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O nome da coisa

Louvam alegremente a liberdade de um stablishment que os aprisiona.

por Artur Eduardo

 O nome da coisa
  • coisa
     Você já reparou que todo filme moderno de bruxas tem de colocar bruxas boas juntamente com as más? Percebeu não? Pois veja bem. Isto é tão certo quanto as caricaturas unânimes dos clérigos (católicos ou protestantes) de filmes sobre a Idade Média e a Modernidade: todos representados como soberbos, materialistas, arrogantes, com uma aparência às vezes pior do que as bestas que os heróis tentam destruir.

Percebeu não? Pois então veja bem…. Concomitantemente, a despeito de passar normalmente despercebida, uma forte tendência eclodiu em nossa sociedade com a força de um tambor de maracatu: a ideia de que o grotesco na verdade é “normal”, e vice-versa.

Quando você é forçado pelo peso da opinião pública a olhar um cara que coloca três chifres na testa, parte a língua e faz tatuagens nos olhos (isso, nos olhos) para “parecer com o diabo”, a admitir aquele comportamento como “algo normal”, então o “anormal” tem de ser uma coisa muito, muito estranha mesmo.

Não se assuste com estas linhas. Na verdade, sei que chovo no molhado aqui, pois, hoje em dia, ninguém mais e assusta com nada (a não ser com o preço da gasolina). Num dia desses estive em um determinado hospital do Recife. Precisei falar com uma pessoa numa ala mais reservada e, quando cheguei próximo daquela, pude notar que todos, exceto os enfermeiros e médicos, tratavam aquele lugar como deveria ser tratado: um local de respeito ante o sofrimento alheio. As piadas e palavrões saiam tão normal e frivolamente por parte daqueles profissionais, que, há um tempo atrás, era impensável que pudesse haver tamanho desleixe com a agonia do outro.

A pornofonia, aliás, vinha embalada com as mais altas e belas risadas, o que a gente normalmente não vê nem nos mais engraçados números com palhaços de circo. Mas, sabe o que me pareceu pior? Pelo que pude perceber, apenas eu estava realmente incomodado. A forma como as pessoas, pacientes ou não, lidavam com aquilo era algo da mais absoluta normalidade. De fato, sinto-me a cada dia mais anormal, pois o conceito de “normal” tornou-se tão elástico, que dá até medo de você dizer, nos nossos dias, que é uma pessoa “normal”.

Mas, não são apenas os evangelicais de hoje, que apresentam-se ante o pano de fundo da nossa realidade. Temos os políticos, os artistas, as autoridades e os agentes do ensino. Estes, por sinal, não conseguem explicar – porque não conseguiram ainda entender – o porquê de, no Brasil, “artistas” terem a prerrogativa de dizerem quais “nortes” devemos tomar… E em todas as áreas! Se a violência está alta, falam os artistas. Se há mais mortes no trânsito, chamem os artistas. Se o preço da gasolina sobre, protestemos com os artistas.

Deve ser porque os artistas conhecem melhor os problemas sócio-econômicos e geopolíticos do que os bocós daqueles centros de ensino, que chamamos de universidades. Apesar do trocadilho, registro que penso que muitos, senão a maioria, são uns verdadeiros bocós mesmo, enclausurados em seus centros de ensino, sem quaisquer “misturas” úteis e influentes com a sociedade que lhes cerca, a qual fenece mais burra dia após dia.

Não? Então vá ser professor (universitário), pegue uma penca de provas de universitários que escrevem “menas”, “derepente”, “ósio”, “mim passe….” e “ele estar bem”…. Lide com isso diariamente, percebendo também que, ao mesmo tempo em que o “menas” torna-se onipresente, o alunado parece cada vez menos apto a esboçar um pensamento ao qual se diga “benza-te Deus”, como diz minha mãe. Trabalhe com isso vários dias por semana e, depois, venha conversar comigo. Duvido que, estando em sã consciência, você não diga: “Meu amigo, tem algo acontecendo ao nosso redor!”. E tem mesmo. Não é só a extensão espacial da coisa (em todo o Brasil e praticamente em todo o Ocidente), mas também sua extensão temporal. Desde quando este aparente emburrecimento generalizado está acontecendo?

