Mais antiga fogueira feita pelo homem tem 1 milhão de anos

3/04/2012 – 09h07

 

RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

Atualizado às 09h21.

O mais antigo uso do fogo pela humanidade bateu um novo recorde: 1 milhão de anos atrás. A prova disso foram restos de ossos e plantas queimados achados em uma caverna na África do Sul.

Provar o uso de fogo em data tão antiga é delicado. O fogo poderia ter tido origem natural ou poderia ter sido deixado no local pelo vento ou pela água em data posterior.

Para tentar evitar esses possíveis erros, os autores do estudo usaram técnicas de microestratigrafia. Na geologia, a estratigrafia trata do estudo das camadas de rochas depositadas ao longo dos anos. Na sua versão "micro", as formas (micromorfologia) e a composição química ("microespectroscopia") do material são analisadas em grande detalhe.

Arte/Folhapress

Fogueira

Isso permitiu à equipe do arqueólogo Francesco Berna, da Universidade de Boston, EUA, analisar sedimentos de 1 milhão de anos atrás na caverna Wonderwerk, na África do Sul, e achar indícios de que antigos ancestrais faziam fogueiras. Restos de plantas incineradas e de ossos no mesmo lugar deixam claro que era uma fogueira para preparo de comida.

Em vez de lenha ou carvão, esses primordiais cozinheiros pré-históricos usavam folhas, grama e arbustos como combustível.

A análise dos ossos e sedimentos mostrou que eles foram queimados a uma temperatura de no máximo 700 graus Celsius, consistente com esse tipo de fogueira. E os indícios mostram que o uso do fogo era recorrente, sinal de que era "controlado" pelos homens pré-históricos.

O ancestral humano que botou fogo no pedaço era o Homo erectus, uma espécie mais primitiva do que o homem de hoje, Homo sapiens.

Como os cientistas sabem a identidade do antigo cozinheiro? "Ferramentas pré-históricas e o momento no tempo", disse Berna à Folha.

Contudo, "nenhum fóssil humano foi achado até agora em Wonderwerk."

E o que havia no cardápio? "O estudo é preliminar. A fauna inclui roedores, equinos e bovinos", diz.

FOGO E EVOLUÇÃO
"A habilidade de controlar o fogo foi crucial na evolução humana", escrevem os autores na revista científica "PNAS". "Essa é a mais antiga evidência segura de fogo em contexto arqueológico."

O motivo de essa habilidade ter sido importante foi teorizado pelo pesquisador Richard Wrangham, da Universidade Harvard, autor de um best-seller em que defende que cozer os alimentos foi um passo fundamental na evolução, pois a energia extra permitiu o aumento do cérebro: "Catching Fire: How Cooking Made Us Human" ("Pegando Fogo: Como Cozinhar nos Tornou Humanos").

Até agora não havia evidências fortes das habilidades gastronômicas do Homo erectusno registro fóssil.

Wrangham e colegas fizeram outro estudo no ano passado, analisando dentes molares e massa corporal de espécies humanas extintas, de primatas modernos (como chimpanzés) e do homem moderno para demonstrar como surgiu o "processamento" dos alimentos via cocção.

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Cidade proíbe Bíblia durante festival gay

 

Exila os cristãos a uma “zona livre” longe do festival do orgulho gay

Drew Zahn

Por uma década, Brian Johnson tem entregado Bíblias pacificamente durante o Festival de Orgulho Gay Twin Cities em Minneapolis, mas se ele tentar de novo esse ano, ele teme que possa ser preso.

Através de hábil disputa legal, os organizadores do Festival Orgulho Twin Cities, evento gay anual celebrando a homossexualidade, convenceram a prefeitura de Minneapolis a permitir que eles exilassem qualquer pessoa que tentasse distribuir Bíblias ou comunicar mensagens não aprovadas no evento, obrigando-a a permanecer na “zona livre”, longe do evento gay.

Agora Johnson está entrando com um processo federal contra a prefeitura, alegando que ela não pode proibir os direitos de liberdade de expressão da Primeira Emenda a um quarteirão de 10’ x 10’ de terra batida, especialmente durante um grande evento público no qual os organizadores tem uma permissão não exclusiva de uso do parque.

“A prefeitura não deveria estar exilando a liberdade de expressão, deveria estar protegendo-a”, disse Nate Kellum, um advogado do Fundo de Aliança de Defesa (ADF), que está auxiliando Johnson. “É ridículo dizer que o único lugar onde uma pessoa pode entregar uma Bíblia é em uma área onde não há ninguém para se entregar uma Bíblia. A Constituição simplesmente não permite que a prefeitura relegue a liberdade de expressão a regiões isoladas onde ninguém pode receber a mensagem. Isso não é liberdade de expressão nenhuma. É pura censura”.

