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BATISTAS MARCAM TERRITÓRIO NO RIO

 

Associação irá promover ações missionárias no Morro do Alemão

Por: Vinícius Cintra- Redação Creio

Com o conflito entre traficante e polícia no último dia 26 de novembro, as igrejas localizadas dentro do Complexo do Alemão tiveram que fechar as portas por questão de segurança. Após ocupação da polícia, a Associação Batista Suburbana pretende fazer uma mobilização com outras filiadas para realizar projetos missionários no Morro durante o ano de 2011.

De acordo com presidente da Associação Batista Suburbana, David Curty, o desejo é marcar presença nas comunidades em termos de assistência e de evangelização. “Pretendemos ainda criar e manter alguma estrutura mais efetiva que proporcione transformação na realidade social dos moradores, como capacitação e outras. Fazendo assim iremos também agir para, sobretudo, anunciar a salvação em Jesus Cristo e resgatar vidas”, destaca David.

De acordo com David, os pastores das Batistas orientaram os fiéis, durante a ocupação, a não sair de casa ou ir para casa de parentes. Com a tomada do conjunto de comunidades dentro do complexo pelas polícias, o número de pessoas nas igrejas tem aumentado. “Pessoas da comunidade que não são da igreja estão indo buscar apoio e pedir oração. Em época de crise aumenta a procura pelas igrejas”, diz David Curty.

Segundo David, boa parte da comunidade é evangélica, pelo menos metade dos moradores frequentam alguma denominação protestante e até mesmo muito dos homens que fugiram para comunidades próximas como Engenho da Rainha nasceram ou cresceram dentro de igrejas.

Mesmo com o tráfico de drogas e a violência nas comunidades, as entidades religiosas com espaço nessas áreas urbanas excluídas da sociedade são extremamente respeitadas pelos traficantes. David contou que não se tem um relato de problemas entre líderes religiosos e criminosos. “Nunca ouvi falar de ameaça ou coisa do tipo contra algum membro das igrejas. Eles (traficantes) reconhecem quem é da igreja e o que acontece é muitas vezes, igrejas abandonam o espaço e eles acabam invadindo, mas isso com qualquer espaço”.

“O estado agiu corretamente, fez o que podia fazer e precisava fazer. O ruim é que muitos dos criminosos fugiram pela rede de esgoto e muitos deles evacuam para comunidades próximas, trazendo sofrimentos para as pessoas de bem”, enfatiza David referindo-se a ação da polícia e do estado em tomar um território até então pertencente aos marginais.

Data: 4/12/2010