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Flamengo x Botafogo: torcidas evangélicas promovem a paz no jogo

 

Por Amanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

Torcidas evangélicas fazem a diferença no ambiente tenso do jogo entre Flamengo e Botafogo, que terminou em 0 x 0 neste domingo, no estádio João Havelange, na capital fluminense.

  • fogospel

Fogospel, torcida evangélica do “Fogão” e Fla Gospel, torcida evangélica do Flamengo, foram ao Engenhão em nome da paz.

Para o aspirante a pastor e presidente da Fla Gospel, Mickael Ferreira, de 37 anos, não há lógica em sentir ódio “de querer matar” os torcedores por estarem vestindo camisas diferentes.

“Tentamos passar a mensagem bíblica, de amar ao próximo como a si mesmo”, disse Mickael, segundo o G1.

Hércules, pastor fundador da torcida organizada Fogospel, afirmou que eles pretendem tocar principalmente aqueles que manifestam o desejo de deixar a violência de lado.

Eles distribuem panfletos com hinos dos clubes, escudo, diagramação nas respectivas cores, e salmos e citações para fomentar a paz.

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“Gostamos de futebol, mas valorizamos a vida acima de tudo. O ser humano está em primeiro lugar”, afirmou o motorista Bruno Bahiense, de 30 anos, líder do núcleo de Irajá da Fogospel, segundo a mesma publicação.

As posturas dentro do estádio também mudam muito. Não há os usuais xingamentos ou ofensas contra os rivais.

“Não pode mesmo, é contra o que acreditamos. E temos que dar o exemplo. Se tivermos a mesma atitude, ninguém nos dará ouvidos,” ensina Mickael.

O pastor Hércules explica que o palavrão não faz parte do vocabulário evangélico.

“Acompanhamos todos os gritos e cantos, desde que não tenha xingamento ou mensagem de violência. A música para o Jefferson, por exemplo, eu não canto (aquela do ‘é o melhor goleiro do Brasil’)”.

Ao invés de xingar o juíz eles dizem para ele se “converter!”

Para aqueles que questionam o fato dos evangélicos torcerem para times esportivos, o pastor Hércules afirma que não é pecado ir ao estádio e se divertir.

“Gostamos do clube como qualquer outro”.

A torcida Fogospel, por exemplo, declara que serve ao “glorioso Deus dos Céus e da Terra, a Jesus estrela da manhã” e torce para o “glorioso time da Estrela de tantas glórias em sua história.”

“NINGUÉM CALA O NOSSO AMOR POR TI SENHOR!!! E NINGUÉM CALA O NOSSO AMOR POR TI FOGO!!!” clama a organizada, no seu site oficial.

“Torcer com alegria e paz é o que a gente faz!! NOSSA ARMA É O AMOR; NOSSO ALVO É A PAZ; NOSSA FORÇA É A FÉ!”

A torcida é “religiosamente” organizada. Há horário para orar e ir aos jogos é só no sábado. “Domingo é dia de ir na igreja”, afirma o pastor Hércules.

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Cristãos gays podem ir para o céu, Jesus não disse: ‘Eu vou fazer você Hetero’

 

 

Por Lillian Kwon | Christian Post Reporter tradutor Abigail Viana dos Santos

Em uma entrevista com Lisa Ling, o presidente da Exodus International Alan Chambers reiterou sua crença de que os cristãos gays podem ir para o céu. Chambers também comentou sobre a necessidade das igrejas mudarem sua abordagem para com os homossexuais.

  • alan chambers

    (Foto: Exodus)

    Alan Chambers, presidente do ministério norte-americano, Exodus International.

"Eu acho que há pessoas que vivem uma vida gay cristã que vão estar no céu comigo?" ele postou em um episódio de terça-feira de "Our America With Lisa Ling". "Acho, que se eles têm um relacionamento com Deus."

Chambers fez comentários semelhantes em entrevistas anteriores no ano passado. Ele disse ao The Christian Post, em julho que, enquanto ele não pode saber ao certo quem vai ou não entrar no céu, o que ele não sabe é que aqueles – incluindo as pessoas que vivem o estilo de vida homossexual – que tem um relacionamento com Cristo estão "eternamente salvas."

Chambers, que tem uma esposa com quem tem dois filhos, não tolera a homossexualidade. Ele acredita que é um pecado. Mas ele não está interessado em igrejas que tratam a questão da homossexualidade de forma diferente das questões de outros pecados.

"Jesus não disse ‘venha a mim e eu vou fazer de você um hetero." Ele disse ‘venha a mim’", disse o líder da Exodus em uma extensa entrevista com Ling. "Precisamos fazer um trabalho melhor na igreja de apoio a pessoas que talvez não se encaixe com a nossa visão de mundo religioso como cristãos".

"Acho que na igreja nós não temos um relacionamento (com os vizinhos gays e lésbicas) e optamos por fazer sinais de piquete e críticas sobre essa questão de uma forma que não temos feito com outras questões e eu acho que é hora de que parar", disse ele.

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A questão que ele coloca é como os cristãos devem amar seus vizinhos gays e lésbicas "de uma forma que não vá machucá-los, que não vai ofendê-los?"

"Eu não estou dizendo que é andar em cascas de ovos, porque eu tenho amigos gays e lésbicas e falamos sobre questões realmente profundas. Eles me ofendem e eu os ofendo, mas que vem no contexto de relacionamento."

