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Mórmon é acusado de estupro e sequestro de jovem no EUA

 

O caso chocou o país, em parte pelo fato de o réu, David Mitchell, alegar ter agido sob ordens de Deus.

Um julgamento acompanhado com grande interesse nos Estados Unidos está revelando detalhes do caso de um mórmon de 57 anos acusado de ter sequestrado, estuprado e mantido em cativeiro por nove meses uma menina de 14 anos.

O crime ocorreu há mais de oito anos. Elizabeth Smart, hoje com 23 anos, também mórmon, contou à corte distrital de Salt Lake City, em Utah, que foi acordada por Mitchell em seu quarto na noite de 4 de junho de 2002.

“Tenho uma faca (apontada ao) seu pescoço. Não faça nenhum barulho. Saia da cama ou eu mato você e sua família”, disse Mitchell, segundo transcrição do relato de Smart ao júri.

Ela contou que foi levada de sua casa para uma região montanhosa perto de Salt Lake City e, depois, para acampamentos improvisados em diversos Estados dos EUA com Mitchell e a mulher dele, Wanda Barzee.

No primeiro dia, segundo relato da vítima, Mitchell disse a Smart que ela passaria a ser uma de suas esposas; a menina foi então estuprada e presa a uma árvore pelo tornozelo. Mitchell alegava que era um profeta cumprindo uma profecia divina, segundo a qual ele deveria buscar jovens meninas e se casar com elas.

“Ele disse que eu era muito sortuda e que eu estava sendo salva do mundo, que eu tinha sido salva por Deus”, contou Smart.

Segundo o jornal Salt Lake Tribune, o promotor afirmou na corte que ela foi vítima de estupros quase diários durante os nove meses de cativeiro e forçada a beber álcool e a fumar maconha.

Buscas

O primeiro contato do réu com a família Smart fora em 2001, em um shopping center. Lois Smart, mãe da vítima, disse que foi abordada por Mitchell, que pediu ajuda financeira. Lois contou à corte que lhe deu US$ 5 e contratou-o para consertar o telhado de sua casa.

Após meses de buscas, Mitchell foi preso em 2003 em uma pequena cidade de Utah, depois de ter sido identificado por um ciclista, que ouvira a descrição do réu na TV, segundo a revistaTime. O réu havia sido descrito pela irmã de Smart, que estava no quarto no momento do sequestro. Smart foi, então, libertada.

O julgamento do caso foi adiado diversas vezes, em meio a discussões sobre a sanidade mental de Mitchell.

A defesa alega que ele sofre de esquizofrenia, o que é refutado pela família Smart. Lois disse que, ao abordá-la no shopping, ele não estava pregando, não fez nenhuma menção religiosa e “não parecia um doente mental”.

Segundo o New York Times, a acusação tenta mostrar que o réu usava o argumento religioso para satisfazer sua libido. Durante o julgamento, Mitchell foi advertido pelo juiz por cantar hinos durante a sessão.

Prisão perpétua

Se considerado culpado pelo júri, Mitchell pode ser sentenciado à prisão perpétua.

Se for absolvido por razões de insanidade, ele provavelmente ficaria detido em um hospital psiquiátrico até que pudesse comprovar que não oferece mais riscos à sociedade, segundo o Salt Lake Tribune.

Mas é tida como pequena a possibilidade de que a alegação de insanidade seja aceito pela Corte, já que em março passado Mitchell foi considerado competente pela Justiça para enfrentar o julgamento.

Já Wanda Barzee admitiu culpa e em 2009 foi sentenciada a 15 anos de prisão por sequestro.

Ed Smart, pai da vítima, disse que, após o julgamento, ela pretende retornar a Paris, onde está vivendo há cerca de um ano como missionária mórmon.

Data: 16/11/2010 08:33:22
Fonte: BBC Brasil

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VÔLEI Levantadora e pastora, Fabíola fala do vice em Mundial

 

Voz serena, personalidade tranquila. Nada abala a calma de Fabíola. Aos 27 anos, a levantadora brasiliense conquistou a vaga de titular da seleção justamente por dar um ritmo mais cadenciado ao jogo, antes muito acelerado pelas mãos de Dani Lins. No Mundial que terminou no domingo, com a derrota para a Rússia, era fácil ver o temperamento mudar.

