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Genética : Uma das maiores geneticistas do país responde dúvidas de leitores

Mayana Zatz

 

Pacientes e pesquisadores: um dia de integração

Pacientes e pesquisadores: um dia de integração

No dia 11 de novembro, meninos que têm distrofia muscular e que são tratados na ABDIM (Associação Brasileira de distrofia muscular) fizeram uma visita muito especial ao GENOCÃO, situado na Cidade Universitária. Ali estão os nossos pacientes caninos que também tem distrofia muscular, uma forma muito semelhante a que acomete os seres humanos. São cães da raça golden retriever que já nascem com distrofia (são chamados de GRMD, do inglês golden retriever muscular dystrophy). Pesquisar o impacto de diferentes abordagens terapêuticas que possam tratar esses nossos amigos de quatro patas são fundamentais antes de iniciarmos tratamentos em humanos. A ABDIM, que está ligada ao Centro de Estudos do Genoma Humano, é uma entidade que fundei em 1981 para lutar pela qualidade de vida desses pacientes (quando decidi que ser só cientista era muito pouco).


Qual foi o objetivo desse dia de integração?


A idéia surgiu porque os pacientes e suas famílias sempre têm muita curiosidade, o que é certamente compreensível, em saber como estão as pesquisas, o que estamos fazendo, quais são os progressos. E nada melhor do que apresentá-los aos nossos amigos de quatro patas que tanto têm ajudado.  As palavras mágicas não precisam nem ser repetidas: eles querem saber mais sobre as células-tronco. Estamos perseguindo outros caminhos para futuros tratamentos que podem ser até mais promissores, mas vou falar disso em uma próxima coluna.  Hoje vamos falar sobre essas famosas células, tão em moda.


Quais são as dúvidas? O que já aprendemos?


Recordando: antes de injetar células-tronco (CT) em pacientes com doenças neuromusculares precisamos saber: Qual é a melhor fonte de CT para regenerar músculo? Qual é o melhor método de transferir as células: por via sistêmica, isto é, pela circulação ou através de injeções locais? Como saber se as células se dirigiram ao órgão ou tecido que precisa ser reparado? O que determina esse direcionamento das células? Como controlar a rejeição?


Qual é a melhor fonte de CT para regenerar músculo?


As nossas pesquisas com camundongos, realizadas pelos alunos de doutorado Natássia Vieira e Eder Zucconi, mostraram que células-tronco de tecido adiposo (um subgrupo de células-tronco especiais chamadas de mesenquimais – CTM) são melhores que as de cordão umbilical e de polpa dentária para formar músculo. Já falei disso em coluna anterior.  Isso já é um resultado muito importante para quem quer tratar doenças de músculo. Mas temos outras novidades.


Equipe de pesquisadores e seu 'paciente canino'

Equipe de pesquisadores e seu ‘paciente canino’

Qual é o melhor método de transferir as células: por via sistêmica, isto é, pela circulação ou através de injeções locais?


Esses são resultados novos. Para avaliar isso, a Natassia injetou CTM humanas, também retiradas de tecido adiposo, diretamente no músculo em alguns animais e por via sistêmica, na circulação, em outros. Surpreendentemente, não achamos nenhuma célula humana após injeções locais. Nem nos camundongos e nem nos cães GRMD. Por outro lado, aquelas transferidas por via sistêmica foram encontradas nos músculos dos cães injetados até seis meses depois da última injeção. Esse é outro aprendizado muito importante. Sugere que se fôssemos fazer um tratamento com injeções de células-tronco esse teria que ser repetido a cada seis meses. Por outro lado é muito melhor que seja pela circulação. Já imaginaram ter que fazer centenas de injeções locais para poder atingir todos os músculos?


Como saber se as células se dirigiram ao órgão ou tecido que precisa ser reparado?  O que determina esse direcionamento das células?


Acredita-se que o papel das células-tronco é o de se dirigir ao local onde há algum “dano” a ser reparado. Como nas distrofias musculares há uma degeneração das células musculares apostamos que isso poderia sinalizar e atrair as células-tronco para o músculo. Esses músculos estão pedindo “socorro”. E de fato, foi o que observamos. Nos músculos de camundongos com distrofia, encontramos as CTM humanas que haviam sido injetadas, em grande quantidade. Ao se degenerar eles liberam fatores que atraem as CTM. Mariane Secco, também aluna de doutorado está estudando esses fatores. Logo teremos novidades.


E a rejeição, como controlá-la?


