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Mulher dá nome de Lúcifer ao filho: ‘Não sou religiosa’

Caso aconteceu no Reino Unido

Mãe escolhe Lúcifer para ser o nome de seu filho (foto ilustrativa) Foto: Pixabay

Em Plymouth, no Reino Unido, uma mulher escolheu o nome Lúcifer para colocar em seu filho recém-nascido. Josie King, de 27 anos, contou em um programa da BBC que sua escolha foi bastante criticada pelas pessoas.

Já ao tabloide britânico Devon Live, Josie contou que também tem uma filha de 6 anos chamada Talayla-May Barbara Elaine Kayleigh Kelsey Jade King. Ela disse que não se inspirou no diabo, que apenas se agradou de um nome incomum. As informações são do portal UOL.

– Não havia nenhuma inspiração para o nome. Eu olhei muitos livros de bebês e gosto de nomes incomuns. Não gosto de nomes padrão – falou.

Ela contou ainda que, quando pensava que seu segundo filho seria uma menina, pensou em escolher o nome Narnia.

– Antes, eu acreditei que estava esperando uma menina. E resolvi chamá-la de Narnia. Mas, depois, descobri que estava grávida de um menino – revelou.

As escolhas da jovem mãe são baseadas em suas afinidades culturais.

– Prefiro nomes inspirados em coisas [de] que gosto ou simplesmente porque os acho bonitos, mas isso pode não ser certo para outras pessoas. Quando escolhi o nome dele [Lúcifer], sabia que as pessoas não iriam gostar, mas é algo que não depende delas.

Familiares também não se agradaram do nome.

– Eu tinha alguns membros da família dizendo “você não pode chamá-lo assim”, mas eu disse que não sou religiosa. Eles sabem como eu sou e que eu gosto de ser única.

Josie disse que não se arrepende de ter escolhido o nome Lúcifer.

– Gosto do nome porque gosto. Não acho que represente o diabo, aos meus olhos. Se o diabo fosse chamado de outra coisa, as pessoas também não gostariam desse nome. É sobre a mentalidade das pessoas com o nome. As pessoas sempre me perguntam o porquê, mas eu digo “por que não?” O nome não é diferente de Sarah ou Dom – defende.

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Superman foi criado por judeus e inspirado em Jesus; conheça a história

Inverter os valores do personagem e colocá-lo dentro de contexto homofóbico tem despertado reações contrárias na sociedade.
FONTE: GUIAME, CRIS BELONI
O personagem Superman foi inspirado em Jesus e histórias bíblicas. (Foto: Warner Bros)
O personagem Superman foi inspirado em Jesus e histórias bíblicas. (Foto: Warner Bros)

Ao iniciar um vídeo onde aponta para diversas semelhanças entre o Superman e Jesus Cristo, o youtuber que é conhecido por Hagazo já destaca que seu conteúdo “não tem o intuito de denegrir a crença ou religião de ninguém”.

Gravado em 2014, portanto sem a intenção de se envolver em qualquer tipo de polêmica ideológica, Hagazo afirma que “somos livres para acreditar no que quisermos e devemos respeitar as opiniões alheias”.

Esse tipo de afirmação, porém, não parece se sustentar sete anos depois. Não é o que a sociedade tem vivido. Cada vez mais, as pessoas são pressionadas a “seguir as novas regras” e a não questionar as imposições de novas agendas.

Superman: esperança e inspiração para as pessoas

O personagem Superman não foi criado, originalmente, para atender aos apelos ideológicos, mas para representar a luta do bem contra o mal. Hagazo conta que os judeus Jerry Siegel e Joe Shuster, em 1930, não focaram em inserir no personagem tantas semelhanças com a história de Jesus.

Isso aconteceu durante o processo de criação do personagem, que já estava inserido num contexto metafórico de família e depois foi ganhando simbolismos que remetem à história bíblica.

“Eles usaram Sansão, o sujeito mais forte que a Bíblia narra, e Moisés, que ajudou a libertar os israelitas da escravidão. A Bíblia foi uma referência forte de características para a noção do que seria um grande herói”, explicou.

Dentro de um contexto complicado com a grande depressão dos EUA ou crise de 1929, depois da Segunda Guerra Mundial, os autores buscavam levar, de alguma forma, esperança e inspiração para as pessoas.

‘Superman foi inspirado em Jesus Cristo’

“Dos céus, o Pai envia Seu filho único para salvar a terra e quando ele chega aqui, é criado por pais adotivos, pessoas boas. No caso de Jesus, quem o cria é Maria e José, no caso do Superman é Martha e Jonathan. Até a semelhança das letras iniciais foi mantida”, apontou Hagazo.

