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DIVISÃO RELIGIOSA : Pais com crenças distintas enfrentam desafio de educar os filhos

Quando Anne, 10 anos, e Felipe, 8, nasceram, os pais, Maria Angélica, criada no catolicismo, e Marcelo Dimantas, que é judeu, tiveram de conversar bastante sobre como seria a educação religiosa dos filhos.

A mãe não abriu mão do batismo, sacramento que significa tornar a criança um filho de Deus para os católicos. E o pai quis que o menino fosse circuncidado, aos 8 meses, em uma cerimônia que igualmente simboliza a aliança com Deus no judaísmo.

Além dos questionamentos habituais da infância, é comum na família do casal de médicos ter de responder a perguntas também sobre religião, como “por que o papai não acredita em Jesus?” ou “por que a mamãe comemora o Ano-Novo em uma data e o papai em outra?”. A saída, conforme o casal, é sempre esclarecer tudo com o máximo de transparência. “Eu digo que, apesar de o pai ir à sinagoga e eu à igreja, nós dois acreditamos em Deus”, conta Angélica.

A família frequenta os eventos das duas religiões e, em casa, mantém tanto os símbolos católicos quanto os judaicos. A data com maior potencial de confusão era o Natal. Neste caso, os avós paternos cederam e presenteiam as crianças mesmo que a data não tenha significado para eles – os judeus não acreditam que Jesus tenha sido o messias.

A discussão do momento é a respeito do rito judaico de passagem da infância para a juventude, aos 13 anos, o bat mitzvah (meninas) ou bar mitzvah (meninos), correspondente ao crisma do catolicismo. “Para os judeus, é um momento importante, quando eles são apresentados à sociedade. Mas ainda estamos conversando sobre como lidar com isso”, diz Angélica.

Os Dimantas vivem uma realidade cada vez mais comum no Brasil. Apesar da maioria católica (73%), a crescente multiplicidade de religiões aumenta o número de lares onde prevalece mais de uma fé.

“A vinda de imigrantes e a fragmentação das igrejas fazem com que esta situação se torne mais corriqueira”, diz o padre Gabriele Cipriani, ex-secretário do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), entidade que representa cinco igrejas cristãs históricas e trabalha o ecumenismo. “O que importa é colocar a criança no caminho da fé e não pressioná-la a seguir uma das religiões. Isso tem de brotar naturalmente”, afirma.

A agente de viagens Carla Bechelli, 38, que foi criada no catolicismo mas se tornou espírita, e o técnico de celular Daniel Pinder, 43, judeu, vivenciam esta realidade. Os filhos, Lucas, 13, e Matheus, 9, convivem com as três crenças. Foram batizados na fé católica, frequentam o centro espírita e conhecem a “Torá” (livro sagrado dos judeus).

“Eles gostam dos amigos e das festas, e só querem saber de brincar por enquanto”, comenta a mãe, para quem é melhor que os filhos tenham três religiões a nenhuma. “O importante é que eles temam a Deus e aprendam a ter fé. Quando crescerem, vão decidir qual caminho seguir”, diz ela A atitude do casal é a correta, segundo o padre José Bizon, diretor da Casa de Reconciliação de São Paulo. “A religião deve unir a família e nunca ser motivo para desentendimentos”, afirma.

Diante dos inúmeros casos de famílias com religiões mistas em seu consultório, a psicóloga Mariana Taliba Chalfon resolveu escrever um livro infantil para ajudar os pais na hora de explicar as diferenças. Lançado no mês passado, “Entre a Cruz e a Estrela” conta a história de Max, um garoto que vive entre o cristianismo e o judaísmo. Segundo a autora, que vivenciou essa situação em sua família, os pais devem entrar em acordo sobre a educação religiosa dos filhos ainda durante a gestação. “O diálogo franco entre o casal é a maneira mais positiva de estabelecer as regras de conduta em relação à religião para a família e para que os filhos se sintam seguros”, recomenda.

É com essa filosofia que o vendedor Márcio Alves Paviatti, 41, católico, e a secretária Valdinéia Gonçalves Paviatti, 37, evangélica, pretendem direcionar a educação religiosa do filho Pedro, 3 anos.

Ambos decidiram se casar na Igreja Metodista, na qual o menino também foi batizado, para amenizar as diferenças. “Decidimos pelo caminho do meio”, conta Paviatti. Como católico, ele queria que o filho fosse batizado ao nascer. Valdinéia preferia que o rito ocorresse mais tarde, como pregam os evangélicos. Na Metodista, o batismo poderá acontecer duas vezes, satisfazendo a ambos.

Para Valdinéia, porém, o mais importante é que Pedro já sabe quem é o “papai do céu” e que a família reza antes das refeições e de dormir. “Os filhos têm que ser criados no caminho do amor, da fé e da solidariedade”, afirma o padre José Bizon, da Casa de Reconciliação. Tolerância e entendimento são as palavras-chave.

Fonte: Isto É

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ORAÇÃO É RELACIONAMENTO

LIDERANÇA

 

A razão pela qual oramos é que simplesmente não podemos evitar a oração

Por: Rodolfo Garcia Montosa

     Deus inventou a oração e a instalou em nós. William James disse que " a razão pela qual oramos é que simplesmente não podemos evitar a oração". De verdade, todos temos a intuição de buscar a Deus através da oração. Prova disso é que, como uma criança chora quando está com fome, nos momentos de maior angústia e adversidade nossas entranhas clamarão pelo Senhor.
     Ao invés de enxergar a oração como uma disciplina, um sacrifício, ou um esforço para se obter um prêmio, devemos compreender que a oração é o desenvolvimento de um relacionamento natural com Deus. Esse ponto de partida é libertador, pois deixa de lado as muitas regras, modelos, legalismos que impomos a nós mesmos, nascendo a perspectiva de um relacionamento natural, prazeroso, verdadeiro, às vezes de lutas e entraves. A oração que Jesus ensinou, segundo esse texto, apresenta algumas dimensões desse relacionamento: 
      1. O relacionamento de amigos (v. 5-8 NVI "… suponham que um de vocês tenha um amigo…")

      Jesus está ensinando como orar.  Depois de expor a oração do Pai Nosso, ele traz uma figura bastante conhecida de todos os seus ouvintes como que dizendo: O que um amigo faz ao outro? Ele sabe que a oração é o ambiente onde transcorre a melhor amizade, pois podemos abrir nosso coração, necessidades, ou simplesmente estarmos juntos pelo prazer da convivência.
      Amigo que é amigo será sensível, atenderá nos momentos de lutas, muitas vezes oferecendo seu ombro e capacidade de ouvir. Assim como temos amigos na terra, podemos ter um amigo nos céus. Assim como Abraão viveu essa dimensão de relacionamento (Tiago 2.23), somos convidados a desenvolvermos essa amizade através da oração, afinal Jesus nos chamou de amigos (João 15.15).
      2. O relacionamento pai/filho (v 11-13 – NVI "… qual pai, entre vocês, se o filho pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra?…")
      A segunda analogia de Cristo é ainda mais chocante. Como pai você consegue imaginar-se dando uma pedra (Mateus 7:9) para seu filho comer? Ou, pior ainda, dando-lhe um escorpião? O Senhor nos vê como filhos. Por essa razão ele abre-se para um relacionamento nessa dimensão. Como pai ele é provedor, responsável, cuidador, orientador e tantas virtudes mais que possam ser elencadas. Nós recebemos espírito de filhos, por isso podemos chamá-lo de papai (Romanos 8.15; Gálatas 4.6-7).
     Só os filhos têm acesso ao quarto dos pais, desfrutam das refeições juntos, levam "palmadas", são herdeiros e levam em seu DNA a semelhança hereditária. Como é bom ser filho e poder desfrutar dessa dimensão do relacionamento através da oração.
      3. O relacionamento noivo/noiva.
     Esse trecho não apresenta expressamente Jesus como noivo e seus discípulos como noiva, mas o narrador já havia revelado anteriormente essa analogia (Lucas 5.34-35). Aqui temos uma nova e amplificada dimensão de nosso relacionamento em oração. Essa analogia expressa o prazer de estar juntos, a alegria de sonhar juntos, o amor latente, as confidências, a proteção, o comprometimento. A oração é um grande momento de prazer, mas poucos se entregam nesta dimensão. Ela contém um potencial de alegria e júbilo, pois é o próprio Deus se movendo em nós através do seu Espírito Santo. Por causa dessa dimensão, temos todas as nossas necessidades supridas, nossa sede saciada, nossa alegria restabelecida (Apocalipse 22.17).
     Como disse Tim Stafford: "Não oramos para contar a Deus o que ele não sabe, nem para lembrá-lo do que esqueceu. Ele já cuida de tudo aquilo pelo que oramos. Quando oramos, ficamos perto de Deus". Isso basta! Comece a praticar suas orações nessa perspectiva de relacionar-se verdadeira e profundamente com o Pai. Sua vida certamente nunca mais será a mesma!

Data: 9/11/2010 09:44:33

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Os judeus paraguaios da I.E. Quadrangular

Não. O vídeo a seguir não foi produzido em uma igrejinha qualquer, destas sem vidro na janela onde o vento sopra uma doutrina nova a cada dia.

Não. As tristes imagens mostradas foram captadas por um membro entristecido com a franca apostasia que carrega a Igreja do Evangelho Quadrangular ladeira abaixo.

Nas unidades IEQ, tudo o que se tem mais visto é idolatria, esquisitices gospel e até esta doutrina comercial “sem pé ou cabeça” que mistura ícones do judaísmo do tempo do templo, com judaísmo dos séculos XIV e até do século XIX!

A Igreja do Evangelho Quadrangular está adotando um arremedo de doutrina que busca elementos de idolatria e pontos de contato da fé (este arcabouço nefasto e mentiroso adotado pelo paganismo, catolicismo e neopentecostalismo) misturado com uma doutrina “judaizante” que emite disparates como o uso de kipá, coisa do século XVII, que nenhum homem do tempo de Jesus jamais viu.

Esta doutrina espúria prega a idolatria da Arca, que segundo as Sagradas Escrituras, jamais poderia ser tocada, sob pena de imediata pulverização! A isto se misturam óleos e unguentos, audições de shofares e outras aberrações estranhas ao cristianismo. Tradições vazias na Nova Aliança, que foram deixadas para trás quando o Véu do templo se rasgou, tal qual a carne do senhor Jesus, pelas nossas vidas, na Cruz.

Enfim, coisa de maluco, veja aqui neste artigo.

Vou baixar a ripa nestes saduceus da vila tatu…

Eu chequei a conclusão que este negócio de Arca é o modismo gospel segmentado para o público mais burro de todos. Aquele grupo que acredita até em mula sem cabeça e saci pererê.
Não tem nem graça rascunhar um texto apologético qualquer para esta apostasia. Um papel de pão e um lápis gasto bastam. Mais do que isto é jogar pérolas aos porcos… Então eu vou é esculachar mesmo!

Tem golpe para todo tipo de gente. Afinal, o estelionatário de QI abaixo da média também tem que comer, não é não? Para estes, há os crentes (crentes?) de babador e chupeta (ops, shofar).
Uma gente digna de pena, analfabeta de Bíblia (por vocação ou opção, já que todos carregam uma debaixo do braço quando vão ao templo adorar… ops, a arca.) e que acredita em tudo o que lhe é contado…

Foto tirada por mim na EXPOMAMON 2009

Eu, realmente, não tenho a menor paciência e nem respeito por este povo do gospel saduceu e a misericórdia me falta. Eu sinto muito, não me orgulho disto e oro a Deus para mudar isto em mim. Mas é fato. Nem sequer os vejo como irmãos em Cristo. Afinal, como posso ver alguém como tal se este mesmo alguém renega o supremo sacrifício de Jesus e fica pagando um king kong destes de quererem ser judeus, sem serem. E ficam ainda a adorar uns artefatos e a realizar cerimônias completamente estranhas ao judaísmo moderno, para eles (judeus) igualmente despropositadas!
Eu tenho um amigo dos tempos de colégio que é moel, o oficial credenciado para realizar a Bris milá (aliança da circuncisão). Ele gosta muito do blog e outro dia comentou comigo brincando:
– Oi Dan me apresenta este pessoal ai… Quem sabe sai guisheft? (negócio, em idish)
– Ah! Camarada, cortar o bilau este povo não quer não! Risos. Mas se você tiver um shofar e um arreio de segunda mão, acho que sai negócio!
Amados! Até a expressão “judaizante” é inapropriada. Não há nada de judaico neste besteirol, exceto alguns ícones perdidos no tempo e uma vontade grande de parecer diferente. Nem mesmo quando se trata do chamado judaísmo cristão messiânico. Pois para os judeus isto não existe! E parem de confundir elementos da tradição do povo judeu, com o estado político e a nação de Israel ou mesmo com judaísmo que não são a mesma coisa!
Vocês querem ser judeus? Tenho uma péssima notícia para vocês: Mesmo de acordo com o rabinato mais liberal, para você deixar de ser gói (gentio e insuficiente) tem: (1) prova de fé, (2) curso longo, (3) encontrar um número de judeus que presenciem (e concordem com) a sua cerimônia, (4) ir às águas (tem lá também, sabia não jacozinho da vila tatu?), e (5) muita comunhão e estudo da Torá. Já pensou? Você tem a NVI e não lê… Não estou conseguindo te enxergar lendo o shemot (êxodo) em hebraico… Nem mesmo aquela HAGADAH de PESSACH (páscoa *) em quadrinhos para crianças eu te vejo lendo…
Ih Jacozinho gospel! Tá ruim varão! Tem mais: Se você não casar com uma judia seus filhos serão gentios e a sua linhagem só será considerada judia após a terceira geração.

