimônia de gala, que acontecerá no dia 18 de julho de 2011.

O projeto de Pasadena faz parte de um empreendimento muito maior da igreja: a construção de 50 novos centros em 16 países.

A corretora de imóveis internacional CB Richard Ellis está gerenciando o projeto em nome da igreja. Segundo Dana Barbera, diretora da CB Richard Ellis, o maior desafio é a instalação de centros praticamente idênticos em prédios completamente distintos, como um resort perto de Johanesburgo, a sede de um banco em Bruxelas e um hotel em Kaohsiung, Taiwan.

Neste projeto, a equipe de Barbera trabalha com o escritório de arquitetura Gensler, de São Francisco. Eles estão construindo capelas, salas de aconselhamento e saunas de purificação em cada um dos edifícios recém-adquiridos. “Nós temos clientes maiores, mas não consigo me lembrar de outro lançamento com esta complexidade,” diz Barbera, que está baseada em Los Angeles.

Organizações ideais

As instruções para a construção dos prédios, chamadas de “organizações ideais,” são tiradas dos escritos de L. Ron Hubbard, fundador da igreja, que morreu em 1986. De acordo com um porta-voz da Cientologia, Tommy Davis, Hubbard era “extremamente específico” sobre como deveria ser a apresentação dos centros.

“Não há espaço para interpretações” diz ele. A condução do projeto está a cargo de David Miscavige, líder da igreja.

Davis, um cientólogo da segunda geração, disse que os prédios, que devem medir pelo menos 3.716 metros quadrados, custam de US$ 4 milhões a US$ 20 milhões cada um. Logo, o valor da expansão chega a US$ 500 milhões. O dinheiro para a compra e reforma dos imóveis vem de doações dos membros locais da igreja.

Bob Wright, o supervisor de projetos internacionais da igreja, disse que a organização geralmente procura imóveis “com presença”, em lugares que tenham um bom tráfego de pedestres. Tais critérios não raramente conduzem aos edifícios históricos. A escolha de locais históricos dá à igreja, que foi fundada em 1954, “legitimidade como religião estabelecida e histórica, e não apenas uma nova invenção,” afirma Hugh B. Urban, professor da Universidade de Ohio, que lançou recentemente um livro sobre a Cientologia.

Deserções e acusações

A propriedade em Pasadena, conhecida como edifício Braley, foi construída em 1906 para ser um salão de exposições de automóveis e consta no registro de patrimônios históricos dos Estados Unidos.

O piso térreo, onde se encontra um café, uma livraria e um salão para eventos da comunidade, fica aberto até as 22h. Um dia desses, havia um funcionário na rua distribuindo cartões que ofereciam uma introdução grátis à filosofia de Hubbard, chamada Dianética.

Se a Cientologia precisa de todas estas novas sedes, ou pode sustentá-las, é uma questão a ser discutida. Davis afirma que a quantidade de membros já chegou “aos milhões”, sendo que um terço vive nos Estados Unidos. No entanto, o relatório de um estudo da American Religious Identification Survey (ARIS) indica que o número de cientólogos americanos baixou de 55 mil em 2001 para 25 mil em 2008.

A igreja também tem outros problemas. Nos últimos anos, a Cientologia tem enfrentado deserções e acusações de abuso por parte de ex-membros. Urban acredita que a abertura de tantos centros novos “poderia ser uma estratégia de marketing para dar a aparência de que a Cientologia encontra-se em um período de enorme crescimento, o que atrairia as pessoas. Esse é o tipo de coisa que eles sempre fazem.”

Catedrais do futuro

Por outro lado, Davis diz que o projeto de expansão tem um objetivo simples: “Estamos construindo as catedrais do futuro.”

Segundo ele, no próximo ano a igreja pretende abrir centros em Mineápolis, em Minesota; Cincinnati e Columbus,em Ohio; Sacramento, Inglewood e Santa Ana, na Califórnia; Tampa, na Flórida, Portland, no Oregon; Melbourne, na Austrália; Caracas, na Venezuela; e Kaohsiung, em Taiwan.

Em alguns casos, os edifícios antigos perderam seus propósitos originais e podem ser adquiridos a um preço muito baixo.

