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Teólogos se reúnem em Chicago para debater o universalismo de Rob Bell

 

 

Universalismo – Um Inferno Vazio, Uma Cruz Banalizada, Um Deus Incompleto

Teólogos se reúnem em Chicago para debater o universalismo de Rob Bell

Teólogos reformados se reúnem em Chicago em uma conferência para debater o universalismo. A conversa aconteceu na quinta-feira, foi seguida por um painel de discussão sobre o recém-lançado “Love Wins” (O amor vence): Um livro sobre céu, inferno, e o destino de cada pessoa que já viveu. Nele, Rob Bell, que é pastor da Mars Hill Bible Church, em Grandville, Michigan, combate a noção de pessoas sendo torturadas no inferno por toda a eternidade.

Para o professor da pesquisa do Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School em Deerfield, Ilinóis, Don Carson, essa visão universalista está diminuindo a santidade de Deus, banalizando a cruz e distorcendo as verdades bíblicas.

“Sim, Deus é amor, mas a Bíblia fala do amor de Deus de formas diferentes e o que os universalistas fazem é absolutizar um aspecto dele – a saber, que Deus ama a todos da mesma maneira”, disse Carson.

Juntamente com Carson em um curto painel de discussão, o pastor da Geórgia, Crawford Loritts descreve as tentativas de escolher os atributos únicos de Deus como Deus prostituto. “Deus não precisa de um publicitário ou um agente ou uma empresa de relações públicas,” acrescentou. “Deus não está sentado em torno imaginando se pessoas gostam dele.”

O renomado teólogo Tim Keller também rejeitou as tentativas de elevar um atributo de Deus sobre o outro. “Na cruz, todos os atributos de Deus vencem,” ressaltou.

Em última análise, reduzir a ira de Deus afeta os pontos de vista sobre a expiação e a santidade. “Não acho que você vê o espetacular amor de Deus até ver a espetacular santidade de Deus. Se você diminuir um, inevitavelmente diminuirá o outro,” enfatizou Carson.

O debate aconteceu entre os dias 12 e 14 de abril e antes de enviar os pastores de volta a suas Igrejas locais e seminários, Carson deixou claro que os riscos são altos quando se trata de obter o direito sobre a salvação, céu e inferno, porque uma que vez a decisão é feita nesta vida, as consequências são eternas.

“O inferno não está cheio de pessoas que querem sair. Eles não querem estar lá. Mas não acho que há uma sugestão bíblica de que as pessoas se arrependem no inferno,” afirmou. “Conhecemos a única solução para isso: O Evangelho de Jesus Cristo.”

Fonte: Gospel Prime

Com informações The Christian Post

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As implicações da união com Cristo.

 

Francisco Macena da Costa

Francisco Macena da Costa

Texto base: Colossenses 2:6-15, RA
"Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. "
Introdução
Enfrentar uma realidade onde pessoas são convocadas a crer em objetos, criaturas e mitos como forma de encontrar segurança e superação de crises não é uma batalha exclusiva dos nossos dias. Na Igreja de Colossos e também na Galácia, já existiam falsos mestres que pregavam uma espécie de legalismo judaico misturado ao entendimento gnóstico que seduzia o povo para aderir a tais práticas. Aos gálatas, Paulo precisou escrever:
"Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o são; mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco." (Gálatas 4:8-11, RA)
Em nossos dias, esta mesma realidade se ergue com uma nova roupagem, onde dentro dos ajuntamentos do evangelicalismo brasileiro, mais e mais pessoas passam a aderir numa estranha crença no poder de óleos, lenços, águas e outros objetos tidos como sagrados. Outros passam a crer em dias santos, como tempo para reflexão e purificação. Os que assim pensam conferem um poder místico aos jejuns, a abstenção de alimentos e bebidas e outras tantas superstições que se cumpridas farão delas pessoas melhores.
No texto que hoje, lemos o apóstolo Paulo nos ensina sobre a natureza da união com Cristo. Existem algumas implicações que emanam do legítimo ensino apostólico e que são profundamente relevantes para os dias que estamos enfrentando.
I. A união com Jesus Cristo implica na submissão de todo nosso ser ao Senhor. (6-8)
O apóstolo Paulo buscando instruir os crentes sobre a natureza da união com Cristo, diz que expressamente que o correto relacionamento com Cristo é aquele onde nós o recebemos como Senhor. Sendo, Jesus o Nosso Senhor, o apóstolo nos convoca a uma total submissão de nossas vidas diante de Cristo. Entretanto, para Paulo a natureza desta submissão se expressa a partir de algumas atitudes, de tal forma que ser submisso a Cristo significa:
1. Andar Nele. Por isso Paulo diz: “Assim andai nele”. Uma das ilustrações mais recorrentes da vida em sua conjunção ética é expressa através das figuras que falam do “andar”. Por isso as Escrituras nos ordenam dizendo: "Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te." (Deuteronômio 6:7, RA). Segundo o apóstolo Paulo o ato de receber Jesus como o Senhor implica em “andar nele”, ou seja, viver cada momento da existência reconhecendo em tudo o Senhorio absoluto de Cristo, procurando em tudo e em todas as circunstâncias (trabalho, cultura, família e espiritualidade) realizar sua vontade.
2. Ser radicado Nele. Por isso Paulo diz: “nele radicados”. Isto significa que como servos de Cristo devemos estar “radicados – firmados” Nele. De acordo com os ensinos do Senhor, no sermão da montanha, o homem sábio é aquele que edifica sua casa sobre a rocha. De maneira semelhante, mas usando a ilustração das raízes das arvores, o apóstolo nos diz que reconhecer e viver em Cristo como Senhor das nossas vidas implica radicalmente em existirmos firmados em seus ensinos, sem dele nos desviarmos. Assim não seremos "agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro." (Efésios 4:14, RA)
3. Ser Edificado Nele. Paulo diz: “edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos”. Viver em Cristo, segundo o ensino de Paulo, é reconhecer a majestade de Jesus edificando e confirmando a vida na instrução da fé recebida através da mensagem do Evangelho. Logo, reconhecer Cristo como Senhor é viver tendo suas promessas e sua obra como fundamento de todo o nosso ser e isto confirmados na fé – de acordo com a fé expressa do Evangelho.
"Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo." (1 Coríntios 3:11, RA)
"Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." (2 Pedro 1:19-21, RA)
4. Crescer Nele. Paulo diz: “crescendo em ações de graças”. O fato de receber e aceitar Cristo como Senhor e Nele viver sem desviar nem para a direita ou para esquerda, não significa uma vida inerte. Pelo contrário, é somente unido a Cristo que temos a chance de crescer de forma segura, perfeita e estável. No dizer de Paulo é com gratidão em nosso ser que devemos buscar crescer em Cristo, a cada dia entregando, enraizando, fundamentando e confirmando nossa vida Nele.
5. Ser Protegido Nele. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”. Aqueles que recebem Cristo como Senhor devem ter cuidado para não serem enleados pelos ensinos daqueles que não seguem Cristo, antes seguem tradições humanas, misturadas a filosofias que apenas expressão os rudimentos do mundo. O que Paulo está dizendo é o seguinte: os que estão em Cristo, possuem o suficiente para viver de forma autentica sem a necessidade de apelar para vãs filosofias deste mundo.
Mas será que o fato de seguir Jesus Cristo e perseverar numa submissão a ele nos desviando das vãs filosofias deste mundo, nos concederá uma vida melhor? De acordo com Paulo, não somente uma vida melhor, mais uma vida no caminho da perfeição, pois:
II. A união com Jesus Cristo implica na busca do aperfeiçoamento da vida. (9-12)
Na Igreja de Colossos, ao que podemos inferir do texto, existiam alguns seres que se colocavam como perfeitos através de uma mistura sincrética dos cumprimentos de regras da lei associados aos mitos gnósticos. Contudo, o apóstolo Paulo, nos mostra que o caminho da perfeição é outro bem diferente daquele exposto segundo os rudimentos do mundo, pois no dizer de Paulo, a perfeição é alcançada somente quando nos unimos a Cristo e recebemo-lo como Senhor. A fim de proclamar que toda a perfeição está em Cristo, o apóstolo Paulo refere a algumas verdades fundamentais, a saber:
1. Jesus Cristo é Deus. Paulo reitera que “nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade”. Paulo parte da convicção explícita da divindade de Jesus Cristo. Não como se Jesus fosse um “deus” menor ou coisa parecida, mas a certeza de que em Jesus a plenitude de Deus se faz presente. Logo, é somente em Cristo que podemos encontrar o caminho da vida perfeita, porque em Cristo podemos encontrar com Deus e ouvir sua voz, conhecer sua vontade e por fim aceitar sua graça.
2. Jesus Cristo é o Cabeça. O apóstolo diz: “Ele é o cabeça de todo principado e potestade”. Paulo não duvida que existam poderes operando no mundo, sendo que muitos deles agem operando para a morte. Autoridades (políticas e religiosas), potestades do ar, anjos e demônios, são exemplos de tais poderes. Contudo, Paulo afirma expressamente que Jesus Cristo é o Cabeça sobre tudo e sobre todos. Sendo assim a perfeição é sinônimo de submissão a Cristo porque ele é o Cabeça acima de tudo e de todos.
3. Jesus Cristo é a nossa circuncisão. Paulo fala que “Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo”. A circuncisão é um símbolo de pureza, santificação e relacionamento com Deus e sua aliança. Na época de Paulo, os judeus conferiram amplo valor ao rito externo transformando a circuncisão num meio de ser perfeito. Logo, os não circuncidados não seriam perfeitos ainda que fossem seguidores de Cristo, por isso eles deveriam também ser circuncidados. Diante de tal ensino errôneo, Paulo afirma que Cristo nos circuncidou (separou, limpou e selou) não como que por mãos humanas, mas quando despojou a existência carnal de nossas vidas. Sendo assim em Cristo podemos ser perfeitos porque ele não circuncida o corpo, mas corta os vícios do pecado, para assim vivermos de forma santa como povo de coração circuncidado.
4. Jesus é a nossa ressurreição. Paulo afirma: “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”. Enquanto na circuncisão a pureza e a separação estavam simbolizadas e apontavam para a obra de Cristo por nós, Paulo passa diretamente para o significado do batismo cristão, indicado seu significado como uma ilustração de nossa união com Cristo em sua morte e ressurreição. Paulo está dizendo que quando somos batizados em Cristo estamos dando testemunho de nossa morte para o mundo e nossa ressurreição para Deus. Este é um ato de fé no poder de Deus e não no rito em si. Conseqüentemente, a perfeição não está nos ritos em si, mas na fé no poder de Deus que em Cristo nos faz provar a verdadeira morte e a verdadeira vida.
Em Cristo, podemos encontrar o verdadeiro caminho da completude e da vida perfeita aos olhos de Deus. Mas como se dão na vida os benefícios de tal perfeição proposta em Cristo? Paulo responde afirmando que:
III. A união com Jesus Cristo implica na vitória sobre os poderes que aprisionam o ser humano. (13-15)
Já vimos anteriormente que, de acordo com entendimento paulino, existe no mundo poderes que escravizam o ser humano. Os teólogos sistemáticos geralmente classificam estes poderes em forma de uma tríade que reúnem a carne, o mundo e o diabo. Na igreja de Colossos existiam alguns que pregavam uma vitória sobre estes poderes, através do cumprimento mecânico de alguns ritos especiais. De certa forma, Paulo descreve essas práticas, quando diz:
"Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade." (Colossenses 2:20-23, RA)
Se tais ritos são nulos, então como poderemos vencer entes poderes? Para encontrar a resposta para tal questão precisamos lembrar que o apóstolo Paulo tem a certeza de que só podemos vencer tais poderes se estivermos unidos com Cristo. Vejamos, pois a forma como Paulo expõe a vitória de Cristo sobre os poderes deste mundo.
1. Somente em Jesus podemos vencer o poder morte. “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele”. A prisão do ser humano não está fora, mas dentro da alma. A morte é o salário do pecado e a manifestação evidente de um coração incircunciso que teima em seguir o caminho contrário em relação a vontade de Deus. Apesar, deste estado miserável logrado ao ser humano por causa do pecado, o Senhor em sua bondade e graça, rompeu as portas da morte e do carne para conceder vida aqueles que estão unidos a Cristo. Sendo assim, só podemos vencer os poderes que matam a humanidade se estivermos antes de tudo unidos a Cristo, para assim vivermos de forma autentica e liberta da carne.
