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Ageu compromisso aliança

CPAD – EDB 2012 – 4º trimestre: Ageu compromisso aliança

Posted: 12 Dec 2012 07:28 AM PST

O profeta
O nome Ageu significa "minha festa", ou "festeiro", provavelmente um referência ao retorno do exílio.

Ageu é citado no livro de Esdras (5.1; 6.14).
O profeta foi um dos exilados judeus (das tribos de Judá, Benjamim ou Levi) que retornaram sob o governo de Zorobabel, o chefe civil do povo, e Josué, o sumo sacerdote, 536 a.C, favorecidos pelo primeiro edital de Ciro, escrito 138 anos antes, quando ele (ao tomar ciência de profecias sobre si mesmo, Isaías 44.28; 45.1) permitiu a libertação dos judeus, e forneceu-lhes condições para a restauração do templo (2 Crônicas 36.23; Esdras 1.1, 2:2).

Zorobabel era filho de Pedaías, um irmão de Salatiel. de acordo com a genealogia em Lucas 3.27. Salatiel era filho de Neri, um descendente de Davi através de seu filho Natã. Zorobabel – também chamado de Sesbazar pelos caldeus (Esdras 1.8; 11; 2.2; 3:02 , Esdras 3.8; 5.2. 14, 16) – exerceu o cargo de governador entre seus compatriotas, mas nunca governou de maneira absoluta, se submetia ao governo persa, que permitiu aos israelitas viverem sob suas próprias leis e regulamentos civis em sua terra natal, porém concedia aos repatriados liberdade relativa, sempre considerando-os como uma colônia, sobre o qual tinha uma superintendência contínua.
Apesar dos judeus receberem autorização de Ciro para reconstruírem o templo em Jerusalém, eles se mostraram desinteressados quanto a reconstruí-lo. Como desculpa para não se aplicarem a reedificação, faziam interpretação errada da profecia referente ao templo e ao cativeiro (1.2). Alegavam que não era o tempo oportuno e dedicavam-se às construções de suas próprias residências, belas mansões.
Um dos motivos para os judeus perderem o interesse na reconstrução foi a reação dos samaritanos e de outros povos vizinhos, que temiam as implicações políticas e religiosas de um templo reedificado num estado judaico própero. Eles opunham-se de maneira vigorosa ao empreendimento e conseguiram fazer a obra parar, ainda no estágio dos fundamentos, quando Dario tornou-se rei da Pérsia, por volta de 522 a.C (Esdras 4.1-5, 24).
Dario era interessado no exercício das religiões, não se opunha às práticas da religião judaica, inclusive deu apoio eficaz, durante a oposição de reedificação empreendida pelos judeus (Esdras 5.3-6; 6.8-12).