Fotos tiradas por mim na ExpoCristã (?) onde além de comprar a arca, podia-se comprar os acessórios, todos a parte (risos), incluindo as tábuas da lei da foto, fraldas ungidas e babador santo.

Ah! E esquece o camarão, o torresmo e a lingüiçinha. Não pode mais! Para você, agora, é só alimentos kosher. E falando nisto, não vamos esquecer da questão supra citada: o pinto. Para adultos tem anestesia, mas não é simpático não… Você já viu o instrumento de corte? Pesquisa ai na internet, risos. “Disanima” não jacozinho gospel! Um bom “caçador da aliança perdida” tem de ser “espada”! Desembanhada, mas espada!

Agora, Jacozinho, na questão do custo eu vou te aliviar. É só me mandar um e-mail que eu te arrumo um desconto bom. Mas já aviso logo, que vai sair por mais de R$ 900,00, de maneira que, se o caso é ser idiota, o Cerrullo sai mais em conta (e menos dolorido, risos).


Irmãos! Acordem! A Arca é um meio de estelionato, artefato de um golpe que consiste em retirar da arca umas miniaturas que são levadas pelos lesos para suas casas e devem retornar à seita com certa quantia de dinheiro para que a oferta na “mesa da proposição” se transforme em benção…
Leia aqui sobre os novos Herodes e adoradores idiotizados de arcas.
E para terminar, vai ai uma proposta malandra para vocês zoarem com estes pilantras… Da próxima vez que eles pedirem dinheiro para a arca paguem em schekel (não o novo schekel de Israel, mas a antiga moeda do templo, aquela moedinha de prata de “meio schekel” que todo judeu de 2000 -3000 anos atrás tinha de levar para o templo uma vez ao ano) . Sim, eu sei, não se encontra mais destas moedas por ai… Mas veja bem: Se a arca é FAKE , o schekel também pode ser… Gargalhadas!

Mas Jesus, percebendo a astúcia deles, disse-lhes: Mostrai-me um denário *. De quem é a imagem e a inscrição que ele tem? Responderam: De César. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. [Lucas 20:22-25]
***
Danilo Fernandes, o sacerdote do templo do esculacho.

NOTAS:

1) A moeda romana de uso obrigatório em todo o império não podia ser usada no Templo, nem para doação, nem para a compra de animais de sacrifício. Dai, haviam os cambistas entre os vendilhões do templo para trocarem moeda impura por moeda de Israel.

2) A HAGADAH é uma expressão literária judaica que se origina na tradição oral do povo. A mais “famosa”, a HAGADAH PESSACH, é lida na noite de seder no jantar cerimonial judaico em que se recorda a história do Êxodo e a libertação do povo de Israel. A forma de Jesus de pregar por parábolas e uma derivação deste “contar estória” da tradição oral.

3) Sim. A imagem no schekel paraguaio é o papa Bento. Sabe como é… Este povo é tão chegado a um absurdo que eu fiz assim, o mais absurdo possível para o deleite dos manés!

O vídeo abaixo foi gravado na Igreja do Evangelho Quadrangular da Casa Verde, São Paulo.

