Espécie africana foi ancestral do gênero humano, dizem pesquisadores

08/09/2011 – 15h59

DE SÃO PAULO

Uma nova análise de um hominídeo sul-africano de 2 milhões de anos reforça, segundo seus autores, a ideia de que a espécie foi mesmo ancestral do gênero humano, o Homo.

A criatura, batizada de Australopithecus sediba, já era conhecida da ciência, mas pesquisadores liderados por Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, conseguiram fósseis bem preservados de áreas como o crânio, as mãos e a pelve.

O que os cientistas viram é que o cérebro da criatura já estava passando por uma reorganização estrutural que o tornava mais parecido com o humano. Além disso, seus dedos, com polegar comprido, permitiam manipular objetos com precisão, o que favoreceria a criação de instrumentos de pedra.

O estudo está na revista americana "Science" desta semana.

Peter Schmid/Cortesia de Lee Berger e Universidade de Witwatersrand/Associated Press

Foto dá uma ideia do tamanho da criatura "Australopithecus sediba" em comparação à de humano da atualidade

Foto dá uma ideia do tamanho da criatura "Australopithecus sediba" em comparação à de humano da atualidade

Alexander Joe/France Presse

Restos do _Australopithecus sediba_, descoberta por Lee Berger Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand

Restos do Australopithecus sediba, descoberta por Lee Berger Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand