Satanás é a força egoísta humana, ou seja, o desejo de desfrutar às custas dos outros, que compreende a natureza de cada pessoa.
A sabedoria da Cabalá diz muito sobre essa força em livros como a Torá e O Zohar. Por exemplo, a palavra “Satanás” se conecta à mesma raiz que a palavra hebraica “Soteh“, que significa “desvio” e “Masit“, que significa “incitação”. É uma força que desvia a pessoa do caminho correto – uma conexão positiva com outras pessoas em amor e doação mútua.
Essa força chamada “Satanás” está enraizada em cada pessoa e é impossível nos livrarmos dela. O ego humano tem muitas manifestações diferentes, mas especificamente a que nos desvia da conexão positiva entre si é chamada “Satanás”.
Para nos libertarmos de seu controle sobre nós, precisamos nos envolver ativamente em nossa sociedade, construindo conexões positivas sobre ela.
Essa força sempre existirá e constantemente gerará discórdia entre nós. No entanto, quando alcançamos um estado positivamente unificado, todas as formas satânicas que nos impediram serão adicionadas aos nossos esforços para conectar-se positivamente e servirão para aumentar a força positiva de conexão entre nós.
Precisamente devido ao motor em constante movimento do ego humano que tenta nos manipular a cada momento, nos fazendo querer nos separar em vez de nos conectar, e nos afundando cada vez mais profundamente em nós mesmos, em vez de aplicar esforços para sair de nós mesmos e nos conectar com os outros, então, graças a esse ego, ficaremos cansados dele, um estado chamado “o reconhecimento do mal”, e logo nos forçaremos a nos aproximar um do outro.
Nesse momento, Satanás se tornará uma força positiva. É, em última análise, o que nos ajudará a entender nossa necessidade de conexão e a forma correta que nossa conexão precisa adquirir.
O corona chegou de carona e desmorona as supostas barreiras de proteção contra a infecção por este novo agente infeccioso. Chegou, quem diria, via 1° mundo.
Está COMPROVADA a infecção de brasileiros pelo mais novo vírus covid-19.
Os cientistas estão lutando contra o tempo para conter este vírus. Aqui no Brasil uma pesquisadora e sua equipe já conseguiu sequenciar o genoma deste agente viral. Dando assim um passo importante na produção de uma possível vacina.
Mas, existe um vírus extremamente danoso para vida espiritual dos cristãos no Brasil.
Qual vírus está sendo transmitido na igreja?
É o SemVid-2020, o mais novo vírus da raiva farisaica.
Transmitido principalmente através da mordida de crentes raivosos:
“Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos MORDEIS e DEVORAIS uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.” Epístola de São Paulo aos Gálatas 5:14-15.
Esse vírus é perigoso: transforma o cristão em fariseu ou escriba. Transforma, ou pior, mascara um prosélito (falso convertido) e o veste numa capa, com uma maquiagem de crente.
Este vírus está causando muito estrago. E perigosamente muitos não estão seguindo os protocolos de saúde espiritual contidos nas Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamento.
Causa um grande estrago com muitos sintomas, mas podemos elencar alguns. Os principais sintomas são: intolerância em amar os pecadores (sob o disfarce de não amar o pecado) e tolerância ao ódio.
Resumindo o vírus SemVid-2020 está produzindo falta de amor ao próximo em larga escala. Muitos acham que amar ao próximo é resumido apenas com o desejo de anunciar a mensagem sobre as Boas Novas de Jesus Cristo, ou de talvez praticar ritos religiosos.
Anunciar as Boas Novas de Jesus Cristo não é o anúncio apenas com a boca! É mais que isso, é o anúncio através da nossa vida, através dos nossos atos. O amor a Deus e o amor ao próximo são mais do que palavras.
Disse Jesus: “Nisto todos conhecerão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor uns aos outros.” Evangelho conforme escreveu João 13:35.
Jesus também disse: “Vocês serão meus amigos se fizerem o que eu ordeno.” Evangelho conforme escreveu João 15:14
Logo, com base nestes textos e no Evangelho, não basta apenas acreditar no que Jesus disse! É mais que isso, é fazer o que Jesus manda!
O SemVid-2020, o novo vírus da raiva farisaica está atingindo inúmeros religiosos!
O SemVid-2020, segundo a Bíblia, está produzindo os seguintes sintomas: “Quando seguem os desejos da natureza humana, os resultados são extremamente claros:… , hostilidade, discórdias, ciúmes, acessos de raiva, ambições egoístas, dissensões, divisões, inveja, … e outros pecados semelhantes.Repito o que disse antes: quem pratica essas coisas não herdará o reino de Deus.” Epístola de São Paulo aos Gálatas 5:19-21.
Neste texto bíblico acima fiz questão de frisar os erros que mais são fáceis de disfarçar com a desculpa do “zelo” para com os bons costumes.
Faço parte de um grupo do WhatsApp de pastores de várias denominações na cidade em qual moro, e lá no grupo foram expostas algumas regras para o bom convívio de todos. Claramente o administrador explicou a todos para evitar debates políticos. E lá existe um único participante que não consegue obedecer a este simples princípio, o mesmo vive fazendo propaganda política sem parar, sem cessar, sem vacilar, seja qual for o dia, até mesmo aos domingos, Dia do Senhor. Este pastor não consegue conter sua empolgação beirando à idolatria. Certa vez falei que ele estava disseminando fake news e mostrei a contraprova, e ele nem um pouco arrependido, não desmentiu o que falou, ou desfez o que publicou, e pior, deu uma desculpa esfarrapada, respondendo ao final com o brado militar: “selva”. Eu havia citado o texto bíblico: “Não espalhe notícias falsas. Não concorde com a pessoa má dando testemunho falso.” Êxodo 23:1. Mas, se nem citar a Bíblia Sagrada adiantou para demover os excessos de um pastor, o que mais poderá ter efeito para com a praga/vírus do SemVid-2020?
