Categorias
Israel

“Herdamos essa terra de Abraão”, afirma Netanyahu

Premiê pede para cristãos permanecerem com a verdade sobre Israel.

Benjamin Netanyahu (Foto: Amos Ben-Gershom/GPO)

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse em uma reunião com parlamentares de 25 países nesta segunda-feira (9) que os cristãos devem preservar a verdade sobre Israel, de que eles não são invasores, mas ocupam uma terra herdada de Abraão.

Durante o encontro, o premiê destacou a amizade entre Israel e os cristãos de todo o mundo, afirmando que está baseada em valores compartilhados.

“Existem dois tipos de amizades: amizades baseadas em valores e amizades baseadas em interesses. Às vezes eles se sobrepõem”, disse Netanyahu à delegação da Fundação Israel e Aliados.

“O importante neste grupo é que, antes de tudo, ele se baseia em valores compartilhados”, continuou.

Netanyahu também falou aos parlamentares que a verdade está do lado de Israel, mesmo quando o país é alvo de ataques e difamações. “Não há substituto para a verdade ao enfrentar mentiras”, afirmou.

Ao falar sobre a declaração do  secretário de Estado americano, Mike Pompeo, de que os EUA reconhecem que os assentamentos israelenses não são ilegítimos, ele lembrou a herança bíblica de Abraão.

“Não somos ocupantes em terras estrangeiras. Esta é a nossa pátria desde que Abraão, o Patriarca, chegou aqui há 3.500 anos. A palavra ‘judeu’ vem da ‘Judéia’”, lembrou.

A reunião com os deputados teve como objetivo a participação na conferência anual da Fundação Israel e Aliados. Entre os participantes também estavam ministros e o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei.

Categorias
Israel

Países islâmicos exigem que ONU reconheça Palestina e divida Jerusalém

Liga árabe deve levar o assunto para votação ainda este mês

          Países islâmicos exigem que ONU reconheça Palestina e divida Jerusalém

A Liga Árabe, união política de 22 nações de governo islâmico, está preparando uma “ofensiva diplomática” cujo objetivo é fazer a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecer a Palestina como nação. Isso incluiria decretar Jerusalém Oriental como sua capital, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi.

Os chanceleres de Egito, Marrocos, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Palestina e Jordânia reuniram-se em Omã. O objetivo é gerar um movimento de oposição à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Eles sabem que o domínio islâmico na ONU está consolidado, tendo em vista as constantes resoluções aprovadas na entidade contra Israel.

A questão da mudança de status de Jerusalém já foi votada no Conselho de Segurança da ONU em 18 de dezembro, quando Washington precisou usar seu poder de veto. O assunto foi levado para a Assembleia Geral da ONU, onde 128 países decidiram torná-la “nula e sem efeito”. Mesmo assim, Trump não voltou atrás.

Após o encontro deste sábado (6) o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit anunciou a realização de uma “reunião ministerial ampliada” no fim de janeiro. Por sua vez, o rei Abdullah II, da Jordânia, disse que a questão de Jerusalém é fundamental para “um acordo de paz justo e duradouro” entre palestinos e israelenses. Para ele, a mediação dos EUA está ameaçada pelo viés israelense demonstrado pelo atual presidente, mas não disse que poderia assumir esse papel.

A Jordânia é o país responsável por atuar como “guardiã dos lugares sagrados do Islã” e desde 1967 tem o controle do Monte do Templo. Para os jordanianos, a decisão de Trump é “uma violação do direito internacional”. O ministro Safadi insiste que “segundo as leis internacionais, Jerusalém é um território ocupado”.

“Tentaremos obter (…) [na ONU] o reconhecimento de um Estado palestino, com Jerusalém Oriental como sua capital, obedecendo a delimitação das fronteiras de junho de 1967”, afirmaram os representantes da Liga Árabe. A posição anunciada agora repete o que foi decidido na cúpula extraordinária da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), em Istambul, dia 13 de dezembro, sob a liderança do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

Atualmente, a Palestina, um estado não contíguo, que reúne a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, possui o status de “estado observador” e não é reconhecida como nação pela maioria dos países. O Brasil foi o primeiro país não islâmico a hospedar uma embaixada pelestina em seu território.

