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TONY BLAIR : Ex primeiro ministro britânico defende causa religiosa em debate

debate na TV canadense, Tony Blair defendeu o papel da religião nas questões globais. Do lado oposto, destacando a influência maligna da religião, estava Christopher Hitchens. Mesmo lutando contra um câncer, ele aceitou participar da discussão.

O ex-primeiro ministro inglês Tony Blair (57) foi criado em uma família cristã. Afirma que tornou-se cristão praticante quando estudava na Universidade de Oxford. Sua conversão ao catolicismo ocorreu em 2007. Iniciou a Fundação de Fé Tony Blair em 2008.

Jornalista e escritor, Christopher Hitchens (61) é um dos mais famosos defensores do “Novo Ateísmo”. Recusou-se a participar nas orações quando estudava em um colégio cristão. Afirma que seu estilo de vida ”boêmio e barulhento” pode ter causado o câncer do esôfago

O tema debatido foi  ”A religião é uma força positiva no mundo?”. Todos os 2.700 ingressos foram vendidos para a plateia que assistiu ao vivo no Roy Thomson Hall, de Toronto. O siteMunk Debates transmitiu pela internet, no sistema pay-per-view, e vendeu todos os “ingressos”. O encontro será televisionado no início de dezembro. Uma cópia não autorizada já circula na internet e pode ser vista abaixo.

Hitchens – A religião oferece ao homem a salvação, com o pequeno preço de renunciar a todas as suas faculdades críticas. Podemos chamar de Deus quem explora a credulidade humana? Quem alimenta a fé por meio do nosso medo da morte? Quem nos condena à vergonha pelos atos sexuais? Quem aterroriza as crianças com as chamas do inferno? Quem considera as mulheres como uma espécie inferior? Quem quer nos fazer acreditar que o homem foi criado ao invés de ter evoluído? A religião leva pessoas inteligentes a fazer muitos tipos de estupidez.

Blair – Admito isto sem problemas: muito mal foi feito no mundo em nome da religião. Mas, em nome da religião, também foi feito o bem. Metade da ajuda que chega à África provém de organizações religiosas: cristãs, muçulmanas, judaicas. Hospitais, albergues, refeitórios para os pobres são administrados em todo o mundo por entidades religiosas. Por isso, digamos que a religião pode ser destrutiva, mas também estimula a atos de grande compaixão. E depois, qual é o conceito fundamental na base de toda religião, do cristianismo, judaísmo, islã, budismo e hinduísmo? É o amor pelo próximo, o altruísmo, a humildade.
Hitchens – O senhor é atualmente o mediador de paz no Oriente Médio. Pois bem, por que ainda não conseguiu fazer um acordo sobre o conceito que todos apontam como a solução do conflito israelense-palestino, dois Estados para dois povos? Cada uma das partes cita em seu próprio favor as promessas divinas e, com base nessas promessas, mata as crianças do outro lado. Será que essa também é uma força que age pelo bem no mundo?

Blair – Posso assegurar que, infelizmente, não só a religião é um obstáculo para a paz entre israelenses e palestinos. Tentemos imaginar um mundo sem religião: de acordo, todos os fanatismos religiosos desapareceriam. Mas vocês acreditam, talvez, que dessa forma o fanatismo desapareceria? As duas maiores tragédias do século XX, fascismo e comunismo, vieram de movimentos que negavam a religião.

Hitchens – Certamente, o fanatismo não desapareceria com a religião. Mas esperemos que algum fanático religioso coloque suas mãos em uma arma nuclear, como logo acontecerá no Irã, e depois veremos quais danos a união fanatismo-religião pode fazer.

Blair – Repito, sei muito bem que a religião pode ser usada para ações terríveis. Mas peço-lhe para que não julgue a religião com base em quem faz uso perverso dela, assim como não se deveria julgar a política por meio dos maus políticos, ou o jornalismo por meio dos maus jornalistas. O mundo seria espiritualmente vazio sem a religião.

Hitchens – Mas por quê? Quem disse? Sócrates e os filósofos gregos nos deram uma moral com a qual podemos preencher o nosso espírito, sem necessidade de recorrer à religião, que, além disso, copiou justamente dos filósofos gregos muitos de seus preceitos morais. É um insulto à inteligência sustentar que o homem não saberia distinguir entre bem e mal sem a religião.

Blair – Para você, o humanismo é uma base moral de retidão suficiente. Mas para certas pessoas não basta. Para a maior parte da humanidade, a religião é um impulso fundamental para agir em favor do bem.

Hitchens – Não me incomoda nem um pouco que os crentes sinceros ajam pelo bem. Estaria até disposto a aceitar a religião, se se limitassem a isso. O que não suporto é tudo aquilo que é construído ao redor: a existência de um ser sobrenatural, os milagres, o paraíso, o inferno. Enfim, estamos no século XXI, sabemos o que a ciência diz!

Blair – Mas nas religião há espaço para interpretações diversas. Não interessam o inferno e o paraíso às tradições que acompanham as manifestações e os ritos da fé. Importa a essência daquilo que dizem as sagradas escrituras. Importa a essência da mensagem de um homem chamado Jesus.

