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Salão Int. Gospel: ‘Artistas estão mais preocupados com glória pessoal que com a glória de Deus’, afirma Jaime Kemp

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

O pastor Jaime Kemp, fundador do ministério Vencedores por Cristo e do ministério Lar Cristão afirmou no Salão Internacional Gospel, que artistas cristãos estão mais preocupados com a glória pessoal que com a glória de Deus.

  • artistas gospel

    (Foto: Divulgação)

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No evento que expõe artistas e produtos da música gospel, Kemp disse ao The Christian Post, que no panorama atual da música gospel, muitos dos artistas do segmento, os “artistas” querem viajar em aviões e ficar em hotéis de luxo.

“Não há sacrifício. Minha preocupação é na questão de sermos servos”, diz, e conclui: “acho que hoje muitos desses artistas pensam que a igreja que os chama são seus servos e não se colocam na posição de servir”.

Outro problema que o preocupa é a chamada comercialização do evangelho, comentando sobre os artistas evangélicos que cobram cachês para tocar e priorizam os ganhos financeiros.

Falando especificamente das composições atuais, ele comenta que as letras são muito pobres, não há mensagens sobre itens fundamentais como fidelidade à palavra, arrependimento, entrega total ao senhorio do Cristo.

“Não há esses elementos presentes na moderna música evangélica brasileira”. E se defende, “não faço parte deste movimento pop, cuja tônica é a desorganização e ausência de vida e testemunho cristãos”.

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“Realmente não sei se esses jovens que estão hoje nos palcos tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador ou se sabem comunicar o evangelho”, enfatiza Kemp.

Vencedores por Cristo

O famoso e ainda hoje muito lembrado conjunto de música evangélica Vencedores por Cristo é considerado um dos precursores da música cristã brasileira.

Segundo o líder cristão, na época da criação do grupo Vencedores por Cristo a música não era o ponto central.

“O ponto central era o discipulado, treinamento e ensino dos jovens. Eles eram ensinados como viver juntos, como dar testemunho, porque parte do ministério era o evangelismo.”

Os critérios para estar no grupo eram, segundo o líder, ser convertido a Cristo, ter um coração de servo e ter o desejo de trabalhar debaixo da estrutura e organização do grupo, além de ser recomendado pelo pastor de sua igreja.

“A idéia era a preparação da juventude para trabalhar na igreja (…) as músicas eram usadas como meio de comunicar e também dar testemunho levando a Palavra de Deus a lugares, os mais diferentes, como igrejas, praças, prisões”.

Por meio do ministério Vencedores por Cristo foi possibilitada a formação de mais de 200 líderes, missionários, pastores e músicos.

Kemp explica que o grupo criado na década de 1970 nunca teve o desejo ou intenção de influenciar a música brasileira.

“Deus direcionou, pois tivemos muitos compositores que foram treinados conosco. A música desenvolvida por eles acabou por transformar a música e o louvor brasileiros”.

Do ministério surgiram proeminentes músicos, hoje muito conhecidos no meio evangélico, como Guilheme Kerr, Nelson Bomilcar, JoãoAlexandre e outros que foram formados nessa época.

O líder disse ainda que teme que os hinos tradicionais da fé cristã se percam, já que eles não são tão populares entre os jovens e nas igrejas atualmente. Segundo ele, isso é preocupante pois há muitateologia e ensinamentos nos hinos tradicionais.

Jaime Kemp e a esposa Judith Kemp, são casados há 47 anos e lideram o ministério voltado à area familiar e são autores de pelos menos 60 títulos literários. O Vencedores por Cristo ainda existe atualmente e seu foco principal é o evangelismo.

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Milagres tiram fiéis da Universal para a Mundial

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

A Igreja Mundial do Poder de Deus vem atraindo muitos fiéis a suas megaigrejas, que se multiplicam pelo Brasil e exterior a uma velocidade impressionante.

  • Valdemiro Santiago

    (Foto: Divulgação)

 

Segundo a Folha de S. Paulo, 30% dos fiéis vieram da Universal. A Mundial tem sido apontada como o principal fator da saída de membros da Igreja Universal do Reino de Deus, sua “concorrente direta”.

A denominação possui 3200 templos no Brasil, avançando a passos largos para ultrapassar os 5 mil templos da Universal.

Uma das “técnicas” apontadas que são usadas pela denominação é a ênfase em milagres, livramento de enfermidades e toda sorte de cura das mais diversas doenças e males do corpo e da alma.

"Aqui tem milagre. O paralítico que saiu andando da cadeira de rodas. O cego que começou a enxergar. Aids, câncer. Tudo que na UTI não tiver mais jeito, aqui tem", disse Valdemiro Santiago, o líder da Mundial em uma de suas pregações.

A Mundial se destaca também nas pregações televisivas e, só no canal 21 são 23 horas de programação diária, mais duas horas na Rede TV! e quatro na Band.

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O número de horas total já faz a denominação ter o maior tempo de cobertura televisiva entre as igrejas evangélicas. Ao todo, são R$ 35 milhões gastos mensalmente com compra de horários nas grades de emissoras de TV.

A denominação chegou a fazer uma proposta de compra de uma canal a cabo norte-americano no valor de US$ 14 milhões, segundo o F5. Com isso, fieis brasileiros nos EUA teriam a oportunidade de assistir as pregações da Mundial 24 horas por dia.