Quando li em uma reportagem que um em cada quatro americanos não sabe que a Terra gira em torno do Sol, a sensação de que as minhas palavras acima expressam um sentimento verdadeiro deu lugar à certeza. E não culpe os Power Rangers, muito menos o Criacionismo, nem mesmo as novelas por isso: é um conjunto de fatores com implicações mais profundas e que só poderá ser compreendido se olharmos também o fator tempo.

Há tempos nem os santos têm ao certo a medida da maldade“, cantava Renato Russo em uma época que ficou marcada, aqui no Brasil, como o fim da era do rock denúncia. Foi um fim triste e indigno do legado deixado por outros artistas, os quais outrora valia a pena ouvir… não só por ouvir, mas ouvir para pensar.

Hoje, a música não é feita para pensar. Assim como o cinema normalmente não é feito trazer qualquer reflexão mais séria… e os artistas, que são os que mais sabem disso, aproveitam a onda “imbecilizacional” que varre nossa sociedade para figurarem como os que têm mais competência para falar exatamente daquilo que não sabem. Se não observou isso também, prezado internauta, observe como, nas entrevistas sobre o seu próprio trabalho artístico, os artistas levam tudo na mais absoluta brincadeira, só se tornando “sérios” quando não se trata do que mais sabem fazer: trabalhar com as artes. Tudo isso acontece hoje como num caldeirão de mudanças abruptas, desesperadamente ligeiras e, por incrível que pareça, com o aparente crivo da sociedade que não sabe que a cada dia sabe menos.

Mas, afinal – você pode estar se perguntando e com razão, amigo(a) internauta -, o que raios tem a ver filmes de bruxas, enfermeiros pornofônicos num hospital (que pode ser qualquer um, inclusive aquele em que você eventualmente trabalhe…), evangelicais esquisitos, tatuados, transformistas perturbados e artistas aloprados? A princípio, nada. Não têm nada a ver. O que tem a ver é o tecido social que une a todos. Quando olhamos tais eventos em separado, estamos impossibilitados de ver o desenho do todo. E o todo não é bonito, amigo(a).

É uma estampa feia, disforme, ilógica, mas não necessariamente abstrata. É simplesmente sem sentido. Ao visualizarmos o tecido que une todas estas estampas, percebemos que o todo é tão feio quanto as partes. Percebemos que construímos um tecido social frágil, que parece precisar reinventar modismos a todo instante para que esteja agregado, sem perceber que a cada mudança e avanço para trás que fazemos, descaraterizamo-nos quanto à nossa humanidade e demos um tapinha em nossas próprias costas, congratulando-nos por parecermos estar existindo mais como coisas do que como pessoas.

As coisas (fatos, tendências e modus operandi sociais) formam uma única coisa, um todo que, ainda que gerando todo o tipo de esquizofrenias sob suas camadas, consegue transparecer ante as mesmas como algo absolutamente razoável, ético, sólido, reformador e transformador. E os que vivem justamente nestas camadas celebram sua percepção falha do todo, dada a grossa venda da cosmovisão alienante nos olhos.

Louvam alegremente a liberdade de um stablishment que os aprisiona. Vivem a euforia do erro, quase como aquele que Adão deve, muito provavelmente ter sentido quando, avidamente, comia do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, haja vista que a Bíblia nos diz, em Gênesis, que, ao primeiro casal (Adão e Eva), a árvore era “agradável aos olhos e desejável para dar entendimento“. Péssimo negócio fez o seu Adão. Acabou expulso com sua mulher do jardim de Deus…. e foi aí que a coisa toda começou. Publicado no gospel Prime

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Tatuagem não serve para cristãos, por ser uma ‘prática pagã’, questiona apresentador

Telespectador pergunta ao apresentador Pat Robertson se um fiel pode tatuar um símbolo cristão

PorLuciano Portela | Repórter do The Christian Post
  • Pat Robertson
    (Foto: Reprodução)
    Pat Robertson apresenta o programa The 700 Club

O assunto veio à tona a partir do momento em que um telespectador perguntou se seria aceitável fazer uma tatuagem, mas que tivesse um tema cristão, pois seu amigo “estava pensando em fazer uma tatuagem de Jesus” nas costas, e Robertson afirmou que não estaria tudo bem.