O livro
Os registros das profecias são muito breves, nos leva à suposição de que são apenas resumos dos discursos originais. O espaço de tempo entre a primeira até a última são de apenas três meses.
As profecias de Ageu culparam a interrupção da reedificação do templo à inatividade dos judeus, não apontaram culpa aos oponentes da finalização da obra.
O livro é citado no Novo Testamento, compare as passagens 2.6, 7, 22 com Hebreus 12.26.
O ministério de Ageu
O ministério profético de Ageu fez confronto ao egoísmo dos judeus, visando despertá-los e fazê-los enxergar qual era a verdadeira prioridade deles.
Ageu e Zacarias foram escolhidos por Deus (1.1), no segundo ano de Dario, 520 a.C, que veio a suceder o rei Ciro, 16 anos após o retorno do exílio sob o governo Zorobabel, para despertá-los de seu egoísmo para retomar o trabalho da reconstrução do templo em Jerusalém que, por 14 anos tinha sido suspenso.
Ageu começou a profetizar após 14 anos em que estavam suspensas as obras de reconstrução do templo. Emitiu profecia dirigida a Zorobabel, então governador, e assim mostrou aos israelitas a apatia em que eles viviam com relação a Deus, pois não se importavam em ver o templo em ruínas, negligenciavam os assuntos mais importantes da lei. O profeta fez com que entendessem que seus fracassos estavam relacionados ao fato de não honrarem ao Senhor ao estarem afastados do culto em Jerusalém. Resultado dessa mensagem: 24 dias depois, talvez o tempo em que os materiais de construção foram coletados, as obras foram retomadas sob a direção de Zorobabel e eles voltaram a prosperar (1.1, 15; Esdras 6.14).
Em 516 a.C., a reconstrução do templo foi completada e dedicada a Deus (Esdras 6.15-18).
A glória da segunda casa será maior do que da primeira
A passagem bíblica Ageus 2.3 pressupõe aos leitores que muitos israelitas do tempo da reconstrução sob a direção de Zorobabel, conheceram o templo construído por Salomão, e destruído no ano 588 ou 587.
Obreiros do Senhor
O recado de Ageu se consiste em exortação para os dias atuais. A exortação que ele proferiu nos faz considerar o padrão de espiritualidade em que estamos vivendo, nos convida a refletir sobre o estado espiritual de nossos corações.
O erro dos judeus, após o retorno da Babilônia, foi entregarem-se ao desânimo ao encontrarem oposição. Deixaram de lado o que realmente era importante, o que era para fazer não era feito, partirem para as coisas supérfluas, negligenciaram totalmente a construção da casa de Deus e se ocuparam integralmente em  tarefas que lhes rendiam dinheiro e o conforto temporal.
A bênção de Deus se faz presente na vida do cristão quando este remove seu erro, reverencia ao Senhor de todo o coração, relaciona-se com Ele muito além das práticas de meros ritos exteriores, extirpa máculas de desobediência e vive o cotidiano da vida tal qual  um altar de adoração ao Senhor, ou seja, com a consciência de que deve comportar-se como um templo espiritual a serviço da glória de Deus.
Há uma tendência no ser humano a pensar erroneamente, paralisar diante da ansiedade, esquecer os deveres espirituais e ficar parado a esperar o momento aparentemente oportuno da ação. É preciso agir, ter fé apesar de não estar perceptível aos cinco sentidos naturais as boas oportunidades de empreender a vontade de Deus.
O trabalho que é feito para o Senhor nunca é em vão. Não convém ficar parado a esperar o momento aparentemente oportuno para trabalhar para Deus. É preciso agir, ter fé apesar de não estar perceptívelis as boas oportunidades de empreender tarefas à vontade do Senhor.
Diante do cansaço, suposto perigo, e do desejo de experimentar os prazeres temporais, como no caso de uma bela moradia, que não é um pecado querer ter, levantemos as mãos para o céu sem pecado, buscando em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, para ter Jesus ao nosso lado como amigo (Lucas 12.33). Ele vê nossos desejos, problemas, desilusões, e faz valer a promessa de que tudo o mais será acrescentado em nossas vidas (Lucas 12.33;  ). Ao priorizar as coisas espirituais, Deus toma conta dos nossos assuntos temporais.
Diante dos problemas que o cristão enfrenta para exercer sua fé, precisamos ser persistentes, abandonar os pecados e reformar o que for preciso, ter coragem para não desistir de seguir a Jesus Cristo. Tomar cuidado para não deixar escapar as oportunidades úteis que Deus espera que nós aproveitemos.
São muitos que alegam não ser possível entregar-se aos projetos de amor cristão, que solicitam deles propiciar ao templo ambiente de conforto e luxo, acreditando que tal iniciativa não seja espiritual. Mas, não negam gastar seu dinheiro em coisas inutéis, a ter o conforto e o luxo em suas casas.
Não é um erro viver com toda a dignidade. Que tenhamos a prosperidade sem abrir mão da colaboração em cosntrução e manutenção de templos cristãos, pois são neles que muitas almas encontram-se com Cristo através da Palavra de Deus proferida nos púlpitos, é o lugar onde famílais se reúnem e gozam de comunham fraternal.
O procedimento de Ageu é um exemplo aos pregadores da Igreja do Senhor, líderes cristãos devem orientar as almas desanimadas a refletirem sobre os juízos de Deus. São muitos crentes que estão iguais às ruínas do templo de Jerusalém e precisam ouvir o recado divino para tomar a iniciativa diligente de reconstrução de suas vidas, voltar a obedecer, novamente reverenciar e cultuar a Deus.
E.A.G.

Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br