Tempestade desenterra estátua romana em Israel

 

DA BBC BRASIL

Uma tempestade que atingiu a cidade israelense de Ashkelon revelou uma estátua romana que estava enterrada havia séculos.

Autoridade de Antiguidades de Israel

Estátua descoberta em Ashkelon, em Israel

Estátua descoberta em Ashkelon, em Israel

A escultura feminina de mármore branco foi encontrada por um transeunte depois que uma tempestade na costa israelense derrubou parte de um rochedo.

A obra tem 1,2 metro de altura e pesa 200 kg. Segundo a autoridade que cuida das antiguidades de Israel, a estátua tem entre 1.800 e 2.000 anos.

A porta-voz da entidade, Yoli Schwartz, disse que, embora sem os braços e a cabeça, a estátua conta com "sandálias delicadamente esculpidas" e intactas.

O órgão de antiguidades já levou o achado para uma série de testes e estudos.

Por outro lado, a tempestade danificou outros sítios arqueológicos, como o porto romano de Caesarea. As autoridades devem visitar a área para avaliar os danos.

Israelenses e palestinos se unem para exploração do mar Morto

 

DA ASSOCIATED PRESS

A lama e o sedimento do mar Morto podem estar escondendo objetos com 500 mil anos de idade e de grande valor arqueológico e geológico –alguns dos quais forneceriam novas abordagens sobre a mudança climática contemporânea.

O projeto de investigação, conduzido pelos cientistas israelenses Zvi Ben-Avraham e Mordechai Stein, recebeu aprovação para ser levado adiante somente neste ano.

Apresentado uma década atrás, o projeto foi adiado vários vezes devido ao conflito político entre Israel e a Palestina, que agora formam parceria com outros quatro países –incluindo a Jordânia– para tornar o estudo científico viável.

Oded Balilty/AP

Exploração do mar Morto envolve seis países; lama e sedimentos serão analisados por universidade alemã

Exploração do mar Morto envolve seis países; lama e sedimentos serão analisados por universidade alemã

A maior parte dos sedimentos do mar Morto permanece intacta. Isso ocorre porque o rio Jordão é o único a despejar suas águas e nenhum outro desemboca no local. Essas características permitem aos cientistas analisar e determinar a época e o tipo de clima predominante em certos períodos da história.

As camadas também podem mostrar possíveis ocorrências de terremotos descritos em textos bíblicos e elucidar os fluxos migratórios humanos.

Com custo estimado em US$ 2,5 milhões, o projeto deve se estender por 40 dias. Os trabalhadores vão participar das escavações, revezando-se em escalas de 12 horas contínuas.

Posteriormente, camadas do solo serão retiradas e enviadas para a Universidade de Bremen, na Alemanha, para serem refrigeradas e preparadas para estudos posteriores.