 


Neste, uma senhora desequilibrada. Mentalmente incapaz de ler e entender o que está escrito nas Sagradas Escrituras profere as seguintes sandices:

1) A Arca representa a Glória de Jesus. Não minha senhora. Tão logo o Senhor Jesus fechou os olhos na Cruz, o véu do tempo se rasgou e, como o Próprio já havia vaticinado não passou muito tempo até que o próprio templo fosse destruído e a própria Arca retirada das vistas dos homens. Pois deste momento em diante, Jesus era o Caminho, A Verdade e A Vida e não mais seria necessário qualquer templo para sacrifícios, Arcas e que tais. Sem mais intermediários, vamos direto ao Pai e tudo o que havia naquele templo não é digno do Reino chegado.

2) Tocar na Arca para encontrar conforto. Só Jesus traz liberdade e conforto da Salvação. Buscar a Sua Glória em objetos feitos pelo homem é blasfêmia.

3) Não é uma simples arca, mas a presença do Senhor nesta noite. Sem comentários! Esta é a deixa para o diabo entrar neste templo, pois ali jazem aqueles que estão mortos em espírito naquele caixão em forma de arca. Seduzidos por um poder que os faz incapaz de ver a verdade.

Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. [Mt 24: 10-11]

Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça. [2Ts.2:10-12]

4) A Arca é o ponto de contato da nossa Fé. Leia este artigo.

Não se trata de pontos de contato da fé seu idiota! Foi uma das grandes declarações do Cristo!

Danilo Fernandes

Foram exatos catorze minutos, segundo a minha assistente. Eu apaguei deitado no divã defronte a minha mesa de trabalho. Foi sono tão tranquilo, em tão estampado sorriso, que ela mesma fez silêncio cooperando com a minha gazeta no meio do dia agitado. Desligou os quatros monitores, baixou as persianas e foi lanchar.

Eu não queria ir, mas insistiram. Logo na entrada uma rosa ungida. Eu rejeito e ainda faço a minha cara padrão de quando alguém me oferece sushi ou sashimi, refeições que detesto: Um olhar de nojo cinematográfico.

Cozinha japonesa e idolatria gospel são coisas que não entram na minha cabeça. Não são mesmo para se levar a sério. Alguém pode me dizer se dá para confiar numa cozinha onde servem a comida crua, mas cozinham o guardanapo? E idolatria em igreja evangélica? Se a fé do cidadão é daquelas que precisa de muleta, imagens, pontos de contato e que tais, porque procura uma igreja protestante? Vá procurar a sua turma na macumba ou na ICAR, meu camarada! Passa fora, pois aqui só contaminas o rebanho com heresias!

Como se vê, até em sonho a minha apologética é um tanto caceteira, risos.

Voltando ao sonho…

Lá estava eu naquele templo quase pagão. O pastor era conhecido. Igreja neopentecostal light para classe média. Numa conversa social já tínhamos quebrado o pau por conta de rosinhas, unguentos e outras pajelanças. Segundo ele: pontos de contato da fé, doutrina sustentada até nos atos do próprio Senhor Jesus.

Com todo o respeito, entre um gole de Coca-Cola zero e uma empadinha, já havia dito ao honorável pastor: Acorda Marcelo! Pensa: Moises está no monte falando com Deus e você é o camarada no sopé da montanha incentivando o povo a fazer ídolos. Fica depois esta gente toda que segue gente como você achando que está na igreja de Cristo… Caminham com ela a vida toda, mas jamais verão Israel! Ele ria. Eu bufava. Ele desafiou: Vá a um culto meu na próxima semana.

Então eu fui. Insistência de familiar. Pedido de amigo. Mas fui mordido. Não ia prestar.

Assiste a “pregação” deprimido. A passagem era João 9, aquela onde o Senhor cura um cego de nascença. A exejegue do “´Pr. Marcelo” usava o proceder incomum do Senhor no uso elementos – um lodo feito de Seu cuspe e terra para curar o homem cego de nascença, como sustentáculo da doutrina dos tais pontos de contato da fé e até dos atos proféticos, no comando de ação dado ao cego para que lavasse os seus olhos no tanque de Siloé, ato profético para efetivar a cura… Imagine!

Uma interpretação que sempre me entristeceu muito. Sempre a vi como um “deboche embasado” posto a justificar o uso de elementos orgânicos, minerais ungidos com a finalidade de cura e até mesmo aberrações e franca pajelança, como as toalhas suadas de Valdemiro Santiago, os bolos e rosas ungidos do RR Soares, os unguentos de Edir Macedo e as garrafadas do baixo gospel nacional. Nas Escrituras, temos o óleo dos enfermos. Ponto final.