Johnson começou a frequentar o Festival de Orgulho Gay em 1995, oferecendo Bíblias gratuitamente e conversando sobre o amor de Jesus Cristo e a salvação, mas nunca, ele diz, usou uma mensagem de confrontação ou condenação à homossexualidade.

“Durante muitos anos, [eu tenho] me deparado com muitos indivíduos na comunidade GLBT que têm expressado desdém e desconfiança para com a religião instituída”, Johnson afirmanos documentos arquivados na Corte Distrital dos Estados Unidos de Minnesota, “e [eu quero que] esses indivíduos conheçam o verdadeiro Jesus”.

Em 1998, Johnson até começou a alugar um estande todos os anos no Festival de Orgulho Gay, para então ter um lugar central para distribuir Bíblias e sua mensagem da salvação de Deus para todos os pecadores, não importando quais pecados eles tivessem cometido.

O Festival do Orgulho Gay, um evento de dois dias que se reúne no Parque Loring, o maior da cidade, tem sido um acontecimento anual pelos últimos 30 anos e atrai mais de 200.000 pessoas com seus múltiplos palcos de eventos ao vivo e atmosfera de carnaval — um lugar perfeito, Johnson diz, “para alcançar tantas pessoas quanto possível com [a] mensagem das boas novas”.

Mas em 2009, o Orgulho Twin Cities negou a Johnson a solicitação para um estande e posteriormente confrontou-o e a sua família quando eles chegaram ao parque para distribuir Bíblias no meio da multidão. A polícia da cidade apareceu e prendeu Johnson por invasão de propriedade, apesar das acusações terem sido retiradas posteriormente.

O Orgulho Twin Cities então processou a prefeitura, buscando uma liminar e ordem de restrição contra a distribuição de Bíblias de Johnson.

De acordo com o informe da KARE-TV, advogados do Orgulho Twin Cities disseram que se a prefeitura permitisse Johnson no parque durante o festival, iria violar a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que assegura que organizações privadas com uma permissão de uso de via pública para fins de expressão não pode ser forçada pelo governo a incluir um grupo cuja mensagem contradiz a do organizador [do evento].

Eileen Scallen, co-conselheira do Festival de Orgulho argumentou que a recusa da prefeitura parar Johnson seria “semelhante a permitir que a Klu Klux Klan  transmitisse suas visões racistas e anti-imigração no Festival Cinco de Maio”.

Mas Johnson alega que a analogia não é verdadeira para seu ministério.

“Johnson não tinha interesse em participar — ou interferir — atividades do Festival de Orgulho”, seu processo alega. “Ele apenas queria expressar sua mensagem através da distribuição de Bíblias, uma mensagem distinta da do próprio festival. Johnson apenas queria entregar Bíblias e falar sobre Jesus”.

Além disso, seu caso declara, “Enquanto envolvido em conversas com indivíduos frequentadores do Festival de Orgulho, Johnson sempre fez um esforço consciente para evitar qualquer discussão sobre a decência ou não da homossexualidade. Ele não vai lá para condenar ninguém. Ele foca na realidade de que todas as pessoas pecam — seja com comportamento homossexual ou não — e portanto todas precisam de Jesus”.

Aparentemente, a Corte Distrital concordou com Johnson, pois recusou a ordem de restrição e decidiu não apenas que a prefeitura não violaria os direitos do festival ao permitir que Johnson distribuísse Bíblias, mas também garantiu que a liminar do Orgulho Twin Cities iria, na verdade, violar os direitos da Primeira Emenda de Johnson.

A Corte Distrital sugeriu em um comentário, porém, que o Orgulho Twin Cities poderia estabelecer “zonas de livre expressão”, uma sugestão que a organização prontamente aceitou.

Em maio de 2011, a prefeitura — sem consultar Johnson — resolveu o caso do Orgulho Twin Cities ao concordar em permitir duas concessões: Primeiro, os organizadores do evento poderiam restringir qualquer distribuição de literatura não autorizada a uma mesa de doação, sem ninguém nela, dentro do festival, e segundo, o Orgulho Twin Cities poderia estabelecer uma “zona de livre expressão” para estandes cuja mensagem foi rejeitada pelos organizadores do evento.

O Orgulho Twin Cities prontamente divulgou a “zona de livre expressão” como uma “zona distante do evento gay” e determinou seu lugar.

Mas de acordo com o caso de Johnson, a zona está “localizada longe de todas as rotas e caminhos de entrada do Parque Loring… Um estande fora do evento do Festival de Orgulho não permitiu que Johnson alcançasse sua audiência almejada (aqueles que frequentam o Festival de Orgulho) com sua mensagem através de Bíblias”.

