“Malafaia apoiaria Bolsonaro para a presidência”, diz deputado

Sóstenes Cavalcante acredita em “aliança” de forças evangélicas

por Neto Gregório

“Malafaia apoiaria Bolsonaro para a presidência”, diz deputado“Malafaia apoiaria Bolsonaro para a presidência”

Em entrevista neste domingo ao jornal Extra, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ) falou sobre o surgimento de uma “aliança” que poderia dar uma nova força à Bancada Evangélica em Brasília.

A eleição de Marcelo Crivella (PRB) à prefeitura do Rio de Janeiro mostrou uma reaproximação de Silas Malafaia (Assembleia de Deus) com o grupo político de Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus). Além desses, o Democratas conta com Marcos Soares, filho de R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, e Francisco Floriano, da Igreja Mundial, do Apóstolo Valdemiro.

As divisões políticas que afastaram Macedo de Malafaia tem a ver com a eleição de Dilma, em 2010, quando o pastor Silas já fazia severas críticas ao PT em seus programas. O PRB, ligado à IURD, mantinha seu apoio. Crivella, inclusive, foi ministro da Pesca durante o primeiro mandato de Dilma. Mas isso agora é passado. Foi Sóstenes quem articulou a reaproximação dos dois.

Segundo Cavalcante, que preside o Democratas no estado do Rio de Janeiro, o cenário agora é outro. “Representamos 70% do segmento evangélico. Isso daria 20% a 25% dos eleitores, algo a ser considerado para qualquer tipo de eleição”, assegura. Ele acrescenta que o presidente nacional do PRB, ministro Marcos Pereira, já está conversando com outros pastores sobre apoios para a próxima eleição.

Isso poderia, inclusive, resultar no apoio a Jair Bolsonaro (PSC/RJ) na corrida presidencial. Embora não se declare evangélico, Bolsonaro frequenta igrejas e seu casamento foi celebrado por Malafaia. Sua esposa, Michelle, é membro da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Conforma explica Sóstenes, “a simpatia do Pastor Silas é por uma candidatura mais ligada à direita ou de centro-direita. Ele apoiaria Bolsonaro. Mas não desgosta da ideia de apoiar o (senador) Ronaldo Caiado (DEM-GO), que não decidiu ainda se concorrerá”.

Questionado sobre a recente condução coercitiva de Silas Malafaia à Polícia Federal, o democrata assegurou: “Acreditamos totalmente na inocência dele. Foi um absurdo.” Para o deputado é preciso que seja votada logo uma lei “equilibrada” sobre o abuso de autoridade para que esse tipo de situação não volte a ocorrer. com informações do Gospel Prime

Manifestação em Brasília terá Malafaia, Bolsonaro e Feliciano

Deputado Sóstenes Cavalcante, um dos organizadores, também participará de evento pró-impeachment

por Jarbas Aragão -gospelprime-

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 Trio na manifestação terá Feliciano, Malafaia e Bolsonaro

Há meses que o Brasil ouve falar das manifestações que devem ocorrer dia 13 de março. A sucessão de denúncias e delações recentes esquentou os ânimos. Em São Paulo, por exemplo, devem se reunir 3 milhões de pessoas na Avenida Paulista.

Em centenas de outras cidades ocorrerão manifestações que visam pressionar o pedido de impeachment de Dilma e a investigação completa nos contratos suspeitos realizados na gestão do Partido dos Trabalhadores.

Entra seus maiores defensores está o pastor Silas Malafaia, que vem convocando os evangélicos para participarem desses atos. Ele estará na grande mobilização que deve ocorrer em Brasília.

Entre os vários trios elétricos que serão colocados em frente ao Congresso Nacional, um deles deverá reunir, além de Malafaia, os deputados Marco Feliciano (PSC-SP) e Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ). O carro de som dos evangélicos também contará com a presença de Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Eles prometem discursar e fazer duras críticas a Dilma Rousseff, Lula e ao PT.

Consultado pelo Gospel Prime, o deputado Sóstenes Cavalcante explicou: “Subiremos em um dos trios dos movimentos sociais que está abrindo espaço para políticos, artistas e religiosos falarem”.

Pré-candidato pelo PSC, Bolsonaro pede ajuda de Deus

Deputado diz que quer corresponder a expectativa dos seus eleitores

por Jarbas Aragão -gospelprime-

 

Pré-candidato pelo PSC, Bolsonaro pede ajuda de Deus
Pré-candidato pelo PSC, Bolsonaro pede ajuda de Deus

Após trocar o PP pelo Partido Social Cristão (PSC) na semana passada, o deputado federal Jair Bolsonaro já começou sua pré-campanha à presidência do Brasil em 2018. Considerado por muitos a única oposição “de fato” ao governo do Partido dos Trabalhadores, ele acumula pelo país apoio crescente.

Segundo o Datafolha, ele estaria em quarto lugar na corrida presidencial e teria 7 por cento das intenções de voto se as eleições fossem hoje.

Embora não tenha anunciado quem será seu vice, Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército, teria convidado para o posto o general Augusto Heleno Pereira, ex-comandante militar da Amazônia e primeiro chefe da missão brasileira no Haiti entre 2004 e 2004.

Durante a cerimônia oficial de filiação, realizada em Brasília, o pré-candidato a presidente afirmou: “Eu só peço a Deus poder corresponder à expectativa que muitos depositam em mim pelo Brasil”.

O deputado federal pastor Marco Feliciano, que estava presente no local, comemorou: “Agora, querendo ou não, a própria mídia vai falar que somos um partido de direita, um partido de posicionamento”.

Em visita a Curitiba, onde foi comemorar em frente à sede da Polícia Federal a deflagração da Operação Aletheia (que investiga o ex-presidente Lula), Bolsonaro concedeu diversas entrevistas na última sexta. À Gazeta do Povo, defendeu a redução do tamanho do estado e também disse que o rótulo de preconceituoso é uma “invenção” da esquerda.

Católico e casado com uma evangélica, tem o apoio da maior parte da Frente Parlamentar Evangélica. Abertamente conservador, explicou: “Minha proposta é completamente diferente. É uma proposta à direita”.

Na contramão do atual governo, Bolsonaro anunciou que fará uma viagem à Israel em maio. Seu objetivo é conhecer o sistema de segurança daquele país, principalmente a área de inteligência e espionagem, a legislação que sistematiza o uso de armas pelos civis.

Campanha celebrada

O deputado vem sendo recepcionado com festa em diversas capitais que tem visitado. Vários vídeos que circulam nas redes mostram que ele é visto como solução pela parcela mais conservadora da sociedade. Ao mesmo tempo, é alvo constante de críticas de movimentos de esquerda, que o classificam, sobretudo de racista e homofóbico.

Ele nega:  “Essa coisa de homofobia é um rótulo que colocaram em mim. Não tenho nada contra homossexual, minha briga foi e continua sendo contra o material escolar [kit antihomofobia]. Nada contra homossexual, cada um é feliz do jeito que entender”.