Bastava o Brasil fazer um ponto, e Fabíola transformava a paz em explosão. Os sentimentos se completam quando ela desempenha outra função em sua rotina: há seis anos na religião batista, a atleta virou pastora e dona de uma igreja em Matozinhos, município de Belo Horizonte.

“Eu sou mais calma mesmo. Fico na minha, quietinha. Mas, na igreja, digo tudo o que eu quero, peço, agradeço. Converso com as pessoas que estão lá. É muito bom saber que estou protegida e posso passar isso tudo que já recebi para os outros, com uma felicidade plena. Abrimos há um ano, mas a ideia é expandir para que possa atender aos projetos sociais” conta a levantadora, que não saiu do sério nem com as broncas que levou do técnico José Roberto Guimarães ao longo do Mundial.

Nos momentos em que Fabíola está longe da cidade mineira – do outro lado do mundo, por exemplo – é o marido dela que assume o comando da igreja. E foi por intermédio dele que ela chegou ao lugar onde encontraria um novo estilo de vida.

“Nós somos de Brasília, mas meu marido teve uma proposta para trabalhar lá em Matozinhos, com informática. Aí, fomos levados a essa cidade. E começamos a praticar a religião lá. Mudou demais a minha vida. Trouxe uma tranquilidade maior para a agitação e correria em que a gente vivia” assegura.

A derrota do Brasil para a Rússia no domingo, no entanto, trouxe outro sentimento para Fabíola. Ainda tentando sorrir para as câmeras, depois de muito choro na quadra, a levantadora contou que a tristeza tomou conta do seu dia.

“A gente trabalhou muito e não tinha outra coisa na nossa cabeça a não ser a vitória. Ficamos tristes com isso. Mas acontece. Agora, é seguir em frente, que a vida continua”.

Data: 16/11/2010 08:29:00
Fonte: FG News

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JORNADA ECUMÊMICA

 

Ministro mostra otimismo nas relações Estado e movimentos sociais

Um dos pontos altos da 4ª Jornada Ecumênica, que aconteceu entre 11 e 15 de novembro em Itaici/SP, foi a visita do ministro-chefe das Relações Institucionais do governo federal, Alexandre Padilha. Ele participou, no sábado, 13, do painel “A Afirmação dos Direitos Humanos, Sociais, Culturais e Ambientais na Construção da Incidência Pública e Política”.

O painel também contou com as presenças de Jorge Atílio Iulianelli, do Fórum Brasileiro de ACT Aliança – FE Brasil, e de Marcelo Durão, representando a Via Campesina e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

Originalmente prevista para 30 minutos, a fala de Padilha cativou os participantes da Jornada por mais de duas horas. Nela, Padilha traçou analogias a partir de dados pontuais do Brasil atual, como aqueles relacionados à extração de petróleo e os esforços pela erradicação da miséria.

“Atualmente, 30% dos engenheiros do Brasil trabalham na Petrobrás ou em alguma empresa que presta serviços para a estatal. Pouco tempo depois de iniciarmos a exploração do pré-sal, 20% do maquinário mundial para extração de petróleo disponível no mundo estarão sendo utilizados no Brasil. Estes dados demonstram, por si só, a dimensão das conseqüências desta nova realidade para o país”, destacou.

O ministro também lembrou que nos últimos oito anos cerca de 30 milhões de pessoas saíram de uma situação de pobreza absoluta, mas admitiu que ainda há muito a fazer, pois 21 milhões ainda vivem abaixo da linha pobreza.

Durante o debate, Padilha enfatizou que a cobrança, fiscalização e diálogo com os movimentos sociais é uma das interfaces mais importantes para a efetivação de um projeto de desenvolvimento que seja comprometido com os direitos humanos, sociais, culturais e ambientais.

A Jornada Ecumênica receber apoio financeiro da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), da Christian Aid, do CREAS, da FES/Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB/Caritas Brasil, Fundação Luterana de Diaconia (FLD), Igreja Metodista Unida – GBMG (EUA) e Igreja Unida do Canadá.

Data: 16/11/2010 09:06:54
Fonte: ALC