Além disso, o caso argumenta, “A zona de entrega de materiais era igualmente inadequada, pois Johnson queria entregar as Bíblias ele mesmo, garantindo que os indivíduos interessados iriam receber as Bíblias (ao invés de serem destruídas ou jogadas fora) e que ele ficaria disponível para conversar com qualquer um que estivesse interessado em sua mensagem bíblica".

O resultado final da resolução, o caso de Johnson alega, é não apenas o banimento da distribuição de Bíblias do evento, mas também o exílio de qualquer um que falasse de Jesus.

O advogado ligado da ADF Stan Zahorsky está atuando como advogado local no caso, Johnson versus Prefeitura de Minneapolis, arquivado na Corte Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Minnesota.

O próximo Festival de Orgulho está agendado para 23 e 24 de junho de 2012.

Traduzido por Eliseu P. L. J. do artigo de WND: City banishes Bibles during ‘gay’ fest

Fonte: www.juliosevero.com

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Superior Tribunal de Justiça inocenta molestador de meninas: e aprova sexo infantil–As vítimas estavam “longe de serem inocentes”

 

Matthew Cullinan Hoffman

2 de abril de 2012 (LifeSiteNews.com) — O Superior Tribunal de Justiça decidiu que um molestador de meninas que cometeu atos sexuais com três meninas de doze anos não é culpado de estupro porque “as vítimas estavam longe de serem inocentes”.

O caso, cujo número exato está sendo ocultado do público, provocou reações indignadas de autoridades de direitos humanos e organizações civis.

De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, as três vítimas vinham tendo envolvimento com prostituição por algum tempo, e tinham pois capacidade de dar consentimento para os atos em questão. O veredicto sustentou a decisão de um tribunal de primeira instância que afirmou: “A prova trazida aos autos demonstra, fartamente, que as vítimas, à época dos fatos, lamentavelmente, já estavam longe de serem inocentes, ingênuas, inconscientes e desinformadas a respeito do sexo”.

“Embora imoral e reprovável a conduta praticada pelo réu, não restaram configurados os tipos penais pelos quais foi denunciado”, acrescentou o tribunal.

O Superior Tribunal de Justiça concordou com o raciocínio do tribunal de primeira instância, acrescentando que “não se pode considerar crime fato que não tenha violado, verdadeiramente, o bem jurídico tutelado — a liberdade sexual —, haja vista constar dos autos que as menores já se prostituíam havia algum tempo”.

O tribunal também rejeitou a ideia de que há uma “presunção absoluta” de falta de consentimento por parte das meninas de doze anos.

“Para a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a presunção de violência no crime de estupro tem caráter relativo e pode ser afastada diante da realidade concreta”, informou o serviço noticioso do tribunal. A decisão se aplica à lei em vigor quando o abuso sexual ocorreu, em 2002.

Maria do Rosário Nunes, a ministra de direitos humanos do Brasil, reagiu com indigação à decisão, comentando que implica que “os direitos humanos de crianças e adolescentes podem ser relativizados”, e pediu que a Procuradoria-Geral da República entre com um recurso para anular a decisão.

“Com essa sentença, um homem foi declarado inocente da acusação de estupro de três menias vulneráveis, que na prática significa impunidade para um dos crimes mais graves cometidos contra a sociedade brasileira, disse ela num comunicado à imprensa.

“Relativizar direitos das crianças e julgá-las de acordo com a origem social, se já estavam nas ruas, julgar uma criança que foi vítima de abuso sexual compreendendo-a como responsável pela violência que ela sofreu é sem dúvida um ato de perversidade que vai contra toda a legislação protetiva de direitos das crianças e dos adolescentes no Brasil”, também declarou ela.

A Associação Nacional dos Procuradores da República denunciou a decisão como uma afronta ao “ao princípio da proteção absoluta de crianças e adolescentes, garantido pela Constituição Federal, e indica uma tolerância dessa prática nefasta, em vez de desestimulá-la”.

“Vamos deflagrar conjuntamente uma campanha envolvendo instituições públicas e organizações sociais para combater a exploração sexual de menores… Essa decisão [do STJ] trafega na contramão da necessidade de proteção da cidadania”, declarou também a ANPR.

A decisão chega num momento em que legisladores federais estão considerando uma reforma do código penal que reduzirá a idade de consentimento sexual na lei existente de 14 a 12 anos de idade. A mesma reforma reduzirá as penas para o infanticídio após o nascimento, e eliminará as penas para o aborto em vários casos.

Traduzido por Julio Severo do artigo de LifeSiteNews: Brazilian court acquits child molester: says victims were ‘far from being innocent’