Chambers tem sido líder da Exodus International desde 2001. O ministério, que ajuda aqueles que lutam com a atração por pessoas do mesmo sexo, recentemente se distanciou-se da terapia reparadora – um tipo de aconselhamento que visa mudar a orientação sexual de uma pessoa de gay a hetero.

Parte da razão pela qual a Exodus deixou de apoiar a terapia reparativa foi porque ela iria definir pessoas por "expectativas irreais", como a promessa de diminuir ou até mesmo eliminar atração pelo mesmo sexo.

"A grande maioria das pessoas que eu conheci diria que há algum nível de luta ou tentação ou atração que é residente seja um pouco ou muito. E não sei se alguém pode dizer que a terapia pode mudar isso," Chambers disse a Ling.

Chambers, que era um ex-homossexual praticante, foi também foi perturbado por algumas das técnicas empregadas na terapia reparativa, tais como o uso de pornografia heterossexual.

Casado há quase 15 anos com Leslie, Chambers, um cristão, ainda luta com atração pelo mesmo sexo, mas disse a Ling que ele nem se identifica como gay nem se sente "preso" em seu casamento.

"Por mais de 15 anos desde que eu estive no relacionamento com Leslie, minha atração foi em direção a ela, a minha devoção foi em direção a ela", explicou. "Eu escolhi este casamento. Ela é o objeto do meu desejo. Ela é o objeto da minha afeição. Eu não escolheria qualquer coisa ou qualquer outra pessoa, mas ela.

"Então, eu sou heterossexual? Não sei. Eu não sou gay."

Ele acrescentou: "Eu tenho atrações Leslie. Tenho atrações pelo sexo oposto pela minha esposa”.

Quando perguntado por Ling o que ele faria se seu filho fosse gay, Chambers disse que ainda o amaria.

"E se ele (filho) for? Você respira fundo e continua o relacionamento," ele respondeu. "Não sei o que meus filhos vão escolher quando tiverem idade suficiente para escolher. No fim das contas, eles são meus filhos e eu os amo e não há nada mais importante do que a minha relação com eles."

Chambers disse que considera uma tragédia que muitos pais na igreja têm estado temerosos em dizer aos outros que eles têm um filho gay ou lésbica.

"Queremos ajudar estes pais a ter uma relação com o seu filho gay [ou] filha lésbica que não está centrada ou em torno de onde eles não concordam, mas as coisas que eles concordam e que é estar em um relacionamento um com o outro, como pais e filhos", afirmou.

Comentários recentes de Chambers aos cristãos gays no céu e renúncia da terapia reparativa causaram polêmica entre alguns evangélicos. Dr. Robert AJ Gagnon, professor de Novo Testamento no Seminário Teológico de Pittsburgh, até mesmo pediu que ele renunciasse à presidência.

Vário ministros (de cerca de 270) deixaram a Exodus International, nos últimos dois meses, mas o conselho ficou com Chambers.

John Warren, tesoureiro do Conselho de Administração Exodus Internacional, defendeu Chambers como ministro do Evangelho que tem uma visão bíblica do pecado e arrependimento e que entregou sua vida a serviço do Senhor.

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Ex-Cabo Bruno sai da cadeia após 27 anos para fazer a obra de Deus: ‘Sou pastor evangélico’

 

"Deus me preparou nesses 20 anos exatamente para isso"

Por Amanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

O ex-PM Florisvaldo de Oliveira, condenado a 117 anos de prisão e com mais de 50 assassinatos, saiu da penitenciária na tarde desta quinta-feira, e afirmou que vai fazer a “obra de Deus” de agora em diante, segundo relatou a Folha de S.P.

  • Florisvaldo de Oliveira

    (Foto: Divulgação)

    Ex-PM Florisvaldo de Oliveira, cabo Bruno, saiu da cadeia nesta quinta-feira,23 de agosto de 2012, após 27 anos de prisão.

"Sou pastor evangélico. Minha família é evangélica. Deus me preparou nesses 20 anos exatamente para isso", disse ele à publicação.

Bruno pretende virar pastor e atuar ao lado de sua esposa, a também pastora evangélica e cantora gospel, Dayse da Silva Oliveira. Dayse está no momento afastada das reuniões de sua igreja, a Igreja Pentecostal Refúgio em Cristo, na vizinha Taubaté, para evitar o assédio da imprensa e curiosos.

Bruno foi acusado de cometer o homicídio de mais de 50 pessoas na zona sul de São Paulo, nos anos 1980. Ele conseguiu a liberdade a partir de um decreto da presidente Dilma Rousseff, que perdoa os presos que tenham tido comportamento exemplar na cadeia por 20 anos ininterruptos. Cabo Bruno teria fugido da cadeia por três vezes até 1991, mas depois disso não cometeu nenhuma falta indisciplinar.

Com uma renda não suficiente a princípio como pastor, Bruno informou que poderia fazer trabalho como artista plástico e planeja também fazer um curso profissionalizante “para o caso de emergência”.

“Embora eu tenha uma idade já meio avançada, Deus me deu saúde, sabedoria, uma mente boa, preservou minha mente", afirmou.

Livre, Bruno afirma que ficou com trauma da imprensa e prefere não mostrar o rosto. “Quanto mais eu puder evitar [ser exposto] é melhor”, afirmou.
Hoje, Bruno é querido pastor pelos colegas na prisão, de fala mansa e, segundo Deyse, “é um homem transformado”.

Bruno saiu de maneira discreta da penitenciária, escondido no banco de trás de um carro da Funap (Fundação de Amparo ao Preso), driblando os jornalistas.