Hitchens – Não me desagrada nem a mensagem dos Médicos Sem Fronteiras.

Blair – No entanto, penso que um confronto como este é positivo, tanto para os crentes como para quem não crê.

Data: 30/11/2010 09:06:57
Fonte: Pavablog

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Número de jovens abandonando cristianismo bate recorde nos EUA

 

Sociólogos estão vendo acontecer entre os jovens adultos dos EUA uma grande mudança: o abandono do cristianismo.

Uma resposta honesta requer um exame deste “êxodo” e alguns questionamentos sobre os motivos desta mudança.

Estudos recentes trouxeram à luz esta questão. Entre os resultados divulgados pela American Religious Identification Survey [Pesquisa de Identificação da Religião nos EUA] em 2009, um aspecto merece destaque. A porcentagem de americanos que afirmam ser “sem religião” quase duplicou em duas décadas, De 8,1%, em 1990, chegaram a 15% em 2008. Essa tendência não está limitada a uma região. Os “sem religião”, cuja resposta à pergunta sobre afiliação religiosa foi “nenhuma”, foi o único grupo que cresceu em todos os estados americanos, incluindo o conservador “cinturão bíblico” no sul. Os “sem religião” são mais numerosos entre os jovens: 22% dos entrevistados entre 18 a 29 anos alegou não ter religião, em contraste com os 11% de 1990. O estudo também descobriu que 73% deles cresceram em famílias religiosas, sendo que 66% foram descritos pelo estudo como “desconvertidos”.

Outros resultados da pesquisa foram ainda mais desanimadores. Em maio de 2009, durante o Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, os cientistas políticos Robert Putnam e David Campbell apresentaram uma pesquisa feita para seu livro American grace, lançado recentemente. Eles relatam que “os jovens americanos estão abandonando a religião em um ritmo alarmante, de cinco a seis vezes a taxa histórica (hoje, 30-40% não têm religião, contra 5-10% da geração passada)”.

Houve uma queda correspondente na participação em igrejas. Segundo o centro de pesquisas Rainer, aproximadamente 70% dos americanos deixam de se envolver com a igreja entre os 18 e 22 anos. O Grupo Barna estima que 80% daqueles que foram criados na igreja serão “desligados” ao completar 29 anos. David Kinnaman, presidente do Grupo Barna, descreve essa realidade em termos alarmantes: “Imagine uma foto do grupo de jovens que são membros de sua igreja (ou fazem parte da comunidade de crentes) em um ano qualquer. Pegue um pincel atômico grande e risque três de cada quatro rostos. Este é o número provável de desligamento espiritual durante as próximas duas décadas “.

Em seu livro unChristian [não Cristão], Kinnaman baseou suas descobertas em milhares de entrevistas que fez com jovens adultos. Entre suas muitas conclusões está a seguinte: “A ampla maioria das pessoas de fora [da fé cristã] neste país, particularmente entre as gerações mais jovens, na verdade são indivíduos sem igreja”. Ele relata que 65% dos jovens entrevistados dizem ter assumido um compromisso com Jesus Cristo em algum momento. Em outras palavras, a maioria dos que hoje são incrédulos são antigos amigos e adoradores de Jesus, foram crianças que uma dia o aceitaram.

Para esclarecer o discurso de Kinnaman, o problema hoje não são os “não cristãos”, mas os muitos ex-cristãos. Ou seja, não se trata de um “povo não alcançado.” Eles são nossos irmãos, irmãs, filhos, filhas e amigos. Eles já estiveram vivendo entre nós na igreja.

Em seu recente livro Christians Are Hate-Filled Hypocrites … and Other Lies You’ve Been Told, [Cristãos são hipócritas cheios de ódio… e outras mentiras que lhe contaram], o sociólogo Bradley Wright diz que essa tendência de os jovens abandonarem a fé em números recordes é “um dos mitos” do cristianismo contemporâneo. Wright vai na contramão, dizendo que cada geração é vista com desconfiança pelos mais velhos. Embora reconheça que “não podemos saber ao certo o que vai acontecer”, Wright acredita que a melhor aposta é que a história vai se repetir: “…os jovens geralmente abandonam a religião organizada quando saem de casa e se desligam da família, mas voltam quando começam a formar suas próprias famílias”.

Então, jovens de 20 a 30 e poucos anos estão abandonando a fé, mas por quê? Quando pergunto às pessoas da igreja, recebo alguma variação desta resposta: compromisso moral. Uma adolescente vai para a faculdade e começa a frequentar festas. Um jovem decide morar com sua namorada. Logo, os conflitos entre a fé e o comportamento tornam-se insuportáveis. Cansados de ter a consciência pesada e não querendo abandonar um estilo de vida pecaminoso, optam por abandonar seu compromisso cristão. Podem citar ceticismo intelectual ou decepções com a igreja, mas isso é mais uma espécie de cortina de fumaça para a esconder a verdadeira razão. “Eles mudam de credo para coincidir com suas obras”, diriam os meus pais.