2. Somente em Jesus podemos vencer o poder do pecado. “perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”. Em outras palavras, em Cristo, Deus nos salvou da condenação do pecado. Cristo pagou o preço do nosso resgate, que por sinal era tão caro, que nem homens ou anjos puderam efetuar este pagamento, contraído pela raça humana por causa das ordenanças quebradas. Logo, aqueles que estão unidos a Cristo, foram crucificados com Cristo e assim estão libertos da condenação do pecado.
3. Somente em Jesus vencer o inimigo das nossas almas. “e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” Através de Cristo, o intento do inimigo em quebrar a comunhão de Deus com os homens foi vencido através da cruz. Com isto, Paulo deixa claro que a vitória sobre o inimigo não se dá em rituais ou objetos, mas unicamente através da Cruz.
Conclusão
Irmãos e irmãs, em breve estaremos diante de um das semanas mais emblemáticas para o cristianismo ocidental tanto pelo lado romanista como pelo lado protestante que alguma forma foi afetada pela tradição litúrgica da Igreja. Como vivemos um momento de intensa efervescência religiosa fruto dos séculos de mistura sincrética das tradições afros-indígenas-lusitânicas, veremos que a páscoa da cristandade tupiniquim ainda é celebrada em certos círculos (inclusive evangélicos) segundo os rudimentos do mundo, onde a pureza, a perfeição, o relacionamento com Deus e a vitória sobre os poderes são pretensamente alcançados em romarias, rituais de ascese, jejuns, abstenção de alimentos, superstições, culto de objetos, anjos e santos.
Segundo o ensino de Paulo que hoje aprendemos, somos chamados a ter cuidado com tais distorções e desvios da reta doutrina. Como cristãos que seguem apenas a voz do Espírito Santo, somos chamados a descansar na suficiência de nossa união com Cristo.
Não precisamos inventar outro Evangelho, nos basta viver apenas seguindo Jesus Cristo como Senhor. Isto implica em andar nele, estar nele enraizado, edificado e confirmado na fé evangélica anunciada pelos apóstolos, sem dar conta aos rudimentos deste mundo que nada tem haver com o ensino de Jesus. A verdadeira páscoa é aquela onde nos entregamos inteiramente para Cristo e o recebemos como Senhor que guia, orienta e pastoreia todas as áreas de nossas vidas.
Unido a Cristo como Senhor e Salvador, o ser humano pode encontrar o caminho da verdadeira perfeição, que definitivamente não pode ser originada das coisas deste mundo, antes, este caminho vem do alto e nos é dado de graça. Este caminho manifesto em Cristo é o único que pode aperfeiçoar nossas vidas porque somente em Cristo encontramos com o Deus que se revela para ouvirmos sua voz e aprendermos sua vontade e seguirmos na esperança das suas promessas. É através de Cristo que podemos obter perfeita segurança na certeza da primazia de seu poder, acima dos principados e das potestantes. Nele os completos são circuncidados no coração para viverem dia após dia despojando o corpo da carne (desobediência). Nele os batizados na fé cristã, entendem que os ritos em si apenas servem como pregação de nossa união com Cristo, em sua morte para mundo e sua posterior ressurreição para Deus. Logo a páscoa cristã é celebrada sempre procuramos viver para Deus, deixando para trás a desobediência, o mundo e seus rudimentos. Como bem disse Paulo:
"Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências." (Romanos 13:13-14, RA)
A vitória sobre os poderes que aprisionam o homem na maldade, na mentida, no ódio e na impiedade, não podem ser encontras na filosofia, na religião ou no legalismo e dogmatismo das igrejas. Agostinho disse que “a filosofia pode até mostrar o fim, mas não o meio”. O meio para alcançarmos a felicidade está na revelação de Jesus Cristo, por isso a vitória sobre os poderes que nos tornam pessoas piores acontece somente quando nos unimos a Cristo e o aceitamos como Senhor sobre nossas vidas.
Quando passamos a seguir Jesus, confiando no poder de Deus que nos ressuscita para uma nova vida, vivemos a vitória sobre a carne, o mundo e o diabo, e assim encontramos a liberdade para servir a Deus, a obediência no amor, e a sabedoria não da letra que mata, mas do Espírito que vivifica.
Este triunfo não pode ser adquirido por meio de rito, mas apenas por fé na obra realizada pelo nosso redentor. A páscoa cristã é celebrada sempre que vivemos a vida de Cristo em nós. Desta forma atualizamos a vitória do Evangelho todos os dias quando vivemos para Deus, certos de que nem carne, condenação ou demônios podem separar do amor do Pai aqueles que estão em Cristo Jesus.
Rev. Francisco Macena da Costa.
Cambeba, 16 de abril de 2011.
Fortaleza – CE.