No fim do culto, o “Pastor Marcelo” chama todos à frente. Cada um dos presentes recebeu uma latinha parecida com aquelas de pomada Minâncora. O conteúdo foi dado por mirra, óleo ungido e outros badulaques. Unção especial, panaceia para todo o mal. Obra e arte do nefasto pastor.

Quando me aproximo do “ungidão”, este na certeza de que a pregação havia me edificado, entrega-me a lata e dispara: Eu não disse que te convencia?

Por alguns minutos fiquei parado, a espera da saída do maior número de pessoas das proximidades. Estava decidido a admoestar aquele pastor de uma forma tão contundente que, ou ele partia para as para as vias de fato, ou dobrava seus joelhos e lançava a cara no pó.

Abri a lata e disse: Passe esta meleca nos seus olhos sua anta! Faça já! Pois não é possível que não consigas entender o que acabaste de ler! Ore para que o Senhor te perdoe por este unguento ridículo e implore ao Espírito Santo para que este lhe retire as escamas cobrindo olhos! Estão as Escrituras fechadas ao seu entendimento, ou és mesmo um charlatão?

O homem emudece. O povo observa. Eu tomo o microfone.

Será que és mesmo um idiota que não conseguiu entender que esta passagem da cura deste cego de nascença não é a descrição de mais um milagre, apenas diferenciada por uma pantomina qualquer usando lodo e um tanque de água?

Meu irmão, você não consegue perceber que está diante de uma passagem dos Evangelhos que é dos pilares, da nossa Fé? Um momento em que o Senhor Jesus se revela de uma forma única: Declara-se não somente o Messias, mas a própria a segunda pessoa da Trindade? O verbo presente desde o início?

Para começar era um sábado. E Ele decide fazer a cura, o que mais tarde suscitaria as críticas dos Fariseus. Contudo, Ele é o Senhor do sábado. O Messias. E esta foi a sua primeira declaração.

Ao cuspir na terra, diante dos olhos de todos. Jesus causa estranheza (e futuramente interpretações canhestras como a sua) ao se utilizar de elementos e rituais para operar um milagre. Na prática, um milagre prosaico, diante de corpos que foram ressuscitados e curas milagrosas onde nem mesmo foi necessária a Sua presença física, como no caso da cura do servo do Centurião.

Por que um Jesus que andava sobre as águas, curava os que tocavam em sua orla, os ventos e o mar obedeciam, precisaria se valer de um unguento, de um lodo ou lama de cuspe e terra para curar um cego? Certamente não era para justificar a idolatria e o paganismo na Igreja do porvir!

Não, meu pobre irmão! Naquele momento, o Senhor Jesus se volta ao próprio Pai, o criador. Revela-se como Aquele que estava presente desde a criação e para Quem e por Quem todas as coisas foram feitas.

Jesus inicia seu ato declarando que enquanto estiver no mundo, Ele é a luz do mundo e, diante dos olhos de quem podia enxergar, se revela o Senhor da Vida repetindo o gesto primordial da criação do homem, como visto no Gênesis.

Ao cuspir sobre a terra, lança a água que forma o barro e junto o sopro da vida saído de Sua boca. E agora, nas mãos do oleiro, há o barro que é a essência do ser.

Nas mãos do Cristo está a matriz que forma a suprema criação. Se um cientista moderno visse aquilo, no pouco entendimento que ao homem ainda é dado ter e saber, imaginaria que estavam ali, algo como células-tronco, daquelas que colocadas em um local onde havia um tecido rompido, um órgão danificado, tomam a forma e a função das células locais e destas criam novo órgão ou tecido.

E eis que assim fez o Senhor, àquele homem que, como fora dito, tinha os olhos fechados desde o nascimento. Por certo, nem mesmo olhos ele tinha, mas apenas pálpebras, ou um tecido qualquer a lhe cobrir as órbitas vazias…

Jesus derramou em suas órbitas a matéria da vida que repousava em suas mãos, não para sarar um olho doente, mas para criar novos olhos. E tendo feito nova criação, ordenou que se fizesse aquilo que está dado a fazer a toda nova criatura nascida em Cristo: Mandou que às aguas descesse os novos olhos, no tanque de Siloé, que significa o Enviado.

E o homem mergulhou às águas o que era novo em seu corpo, os olhos no lugar de órbitas vazias, de tão forma diferente ficou, que nem mesmo o reconheceram. Um novo semblante para uma nova criatura em Cristo. Um homem em parte refeito, de novo barro da vida, tudo diante de todos que não eram cegos ao entendimento da Verdade.