“Ao atingir certa idade, o Superman vai até o Ártico e encontra o espírito de seu pai na Fortaleza da Solidão. Quando Jesus atinge certa idade, embarca numa jornada pelo deserto onde jejua por 40 dias e é tentado pelo mal, até encontrar Deus, o seu Pai”, relacionou.

“Tanto Deus como Jor-El falam com seus filhos através de uma voz alta, segura e forte”, continuou. Entre outras semelhanças citadas, o youtuber lembra que Jesus tem como inimigo o Anticristo e o Superman tem o Bizarro.

Além disso, o Superman foi escondido num celeiro e Jesus também nasceu numa espécie de celeiro. Aos 30 anos, o Superman começa sua jornada pública, na mesma idade que Jesus inicia seu ministério.

“Superman luta pela verdade e justiça, assim como Jesus. Aliás, esses são os princípios bíblicos para as grandes missões relatadas na Bíblia”, enfatizou. “Outro simbolismo que liga Superman a Deus e à Bíblia é o triângulo em seu peito, que é o símbolo da trindade — Pai, Filho e Espírito Santo”, arrematou.

Assista:

Falta de liberdade de expressão

Mas a imagem original do Superman tem sido deturpada ao longo dos anos. Entre tantos detalhes apresentados pelo youtuber, um dos mais especiais é “o Superman se sacrificando para salvar a humanidade, assim como fez Jesus”.

Na atualidade, alterar o ícone Superman para agradar aos anseios modernos não é algo que agrada aos fãs e nem aqueles que lutam para guardar valores e preceitos bíblicos.

Foi o que aconteceu nas últimas semanas com o jogador de vôlei, Maurício Souza, que teve seu contrato com o Minas Tênis Clube rescindido por expressar sua opinião contrária à inversão de valores através do personagem Superman.

Ele postou em seu Instagram a foto do Superman atual, Joe Kent (filho de Clark Kent) beijando outro homem e comentou: “Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.

Suas poucas palavras bastaram para que fosse tachado de homofóbico e ainda punido como se fosse um criminoso. Esta parece ser a cultura do cancelamento em ação.

“Infelizmente, chegamos a esse ponto. Não podemos mais colocar os valores acima de tudo”, disse o atleta que luta para “defender aquilo o que acredita ser certo”.

“Lutar pelo que se acredita é para poucos. Pelos meus valores, crenças e propósitos eu irei até o fim. Custe o que custar. Prezo por tudo o que Deus deixou na Bíblia e não sou homofóbico porque penso diferente”, defendeu.

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Os humanos inventaram a matemática ou ela é uma parte fundamental da existência?

Por Julio Batista

Créditos: FlashMovie / Getty Images.

Por Sam Baron
Publicado no The Conversation

Muitas pessoas pensam que a matemática é uma invenção humana. Para essa forma de pensar, a matemática é como uma linguagem: ela pode descrever coisas reais no mundo, mas não “existe” fora da mente das pessoas que a usam.

Porém, a escola de pensamento pitagórica da Grécia antiga tinha uma visão diferente. Seus proponentes acreditavam que a realidade é fundamentalmente matemática.

Mais de 2.000 anos depois, filósofos e físicos estão começando a levar essa ideia a sério.

Como argumento em um novo estudo, a matemática é um componente essencial da natureza que dá estrutura ao mundo físico.

Abelhas e hexágonos

As abelhas nas colmeias produzem favos hexagonais. Por quê?

De acordo com a ‘conjectura do favo de mel’ na matemática, os hexágonos são a forma mais eficiente para alinhar o plano. Se você deseja cobrir totalmente uma superfície usando ladrilhos de formato e tamanho uniformes, enquanto mantém o comprimento total do perímetro no mínimo, hexágonos são a forma ideal a ser usada.

Charles Darwin concluiu que as abelhas evoluíram para usar essa forma porque ela produz as maiores células para armazenar mel para a menor entrada de energia para a produção de cera.

A conjectura do favo de mel foi proposta pela primeira vez na antiguidade, mas só foi provada em 1999 pelo matemático Thomas Hales.

Cigarras e números primos

Aqui está outro exemplo. Existem duas subespécies das chamadas cigarras periódicas norte-americanas que vivem a maior parte de suas vidas no solo. Então, a cada 13 ou 17 anos (dependendo da subespécie), as cigarras surgem em grandes enxames por um período de cerca de duas semanas.