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Minas do rei Salomão se encontram em ruínas

 

Revista Defesa da Fé

Muitas histórias românticas têm dramatizado as minas de Salomão. Presume-se que Salomão tinha minas tão distantes quanto a cadeia do Himalaia, as profundezas da floresta equatorial da África e até mesmo a região inca, no moderno Peru, nos Andes. Especula-se a procedência de parte da madeira usada no Templo.
Qualquer mapa moderno de Israel instruirá até o espetacular vale de Timna. Era ali, naquele território de terras estéreis e ressecadas, entre picos denteados, que os antigos mineiros hebreus extraíam toneladas de cobre. No dizer de Deuteronômio 8.9, Israel foi enviado a uma terra … de cujos montes cavarás o cobre. A habilidade de Salomão, trouxe grandes riquezas ao povo de Israel, em uma época que foi o período áureo da nação.
O livro de Primeiro Reis, capítulo 10.14, dá-nos uma informação de que o peso em ouro que chegava às mãos de Salomão, em um ano, era de 666 talentos de ouro. Isso significava um total aproximado de 114 milhões de reais. Naturalmente importava também especiarias raras e outros artigos de luxo. Vale lembrar que a correlação de valores era bem diferente dos nossos dias. Por exemplo, o quilo de linho fino era comprado por dois quilos de ouro fino.
Portanto, sua reputação de homem rico está bem fundamentada. Famosas são as minas de cobre de Salomão, na Arabá, bem como a refinaria real de cobre, descoberta em Ezion-Geber, moderno Tellel-Kheleifeh. O vale do Timna, não muito distante do extremo norte do mar Vermelho, era um lugar rico em cobre, explorado por Salomão.
O rabino Nelson Glueck, explica Russell Champlin em sua Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, era um israelita aventureiro que amava o deserto. Explorando o remoto vale do Timna, ele descobriu vários antigos locais de fundição, tendo reunido nódulos de cobre e peças quebradas de cerâmica. Essas peças de cerâmica levaram-no à sua maior descoberta – pertenciam à época de Salomão.