Enxergas agora que nesta sua lata de unguento não há nada que se relacione a este momento magistral? Enxergas agora o tamanho da sua estupidez? O que entendeste como um repositório de fé para uma cura milagrosa, a base para uma doutrina espúria de “pontos de contato da fé” é, na verdade, grande blasfêmia?

Em cristo somos livres de tudo que nos separa do Pai. Somos dignos. Qualquer véu, pedaço de pele ou escamas que nos cubram os olhos, aos nascidos de novo nada representam. Tudo podemos ver em Cristo.

Qualquer idolatria não nos põe em contato com a fé, mas nos afasta da presença do Senhor.

Logo algumas latas de unguento começaram a cair no chão de mármore. Depois muitas. Um barulho ensurdecedor Eu acordei com este som e tive impulso incontrolável de escrever sobre o que vivi em espírito e verdade.

Postou Danilo no Genizah

5) Antes somente o sacerdote poderia entrar no lugar Santíssimo, agora você também pode. Sim sua louca! É verdade, em Cristo entremos no lugar Santíssimo, na presença do Senhor, mas, contudo, o lugar Santíssimo não é esta cabaninha meia boca, com esta arca de araque e toda esta ridícula decoração carnavalesca. Não minha senhora! Não é pagando bilhete para entrar nesta tenda de praia, nesta cabaninha de prostíbulo de quinta categoria que a senhora chama de tabernáculo que alguém estará apto a ter acesso ao lugar Santíssimo. Socorro! Gente! Acode este bando de cegos!

6) E para terminar… Eu quero ver a Shekiná do Senhor me seguindo! Leia Aqui sobre Shekiná

A “Shekiná” de Deus está aqui. “Shekiná”?

Pr Marcello de Oliveira

É normal ouvir em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.

Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?

Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação que isto causou no plenário, bem como nos obreiros que ali estavam. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: Pr Marcelo, já ouvimos vários “pregadores de renome” falar desta palavra, e agora o sr está dizendo que não existe? Será que o sr não está enganado?

Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?

Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -ש-כ -נ(sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: a glória de Deus, presença de Deus. Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavód” – o peso da glória de Deus. Então, quando cantamos: Derrama tua “shekiná” aqui, estamos dizendo: Derrama a tua habitação aqui. Soa estranho, não? Pedir para o Eterno derramar a habitação Dele sobre nós? Não consigo entender! Pois Ele já habita em nós, através da pessoa do Espírito Santo ( ICo 6.19)

A “shekiná”, como uma idéia concreta, aparece só na literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo “וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹכָם” – “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];”וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹךְ בְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים” – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e “יְהֹוָה צְבָאוֹת הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיּוֹן” – “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião”[3].

Conclusão

Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela”.

Pr Marcello de Oliveira é hebraista.

Já deu! Passou com honra no vestibular para falsa profeta, D. Vendilhona!
OBSERVAÇÃO
Pode parecer a alguns que o texto é generalista. Não é. Há bons frutos e há frutos podres na Quadrangular. Eu mesmo neste site já falei de ótimo trabalho feito por pastores da IEQ na Cracolândia, por exemplo.
Nos comentários a este post, há pastores, ex-pastores, membros e ex-membros atestestando bons frutos em muitos lugares e frutos ainda mais podres em outros. Sendo assim justifico a aparente generalização nos seguintes argumentos:
1) Tenho aqui comigo relatos, provas, vídeos e audios ainda piores do que os mostrados. Coisa realmente chocante.
2) Me abstive de mostrar tudo em considereção aos bons frutos.
3) Ou seja, como os próprios comentários atestam, não se trata de uma fruta podre em uma árvore sadia, mas de galhos e galhos podres, já matando o árvore e muitos bons trabalhando para evitar isto.
Sendo assim, aos bons frutos, segue minha sincera admiração e desejo de que o bom trabalho se multiplique e sobressaia sobre o mal. Contudo, não adianta tapar o sol com a peneira. As práticas aqui citadas devem ser denunciadas para que os neófitos, os inocentes não sejam levados ao engano e; se a direção geral da denominação no país parece incentivar tal prática, é questão de tempo para que a maioria das unidades da I.E.Q. estejam adorando arcas.