Por que são 13 e 17 anos? Por que não 12 e 14? Ou 16 e 18?

Uma explicação apela para o fato de que 13 e 17 são números primos.

Imagine que as cigarras têm uma variedade de predadores que também passam a maior parte de suas vidas no solo. As cigarras precisam sair do solo quando seus predadores estão adormecidos.

Suponha que existam predadores com ciclos de vida de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 anos. Qual é a melhor maneira de evitar todos eles?

P1 – P9 representam predadores cíclicos. A linha numérica representa anos. As lacunas destacadas mostram como as cigarras de 13 e 17 anos conseguem evitar seus predadores. Crédito: Sam Baron.

Bem, compare um ciclo de vida de 13 anos e um ciclo de vida de 12 anos. Quando uma cigarra com um ciclo de vida de 12 anos sai da terra, os predadores de 2, 3 e 4 anos também estarão fora da terra, porque 2, 3 e 4 se dividem igualmente em 12.

Quando uma cigarra com um ciclo de vida de 13 anos sai do solo, nenhum de seus predadores sairá do solo, porque nenhum de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9 se divide igualmente em 13. O mesmo é válido para 17.

Parece que essas cigarras evoluíram para explorar fatos básicos sobre os números.

Criação ou descoberta?

Assim que começarmos a procurar, será fácil encontrar outros exemplos. Desde a forma de filmes de sabão ao design de engrenagens em motores, até a localização e o tamanho das lacunas nos anéis de Saturno, a matemática está em toda parte.

Se a matemática explica tantas coisas que vemos ao nosso redor, então é improvável que a matemática seja algo que criamos. A alternativa é que os fatos matemáticos sejam descobertos: não apenas por humanos, mas por insetos, bolhas de sabão, motores de combustão e planetas.

O que Platão pensava?

Mas se estamos descobrindo algo, o que é?

O antigo filósofo grego Platão tinha uma resposta. Ele achava que a matemática descreve objetos que realmente existem.

Para Platão, esses objetos incluíam números e formas geométricas. Hoje, podemos adicionar objetos matemáticos mais complicados, como grupos, categorias, funções, campos e anéis à lista.

Platão também defendia que os objetos matemáticos existem fora do espaço e do tempo. Mas tal visão apenas aprofunda o mistério de como a matemática explica qualquer coisa.

A explicação envolve mostrar como uma coisa no mundo depende da outra. Se os objetos matemáticos existem em um reino separado do mundo em que vivemos, eles não parecem capazes de se relacionar com nada físico.

Entrando no pitagorismo

Os antigos pitagóricos concordavam com Platão que a matemática descreve um mundo de objetos. Mas, ao contrário de Platão, eles não achavam que os objetos matemáticos existiam além do espaço e do tempo.

Em vez disso, eles acreditavam que a realidade física é feita de objetos matemáticos da mesma forma que a matéria é feita de átomos.

Se a realidade é feita de objetos matemáticos, é fácil ver como a matemática pode desempenhar um papel na explicação do mundo ao nosso redor.

Na última década, dois físicos montaram defesas significativas da posição pitagórica: o cosmologista sueco-americano Max Tegmark e a física e filósofa australiana Jane McDonnell.

Tegmark argumenta que a realidade é apenas um grande objeto matemático. Se isso parece estranho, pense na ideia de que a realidade é uma simulação. Uma simulação é um programa de computador, que é uma espécie de objeto matemático.

A visão de McDonnell é mais radical. Ela pensa que a realidade é feita de objetos matemáticos e mentes. A matemática é como o Universo, que é consciente, passa a se conhecer.

Defendo uma visão diferente: o mundo tem duas partes, matemática e matéria. A matemática dá forma à matéria e a matéria dá substância à matemática.

Os objetos matemáticos fornecem uma estrutura para o mundo físico.

O futuro da matemática

Faz sentido que o pitagorismo esteja sendo redescoberto na física.

No século passado, a física tornou-se cada vez mais matemática, voltando-se para campos de investigação aparentemente abstratos, como a teoria dos grupos e a geometria diferencial, em um esforço para explicar o mundo físico.

À medida que a fronteira entre a física e a matemática se confunde, fica mais difícil dizer quais partes do mundo são físicas e quais são matemáticas.

Mas é estranho que o pitagorismo tenha sido negligenciado pelos filósofos por tanto tempo.

Eu acredito que isso está prestes a mudar. Chegou a hora de uma revolução pitagórica, que promete alterar radicalmente nossa compreensão da realidade.