Essa é a melhor notícia. Injetamos as células humanas nos camundongos e nos cães sem imunossupressão e elas não foram rejeitadas. Parece surpreendente mas está se comprovando cada vez mais que essas células-tronco mesenquimais – sobre as quais já falamos – têm uma propriedade  muito importante: inibir a rejeição. Ao contrário, elas até impedem que órgãos transplantados sejam rejeitados pelo organismo.


Quais são os próximos passos?


Precisamos repetir os experimentos que deram certo nos camundongos nos cães que têm distrofia. E acompanhá-los. Eles poderão nos dizer quando estaremos prontos para iniciar ensaios clínicos em pacientes humanos. Por isso esses nossos amiguinhos são tão importantes.

Por Mayana Zatz

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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BOCA JÚNIORS Clube de futebol argentino recorre a pastor para superar crise

O Boca Juniors recorreu a um pastor evangélico para tentar afastar os resultados ruins e ter algum tipo de vantagem no Superclássico da próxima terça-feira. Amigo de um dos auxiliares de Borghi, o pastor, que se chama Juan Bosso, foi convidado para estar na Casa Amarilla para tentar mudar alguma coisa no clube.

Desde que Claudio Borghi assumiu a equipe, esta é a segunda vez que o pastor visita o clube. A primeira foi na semana prévia ao encontro com o Vélez Sarsfield, em que o Boca venceu por 2 a 1 e fez uma de suas melhores partidas no campeonato.

Juan Bosso, que trabalha para o canal a cabo Crônica TV, era frequentador assíduo dos treinos do Argentinos Juniors no último campeonato, quando Claudio Borghi foi campeão do Clausura com a equipe.

Data: 12/11/2010 09:10:32
Fonte: Globoesporte

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ATAQUES NO IRAQUE -Nova matança de cristãos iraquianos gera protestos

     Centenas de pessoas marcharam no Loop para mostrar seu ultraje nas mortes recentes de cristãos assírios no Iraque. Muitos dizem reconhecer se precisa fazer muito mais que uma marcha para uma diferença.
     “Alguma coisa tem de ser feita [para] a minoria cristã perseguida no Iraque,” disse Sam Shamoun, um ativista assírio em Chicago. “Eles não podem continuar como ovelhas indo para o abate”.
     A mensagem do protesto era: “Parem de matar. Parem com o ódio”.
     Shamoun disse que muitos assírios no Iraque são incapazes de defender a si mesmo contra os árabes extremistas que querem expulsá-los. Ele disse que espera as mensagens de protesto ressoem no exterior.
     Quase 60 foram mortos depois que militantes da Al-Qaeda fizeram reféns cristãos numa igreja em Bagdá em 31 de outubro.  A violência teve a última litania de ataques contra cristãos através do Iraque na quarta-feira, 10, onde fez três mortos e 26 feridos em Bagdá.
     Igrejas e comércios cristãos foram queimadas e bombardeadas nos anos que se passaram. Em 2006, um padre Sírio Ortodoxo foi encontrado decapitado num subúrbio do norte da cidade de Mosul.
     Joseph Tamraz, presidente da Aliança Republicana Nacional Assíria Americana de Chicago, disse que a instabilidade do governo iraquiano é um obstáculo maior em proteger os países de população cristã.
     “Estamos trabalhando com o governo iraquiano, mas infelizmente o governo ainda não se estabeleceu”, disse Tamraz.
     O termo assírio refere-se à população indígena do Iraque – a primeira nação a aceitar o cristianismo – assim como partes da Turquia, Síria e Irã. Dois terços dos refugiados fora do Iraque são assírios, disse Tamraz. 
     Prematuramente imigrantes assírios, muitos dos quais tinham mão de obra qualificada e eram comerciantes, vieram para Chicago durante a Revolução Industrial. Nas últimas décadas, a guerra Irã-Iraque, a primeira Guerra do Golfo e as Nações Unidas levaram um vasto número de refugiados para a cidade do lado norte. Agora, muitos estão saindo para evitar perseguição. 
     “Muitas pessoas não tem escolha”, disse Tamraz. “Para os cristãos, não há abrigo seguro”, acrescenta e sugere que a violência contra os cristãos no Iraque pode ser característica da instabilidade sem fim do país já que o regime de Saddam Hussein tombou o qual, para todos os opressivos, manteve alguma aparência de lei e ordem.
     “Pelo menos você tinha segurança”, disse Tamraz. “Hoje, você não tem”.

Data: 12/11/2010
Fonte: Portas Abertas