Existe alguma verdade nisso, mais do que a maioria dos jovens que seguiram esse caminho gostaria de admitir. A vida cristã fica mais difícil ao enfrentar muitas tentações. Durante o ano passado, fiz entrevistas com dezenas de ex-cristãos. Apenas dois foram honestos o suficiente para citar questões morais como a principal razão do abandono da fé. Muitos experimentaram crises intelectuais que pareciam, convenientemente, coincidir com um estilo de vida fora dos limites da moralidade cristã.

O que os afastou na maioria das vezes? Os motivos de cada um são particulares, mas percebi nas entrevistas que a maioria foi exposta a uma forma superficial de cristianismo que acabou “vacinado-os” contra uma fé autêntica. Quando o sociólogo Christian Smith e sua equipe examinaram a vida espiritual dos adolescentes americanos, encontraram a maioria deles praticando uma religião que seria melhor descrita como “deísmo moralista terapêutico”. Colocam assim Deus como um Criador distante, que abençoa as pessoas “boas, legais e justas”. Seu objetivo principal é ajudar os crentes a “serem felizes e sentirem-se bem”.

A resposta cristã

As razões para o abandono são complexas. Uma parte significativa tem a ver com a nova cultura que vivemos, e há muito a ser pensado sobre isso. Mas os membros das igreja ainda tem controle sobre pelo menos uma parte do problema: o tipo de resposta dada.

Enquanto ficam perplexos, e com razão, ou mesmo arrasados, quando veem entes queridos se afastarem, não deveriam deixar que a tristeza tome conta deles. Conversei com um pai que estava deprimido ao ver seu filho adulto abandonar a fé. Ele disse que seu filho estava metido “em coisas satânicas”. Depois de uma pequena sondagem, descobri que o filho na verdade era um politeísta. Ele amava Jesus, mas via-o como uma figura em um panteão de seres espirituais. Ou seja, algo muito distante da avaliação de seu pai.

Ao falar com quem abandonou a fé, geralmente os cristãos tem uma dessas duas reações opostas e igualmente prejudiciais: partem para a ofensiva, dando um sermão cheio de julgamento ou ficam na defensiva, não se envolvendo no problema.

Observei durante as entrevistas outro padrão inquietante. Quase todos com quem falei lembraram que, antes de abandonar a fé, eram interrompidos quando expressavam suas dúvidas. Alguns foram ridicularizados na frente de colegas por causa de suas “perguntas insolentes”. Outros dizem ter recebido respostas banais às suas perguntas e foram repreendidos por não aceitá-las. Um deles recebeu literalmente um tapa na cara.

Em 2008, durante a reunião da Associação Americana de Sociologia, estudiosos das Universidades de Connecticut e do Oregon relataram que “a contribuição mais comum para a desconversão dos entrevistados foi os cristãos aumentarem as dúvidas já existentes”. Os “desconvertidos” afirmam ter “compartilhado suas dúvidas crescentes com amigo ou membro da família cristãos, apenas para ouvir respostas banais e inúteis”.

Data: 30/11/2010 08:23:46
Fonte: Pavablog

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Editora lança no Brasil dicionário popular de Teologia

MUNDO CRISTÃO

 

Ao ler e estudar a Bíblia, seja em casa, na igreja ou em um seminário, ao ouvir uma mensagem ou pregação, podem surgir dúvidas. Muitas dúvidas! Num ambiente acadêmico, onde o debate de ideias é promovido, elas geralmente são sanadas. Mas o que fazer quando não há a quem perguntar, quem esclareça pessoalmente a questão?

Pensando em auxiliar os estudos teológicos e a compreensão bíblica, é que a Mundo Cristão se prepara para lançar em 2011 o Dicionário Popular de Teologia, um recurso indispensável para estudantes de teologia e todos que desejam aprofundar-se no conhecimento do cristianismo. Fatos, temas e pessoas que marcaram os primeiros vinte séculos do cristianismo são explicados por uma dos maiores teólogos da atualidade, Millard J. Erickson.

Bacharel em Ciências Humanas pela University of Minnesota e Bacharel em Teologia pelo Northern Baptist Seminary, formou-se Mestre em Ciências Humanas na University of Chicago e Ph.D na Northwestern University. Fez pós-doutorados em ministério pastoral na University of Minnesota (EUA), University of Munich (Alemanha) e University of Edinburgh (Escócia). Pastoreou mais de trinta congregações, atuou como professor assistente de teologia no Bethel Theological Seminary e, atualmente, é professor de teologia no Truett Seminary (Baylor University) e no Western Seminary.

Mesmo com seu extenso e rico currículo, Erickson consegue comunicar-se com o leitor de maneira simples, concisa e clara, permitindo a disseminação do conhecimento teológico coerente com a tradição bíblica.

De A a Z, você encontrará no Dicionário a explicação para 3.200 verbetes bíblicos, com indicações de versículos e passagens em que estão inseridos, para que suas dúvidas sejam respondidas, facilitando e ampliando seu entendimento das Sagradas Escrituras.

A chegada do Dicionário Popular de Teologia está prevista para março de 2011

Data: 30/11/2010 08:38:25
Fonte: Mundo Cristão