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Apreensão de marfim é recorde em 2011 com 2.500 animais mortos

DE SÃO PAULO

O volume de presas de elefantes-africanos apreendidas em 2011 em todo o mundo foi o maior desde 1989, época em que o comércio internacional de marfim foi proibido para evitar a extinção da espécie.

No ano, foram apreendidas 23 toneladas, que equivalem a pelo menos 2.500 animais mortos. Os números foram apresentados na quinta-feira (29) pelo grupo Traffic, que monitora o comércio internacional de animais selvagens, e divulgados pela rede britânica "BBC".

Segundo o grupo, o recorde é reflexo da alta demanda pelo produto na Ásia, associada à sofisticada atuação dos grupos por trás do comércio ilegal. Os principais destinos são China e Tailândia.

Ativistas alertam ainda para a decisão de permitir a venda de estoques de marfim na África do Sul, Botsuana, Namíbia e Zimbábue, onde ocorreu uma recente explosão na população de elefantes. Isso estaria estimulando o abate dos animais e o tráfico ilegal.

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Cientistas descobrem espécies em respiradouro de vulcão sob o Índico

 

Rebecca Morelle

Repórter de Ciência da BBC News

Atualizado em  28 de dezembro, 2011 – 13:50 (Brasília) 15:50 GMT

Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, capturaram imagens impressionantes em um dos pontos mais inóspitos do fundo do Oceano Índico.

As imagens, capturadas com a ajuda de um robô na Cadeia de Montanhas Submarinas do Sudoeste Índico, foram feitas enquanto os cientistas pesquisavam as aberturas de vulcões submarinos, no fundo do oceano.

Descobertos em 1977, estes respiradouros hidrotermais são fissuras no fundo do oceano que expelem água muito quente, rica em minerais. Apesar das temperaturas altíssimas, estas áreas podem abrigar ecossistemas variados.

A equipe de cientistas britânicos se concentrou nas aberturas do sudoeste índico porque esta cadeia está ligada à Cadeia de Montanhas do Oceano Atlântico e à Cadeia Central Índica, locais onde a vida marinha já foi bem documentada.

Imagem capturada por robô submarino (Cortesia: Universidade de Southampton)

Cientistas usaram robô submarino para capturar imagens (Cortesia: Universidade de Southampton)

Nesta nova pesquisa, os cientistas da Universidade de Southampton encontraram moluscos, crustáceos, mexilhões e outras criaturas. Em seguida, eles compararam estas criaturas com as encontradas em respiradouros vulcânicos de cadeias submarinas vizinhas.

"Eu esperava (encontrar por) lá algumas semelhanças com o que sabemos do Atlântico, e algumas semelhanças com o que sabemos das aberturas do Oceano Índico, mas também encontramos animais que não são conhecidos em nenhuma daquelas áreas, e isto foi uma grande surpresa", disse o professor Jon Copley, pesquisador-chefe do projeto.

Encruzilhada

A área pesquisada pelos cientistas é diferente das outras, pois tem menos atividade vulcânica do que outras cadeias submarinas, com menos respiradouros.

Para capturar as imagens, os pesquisadores usaram um robô submarino chamado Kiel 6000, do Instituto de Ciências Marinhas de Leibniz, na Alemanha. As descobertas do robô surpreenderam os cientistas.

"Este lugar é uma verdadeira encruzilhada em termos de espécies de respiradouros no mundo todo", disse Copley.

"Uma (das descobertas) foi um tipo de caranguejo yeti. Existem atualmente duas espécies descritas de caranguejo yeti conhecidas no Oceano Pacífico, e (esta última descoberta) não é como as outras, mas é o mesmo tipo de animal, com braços longos e cabeludos", afirmou.

Imagem capturada por robô submarino (Cortesia: Universidade de Southampton)

Pesquisadores encontraram espécies desconhecidas

"Também (encontramos) alguns pepinos-do-mar, desconhecidos dos respiradouros do Atlântico ou da Cadeia Central Índica, mas conhecidos no Pacífico."

"Temos ligações com várias partes diferentes do mundo aqui", disse o cientista.

Diversidade

A diversidade das criaturas encontradas também surpreendeu os cientistas.

"Em muitos outros campos com respiradouros, nesta zona quente, você encontra animais que frequentemente são de apenas um tipo: na Cadeia do Atlântico é apenas camarão. Mas aqui vimos três ou quatro ao mesmo tempo", disse Copley.

As descobertas devem ajudar os pesquisadores a descobrir mais sobre como as criaturas se movem de abertura em abertura. Estes respiradouros têm vida curta e, se as criaturas que habitam a área não tiverem a habilidade de se mover de um sistema para outro, a vida nestas regiões seria extinta.

Imagem capturada por robô submarino (Cortesia: Universidade de Southampton)

Diversidade de espécies surpreendeu cientistas

Apesar destas descobertas, os pesquisadores temem pelo futuro da região.

A China conseguiu uma licença para explorar o potencial de mineração destes respiradouros, concedida pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, sigla em inglês), entidade que regula a exploração nos oceanos.

"Seria muito prematuro começar a perturbar (as espécies da região) antes de descobrirmos totalmente o que vive lá", afirmou o cientista.

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Tormenta solar não destruirá a Terra em 2012

27/12/2011 – 12h28

 

DE SÃO PAULO

A Nasa (agência espacial norte-americana) previu alguns anos atrás a ocorrência de uma intensa tempestade solar em 2012.

Segundo as estimativas da NCAR (Centro Nacional de Investigações Atmosféricas), ela seria 30% a 50% mais forte que a anterior e também a maior dos últimos 50 anos.

Nasa/Associated Press

Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa

Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa

A tormenta solar não tem, porém, a capacidade de destruir fisicamente a Terra e tampouco as pessoas comuns precisam se precaver contra o fenômeno. Há sites na internet que chegam ao ponto de indicar guias de sobrevivência para a tormenta solar.

O calor que é emitido nas tempestades solares não chega à Terra, mas a radiação eletromagnética e as partículas energizadas podem afetar temporariamente as comunicações, como os GPS e os telefones celulares, da mesma forma que os furacões o fazem.

O prognóstico da próxima tempestade solar tem como base a intensificação da atividade solar, que surge em ciclos com cerca de 11 anos de duração, após longos períodos de calmaria do Sol. Mais recentemente, a Nasa estipulou como 2013 ou 2014 a data provável para acontecer o fenômeno.

A última tempestade solar de grande proporção é de 1958. Uma de suas consequências que costuma ser lembrada é que a aurora boreal pôde ser vista em regiões distantes como o México.