“Somos bons negociadores “, afirma Wright. Ele acrescenta que isso não se aplica apenas aos imóveis, mas também ao mobiliário dos edifícios.”Estamos construindo 60 igrejas com 400 ou 500 cadeiras por igreja, logo podemos obter um bom preço. O mesmo acontece com as saunas e com os tapetes.”

Davis explica que no caso de Pasadena foram os membros da Cientologia que escolheram o local e levantaram o dinheiro para a construção. “Eles não poderiam ter escolhido um lugar mais caro do que o centro histórico de Pasadena, diz Davis. “Além disso, nós compramos quando os imóveis estavam valorizados.”

A expansão da Cientologia em Pasadena também teve seus tropeços. O prédio foi comprado por um grupo de seguidores, os quais não forneceram seus nomes. Algumas pessoas consideraram isso uma tentativa de ocultar a finalidade da aquisição. Mas Davis explica que é prática comum entre as grandes empresas comprar imóveis sem revelar suas identidades.”É para conseguir o melhor preço possível”, diz ele.

A igreja também foi criticada por deixar o prédio de Pasadena vazio por quase dois anos antes de iniciar a reforma.”Quando você encontra o lugar certo, precisa comprá-lo imediatamente, mesmo que não esteja pronto para começar as obras”, defende Davis.

Ataques

Os protestos religiosos têm sido raros. Segundo o jornal local “The Pasadena Weekly”, houve uma passeata em 2008 com cerca de 30 opositores da Cientologia, na qual uma mulher vestida com uma máscara de médico carregava um cartaz que dizia: “A Cientologia desconecta famílias”. Na camiseta de outro manifestante estava escrito: “A Cientologia Mata”.

“Os manifestantes não são uma fonte legítima de informações sobre a Igreja da Cientologia”, diz Davis.

O presidente da Câmara de Comércio de Pasadena, Paul Little, disse que recebeu ligações de membros da comunidade que estavam receosos. Alguns se preocupavam com o proselitismo que a igreja faria em Pasadena. Entretanto, segundo ele a igreja é um antigo membro da câmara e “nosso trabalho é apoiar os membros. Nós nãojulgamos suas crenças.”

Little conta que na região do centro histórico alguns empresários estavam preocupados que o uso de um edifício tão grande para uma finalidade não comercial iria diminuir o tráfego de pedestres nas lojas e restaurantes do bairro.

Hábitos

Embora haja uma variação de estilos nos prédios da Cientologia – muitos detalhes no de Pasadena refletem o artesanato tradicional da cidade – eles compartilham algumas características, como os sinais elaborados em uma oficina de propriedade da igreja em Los Angeles. Os escritórios de Hubbard, arrumados para que ele possa chegar a qualquer momento, também são encontrados em todas as igrejas.”É um sinal de respeito”, explica Davis.

Barbera diz que a CB Richard Ellis, que conta com 2.500 funcionários em sua divisão global de gerenciamento de projetos, está tratando de tudo, desde as negociações do contrato até o acompanhamento da obra. A Ellis se tornou gerente exclusiva dos projetos em 2009. Barbera conta que os funcionários da igreja com quem ela já trabalhou são da “antiga escola”: trabalham duro, pagam suas contas e são exigentes.

Donna Taliercio, porta-voz do Gensler, diz que o escritório de arquitetura começou a trabalhar com a igreja em 2005. Há 10 projetos concluídos e vários outros em andamento. O Gensler possui equipes em três cidades – Atlanta, Los Angeles e São Francisco – trabalhando em projetos da Cientologia.

Irwin Miller é funcionário do Gensler e atuou como diretor de design no projeto de Pasadena. Miller, que possui mestrado da Escola Superior de Design na Universidade de Harvard, se autodefine como “um garoto judeu de Boston”, que tem prazer em trabalhar para a igreja da Cientologia, pois esta lhe dá a oportunidade de “participar de importantes projetos cívicos.” Segundo Miller, os novos prédios da Cientologia estão ajudando a revitalizar a paisagem urbana.

Data: 26/11/2010 08:45:09
Fonte: G1