O resultado da intensa divulgação de seus cultos e sua ênfase em milagres parece influenciar também para que a Mundial seja a igreja neopentecostal que mais cresce no país. A igreja possui templos implantados em 13 países, entre eles México, Colômbia e Japão.

Outro fator de atração apontado é a possibilidade de maior remuneração para os pastores.

Líder carismático

Valdemiro Santiago, o líder da Mundial é apontado como uma figura carismática que usa linguagem simples, muito próxima à popular. Oriundo de uma família com 12 irmãos, Santiago conta que viveu nas ruas de Juiz de Fora dos 12 aos 14 anos.

Em seu testemunho, diz que bebia e usava drogas e ainda que trabalhava como lavrador e pedreiro.Não tendo concluído o ensino médio, ele diz que leu pouca coisa além da Bíblia.

"Li poucos livros além da Bíblia. Os livros me ensinam, mas sempre parcialmente. Só a Bíblia tem sua totalidade."Sobre a cura de enfermidades que alega ocorrer em sua igreja, ele teoriza: "Há enfermidades que são para a ciência e outras que são para serem tratadas espiritualmente. Embora Deus possa curar todas elas", diz, de acordo com entrevista concedida à Folha de S. Paulo.

"Sou um executivo das almas. Através de minha oração, Deus já curou muitas doenças incuráveis pelo recurso da ciência."

O testemunho de Valdemiro conta ainda um episódio vivido por ele na África, quando estava a serviço da Universal. Segundo ele, saíra para pescar com outros três fiéis e naufragou a 20 km da costa.

O apóstolo conta que enfrentou um bando de tubarões, mas nadou sete horas e meia até uma praia, onde foi recebido por dois anjos. Segundo o pastor Ronaldo Didini, que já integrou a cúpula da Universal e hoje é responsável pela área de comunicação da Mundial, a chave do sucesso de Valdemiro é justamente sua origem humilde.

"Como Lula, ele tem carisma e fala a língua do povo. Ele não busca a sofisticação".

Hoje o líder da Mundial acumula bens como uma casa em um condomínio de luxo em São Paulo, carros importados, fazendas no Mato Grosso e um jato particular.

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Astrônomo ‘caçador’ de planetas agora vai procurar ETs

16/04/2012 – 11h19

 

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cansado de apenas descobrir planetas, o astrônomo americano Geoffrey Marcy decidiu ir atrás dos ETs.

Depois de descobrir centenas de planetas fora do Sistema Solar -incluindo o primeiro sistema multiplanetário-, o pesquisador aparentemente ficou entediado.

"Estou nessa feliz posição em que minha carreira foi mais bem-sucedida do que eu jamais poderia ter imaginado", disse Marcy em entrevista à revista "New Scientist".

Proposta gera críticas entre pesquisadores

"É hora de jogar os dados, tentar algo bem improvável. Cientistas mais jovens não podem colocar seus ovos nessa cesta, porque as chances de sucesso são baixas. Mas eu posso me dar ao luxo."

Sem dúvida é um reforço de peso para as pesquisas conhecidas pela sigla Seti (busca por inteligência extraterrestre, em inglês).

No fim do ano passado, Marcy foi escolhido para a cátedra Alberts, na Universidade da Califórnia em Berkeley -a primeira do tipo destinada especificamente a fomentar pesquisas de busca por civilizações alienígenas.

Editoria de Arte/Folhapress

Em sua nova função, o astrônomo americano está desenvolvendo duas grandes linhas de pesquisa -ambas fugindo ao lugar-comum do que se convencionou ver em pesquisas de Seti.

Desde 1960, quando o americano Frank Drake apontou o primeiro radiotelescópio para o céu em busca de transmissões alienígenas, a imensa maioria dos esforços tem sido buscar sinais de rádio.

Marcy, contudo, acha que os ETs provavelmente usariam lasers para se comunicar. E é isso que ele pretende buscar, junto com Andrew Howard, de Berkeley.

"Se Gene Roddenberry [criador da série "Jornada nas Estrelas"] está certo e os klingons e romulanos estão mesmo lá fora, eles precisam se comunicar uns com os outros. E eles não vão fazer isso esticando cabos de fibra óptica entre as estrelas. Vão fazer isso por laser."

Uma das vantagens do laser, em vez do rádio, é que é mais econômico, do ponto de vista energético, além de mais "privativo". Um sinal de rádio vaza muito mais fácil do que um laser, apontado apenas sobre um alvo pequeno, como um planeta a cinco anos-luz de distância.

Entretanto, muitos astrônomos são céticos a essa abordagem. Justamente por ser mais privativo, é um sinal bem mais difícil de achar.

SUPERCIVILIZAÇÕES

Outra linha de pesquisa a que Marcy pretende se dedicar é a busca de sinais de supercivilizações, na forma das chamadas esferas Dyson.

Concebidas pelo famoso físico Freeman Dyson, elas seriam estruturas construídas ao redor de estrelas para absorver o máximo de energia.

Presume-se que só civilizações muito mais sofisticadas que a nossa possam construí-las, mas, segundo Marcy, talvez seja possível notar variações no brilho das estrelas que denotem sua existência.