O reconhecimento pela ONU da Palestina como uma nação independente resultaria em uma disputa armada pelos territórios disputados com Israel. Caso sejam observadas as linhas de demarcação de 1967, Jerusalém seria necessariamente dividida em duas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já declarou diversas vezes que seu país não abriria mão de Jerusalém, que completou 50 anos de unificação em 2017. Após o final da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel retomou da Jordânia a porção ocidental da cidade. Com informações de Times of Israel

Categorias
Artigos Israel

Êxodo bíblico teria mesmo ocorrido, indica pesquisa

Pesquisador lembra que existe uma lista intrigante de israelitas com nomes de origem egípcia nas narrativas do Êxodo

           Êxodo bíblico teria mesmo ocorrido, indica pesquisa

Embora a maioria dos arqueólogos e historiadores insistam que o relato bíblico do livro do Êxodo não possa ser comprovado com evidências “incontestáveis”, o pesquisador americano Richard Elliott Friedman, está decidido a mostrar que eles estão errados.

Aos 71 anos, o professor da Universidade da Geórgia, especialista na análise dos textos do Antigo Testamento, está lançando o livro “The Exodus” [O Êxodo], ainda sem previsão de lançamento no Brasil. Na obra, além das Escrituras, o autor usa dados arqueológicos para fortalecer sua tese.

Ele não tem dúvidas que existem indícios históricos de que a saída dos judeus do Egito liderados por Moisés aconteceu. Via de regra, os que contestam o relato bíblico apontam para o fato que não existem registros da presença de um enorme contingente de escravos hebreus nem sobre a fuga espetacular das multidões israelitas pelo mar Vermelho. O principal motivo apontado pelos teólogos é que os escribas faraônicos jamais registrariam uma derrota tão humilhante.

 Contudo, Friedman aponta que a presença de refugiados, imigrantes e escravos semitas (de Canaã e das redondezas) é algo bem documentada nos textos   egípcios, embora seja em pequeno número.

Outro aspecto levantado por ele é que existe uma lista intrigante de israelitas com nomes de origem egípcia nas narrativas do Êxodo. Podem ser usados como exemplo o próprio Moisés e por seu sobrinho-neto, Fineias, além de outros personagens menos conhecidos. Todos eles, sem exceção, são membros da tribo de Levi (os levitas), que são da linha sacerdotal dos israelitas.

 Usando fontes extra-bíblicas, Friedman faz uma  comparação entre dois dos poemas mais antigos da Bíblia: “A Canção do Mar”, um relato da vitória do Deus   bíblico (Yahweh) sobre as forças do faraó, e “A Canção de Débora”, sobre o confronto entre os israelitas e os cananeus na conquista da Terra Prometida.

Segundo o especialista, a lista das tribos de Israel no segundo poema não menciona a tribo de Levi, enquanto a primeira não usa o nome de Israel, mas apenas o termo “am”, ou “povo”. Friedman lembra que a reunião de tribos que formou o povo de Israel de fato surgiu na própria terra de Canaã. Contudo, os levitas, vindos do Egito, teriam se juntado ao grupo um pouco mais tarde, trazendo consigo a crença em Yahweh. Esse ‘deus do deserto’ é mencionado pela primeira vez em textos egípcios que versam sobre nômades semitas.

Usando dados arqueológicos, o pesquisador mostra estudos que comprovam a semelhanças entre artefatos egípcios do fim da Idade do Bronze (época do Êxodo) e a cultura israelita. Por exemplo, uma imagem da tenda militar usada pelo faraó Ramsés 2º (1303 a.C.-1213 a.C.), lembra bastante a do Tabernáculo, o santuário que os israelitas carregaram durante o tempo que andaram pelo deserto.

A Arca da Aliança, seria similar a pequenos barcos onde os sacerdotes egípcios carregavam imagens de deuses. Com informações do Gospel Prime e NY Times e Folha de SP