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Lava-Jato investiga patrocínio para filme sobre vida de Lula

Imagem: DivulgaçãoA Operação Lava Jato investiga a captação de recursos para o financiamento do longa “Lula, o Filho do Brasil”. O empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci já prestaram depoimento. Em e-mails capturados pela Polícia Federal, executivos relatam a “demanda” de R$ 1 milhão para “apoiar o filme de interesse do nosso cliente”, que seria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O filme que narra a história do petista estreou em 1º de janeiro de 2010 e custou cerca de R$ 12 milhões. A Odebrecht destinou R$ 750 mil para o longa. A defesa de Lula não comentou a investigação da força-tarefa em Curitiba. O produtor do longa, Luiz Carlos Barreto, negou que tenha ocorrido tráfico de influência. A Odebrecht informou que está “colaborando com a Justiça”.

Em depoimento no dia 11 de dezembro, Palocci foi questionado pelo delegado Filipe Hille Pace sobre sua suposta relação com a produção do filme. O ex-ministro afirmou que “deseja colaborar na elucidação de tais fatos”, mas que naquele momento ficaria em silêncio.

No mesmo dia, Marcelo Odebrecht – delator da Lava Jato, já condenado e em prisão domiciliar em São Paulo – também falou ao delegado. Durante o depoimento, a PF apresentou ao empreiteiro e-mails extraídos de seu computador e ligados ao financiamento do filme. Em um dos e-mails, Marcelo enviou cinco tópicos relacionados ao filme a funcionários do grupo.

A força-tarefa apura se o financiamento do filme tem relação com o esquema de desvios e corrupção na Petrobras. À PF, Marcelo disse acreditar “que a doação para o filme fazia parte da agenda mais geral da Odebrecht com PT e Lula, ou, por exemplo, de uma “conta-corrente geral de relacionamento que Emílio (Odebrecht, seu pai), poderia manter com Lula”.

Fonte: Notícias ao Minuto

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Era só mais um “Chagas”

A fraqueza do crente não deve afastá-lo de Cristo. A fraqueza do crente deve leva-lo aos pés de Cristo.

          Era só mais um “Chagas”

A vida cristã é vivida num contexto de luta espiritual pela santidade. Um cristão não é salvo porque obedece, mas é salvo para obedecer. E obedecer é melhor do que sacrificar.

Infelizmente, um homem casado e com filhos, egresso da indústria do Funk Carioca, divulga publicamente que está deixando a fé cristã para retornar com sua carreira na música popular, o que implica (e ele mesmo já assumiu esta realidade) estar em contato com letras depravadas, linguagem torpe aliada a um contexto de objetificação da mulher, que exige muita exposição corporal e de sua sensualidade.

A primeira pergunta que vem é: “o que eu tenho a ver com isso? Isso é uma decisão dele, portanto, problema dele também!”. Creio que esta visão é bastante ignorante, pra não dizer covarde, pelo simples fato de se tratar de alguém que pertenceu ao Corpo. O pecado ou a queda de um irmão não deveria gerar em mim nada mais nada menos que EMPATIA, que significa sentir sua dor, sua fraqueza e participar do seu sofrimento – ou seja, me importar com a pessoa humana.

Me importo com o Tonzão. Assim como me importo com meus irmãos da minha igreja local. Somos todos filhos de Deus não por méritos próprios, mas pela fé em Jesus. Talvez alguém possa afirmar que ele nunca foi salvo, porque está declinando da jornada cristã; mas eu, sinceramente, vou por um outro lado: não vou entrar na questão da condição soteriológica dele, e sim afirmar que as coisas foram mal conduzidas pelo movimento eclesiástico que o abraçou (e isso sem anular a responsabilidade pessoal em sua decisão, que a meu ver é bastante equivocada).

Irmãos, não quero incitar uma discussão sobre a melhor doutrina ou a melhor igreja a se frequentar, mas todos sabemos que o ideal para um cristão “recém-nascido” é se aprofundar no conhecimento de Deus e crescer na piedade pessoal para, então, assumir um ministério. No entanto, muitas igrejas e pastores estão mais preocupados com os efeitos do que com as causas, de modo que este homem – entendo que provavelmente – não foi devidamente discipulado. Não julgo, apenas constato pelos frutos que se apresentam.

Poder-se-ia apenas se afastar da mídia social, dos púlpitos e dos shows gospel, mas o que foi comunicado na internet é que está se afastando da fé. Me estranha tal decisão, pois demonstra que a fraqueza está sendo utilizada como aio para uma decisão séria demais, que pode incidir em consequências gravíssimas. Quem já se afastou sabe o quão difícil é voltar!

A fraqueza do crente não deve afastá-lo de Cristo. A fraqueza do crente deve leva-lo aos pés de Cristo.

