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Fim do mundo previsto pelos maias é um erro de interpretação

 

Segundo arqueólogo, para os Maias não existia a concepção do fim do mundo, por sua visão cíclica do tempo

31 de outubro de 2011 | 11h 38

Efe

BOGOTÁ – O prognóstico maia do fim do mundo foi um erro histórico de interpretação, segundo revela o conteúdo da exposição A Sociedade e o Tempo Maia inaugurada recentemente no Museu do Ouro de Bogotá.

Arte se inspira no calendário Maia - Divulgação

Divulgação

Arte se inspira no calendário Maia

O arqueólogo do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) e um dos curadores da mostra, Orlando Casares, explicou que a base da medição do tempo desta antiga cultura era a observação dos astros.

Eles se baseavam, por exemplo, nos movimentos cíclicos do sol, da lua e de Vênus, e assim mediam suas eras, que tinham um princípio e um final.

"Para os maias não existia a concepção do fim do mundo, por sua visão cíclica", explicou Casares, que esclareceu: "A era conta com 5.125 dias, quando esta acaba, começa outra nova, o que não significa que irão acontecer catástrofes; só os fatos cotidianos, que podem ser bons ou maus, voltam a se repetir".

Para não deixar dúvidas, a exposição do Museu do Ouro explica o elaborado sistema de medição temporal desta civilização.

"Um ano dos maias se dividia em duas partes: um calendário chamado ‘Haab’ que falava das atividades cotidianas, agricultura, práticas cerimoniais e domésticas, de 365 dias; e outro menor, o ‘Tzolkin’, de 260 dias, que regia a vida ritualística", acrescentou Casares.

A mistura de ambos os calendários permitia que os cidadãos se organizassem. Desta forma, por exemplo, o agricultor podia semear, mas sabia que tinha que preparar outras festividades de suas deidades, ou seja, "não podiam separar o religioso do cotidiano".

Ambos os calendários formavam a Roda Calendárica, cujo ciclo era de 52 anos, ou seja, o tempo que os dois demoravam a coincidir no mesmo dia.

Para calcular períodos maiores utilizavam a Conta Longa, dividida em várias unidades de tempo, das quais a mais importante é o "baktun" (período de 144 mil dias); na maioria das cidades 13 "baktunes" constituíam uma era e, segundo seus cálculos, em 22 de dezembro de 2012 termina a presente.

Com esta explicação querem demonstrar que o rebuliço espalhado pelo mundo sobre a previsão dos maias não está baseado em descobertas arqueológicas, mas em erros, "propositais ou não", de interpretação dos objetos achados desta civilização.

De fato, uma das peças-chave da mostra é o hieróglifo 6 de Tortuguero, que faz referência ao fim da quinta era, a atual, neste dezembro, a qual se refere à vinda de Bolon Yocte (deidade maia), mas a imagem está deteriorada e não se sabe com que intenção.

A mostra exibida em Bogotá apresenta 96 peças vindas do Museu Regional Palácio Cantão de Mérida (México), onde se pode ver, além de calendários, vestimentas cerimoniais, animais do zodíaco e explicações sobre a escritura.

Para a diretora do Museu do Ouro de Bogotá, Maria Alicia Uribe, a exibição desta mostra sobre a civilização maia serve para comparar e aprender sobre a vida pré-colombiana no continente.

"Interessa-nos de alguma maneira comparar nosso passado com o de outras regiões do mundo", ressaltou Maria sobre esta importante coleção de arte e documentário.

A exposição estará aberta ao público até o dia 12 de fevereiro de 2012, para depois deve ser transferida para a cidade de Medellín.

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Bar serve menu celestial com porção de "hóstias sagradas"

 

End.: r. Guaimbé, 322, Mooca, zona leste, São Paulo, SP. Tel: 0/xx/11/2601-1441.
LEIA MAIS NO ROTEIRO

As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

DE SÃO PAULO

Para comemorar o Dia de Todos os Santos, na terça-feira (1º), o Templo Bar de Fé (zona leste de São Paulo) oferece menu celestial com "hóstias sagradas" e samba.

O menu-degustação celestial (R$ 45) é um combinado de "hóstias sagradas" (finos crocs de berinjela com mel de laranjeira), "carneirinho do céu" (pequenos pedaços de carneiro à passarinho com mandioca frita e ervas frescas) e "redenção dos pecados" (caldinho de piranha).

Já no palco o destaque é o samba-enredo, a partir das 22h, sob o comando de Vitor da Candelária, mestre de bateria da Mangueira, Mestre Zoinho, da Império de Casa Verde, e Alemão do Cavaco, da X-9 Paulistana.

Informe-se sobre o local

Marcos Muzi/Divulgação

Templo Bar de Fé tem menu celestial (R$ 45) com"hóstias sagradas", crocs de berinjela com mel de laranjeira

Templo Bar de Fé tem menu celestial (R$ 45) com"hóstias sagradas", crocs de berinjela com mel de laranjeira

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Juízes rebatem críticas do arcebispo de Porto Alegre

 

Grings teria dito que Judiciário é "ente corrompido"

Em nota, presidente da Ajuris vê ‘postura inquisitorial’

A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) distribuiu nota em que manifesta a indignação dos magistrados gaúchos com declarações atribuídas ao arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, que, segundo a entidade, citou o Poder Judiciário como "ente corrompido".

O presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, que assina a nota, atribui a manifestação ao fato de o religioso ter sido condenado em ação de indenização em São Paulo.

"A postura inquisitorial do arcebispo é inaceitável", diz Costa.

Consultada pelo Blog, a arquidiocese informou que eventual pronunciamento sobre o episódio só deverá ocorrer nesta terça-feira.

Eis a íntegra da nota da Ajuris:

Nota Pública sobre os ataques do Arcebispo Dom Dadeus

A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul – AJURIS vem a público manifestar toda a indignação da Magistratura gaúcha em face das declarações do Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, que atribui ao Poder Judiciário a condição de ente corrompido, impulsionado por ter sido condenado em ação de indenização por fato que lhe foi imputado, ocorrido na cidade de Mogi Guaçu (SP).

Esta prática adotada pelo Arcebispo está cada vez mais disseminada no Brasil, notadamente quando o Judiciário decide em desfavor de segmentos que desfrutam de poder diferenciado na sociedade.

É necessário que a cidadania perceba que um país, para ser substancialmente democrático, deve contar com um Poder Judiciário laico, imparcial e independente. Lamentavelmente, alguns quadros da vida pública ainda não se deram conta do quanto é importante tal condição para uma nação.

Reiteramos que a postura inquisitorial do Arcebispo é inaceitável. Da mesma forma, registramos o grande respeito que temos pela Igreja Católica, e todas as outras religiões.

Entretanto, não podemos admitir que qualquer religioso, em nome de sua crença, insulte pessoas e instituições de forma arbitrária, numa quase retrospectiva da inquisição medieval.

A AJURIS sempre exigirá pronta apuração de qualquer irregularidade no Poder Judiciário, mas não admitirá a ofensa generalizada e irresponsável, de qualquer autoridade, simplesmente pelo fato de ter seus interesses contrariados por decisão judicial. Repudiamos tal comportamento pelos evidentes danos que causa à democracia.

João Ricardo dos Santos Costa

Presidente da AJURIS

Escrito por Fred às 18h18

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