Houve um dia em que Deus falou ao meu coração no início da década de 2000 AD, bradando muito forte em meu interior, dizendo: “queria que você fosse tão rápido em falar bem de mim, o quanto você fala bem de “fulano” (um político)”.
O vírus SemVid-2020 chegou, mas graças a Deus que já existe um antiviral poderoso, e melhor, já existe a vacina específica que destrói esta doença!
Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus! Nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, seres humanos, e para nossa salvação, desceu dos céus, … E o seu Reino não terá fim!
Não sou imune, tenho que vigiar, preciso dEle!
Atenciosamente buscando ser constantemente imunizado no Reino de cabeça para baixo! ?
Zaqueu na figueira brava, por James Tissot. (Foto: Wikipedia)
Acompanhemos o processo dum homem corrupto, pecador, que já tinha ouvido falar de Jesus de Nazaré mas ainda não o conhecia. Zaqueu não precisava de Jesus para lhe dar riqueza ou saúde, mas para o salvar do seu pecado.
O que nos dizem as Escrituras sobre a figura em questão? Lucas Evangelista traça-nos o retrato de Zaqueu (19:1-10) através de cinco pinceladas.
Diz-nos ele que:
vivia em Jericó,
era um homem rico,
era chefe dos publicanos,
era baixinho e
queria ver Jesus.
Zaqueu vivia em Jericó
Mas o que era Jericó à época? Conhecida como a famosa Cidade das Palmeiras, a cidade foi edificada numa das mais ricas zonas agrícolas de todo o Médio Oriente.
Era um verdadeiro oásis no deserto, cercada por quilómetros de terra árida e rochosa, tinha campos floridos, árvores balsâmicas, amendoeiras, romãzeiras, tamareiras, sicómoros, e, sobretudo, palmeiras.
Jericó tinha águas canalizadas, jardins luxuriantes e belas construções, tendo-se tornado a cidade preferida da aristocracia judaica para passar o Inverno.
Jericó era local de passagem obrigatório para caravanas de mercadores e peregrinos, era economicamente muito forte, com bancos, lojas e armazéns.
Todos os dias, desde o nascer do sol, mercadores, lavradores, clientes e cambistas enchiam as ruas, a comprar, vender e a assinar contratos.
Zaqueu era rico
Rico por nascimento, mas também por ser um corrupto cobrador de impostos. Israel vivia subjugado ao império romano e, como todos os povos conquistados, pagava pesados tributos a Roma, para pagar os luxos das elites romanas e o seu grande exército.
Zaqueu cobrava impostos a mais e ficava com uma boa parte para ele, porque, como bem diz o povo, quando não há integridade “a ocasião faz o ladrão”…
Zaqueu era o chefe dos publicanos na cidade
Isto é, o chefe das finanças públicas de Jericó. O comércio local e a circulação de muita riqueza garantia à cidade elevada arrecadação de impostos, por isso despertava o interesse dos governantes e a ambição dos publicanos.
Segundo se sabe: “Os tributos passaram a ser recolhidos mediante contrato firmado, pelo prazo de cinco anos, entre o vencedor da hasta pública e o tesouro romano, devendo o vencedor antecipar o pagamento desses tributos ao Estado. Os participantes desses leilões, naturalmente, eram homens muito ricos, com fortuna pessoal mínima de quatrocentos mil sestércios, segundo alguns historiadores.
A adoção desse sistema de arrecadação tributária era eficiente mas teve graves consequências. Os publicanos, livres para cobrar quanto quisessem, exorbitavam nas taxas exigidas, multiplicando rapidamente a sua fortuna. Tornaram-se assim um símbolo de desonestidade, e eram detestados pela população em geral.”
Zaqueu era baixinho
Física e moralmente. Se a baixa estatura física lhe traria complexos, uma vez investido de poder pode-se ter tornado soberbo e pouco sociável, além de ser odiado pela cidade por ser considerado um traidor da pátria por colaborar com os romanos e por roubar toda a gente.
Só lhe dirigiam a palavra quando necessário, e sempre com indisfarçável desprezo.
Zaqueu queria ver Jesus
Ouvira falar muito dele. Ouvira que dentre os seus mais íntimos estava um antigo cobrador de impostos de nome Mateus.
Ao fim da tarde, de volta a casa, encontrou uma multidão empolgada que anunciava a chegada do rabi galileu que tinha acabado de curar o cego Bartimeu, filho de Timeu. Depois aconteceu o que sabemos e que Lucas nos contou.
A atitude de Jesus
Mas centremo-nos agora na atitude de Jesus. Ele mostrou:
Que está atento a quem o procura;
Que não discrimina pessoas (nem pobres nem ricos);
Que não está sujeito a convenções sociais nem ao que parece bem ou mal;
Que não se importa de ser impopular estendendo a mão a um ladrão, entrando na sua casa e sentando-se com ele à mesa, por misericórdia;
Que a salvação é para todos, sem excepções;
Que a salvação não vem das boas obras mas da fé e exige arrependimento sincero.
Quem não está salvo por Jesus, está perdido na vida. Não há mais perdidos ou menos perdidos, há os que estão perdidos. Mais ou menos longe de casa, mas todos eles estão perdidos. Zaqueu não precisava de Jesus para lhe dar riqueza ou saúde, mas para o salvar do seu pecado.
Nasceu em Lisboa (1954), é casado, tem dois filhos e um neto. Doutorado em Psicologia, Especialista em Ética e em Ciência das Religiões, é director do Mestrado em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona, em Lisboa, coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo e investigador.