Embora, cada vez mais, alguns círculos cristãos aceitem que fiéis expressem suas convicções religiosas com tatuagens, o apresentador diz que o tema não faz diferença. “Você olha para a Bíblia, e está escrito para o povo não marcar o corpo e se cortar como pagãos fizeram. Tatuagem é uma prática pagã, e não cristã”, resume.

Uma das passagens bíblicas, que fala a respeito de gravar sinais na pele, está em Levítico 19:28, que relata: “Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor”.

Por sua vez, o pastor Steve Bentley, que montou um estúdio de tatuagens em sua igreja não-denominacional The Bridge, em Michigan Flint (EUA), consta que a prática é mal compreendida, além de questionar que a igreja só tem o papel de abrigar os cristãos, tendo cada um o direito de exercer sua fé. “A igreja somos nós”, diz ele.

Já a Igreja Ecclesia, da cidade de Houston (EUA), se dedica a fazer tatuagens que retratam a crucificação e morte de Jesus Cristo como forma de observar o tempo da Quaresma. Segundo Chris Seay, pastor da congregação, esta é uma forma de arte feita para contar a história de Jesus, revelando que a ideia é fazer reproduções diferentes, com a possibilidade de trabalharem também com crochê.

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Defensores de tatuagens têm combatido a proibição levítica sob o argumento de má interpretação das escrituras. “O problema não era com tatuagens, mas com o fato de que fazer uma tatuagem ou cortar o cabelo ou barba era um símbolo que na época era identicada com a adoração de deuses pagãos”, afirmou Seay sobre a passagem em Levítico.

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Justin Bieber faz nova tatuagem: o rosto de Jesus Cristo

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

O cantor pop Justin Bieber, 17, apareceu em uma praia de Los Angeles com uma nova tatuagem, desta vez na perna esquerda. A tatuagem mostra o rosto de Jesus Cristo e ficou visível pois o astro teen estava de bermuda.

No verão passado, Bieber e seu pai também resolveram tatuar juntos a palavra ‘Yeshua’, que significa Jesus em hebraico.
O ídolo adolescente, que namora a atriz Selena Gomez, sempre fez questão de se posicionar como cristão.

Apesar de algumas críticas de setores evangélicos, que se declaram contra a utilização de tatuagens no corpo, outros mais liberais dizem que esta seria uma forma legítima de dizer que é seguidor de Jesus.

A influência da imagem tatuada de Bieber pode ser poderosa entre os jovens. Isso é o que acredita o pastor Kyle Steven Bonenberger da City Church em Anaheim, Califórnia, que emitiu sua opinião ao CP quando Bieber mostrou publicamente que fez sua segunda tatuagem, com o nome de Jesus em hebraico.

O líder religioso reconheceu que o argumento dos cristãos que são contra tatuagens é o versículo do livro de Levítico, que diz que as pessoas não podem marcar seus corpos.

Mas o pastor interpretou o texto como se referindo às práticas de seitas atuais. O próprio Bonenberger tem tatuado em seu corpo o logo de sua igreja.

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Segundo o pastor, Justin Bieber é hoje indiscutivelmente uma das maiores celebridades do mundo, e sua influência é enorme. “Penso que em seu caso, é uma maneira poderosa de dizer ‘eu sigo Jesus’”.

Segmentos de cristãos mais conservadores demonstram uma certa desconfiança com as atitudes de cristãos famosos. Para eles, a maneira de mostrar que seguem Jesus deve ser expressada por meio de suas próprias vidas.

Em 2010, Bieber fez sua primeira tatuagem, de um pássaro em seu quadril. Segundo informações da época, a atitude de realizar tinscrições e desenhos no corpo é uma tradição familiar e serviu para comemorar o 16º aniversário do cantor.