Não é para se correr de Deus e sim correr para Deus! Não se trata de uma decisão simples como mudar de emprego ou terminar um namoro de meses. Estamos falando de uma questão que envolve a eternidade, a qualidade da vida vivida fora da graça e ausente da perspectiva da centralidade da Cruz e os efeitos mortíferos do pecado.

Curiosamente, um jovem que cometeu uma infração (tentativa de furto ou de roubo, confesso não me lembrar agora, mas lembro se tratar de uma bicicleta), que teve sua testa tatuada criminosamente por homens que decidiram fazer justiça pelas próprias mãos, está fazendo o caminho inverso, deixando de viver para si para viver a nova vida em Cristo (ele se batizou recentemente e sua imagem restaurada pela graça está correndo pelas redes sociais). Isso prova que as pessoas podem tomar decisões melhores, basta ouvir a voz do Espírito Santo e renunciar a si mesmo, se arrependendo dos pecados e crendo e confiando apenas em Jesus para perseverar na fé cristã que é uma fé obediente.

Era só mais um “Chagas”. Porém, oro para que seja como o caso do filho pródigo, que decidiu sair e “viver sua vida”, mas logo viu que o seu lugar era a casa do Pai.

Maycson Rodrigues

Maycson Rodrigues

32 anos, é casado com Ana Talita, bacharelando em Teologia pela Unigranrio e colunista no site Gospel Prime. É pregador do evangelho, palestrante para família e casais, compositor, escritor, músico, trabalha no ministério de adolescentes da Igreja Batista Betânia e no ministério paraeclesiástico e missionário chamado Entre Jovens. Recentemente publicou um livro intitulado “Aos maridos: princípios do casamento para quem deseja ouvir”.

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Países islâmicos exigem que ONU reconheça Palestina e divida Jerusalém

Liga árabe deve levar o assunto para votação ainda este mês

          Países islâmicos exigem que ONU reconheça Palestina e divida Jerusalém

A Liga Árabe, união política de 22 nações de governo islâmico, está preparando uma “ofensiva diplomática” cujo objetivo é fazer a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecer a Palestina como nação. Isso incluiria decretar Jerusalém Oriental como sua capital, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi.

Os chanceleres de Egito, Marrocos, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Palestina e Jordânia reuniram-se em Omã. O objetivo é gerar um movimento de oposição à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Eles sabem que o domínio islâmico na ONU está consolidado, tendo em vista as constantes resoluções aprovadas na entidade contra Israel.

A questão da mudança de status de Jerusalém já foi votada no Conselho de Segurança da ONU em 18 de dezembro, quando Washington precisou usar seu poder de veto. O assunto foi levado para a Assembleia Geral da ONU, onde 128 países decidiram torná-la “nula e sem efeito”. Mesmo assim, Trump não voltou atrás.

Após o encontro deste sábado (6) o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit anunciou a realização de uma “reunião ministerial ampliada” no fim de janeiro. Por sua vez, o rei Abdullah II, da Jordânia, disse que a questão de Jerusalém é fundamental para “um acordo de paz justo e duradouro” entre palestinos e israelenses. Para ele, a mediação dos EUA está ameaçada pelo viés israelense demonstrado pelo atual presidente, mas não disse que poderia assumir esse papel.

A Jordânia é o país responsável por atuar como “guardiã dos lugares sagrados do Islã” e desde 1967 tem o controle do Monte do Templo. Para os jordanianos, a decisão de Trump é “uma violação do direito internacional”. O ministro Safadi insiste que “segundo as leis internacionais, Jerusalém é um território ocupado”.

“Tentaremos obter (…) [na ONU] o reconhecimento de um Estado palestino, com Jerusalém Oriental como sua capital, obedecendo a delimitação das fronteiras de junho de 1967”, afirmaram os representantes da Liga Árabe. A posição anunciada agora repete o que foi decidido na cúpula extraordinária da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), em Istambul, dia 13 de dezembro, sob a liderança do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

Atualmente, a Palestina, um estado não contíguo, que reúne a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, possui o status de “estado observador” e não é reconhecida como nação pela maioria dos países. O Brasil foi o primeiro país não islâmico a hospedar uma embaixada pelestina em seu território.

O reconhecimento pela ONU da Palestina como uma nação independente resultaria em uma disputa armada pelos territórios disputados com Israel. Caso sejam observadas as linhas de demarcação de 1967, Jerusalém seria necessariamente dividida em duas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já declarou diversas vezes que seu país não abriria mão de Jerusalém, que completou 50 anos de unificação em 2017. Após o final da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel retomou da Jordânia a porção ocidental da cidade. Com informações de Times of Israel